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Reinaldo Arenas e o a ditadura cubana: Antes que anoiteça


Por Sergio Viula








Rafael Arenas – Antes que anoiteça


Rafael Arenas foi um escritor cubano perseguido pelo regime totalitário de Fidel Castro, que conseguiu se exilar, mesmo depois de denunciar o ditador ainda na ilha.

Link para a compra do livro (já esgotado na maioria das livrarias): https://www.estantevirtual.com.br/livros/reinaldo-arenas/antes-que-anoiteca/2030353469


Textos meus relacionados ao tema de Cuba e à perseguição aos LGBT:

1) A comunidade LGBT sob governos destros e canhotos: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2019/11/a-comunidade-lgbt-sob-governos-destros.html

2) Che Guevara, Fidel Castro e os LGBT em Cuba: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2020/10/che-guevara-fidel-castro-e-os-lgbt-em.html

NOTA: Não encontrei o filme para streaming. Ele está indisponível no Google Play, no Amazon e no YouTube, tanto para compra como para aluguel. O filme tem o título levemente diferente do livro. O filme foi intitulado Antes do anoitecer.

O CONTO DA AIA e nós

The Handmaid's Tale (O Conto da Aia)
Nada pode substituir a liberdade!



Por Sergio Viula


Hoje foi dia de manifestação em Ipanema. (http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-08/protesto-contra-desmatamento-na-amazonia-reune-ativistas-e-artistas) Motivo: a destruição da Amazônia acelerada pelo desgoverno atual.

(https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTWrDFrkprb5F6J4HD1Vos4GFu1BRKiuL82msBpUv5RpDg7J33RtLVceRtL-rhiaMt6blq-GaK6UYhh1MtyPNOx_CoZJaNn25t8aVuTH4QQJZlL8hUi0xzdJJWmkHf2_uIGqdECoocTuA/s1600/atwood.jpg)

Andre e eu jantamos jantamos perto de casa e falamos sobre isso, inclusive no caminho de volta. 

Infelizmente, nem tudo sai como planejamos - durante a noite, Andre piorou da crise alérgica que já estava enfrentando desde o período da tarde de sábado. O desconforto foi tanto que dormimos muito mal. Eu dormi praticamente nada durante toda a noite e fui acordar ao meio-dia com aquela sensação de corpo alquebrado e cabeça meio fora de órbita. 

O frio, coisa que agrava o quadro dele quando fica atacado de alergia, precisava ser evitado a todo custo. Como a manifestação era ao ar-livre e próxima do mar, não arriscamos. Ficamos em casa e preparamos nosso almoço, que foi só foi servido às 16:00, aproximadamente. 

Apesar do desapontamento de ambos, ter ficado em casa nos proporcionou a oportunidade de assistir a segunda temporada de The Handmaid's Tale (O Conto da Aia) até o fim. Desde a primeira temporada, não conseguimos mais nos desligar dessa série. 

Geralmente, não damos a mínima para séries, mesmo quando são muito populares. A verdade é que essa série nos fisgou por sua a temática - uma distopia vivida nos EUA depois de um golpe fascista de cunho teocrático. Não tem como não pensar no valor da liberdade, do amor, do direito de ir e vir, do direito à informação, ao conhecimento sem restrição ou distinção de quaisquer espécies. 


A autora do Conto de Aia,  
a canadense Margareth Atwood


Leia o livro. À venda na AMAZON.
https://www.amazon.com.br/conto-aia-Margaret-Atwood/dp/8532520669

Assista a série no Globoplay.
https://globoplay.globo.com/v/7363621/programa/?s=20m45s

Autoritarismo e diversidades: João Silvério Trevisan

João Silvério Trevisan


Por Sergio Viula


Um dos mais antigos ativistas pelos direitos homossexuais - posteriormente, ampliados para a sigla LGBT -, João Silvério Trevisan, autor do emblemático e indispensável Devassos no Paraíso, fala sobre autoritarismo, democracia, direitos e diversidade sexual. A entrevista foi publicada pelo canal "História da ditadura" no YouTube.

Trevisan foi um dos fundadores do grupo SOMOS - o primeiro grupo organizado para a defesa dos direitos homossexuais e para a promoção de uma cultura permeada pela diversidade sexual. Sua saída do SOMOS resultou do desvirtuamento da natureza e dos objetivos do grupo, depois que foi partidarizado. 

"Nós não queríamos absolutamente nos incorporar num partido. Nós queríamos alianças, nós pensávamos seriamente na importância de ter os apoios das pessoas de esquerda, mas jamais emprestar nossa voz de novo ou deixar que nossa voz fosse roubada" - explica Trevisan.




