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Diversidade Católica: O jovem homossexual na Igreja (evento)



O jovem homossexual na Igreja: I Encontro de relatos e experiências


25 de julho de 2013 – das 14hs às 16hs


Auditório Vera Janacópulos – UNIRio – Av Pasteur, 296, Urca





Quem somos?


O grupo Diversidade Católica é um movimento de gays católicos praticantes que buscam conciliar as duas identidades: homossexual e religiosa. O grupo procura, dentro do diálogo sadio, caminhar junto à Igreja Católica, respeitando e reconhecendo sua liderança no papa Francisco, refazendo a ponte entre a comunidade homossexual e a Igreja, tendo como diretriz a certeza de que a mensagem do Evangelho é para todos e que não pode haver exclusão de qualquer forma dentro da expressão de fé.


O grupo foi criado em 2008 e vem crescendo desde então, contando com mais de 200 membros e grupos irmãos em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.


O Diversidade Católica não visa a dissidência ao Catolicismo, e sim, a acolhida e reintegração de católicos gays que, por qualquer motivo, se sentiram excluídos da Igreja mas sentem o desejo de retornar à comunidade.


O Diversidade Católica atua virtualmente através do blog [diversidadecatolica.blogspot.com.br], do site
[www.diversidadecatolica.com.br] e de sua página no Facebook [https://www.facebook.com/events/176204389218409/].

Valores que norteiam a atuação do grupo:


1. Dignidade. Todas as identidades e orientações sexuais gozam de igual dignidade.


2. Perseverança. Somos cientes das provações do caminho e nos mantemos fiéis à missão.

3. Fraternidade. Somos uma comunidade cujos membros se ajudam mutuamente.


4. Tolerância. Estamos abertos ao diálogo com outros pontos de vista.


5. Fidelidade. Somos membros inalienáveis da Igreja Católica Apostólica Romana.


6. Caridade. Ajudamos o desenvolvimento pessoal dos nossos membros e da comunidade externa.


Sobre o evento paralelo à Jornada Mundial da Juventude:


O grupo Diversidade Católica organizou uma tarde de encontro e partilha, a fim de atender ao chamado da Jornada Mundial da Juventude 2013, abrindo espaço para histórias de jovens homossexuais dentro da Igreja: quem são, como vivem sua identidade religiosa e como sentem a comunidade da qual fazem parte.

Para mais informações:


E-mail: contato@diversidadecatolica.com.br

Responsável pela assessoria de imprensa para o evento: Juliana Luvizaro – juluvizaro@gmail.com – (21) 8244-2528





Dica do blog Fora do Armário:

Quem quiser, pode adicionar Cristina de Assis Serra no Facebook. Basta clicar no nome dela ao lado da foto abaixo:



  • Cristiana De Assis Serra


    Queridos amigos,

    É com alegria que compartilho com vocês a realização de um novo encontro aberto do Diversidade Católica, que acontecerá como evento paralelo à Jornada Mundial da Juventude aqui no Rio de Janeiro, em 25 de julho. Será um evento breve, em que falaremos sobre o trabalho de acolhimento do DC e nossa busca de conciliação das identidades LGBT e cristã no seio da Igreja Católica e faremos uma troca de relatos e experiências. Envio a vocês em anexo a programação e o release do evento. Se considerarem pertinente, agradecemos qualquer ajuda que possam nos dar na divulgação, seja publicamente, seja encaminhando para quem vocês acharem que possa ter interesse.

    Estamos à disposição para dar mais informações.

    Um grande abraço,
    Cristiana Serra

Catolicismo e Sexualidade

Texto do antigo blog ainda na UOL



A visão católica de sexualidade e, consequentemente de casamento, é a de que a união sexual visa tão-somente a reprodução. Mas, o que dizer dos milhares (talvez milhões) de casais que não procriam ou das inúmeras relações sexuais que um casal realiza sem a mínima possibilidade de procriar?

