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Sobre piadas e piadas





Alguns amigos assistiram ao vídeo “O Que é Homofobia?” e depois me colocaram algumas perguntas sobre o lugar do humor e da liberdade que permite que este seja feito. De uma das discussões sobre esse assunto, eu gostaria de resumir alguns dos meus pontos de vista para esclarecer questionamentos semelhantes.

Sobre piadas pejorativas com pessoas LGBT, o simples fato de se fazer esse tipo piada já demonstra o preconceito que se carrega e que nem sempre é racionalizado. A questão pode ser colocada assim:

Por que é que eu tenho que rir às custas da identidade alheia?

Essa deveria ser a questão a ser pensada. Ainda mais quando vemos uma verdadeira guerra sendo travada por direitos das minorias, sejam judias, negras, LGBT, etc. Por que reforçar, através do 'humor' preconceitos que deveriam nos fazer corar de vergonha (em pleno século XXI) e não nos dar crises de riso? Eu sou um cara super bem humorado (a maior parte do tempo), mas rio muito mais de mim mesmo do que dos outros. Ao contrário do que muitos pensam, o riso não é amoral. Não consigo rir dos campos de concentração. Alguns alemães (nazistas!) conseguiam. Isso revela muito sobre mim e sobre eles. Muitas vezes o ‘piadista’ revela mais de si numa piada do que da pessoa ou grupo de quem debocha.

Algumas pessoas usam a piada para demarcar um distanciamento do grupo a que se referem através dela. Conquanto eu não seja gordo ou negro, também não gosto de piadas sobre gordos e negros. Não preciso ser parte de uma minoria para entender o mal que isso pode causar a algumas pessoas. Obviamente, nem todas as pessoas ligam pra isso. Outras, porém, são capazes de entrar em depressão ou fazer coisa pior por causa de uma ridicularização pública.

Da mesma forma, conheço muita gente heterossexual que não gosta de piadas sobre gays. Não discuto com quem faz piadas desse tipo. Felizmente, não estou sozinho no pensamento de que tais piadas são desnecessárias e antissociais, muita gente também pensa assim. Isso não quer dizer que tenhamos razão. Minha esperança é de que, por meio do controle da própria sociedade, os indivíduos que agem de modo grosseiro ou impróprio mudem de atitude, senão por convicção, pelo menos pelo medo do ridículo. Aliás, já tenho visto isso acontecer. O piadista ‘fica no vermelho’ quando faz uma piada racista, porque muita gente discorda da piada, apesar de não perder tempo discutindo com o piadista. Ele acaba simplesmente caindo no desprezo dos que consideram tal coisa absolutamente imprópria ou inconveniente. Eu costumo fazer a mesma coisa: Ignoro a piada, enquanto esse comportamento não perturbar meu dia-a-dia.

Não consigo, porém, evitar me perguntar o que busca o piadista que precisa tão desesperadamente ser o centro das atenções e ainda faz questão do acompanhamento das risadas, valendo até apelar para o achincalhe dos mais vulneráveis? Isso deveria ser pensado.




Que fique claro que adoro rir - não debochar dos outros. Não quero um mundo sem humor. Quero um mundo sem mal gosto. Quem já me viu dando palestras, já riu muito comigo. ;) Por exemplo, um encontro de mais de três horas como o que tive em Brasília com o pessoal da Cia. Do Triângulo Rosa para falar sobre fundamentalismo seria insuportável sem bom humor e cordialidade pontuando a palestra aqui e ali. No entanto, a atmosfera de curiosidade, entusiasmo e participação da audiência continuou até que a reunião fosse encerrada. O BOM humor é antídoto para muita coisa ruim no mundo. É certo que quem nunca ri, tem problema. ;) Agora, quem só consegui rir dos outros... também.





Vejo muito lixo chamado stand-up comedy no Brasil. ‘Shows’ a 70 reais em alguns teatros do Rio de Janeiro que não merecem nem 10 reais. No entanto, um dos pioneiros do stand-up comedy foi o americano e ateu George Carlin. Veja a página dedicada a George Carlin aqui no Fora do Armário. Ele é inteligente. Fala mal das religiões, do governo, dos ecologistas, etc.? Sim, mas com inteligência. Não está atacando grupos socialmente vulneráveis. Ninguém vai ficar deprimido ou com vergonha de sair de casa por causa do que ele diz. Pelo contrário, seu humor é altamente denunciativo do ponto de vista político, social. Ele expõe a hipocrisia da sociedade que durante anos o perseguiu com processos e tentativas de censura por causa de coisas como simplesmente falar a palavra ‘merda’ no show ou questionar a crença em deus. Esse cara fazia stand-up comedy de qualidade.