O segundo vídeo, que encerra a entrevista, começa com um ofício do SNI (Serviço Nacional de Inteligência), órgão de espionagem do governo federal extremamente atuante no período da ditadura. O documento denunciava o jornal Lampião de Esquina, o primeiro periódico gay do Brasil. 

Depois do lançamento do jornal, os colunistas Darcy Penteado, Aguinaldo Silva e o próprio João Silvério Trevisan foram fichados e passaram a ser monitorados pelos censores. Apesar disso, o jornal circulava. 

Trevisan comenta que até Fernando Henrique Cardoso, quando nem sonhava em ser presidente, comprava o Lampião da Esquina numa livraria e mandava embrulhar, demonstrando o mesmo receio de muitos outros assinantes (mas compava!!!), os quais pediam que o jornal fosse remetido sem o nome Lampião da Esquina no verso do envelope.




João, que é de esquerda, não poupa a esquerda brasileira e latino-americana de críticas, e deixa claro que não suporta dogmatismos, os quais infestam tanto o pensamento da direita como da esquerda brasileiras, cada uma a seu modo.

A direita

"Eu tenho muita dificuldade para dialogar com pessoas de direita, que são, de saída, dogmáticas, autoritárias e sectárias. Então, eu sou rodeado por aqueles com quem eu tenho, teoricamente uma interlocução, e eu fico horrorizado com essa incapacidade de torcer o real, essa dificuldade intrínseca de dialogar com a realidade que [nos] cerca." 

A esquerda

"Quando a coisa [os direitos dos homossexuais] entrava em fricção com os dogmas petistas, os dogmas do partido, as propostas do partido, as prioridades do partido, o que vencia era obviamente a prioridade do partido." 

"Eu nunca me dobrei a palavras de ordem, eu me recuso a me dobrar a dogmas."

"Não acredito na Verdade. A verdade tem que ser discutida democraticamente. Não há nenhum regime que tenha a verdade como fulcro e como substrato da sua atividade. Senão, nós vamos estar caindo numa ditadura. Se você tem democracia, você vai ter que discutir o que é a realidade e o que é a verdade dessa realidade, porque os nossos focos são sempre muito diversificados."


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Não deixe de ler! 


Devassos no Paraíso

Garanto que você nunca leu nada igual. E se já leu algumas das versões antigas, você vai ver coisas que não viu em qualquer uma delas nessa versão revisada e atualizada.



Escolha a livraria com o melhor preço aqui: 
DEVASSOS NO PARAÍSO
https://www.amazon.com.br/Devassos-Para%C3%ADso-edi%C3%A7%C3%A3o-revista-ampliada/dp/8547000658


PAI, PAI

Trata-se de uma fantástica obra de análise de si mesmo e de resgate de toda uma vida. É um verdadeiro inventário da vida de Trevisan, especialmente a infância e a adolescência, especialmente tudo o que ele sofreu por causa do pai dele, um verdadeiro carrasco homofóbico. João Silvério Trevisan conseguiu reinventar sua própria realidade e criar uma couraça de resistência sem perder sua típica doçura. Dono de um pensamento arguto e profundo, Trevisan faz nossas entranhas se moverem enquanto habilmente nos conduz pelo seu passado através de suas belíssimas letras.


Escolha a livraria com o melhor preço aqui: PAI, PAI. 
https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788556520531/pai-pai


Não deixe de ler essas obras.

Aurelio Bernacchi: Fui sequestrado pela Polícia do Exército em 03 de Maio de 1984.

Aurelio Bernacchi

Recentemente fui interpelado ferozmente por uma pessoa, em uma discussão proposta no perfil de um amigo, sobre os Anos da Ditadura, Volta do Militarismo, etc… e ficou realmente difícil escrever sobre Tortura, Arbitrariedades, Violência, DOPS, etc, mantendo a isenção… E eis aqui a razão…

*

É um fato que definiu minha vida militante, que então apenas começara, e que mantive em segredo até hoje mas, do momento em que a memória deste País se desfez a tal ponto que alguns esqueceram, e outros nem sabem do que se trata, me veio a necessidade de dar meu depoimento.

*

ACONTECEU COMIGO.

Fui sequestrado pela Polícia do Exército em 03 de Maio de 1984, e mantido em Cárcere Privado, sendo torturado com Ameaças de Morte Constantes, Interrogatórios, Banhos Frios Os Famosos Telefones (tapas fortes nos ouvidos) e apanhando com Palmatória, por três dias inteiros.

Eu sei do que falo.

Os anos da Ditadura foram um Horror!

Tortura é um Crime Hediondo !

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Eu tinha 18 anos, já tinha profissão, estudava e morava sozinho. Sofri anos com isso... Até muito pouco tempo não conseguia estar na mesma sala com pessoas com uniformes do Exército.

*

Faz 30 anos mas lembro perfeitamente a face de meus torturadores, o cheiro da cela e o frio....