Os mais tradicionalistas alegam que a Bíblia fala contra a homossexualidade, mas geralmente eles concentram-se em cinco ou seis passagens que têm diversas outras conotações. No Levítico, por exemplo, a passagem que diz que um homem não se deitará com outro homem está no mesmo capítulo que passagens que falam contra a mistura de sementes diferentes numa mesma lavoura, uso de roupas que combinem tecidos diferentes, proibição de que mulheres em seu período menstrual entrem no templo ou se aproximem de outras pessoas, sob a alegação de que são imundas etc. Dá para levar isso a sério depois de todo o "Esclarecimento" do século XIX, XX e já iniciado XXI?

De fato, a defesa bíblica à escravidão é mais forte do que suas contradições à homossexualidade, e ninguém mais apela à Bíblia para justificar a escravidão. O Vaticano, inclusive, chegou a ser uma voz contrária à escravidão num dado momento da história, apesar de ter se beneficiado da escravidão direta ou indiretamente. Paulo, que muita gente admira foi um dos mais soberbos e cínicos apóstolos [na verdade, autoproclamado apóstolo, uma vez que não fazia parte dos doze] - esse mesmo Paulo que tantos admiram corroborava a escravidão em suas cartas: "Escravos, obedecei a vossos senhores terrenos com temor e tremor, com um coração puro, como obedeceis a Cristo...". Agora isso é coisa que se leve à serio tomando chicote no lombo e sendo tolhido em toda a sua dignidade? É fácil para o burguesinho, versado em judaísmo e helenismo, falante de várias línguas, e sustentado pela boa vontade de um bando de cristãos do primeiro século...

Mas a escravidão não foi a única loucura a ser abolida. O mesmo se deu com o antissemitismo, a proibição de que as mulheres falassem na igreja, etc. Tudo isso foi usado em nome da Bíblia e depois abandonado em nome do bom senso. Por isso, a sexualidade é a próxima fronteira a ser derrubada para que haja verdadeira justiça no trato da igreja com os clérigos e leigos que comungam com ela, bem como com os não-religiosos.

Pedir que os homossexuais suprimam sua identidade sexual é uma violência, uma crueldade. Quanto mais aprendemos sobre a sexualidade humana, mais chegamos à conclusão de que a atração pelo mesmo gênero é algo que nasce com o ser humano ou que se desenvolve tão cedo que não é o que a maioria de nós consideraria como uma "escolha" manipulável mais do que nascer negro, judeu ou mulher.

O celibato católico NÃO é tão velho quanto a igreja. Durante oito séculos a igreja não teve nenhuma determinação papal contra o casamento dos clérigos. De fato, pelo menos três papas tiveram filhos que os sucederam no trono papal. Portanto, foi por motivos políticos e econômicos - não escriturísticos - que a igreja estabeleceu a regra celibatária. O ponto é que que a privação de companheiro(a) devidamente reconhecido e aceito leva à clandestinidade, e essa clandestinidade pode levar a comportamento nocivo, seja hétero ou homossexual. A igreja precisa reconhecer a legitimidade do amor em qualquer modalidade, desde que sejam legalmente responsáveis por si mesmas as partes envolvidas.

Quanto às mulheres, se a igreja não reconhecê-las como sacerdotisas - gays ou heterossexuais - sofrerá perdas ainda maiores. Donald Cozzens cita um prognóstico feito por um vigário-geral aposentado: "A redução de sacerdotes não será resolvida orando por mais vocações. As mulheres são as que identificam e nutrem vocações, e elas não estão fazendo mais isso. Elas dizem: 'Uma igreja que não aceita minhas filhas não vai levar meu filho.".

Agora, por que um ateu como eu está interessado nesse assunto eclesiástico? Obviamente, porque não é meramente eclesiástico, mas social, político, cultural. Que a igreja sofra solução de continuidade não me preocupa mais do que se o presidente americano George Bush comeu bacon com ovos no café da manhã. Mas que homossexuais crentes em sua religião possam ver-se integralmente e naturalmente envolvidos no ministério para o qual se sentem vocacionados é uma questão que não exige fé, mas bom senso! Agora que a religião é essencialmente motivada pelo binômio culpa-medo, disso não duvido e, por isso, preferiria que as pessoas resolvessem seus dilemas existenciais - ou que pelo menos convivessem com eles - sem se submeterem a outros.