George Carlin não ataca identidades, mas ideias. A ideia de deus, a ideia de que religião é sempre boa, a ideia de que os EUA são mais inteligentes, etc. Agora, nós temos três possibilidades aqui: igualar tudo e perdoar tudo; proibir tudo; ou, então, pensar cada coisa separadamente. Se dizer que deus é um amigo imaginário for a mesma coisa que dizer que viado é cidadão de segunda categoria, vou deixar de ser ateu... hahahaha. Oops! Essa piada não tem graça. J

Victor Tufani (via Facebook) colocou muito bem o seguinte:

“Quando se critica esse tipo de humor não é uma censura também. O stand up, por exemplo, já tem uma diferença grande daquele show de humor tradicional. É só comparar os espetáculos "black face" dos EUA nos anos 20, em que os atores brancos se pintavam de preto e ridicularizavam o cotidiano dos negros pobres, o que era um humor incrivelmente racista, com os standups do Chris Rock, em que ele mesmo faz piada com negros, usa a história de vida dele como um exemplo cômico, e isso acaba soando totalmente diferente, porque no final o que ele ridiculariza é o racismo, e não o negro. Naquele programa do Paulo Gustavo, o 220 volts, ele faz a "senhora dos absurdos", que é uma personagem branca, de classe média, racista. Vestindo a personagem, ele acaba fazendo uma crítica ao tipo de mulher preconceituosa, dondoca, quando, se fosse ele de cara limpa fazendo aquelas mesmas piadas, ele próprio soaria racista. O humor é complexo pra caramba, então a intenção e a execução, de maneira muito sutil, podem acabar fazendo a diferença entre um humorista genial pra um medíocre e ofensivo.”

Portanto, eu nunca disse que não se pode fazer piada com a temática LGBT, mas vale aplicar o que tem sido dito até agora na hora de decidir se uma piada é só brincadeira ou ataque. Talvez o conceito de vulnerabilidade social não esteja claro nessa discussão. Sugiro uma pesquisa sobre o tema: vulnerabilidade pessoal, vulnerabilidade social e vulnerabilidade institucional. Procurar saber mais sobre esse tripé pode ser uma boa para os interessados no tema. Muito do bullying pelo qual passam crianças, adolescentes e jovens LGBT é alimentado pelas piadas de mal gosto da TV e de outros meios de comunicação. Alguns deles sucumbem à pressão. Como pode isso ser menos importante do que a risadinha barata de alguém que não vê além da própria piada?


E para não dizerem que eu não falei de flores, 
uma piada com temática LGBT que eu adoro! hehehe

The Trip - Filme com tema gay


Trailer aqui:
https://youtu.be/7nKExyTX3HI
☝☝☝


Parece mais um filme cliché sobre homossexualidade: festas, chiliques e pegação - a visão míope dos que sabem muito pouco sobre o tema -, mas o filme vai muito além disso. O enredo aborda diversas situações, dramas, lutas, vitórias e sofrimentos da comunidade gay americana enquanto gira em torno da vida do protagonista, sua família, sua luta contra si mesmo, etc.

Vale a pena assistir. Romântico, divertido, politicamente engajado.

Meus agradecimento ao meu amigo Cosme que me indicou esse filme.

Assista o filme completo aqui (espanhol) pode ser visto no YouTube aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=5sw3DubQ0gc


"The Trip" é um filme de drama romântico americano de 2002, dirigido por Miles Swain. A trama acompanha o relacionamento de dois homens, Alan e Tommy, desde seu encontro inicial em 1973 até 1984, tendo como pano de fundo eventos históricos significativos, como a campanha "Save Our Children" de Anita Bryant e o surgimento da epidemia de AIDS. 
WIKIPEDIA

Sinopse:

 Em 1973, Alan, um jovem republicano aspirante a jornalista, conhece Tommy, um ativista gay assumido. Apesar de suas diferenças políticas e sociais, eles iniciam um relacionamento que se estende por mais de uma década, enfrentando desafios pessoais e sociais em meio ao movimento pelos direitos gays e à crescente crise da AIDS.