Jornal O Dia - 05 de maio de 1984

Ditadura Nunca Mais!



Passando pela Cinelândia a caminho da Livraria Cultura para atender pedidos do meu livro Em Busca de Mim Mesmo, tive a grata surpresa de encontrar o pessoal da Anistia Internacional fazendo uma intervenção artística para lembrar os crimes da ditadura. E a coincidência se torna ainda mais inusitada quando nos recordamos que durante o regime militar, um livro como o meu já teria sido cassado e eu teria sido interrogado e - muito provavelmente - preso. Sob que alegação? A de corromper a moral e os bons costumes. Talvez alguém pergunte: E teriam razão? A resposta é: NÃO. Simplesmente tudo que escapasse aos objetivos do projeto fascista dos ditadores era visto como imoral, patológico, criminoso ou numa palavra só "comunista" - o rótulo mais eficaz quando o objetivo era dar sumiço em algo ou alguém.

Encontrei Jandira Queiroz (essa linda que me abraça), Tiago e Marcela (os dois jovens ao meu lado) e mais um amigo cuja foto não publico aqui devido ao cargo que ele exerce para o Estado.

O local da intervenção foi a Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores, 01/04/14.









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De um cartunista chamado Elvis:


Bolsonaro e Fascismo: Leia esse texto



Blog do Chico


Livre pensar, direitos humanos e transformação social


sexta-feira, 1 de abril de 2011

JAIR BOLSONARO É PORTA-VOZ DE MUITOS BRASILEIROS


O silêncio pode em algumas situações significar perigosa conivência. Por essa razão, não penso ser desejável e adequado simplesmente ignorar o episódio apenas com intuito de não jogar mais holofotes sobre alguém que pretende se alimentar dessas luzes da audiência. Ao contrário: há algumas reflexões importantíssimas que merecem ser feitas, a partir das lamentáveis e criminosas declarações feitas pelo capitão-deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) ao programa CQC, exibido pela TV Bandeirantes na segunda-feira, dia 28 de março.

Ao responder a questionamento da cantora Preta Gil sobre a possibilidade de um filho dele namorar uma negra e vociferar, em horário nobre, que "não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como, lamentavelmente, é o teu", Bolsonaro explicitou - e não pela primeira vez - duas ordens de preconceitos, simultaneamente: homofobia e racismo. Ardiloso, não demorou a avisar que "não havia entendido a pergunta" e tentou desculpar-se com o movimento negro, intensificando no entanto as investidas intolerantes contra homossexuais.

A estratégia é pensada: racismo, no Brasil, é crime inafiançável e tipificado pela Lei 7716, de 5 de janeiro de 1989. A pena pode chegar a cinco anos de prisão. A homofobia, ao contrário, ainda não é juridicamente considerada um crime. Daí a necessidade premente de aumentar a pressão sobre o Senado Federal em favor da aprovação do Projeto de Lei 122/2006, que criminaliza as práticas homofóbicas e as iguala ao crime de racismo.

No início do ano, por iniciativa da senadora Marta Suplicy (PT/SP), a proposta foi desarquivada e deverá ser analisada pela comissão de Direitos Humanos da casa, antes de chegar ao plenário. Aprová-la representaria, na avaliação do Movimento Não à Homofobia, "colocar o Brasil na vanguarda da América Latina, assim como o Caribe, como um país que preza pela plenitude dos direitos de todos seus cidadãos, rumo a uma sociedade que respeite a diversidade e promova a paz".

Liberdade de expressão???

Diante das reações imediatas e intensas dos movimentos sociais e dos setores progressistas da sociedade, e mais uma vez ardiloso, Bolsonaro apelou para o desgastado argumento do "estou sendo censurado, quero ter garantido meu direito à liberdade de expressão". Falso. O capitão-deputado mistura, no dito popular, alhos com bugalhos e procura confundir para tentar convencer. No limite, trocando em miúdos, o que ele faz é reivindicar o direito de ter preconceitos e de manifestá-los pública e impunemente. Estapafúrdio, um contra-senso. Uma atrocidade e aberração.

Porque certamente a Constituição Federal estabelece, em seu capítulo primeiro, artigo quinto, inciso nono que "é livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença". No entanto, como bem lembra o advogado Rogério Faria Tavares em artigo publicado pelo Observatório da Imprensa, "o cidadão que, no ato de expressar-se, violar a integridade de qualquer outro membro do referido elenco de direitos, não está resguardado por qualquer garantia constitucional: incorre em flagrante desrespeito à Carta de 88 e deve sofrer as consequências correspondentes". O especialista completa: "quando o ato de expressar-se se dá fora do contexto jurídico apropriado, sua qualificação é outra: "abuso," "infração" ou "crime".