Entendo que para alguns bons seres humanos - e eu sou amigo, filho, pai, neto, sobrinho etc de alguns deles - a ideia de que não haja um deus lá em cima com agentes visíveis (padres, pastores, rabinos, pais-de-santo etc) e invisíveis (seus anjos e mensageiros espirituais) aqui em baixo parece assustadora. É o velho medo que os indefesos seres humanos - diante de um universo misterioso e grandioso em todos os seus fenômenos - nutrem. Medo esse que foi acrescido de culpa no dia em que alguém surgiu com a ideia de que talvez fenômenos como doenças, inundações e secas seriam vingança de uma divindade irada contra os pobres mortais por causa de alguma "querela sagrada" do tipo: não coma isso, não faça aquilo, não pense ou deseje aquiloutro.

Esse medo do desconhecido presente ou futuro e essa culpa, como se houvesse sempre algo a ser confessado, são as poderosas forças que mantém as igrejas abertas e abarrotadas ainda hoje, pois mesmo naquelas em que o interesse seja tão-somente a prosperidade financeira, o que paira na mente do indivíduo é o medo - neste caso, medo da desgraça financeira num mundo que muda o tempo todo.

Mas como os homens não podem viver sem ilusão alguma. a religião se torna esse último galho ao qual muitos se agarram tentando evitar a correnteza do rio da vida. Todos temos ilusões em alguma medida, mas nenhuma pode ser tão castradora de individualidade quanto aquela que em nome de um deus ordena que eu deixe de ser homem. Sim, porque com suas proibições de ordem sexual, incentivo ao jejum, à vigília, à penitência, à supressão do desejo, à negação de mim mesmo para ser semelhante a um pai celestial ou seu filho igualmente divino, o cristianismo me impõe limites insuportáveis enquanto ser humano, ser terreno, ser de afecções, de memória, de razão, e dono de uma corporalidade bela e pujante.

Prefiro dizer não à castração absolutamente desnecessária, despropositada e inútil da religião de um modo geral e dizer sim a tudo o que for belo, virtuoso e vital à minha própria humanidade e à humanidade dos meus semelhantes. Sou contra aquilo que vilipendie o ser humano e, por isso, sou contra o abuso sexual ou moral de qualquer ordem. Sou contra a exploração financeira que o homem ocidental sofre a cada dia. Sou contra o que oprime o homem, não contra o que o liberta!!! Adoro ser gente, ser humano, mesmo sendo tão frágil.

Não preciso nem dizer aos que amam a si mesmos, à vida e a alguns [é impossível amar todos] outros seres humanos que aproveitem o dia... mas só para não perder o costume: Carpe Diem!!!

Emanuel e a grávida



Aconteceu ainda há pouco.


Emanuel vinha de um longo dia de trabalho. Morto de fome, já havia me ligado dizendo que jantaria em casa. Seu plano foi interrompido quando uma mulher grávida começou a passar mal dentro do ônibus. Todo mundo no ônibus viu que a mulher estava passando mal, porém ninguém se propôs a ajudá-la. Emanuel, então, desceu do ônibus com ela ali, sem a ajuda de mais ninguém. Ligou para a emergência, mas não conseguiu falar. Deixou a mulher aguardando no ponto, enquanto foi buscar ajuda de uma patrulha policial próxima. Os policiais levaram os dois para o Hospital Salgado Filho (hospital que tem emergência), no Méier, bairro de classe média na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

Chegando lá, o hospital informou que não podia atender a coitada da mulher, porque não tem maternidade. A mulher ficou desamparada: Ela não tinha plano de saúde e o marido não estava ali. Emanuel me disse que ficou pasmo quando soube que ela sequer havia feito pré-natal até então.

Não podendo fazer mais nada, ele ajudou a mulher a falar com o marido pelo telefone. E ela ficou ali na entrada do hospital aguardando o esposo chegar.

Emanuel voltou para casa perplexo por vários motivos:

1. Ninguém se sensibilizou em ajudar a pobre mulher.
2. O telefone de emergência não funcionou.
3. O hospital não titubeou em recusar a entrada dela, mesmo que fosse apenas para transferi-la de ambulância para outro lugar.