Elenco Principal:

Larry Sullivan como Alan Oakley
Steve Braun como Tommy Ballenger
Ray Baker como Peter Baxter
Alexis Arquette como Michael

Recepção: 

"The Trip" recebeu críticas mistas, mas foi elogiado por veículos como o Los Angeles Times e pelo crítico Rex Reed. O filme ganhou mais de uma dúzia de prêmios em festivais de cinema, incluindo dois prêmios HBO de audiência para melhor filme, melhor ator para Steve Braun e melhor diretor para Miles Swain. 

Myriam Réus - por Celso Andre

Myriam Réus - Celso Andre



Myriam Réus é uma personagem interpretada pelo humorista Celso Andre. A personagem ganhou destaque por suas imitações e performances humorísticas, especialmente relacionadas à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Em um de seus vídeos mais conhecidos, "Myriam Réus - por Celso Andre", ela aborda temas como humor, imitação e homofobia, proporcionando reflexões sobre esses assuntos de maneira satírica. 

Celso Andre, além de atuar como humorista, também é conhecido por seu trabalho em mídias sociais, onde compartilha conteúdo humorístico e reflexivo. Vídeos como "Myriam Réus - por Celso Andre" podem ser encontrados em seu canal no YouTube, oferecendo aos espectadores uma mistura de comédia e crítica social. 

Assista ao vídeo mencionado e conheça mais sobre a personagem Myriam Réus
e o trabalho de Celso Andre:


Cartoon gay


Legenda

Estudo: Homossexualidade é comum entre os animais

Balão: Desviem os olhos, crianças - o estilo de vida escolhido por eles 
é uma abominação perante o SENHOR!



Comentário meu: 
Captou a estupidez do preconceito por orientação ou identidade de gênero? ;)


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A diversidade está em toda parte – inclusive no reino animal 🐧🌈


Você já ouviu alguém dizer que a homossexualidade “não é natural”? Pois é, essa frase além de preconceituosa, é cientificamente falsa. Diversas espécies do reino animal expressam comportamentos que poderíamos chamar de “gay”, e isso já foi registrado em todo o planeta – de insetos a mamíferos, passando por pássaros, peixes e até polvos!

Ao contrário do que muitos pensam, o comportamento homossexual não é uma exclusividade dos seres humanos. Pesquisadores do mundo inteiro já documentaram interações afetivas, sexuais e até criação conjunta de filhotes entre animais do mesmo sexo. São milhares de casos! 🐾

🐧Pinguins apaixonados

Os pinguins estão entre os casais gays mais famosos do reino animal. Em diversos zoológicos e também na natureza, já foram observados pinguins machos formando pares duradouros, construindo ninhos juntos e até criando filhotes abandonados. Roy e Silo, um casal de pinguins machos do zoológico do Central Park, em Nova York, ficaram tão populares que viraram até livro infantil!

🐒 Bonobos: paz, amor e diversidade sexual

Os bonobos, primos bem próximos dos humanos, são verdadeiros embaixadores da liberdade sexual. Eles usam o sexo – inclusive entre indivíduos do mesmo sexo – como forma de criar laços sociais, resolver conflitos e manter a paz no grupo. Entre as fêmeas, então, o afeto é um espetáculo à parte!

🐏 Carneiros “fora do armário”

Um estudo da Universidade do Oregon identificou que cerca de 8% dos carneiros preferem exclusivamente parceiros do mesmo sexo, mesmo quando há fêmeas disponíveis. Ou seja, não é por falta de opção: é por afinidade mesmo!

🦢 Cisnes, flamingos e outros casais coloridos

Cisnes negros e flamingos também já formaram pares do mesmo sexo que cuidam juntos de ovos (muitas vezes “adotando” os que foram abandonados). E não pense que é raro: em algumas populações, há uma boa porcentagem desses casais arco-íris, que mostram que o amor realmente não tem gênero.