Direitos estão associados a deveres e a responsabilidades. A liberdade de expressão, pilar fundamental e insubstituível da democracia, uma das razões de ser do regime democrático, não é absoluta e deve estar conectada harmonicamente a outros preceitos constitucionais também importantíssimos para o funcionamento do Estado de Direito. A prerrogativa de dizer não pode atentar contra a dignidade de outro ser humano. Para construir uma analogia e guardadas as diferenças e devidas proporções: admitir que, em nome da liberdade de expressão, Bolsonaro pode vir a público para manifestar intolerâncias contra negros e homossexuais seria como aceitar que Hitler estava correto ao professar em seus discursos agressões contra os judeus, ciganos, imigrantes, mulheres, portadores de deficiência física, negros e homossexuais... Pois é...

Estimular o debate????

Não procede também a "justificativa" anunciada pelo CQC para convidar o capitão-deputado para a entrevista: o programa alegou que, por ser uma figura polêmica e sem papas na língua, Bolsonaro ajudaria a enfrentar tabus e a incentivar o debate. O "confundir para explicar" se manifesta novamente. Não há dúvidas que, em democracias, pluralidade e contraditório precisam ser fomentados, mas dentro dos marcos constitucionais e civilizatórios, da legítima e desejável divergência racionalizada, sem que representem apologia da intolerância, do preconceito e, no limite, do crime. É isso: debater significa apresentar ideias e argumentos - não incitar ou cometer crimes.

Lembra o jornalista Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania, que "toda vez em que você critica pessoas publicamente por suas características intrínsecas, tais como cor da pele, origem geográfica, crença religiosa ou comportamento sexual, entre outros, está, sim, discriminando, pondo à parte e condenando pessoas por uma faceta delas que não têm como mudar".

E eu recordo cá com meus botões que, em 1992, ao apoiar a decisão da escola Ursa Maior, na capital paulista, de recusar a matrícula da aluna Sheila Carolina de Oliveira, 5 anos, por ser portadora do vírus da Aids, o então presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (SEMESP), José Aurélio de Camargo, afirmou sem pudores que "a criança aidética já nasce com atestado de óbito assinado e portanto não precisa estudar". Abjeto, de embrulhar o estômago. Recuou em seguida, lamentando "o mal-entendido e dizendo que apenas desejava incentivar o debate sobre a doença". Cinismo leviano levado às últimas consequências. A propósito: o argumento do CQC ao explicar o espaço oferecido a Bolsonaro é de natureza bastante semelhante, não?

É preciso considerar ainda mais uma confusão deliberadamente incentivada pelo programa. Não raro, os professores nos deparamos em sala de aula com falas do tipo "você viu a reportagem feita pelo CQC? Ficou boa aquela entrevista feita pelo CQC, não?". Ora, entrevista e reportagem são conceitos e técnicas pertencentes ao campo do jornalismo (que faz pensar e incentiva reflexões); o CQC é um programa de entretenimento (que espetaculariza, provoca sensações e cutuca os instintos mais primitivos). Espertamente, o programa movimenta-se para se apropriar da chancela de credibilidade e reconhecimento sociais de que o jornalismo ainda dispõe. Faz humor (e nem vou entrar no mérito do tipo e da qualidade do humor que faz), mas alega informar. Mais uma vez, é preciso estar atento e saber separar o joio do trigo.

Ventos do fascismo

Não menos importante: Jair Bolsonaro cumpre atualmente o seu sexto mandato como deputado federal e recebeu em 2010, na última disputa, 120.646 votos, alcançando o posto de décimo-primeiro mais votado no Rio de Janeiro. "Logo, tem adeptos fiéis. Conta com financiadores perseverantes", reforça Saul Leblon, na Agência Carta Maior. Sugiro exercício bem simples: acompanhar cartas sobre o assunto que têm sido publicadas pelos jornais, nas seções dos leitores. Boa parte delas tece elogios à postura de Bolsonaro. Cuidado: o capitão-deputado está longe de ser uma caricatura; ao contrário, publiciza, reverbera e amplifica aquilo que muita gente no Brasil infelizmente pensa e defende: extermínio de pobres, perseguição às minorias, pena de morte, tortura, racismo, homofobia, ditadura...

Bolsonaro funciona como porta-voz de setores representativos e significativos da sociedade brasileira (só para lembrar, ao abrir a caixa de Pandora na eleição presidencial de 2010, José Serra conquistou cerca de 44% dos votos no segundo turno). O comportamento do capitão-deputado e as falas dele - e o respaldo social que recebem - nos levam a duas importantes reflexões finais. Primeiro: conseguimos, os setores progressistas, vencer a disputa presidencial nas três últimas eleições - mas estamos certamente falhando na construção de hegemonia de valores e princípios. Segundo (e como consequência da anterior): os ventos do fascismo insistem em soprar despudoradamente por aqui.

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