Eu, além de tudo isso, me pergunto: Onde estavam os supostos 'filhos de deus', os ditos 'salvos', sejam eles evangélicos ou católicos? Num país onde os ateus perfazem apenas 1% da população, às 19h num dia de trabalho, o ônibus devia estar cheio de religiosos, mas foi o VIADO que NÃO ACREDITA EM DEUS(ES) que ajudou a mulher grávida. Onde estavam os que combatem o aborto? Esses mesmos que falam tanta bobagem quando se trata de um feto acéfalo, por exemplo, mas são incapazes de apoiar uma grávida sofrendo ao vivo e a cores.

Alguém pode se perguntar: Se o Emanuel não acredita em recompensas futuras, o que ele espera em troca disso? Nada. Foi apenas um ato de humanismo. E o que torna esse ato ainda mais genuíno é que não espera nada em troca. É humanismo por si e sem sequer fazer essa reflexão. Fui eu que levantei isso depois que ele me contou a história.

Fica aqui a lição: mulheres grávidas, não andem sozinhas por aí. Ah, e garantam-se com um bom plano de saúde antes de engravidar, porque senão vocês podem morrer na porta do hospital. Antes que eu esqueça: Não contem com a ajuda de deus, deuses ou seus auto-proclamados representantes. A primeira categoria não existe mesmo e a segunda - salvo raríssimas e geralmente nada ortodoxas exceções - não fede nem cheira.

Gays protestam contra o Papa na Espanha com 'beijaço' público

Beijo contra a intolerância: ativistas LGBTQ+ protestam durante visita do Papa Bento XVI a Barcelona

Casal gay se beija durante a passagem do papamóvel de Bento XVI em Barcelona (Josep Lago/AFP)



No domingo da visita do Papa Bento XVI a Barcelona, a Praça da Catedral se tornou palco de um ato de protesto marcante. Pelo menos 100 ativistas gays e lésbicas se reuniram para um grande beijo coletivo em resposta à posição da Igreja contra os direitos LGBTQ+.

A manifestação foi organizada por meio das redes sociais e aconteceu no momento em que o papamóvel passava pelo local, seguindo em direção à icônica Sagrada Família. Enquanto os fiéis cantavam e saudavam o pontífice, os ativistas expressavam sua indignação diante da histórica oposição da hierarquia eclesiástica a direitos fundamentais, como o casamento igualitário e o acesso a métodos contraceptivos.

Jordi Petit, um dos líderes históricos do movimento LGBTQ+ na Catalunha, destacou a necessidade de um Estado laico, onde "a política siga seu caminho e a religião seja uma escolha pessoal". Ele criticou duramente a postura do Vaticano, que insiste em interferir em questões civis e de saúde pública, ao mesmo tempo que reafirmou seu respeito pelos cristãos de base que lutam por uma sociedade mais justa.

Durante o protesto, palavras de ordem foram entoadas pelos manifestantes, enquanto, do outro lado, grupos de jovens católicos respondiam em defesa do Papa. O clima de tensão refletiu o embate entre um Vaticano que resiste às mudanças sociais e uma sociedade que avança na ampliação dos direitos humanos.

A visita de Bento XVI à Espanha ocorreu em um momento de crescente atrito entre o governo espanhol e o Vaticano, especialmente após a legalização do casamento igualitário em 2005 e a ampliação dos direitos reprodutivos das mulheres. Em sua homilia, o Papa criticou tais avanços, reafirmando sua defesa do que chamou de "ordem natural da família", excluindo da sua visão de mundo as diversas formas de amor e convivência que existem na sociedade.

O protesto na Praça da Catedral foi um lembrete de que a resistência contra a intolerância segue viva. Em um mundo onde direitos conquistados são constantemente ameaçados, expressões de afeto se tornam também expressões de luta. E essa luta continua.

Não se precipite...



Se a fé dispensa qualquer tipo de evidência (justamente por não poder apresentá-las), então por que não? Assista ao vídeo e entenda. ^^

Muçulmanos e católicos contra anticoncepcionais


✊ Quando religiões se unem contra direitos: 

O caso dos anticoncepcionais nas Filipinas


Em pleno século 21, o corpo das mulheres continua sendo um campo de disputa política e religiosa — e o mais recente episódio nas Filipinas é um exemplo claro disso.