🐶 Cães, gatos, golfinhos e mais

Sim, até os pets que temos em casa podem manifestar comportamentos homoafetivos. E entre os golfinhos, o que não falta é carinho entre machos – eles nadam juntos, se tocam e formam laços duradouros que são emocionantes de observar.


🌍 A diversidade é natural

O que a ciência tem mostrado é que o comportamento homossexual não só existe entre os animais como é uma parte natural da biodiversidade da vida. Essa diversidade pode ter funções sociais, afetivas e até evolutivas. Não há “anormalidade” nenhuma nisso. Pelo contrário: é mais uma prova de que a natureza é plural, criativa e surpreendente.

Então, da próxima vez que alguém vier com o velho discurso de que "isso não existe na natureza", você já sabe o que responder: existe sim, e em grande estilo!

Porque o amor – seja em forma de afeto, parceria, cuidado ou desejo – é algo que atravessa espécies, gêneros e fronteiras. E ele deve ser celebrado, sempre. 🌈✨

Ateus famosos

Ateus Famosos: Mentes Brilhantes

Se tem uma coisa que incomoda muita gente é descobrir que aquela pessoa genial, criativa ou inspiradora... não acredita em Deus. Em pleno século 21, ainda é comum associar ateísmo à frieza, arrogância ou mesmo à falta de valores — como se só fosse possível ser ético com a Bíblia na mão. Mas a verdade é que muitas das maiores mentes da história já declararam, sem medo, que não acreditam em nenhuma divindade.

Conhecla alguns dos nomes que marcaram o mundo com suas ideias, descobertas, arte e coragem — e que também disseram "não, obrigado" à fé religiosa. Gente que pensou fora da caixa, inclusive a caixa da religião.

Se você é ateu, agnóstico, em dúvida ou apenas curioso, essa lista é pra você.


📚 Escritores e Intelectuais

  • Christopher Hitchens – Jornalista e autor de Deus não é Grande.

  • Richard Dawkins – Biólogo evolutivo, autor de Deus, um Delírio.

  • Sam Harris – Filósofo e neurocientista, autor de O Fim da Fé.

  • Michel Onfray – Filósofo francês, autor de Tratado de Ateologia.

  • Jean-Paul Sartre – Filósofo existencialista francês.

  • Simone de Beauvoir – Filósofa e feminista, companheira de Sartre.

  • Isaac Asimov – Escritor de ficção científica e bioquímico.

  • Bertrand Russell – Filósofo, matemático e autor de Por que não sou cristão.

  • José Saramago – Escritor português, Prêmio Nobel de Literatura.

  • Mark Twain – Escritor e crítico social.

  • David Hume – Filósofo escocês do Iluminismo (século XVIII), cético religioso.

  • Karl Marx – Filósofo e economista, crítico da religião como “ópio do povo”.


🔬 Cientistas

  • Stephen Hawking – Físico teórico e cosmólogo (não se declarava ateu inicialmente, mas posteriormente afirmou não acreditar em Deus).

  • Carl Sagan – Astrônomo e divulgador científico (agnóstico tendente ao ateísmo).

  • Richard Feynman – Físico vencedor do Nobel, defensor do pensamento científico.

  • Francis Crick – Co-descobridor da estrutura do DNA.

  • James Watson – Co-descobridor do DNA, crítico de visões religiosas.


🎨 Artistas e Figuras da Cultura Pop

  • Woody Allen – Cineasta e roteirista, frequentemente aborda temas religiosos com ceticismo.

  • George Carlin – Comediante que fazia sátiras contundentes sobre religião.

  • Ricky Gervais – Ator e comediante britânico, criador de The Office.

  • John Lennon – Músico (The Beatles), autor de Imagine – canção com temática explicitamente secular.

  • Penn Jillette – Ilusionista e escritor, vocal sobre seu ateísmo.

  • Douglas Adams – Autor de O Guia do Mochileiro das Galáxias.

  • Luis Buñuel – Cineasta espanhol, conhecido por sua crítica religiosa.


🧠 Ativistas e Personalidades Públicas

  • Madalyn Murray O'Hair – Fundadora da American Atheists, ativista ateia nos EUA.

  • Ayaan Hirsi Ali – Ativista dos direitos das mulheres, crítica do fundamentalismo religioso.

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