Muçulmanos e católicos, frequentemente em campos opostos na arena política, uniram forças para barrar uma política pública que visa garantir métodos anticoncepcionais à população mais pobre do país. O alvo da indignação religiosa? O presidente Benigno Aquino, que ousou defender o que deveria ser um direito básico: o planejamento familiar livre e acessível.

Durante uma viagem oficial aos EUA, Aquino afirmou que cada família deve ter o direito de decidir quantos filhos quer ter — e que o governo deve fornecer meios para isso. Uma fala simples, sensata, e profundamente necessária em um país com altos índices de pobreza.

A resposta das lideranças religiosas foi rápida e agressiva.
A Conferência Episcopal das Filipinas se disse “consternada e frustrada”, e ainda que tenha negado ameaças diretas de excomunhão, chegou a citar essa possibilidade em entrevistas. O Conselho de Imames, por sua vez, se somou à oposição, defendendo que o governo deveria investir em outras prioridades — como se controle reprodutivo, autonomia e dignidade não fossem fundamentais para o combate à pobreza.

🤯 O que está em jogo?

Essa união entre setores conservadores das duas maiores religiões do país mostra o perigo de quando dogmas religiosos passam a ditar políticas públicas. Ao impedir o acesso a anticoncepcionais, o que se promove é:

  • O aumento da gravidez indesejada.

  • A perpetuação da miséria em famílias sem recursos para criar muitos filhos.

  • A negação do direito das mulheres de decidir sobre seus próprios corpos.

E, como sempre, quem mais sofre são as mulheres mais pobres, as jovens, as pessoas LGBTQ+ e os grupos marginalizados que não têm acesso à saúde reprodutiva de forma privada.

🌍 Um debate global, uma luta urgente

O caso filipino é só mais um capítulo de um debate que ecoa também no Brasil, na Polônia, nos EUA e em tantos outros lugares onde a laicidade do Estado é ignorada e os direitos sexuais e reprodutivos são tratados como pecados, e não como políticas de saúde pública.

Defender anticoncepcionais não é "contra a religião". É a favor da autonomia, da dignidade, da saúde e da vida.

O blog Fora do Armário reafirma seu compromisso com uma sociedade mais livre, onde a fé de ninguém impeça o direito de todos.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Católicos e muçulmanos já se mataram nas Cruzadas para recuperar a chamada Terra Santa para o Vaticano e/ou nas Jihads para tomar o Norte da África, o Oriente Médio e o Sul da Ásia. Nem a Europa escapou dos confrontos, pois os mouros dominaram Portugal, reduto católico, por mais 500 anos. Portanto, é óbvio que eles têm se odiado historicamente, mas se o caso é evitar a gravidez de gente miserável que não tem nem o que comer, aí eles se unem. Fazem a mesma coisa quando o assunto é a cidadania dos homossexuais ou a autonomia da mulher. Desta vez, eles deixaram as armas de lado e partiram para o combate contra o governo filipino que, por um repente de lucidez, decidiu orientar o povo no que diz respeito ao planejamento familiar.

O Brasil também já foi assim. Já teve até música para sensibilizar os ignorantes. Lembra daquela música que dizia "pare de tomar a pílula, pare de tomar a pílula, porque ela não deixa nosso filho nascer"? Pois é, aqui mesmo no Brasil, os bispos católicos e padres em suas paróquias já satanizaram a pílula anticoncepcional e promoveram campanhas de oposição ao governo e aos planos de controle da natalidade. Se eles tivessem prevalecido, poderíamos ter uma população do tamanho da Chinesa ou da Indiana, mas graças ao bom senso do governo e da maior parte da população, o Brasil tem uma demografia relativamente equilibrada (se comparada à China ou India), mas ainda muito desigual em termos sociais e econômicos. Infelizemente, ainda existe muita gente que não planeja o número de filhos que pode ter e sustentar dignamente.

Para as lideranças católicas e muçulmanas, quanto mais miséria, melhor. Tomara que o governo filipino tenha força suficiente para enfrentar o obscurantismo fundamentalista e ampliar as liberdades civis no país.

Veja no gráfico abaixo que a Europa e a América do Norte tem a menor taxa de natalidade (número de nascimentos) e são as regiões onde a riqueza está mais concentrada no mundo.




O continente mais pobre (a África) é o campeão de número de nascimentos. A miséria reina onde uma família não consegue dar conta do sustento de todos os filhos que produz. Filho não é coisa. Filho não é como animais de estimação. Eles são extremamente mais dependentes dos pais e outros adultos do que qualquer outro animal no planeta.

Não vote em fundamentalistas e associados! Vote contra todo tipo de preconceito e retrocesso.

UMA ESCOLA BÍBLICA BEM DIFERENTE!!! Vale a pena ver de novo... sob outra perspectiva!!! (CONTINUA NO POST SEGUINTE)

Assista e divirta-se






O Mito do Gênesis: Um Entre Muitos


Muita gente lê o livro de Gênesis, no Antigo Testamento, como se sua narrativa fosse a única versão antiga sobre a origem do mundo e da humanidade. Mas a verdade é que o mito bíblico da criação não surgiu isolado: ele é apenas um entre inúmeros mitos de criação que circulavam no Oriente Médio e no norte da África muito antes e durante a redação dos textos bíblicos.

Por que isso?

Porque todos os povos antigos buscavam respostas para as mesmas perguntas:


  • De onde viemos?
  • Como surgiu a vida?
  • Qual é o papel da humanidade no universo?

E, à medida que povos se encontravam, guerreavam, faziam comércio ou conviviam lado a lado, mitos eram trocados, adaptados e reinterpretados conforme a religião, a política e a cultura local.

As raízes mais antigas: Mesopotâmia

As influências mais evidentes vêm da Mesopotâmia, a “terra entre rios” (Tigre e Eufrates), berço de algumas das primeiras civilizações do mundo.


Enuma Elish (Babilônia): Narra como o deus Marduque derrota a deusa do caos, Tiamat, e cria o mundo a partir do corpo dela. Lembra de Gênesis 1:2? “A terra era sem forma e vazia.” A ideia do caos primordial vem daqui.

Épico de Gilgamesh: Contém uma história de dilúvio muito parecida com a de Noé, inclusive com um barco, animais e um herói que escapa das águas.

Quando os hebreus foram exilados na Babilônia (século VI a.C.), essas histórias já eram conhecidas há séculos — e provavelmente influenciaram a forma como Gênesis foi escrito ou editado.

A influência do Egito

No Egito Antigo, mitos falavam de um oceano primordial (Nun) e de um deus criador (Atum) que traz ordem ao mundo pelo poder da palavra. Esse detalhe aparece em Gênesis: “Disse Deus: haja luz.” A criação acontece pela ordem verbal de Deus — não por guerras entre deuses rivais, como nos mitos mesopotâmicos.

O toque israelita: um Deus único e supremo

  • O que torna o Gênesis diferente não é a história em si, mas a teologia por trás dela.
  • Em vez de vários deuses, há apenas um Deus.
  • O sol, a lua e as estrelas — divindades em outros povos — aqui são simples criações.

E o ser humano, feito à “imagem e semelhança de Deus”, recebe dignidade especial, não existindo apenas para servir aos deuses, mas como parte central da criação.
Um mito, muitas versões

O mito do Gênesis, portanto, faz parte de uma tradição muito mais ampla de mitos de criação. Ele traz elementos mesopotâmicos, egípcios e cananeus, mas adapta tudo para transmitir a fé monoteísta do povo hebreu.

Assim, quando lemos Gênesis, não estamos vendo a “primeira” nem a “única” versão de uma narrativa de criação — e sim uma adaptação feita para afirmar a identidade religiosa de Israel em meio a um mundo cheio de deuses, mitos e cosmogonias. Apenas mais uma entre muitas narrativas míticas de origem.

UMA ESCOLA BÍBLICA BEM DIFERENTE!!! Vale a pena ver de novo... sob outra perspectiva!!!

Assista e pense sob novos pontos de vista










A Bíblia: Narrativa Literária e Tradições de Origem Duvidosa


Muita gente encara a Bíblia como se fosse um livro único, coeso e imutável, caído do céu pronto e perfeito. Mas quando olhamos para ela sem o filtro da fé, descobrimos que a Bíblia é, na verdade, uma coleção de textos humanos — narrativas, poemas, leis, profecias e lendas — reunidos e editados ao longo de muitos séculos.

Como literatura, ela é fascinante. Mas como “verdade histórica absoluta”? A história de sua composição mostra algo bem diferente.

A Bíblia como narrativa

A Bíblia é formada por livros muito distintos:

Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio): mistura mitos de criação, histórias dos patriarcas, leis e lendas tribais.

Livros históricos (Josué, Juízes, Reis, Crônicas): relatos sobre guerras, reis e profetas, geralmente escritos com tons nacionalistas e religiosos.

Poéticos e sapienciais (Salmos, Provérbios, Jó): cânticos, provérbios e reflexões filosóficas.

Profetas: textos com forte conteúdo político, religioso e moral.

Como narrativa, a Bíblia combina mito e memória, poesia e política, religião e identidade nacional — e essa mistura revela muito mais sobre os povos que a escreveram do que sobre a “palavra direta de Deus”.


Tradições de origem bem discutível

Os estudos modernos mostram que a Bíblia foi escrita, reescrita e editada em períodos diferentes, por mãos diversas, com objetivos teológicos e políticos claros. Alguns pontos essenciais:


Fontes múltiplas e contraditórias

O Pentateuco contém relatos duplicados e até conflitantes — como os dois relatos da criação em Gênesis 1 e 2. Isso levou à Hipótese Documentária, que identifica pelo menos quatro fontes principais: Javista (J), Eloísta (E), Deuteronomista (D) e Sacerdotal (P).


Influência de outros povos

Elementos de mitos mesopotâmicos, como o Enuma Elish e o Épico de Gilgamesh, aparecem claramente em Gênesis e na história do dilúvio.


Tradição oral antes da escrita

Durante séculos, as histórias foram transmitidas oralmente — e sabemos que tradições orais sofrem adaptações, acréscimos e interpretações antes de virarem texto.


Edição tardia e interesses políticos

Muitos livros foram reunidos ou editados durante o exílio babilônico (século VI a.C.) para reforçar a identidade nacional e religiosa dos judeus. Outros, como o Deuteronômio, serviram para centralizar o culto em Jerusalém — uma decisão tanto política quanto religiosa.


Cânon definido muito depois

A lista de livros considerados “inspirados” só foi fixada séculos depois. Antes disso, diferentes grupos judeus e cristãos tinham coleções de textos diferentes.


Por que tudo isso importa

Não temos os textos originais: apenas cópias tardias com variações significativas.

Muitos eventos não têm comprovação histórica: o Êxodo, por exemplo, carece de evidências fora do texto bíblico.

A mistura de política, teologia e literatura mostra que a Bíblia é obra humana, moldada por interesses e contextos específicos.


Pense seriamente nisso

Ler a Bíblia como mera narrativa nos liberta da obrigação de tomá-la como verdade literal. Podemos apreciá-la como patrimônio cultural e literário, entendendo suas contradições, influências externas e motivações políticas — sem precisar enxergá-la como “palavra sagrada”.

Afinal, a Bíblia não caiu do céu: ela foi escrita, editada e adaptada por pessoas, com todas as limitações, interesses e visões de mundo que qualquer ser humano carrega.

Papa, camisinha, AIDS

Não dê ouvidos a quem fala contra a camisinha, mesmo que vc seja católico e o cara seja o Papa!!!


Camisinha é "roupa de gala". Vai galar, ponha a camisinha!!!



A vida é linda! E mesmo quando tudo ao nosso redor diz o contrário, é melhor viver o suficiente para conferir pessoalmente.

Cuide-se! AIDS não é o único risco, mas a camisinha reduz significativamente as probabilidades de uma morte precoce e absolutamente desnecessária.

A camisinha é a melhor amiga do homem - gay ou hétero!!!

Diga não ao barebacking (sexo sem camisinha, não)!

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