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ACABEI DE LER "ENTRE A CRUZ E O ARCO-ÍRIS" - Impressões de Sergio Viula

O lançamento será nessa segunda-feira, 14 de outubro em São Paulo.



Ontem, dia 12 de outubro, foi feriado nacional. Marquei um encontro com um líder LGBT, mas ele acabou não comparecendo, e se desculpou pelo transtorno. Não perdi tempo, e passei na Livraria Cultura, mesmo sem muitas esperanças de que estivesse aberta, mas estava. Peguei meu livro já pago e reservado, de autoria de Marília Camargo César - Entre a Cruz e o Arco-Íris. Li-o todo. Tem uma sessão praticamente só falando sobre minha experiência. Fui direto lá, é claro. Curiosidade máxima. Mas o livro vai muito além de mim, graças a Zeus!!! hehehehe Ela foi muito sensível e sensata, mesmo tentando falar mais a cristãos moderados ou radicais do que aos LGBT propriamente.

Dá gosto ver certas colocações dela e de seus entrevistados, mas também dá uma certa revolta ver a ignorância de uns 'medalhões' evangélicos pentecostais/tradicionais e protestantes reformados, que falam muito, mas não percebem quão vulneráveis são seus raciocínios viciados em pensar a partir de certas passagens e determinadas interpretações. Felizmente, há pastores e até bispos que abraçam completamente a dignidade das pessoas LGBT, sua sexualidade e seus relacionamentos, e estes também constam no livro.

O livro tem a seu favor duas coisas, pelo menos:

1. A tentativa de dar voz as dois lados (ou mais): gente religiosa (a maioria) ou não (como o meu caso); sejam contra ou a favor; gente que é LGBT, e nega-se; gente que é LGBT, e afirma-se com reservas; gente que é LGBT, e afirma-se sem medo de ser feliz; e gente que jamais soube o que é ser LGBT, mas mesmo assim não para de fiscalizar a sexualidade alheia;

2. O livro identifica ideias, acontecimentos, comportamentos, mudanças em relação ao tema ao longo da história, tocando em religião (e ausência dela), psicologia, política, estatísticas, testemunhos pessoais de conversão, "des-conversão", ex-gays, ex-ex-gays, suicídios e crimes motivados por homo-transfobia e seus efeitos, entre outras coisas. Tem muita informação bem sistematizada, tanto do passado como do presente.

Bem, vale a pena ler - não como manual de fé e prática. Chega disso!!!! Mas como fonte de conhecimento sobre diversas facetas da mesma questão: a recriminação dos que se arvoram representantes de Deus, da família, dos bons costumes, e os avanços dos direitos humanos na forma dos direitos civis dessas minorias, por tanto tempo discriminadas, renegadas, mal-compreendidas. Apesar do livro cutucar o Movimento LGBT em diversos momentos, não deixa barato para os fundamentalistas.

A jornalista, que também é cristã, deixa claro, ao longo de seu trabalho (de muita pesquisa e entrevistas ao vivo), que espera que as igrejas aprendam a lidar com a diversidade sem ódio, preconceito e discriminação.

Pessoalmente, folgo com o livro, mesmo não compartilhando da visão religiosa da autora e de muitos de seus entrevistados. Penso, porém, que esse diálogo que ela procurou estabelecer é produtivo, é humanizante, especialmente para um público que costuma se fechar em seu círculo e ignorar todas as vozes que venham de fora. Marília César Camargo fala de dentro. Ela é uma deles, mas tem muito mais agape do que a maioria deles. Que contribua para transformação de tanto ódio em amor.

P.S.: A meu respeito, há um número ou outro equivocado, mas já enviei a errata para a autora, que prometeu pedir a editora que os corrija para futura edições. Nada que altere o tom da ópera. :)

As quatro perguntas que Silas Malafaia não quis responder: Entre a Cruz e o Arco-Íris

A autora Marília Camargo César, o pastor  Silas Malafaia
e o livro "Entre a cruz e o arco-íris":
agenda disputadíssima impediu entrevista, alegadamente


Sessão de autógrafos
Segunda-feira, 14 de outubro, 18:30.
Livraria Cultura Conjunto Nacional
Av. Paulista, 2073 - São Paulo - SP


Por Sergio Viula


LEMBRAM DO LIVRO "ENTRE A CRUZ E O ARCO-ÍRIS"? O lançamento é hoje (São Paulo). Quem puder compareça. Agora, veja o que fez Malafaia quando a jornalista que escreveu o livro quis entrevista-lo. Só para constar: Eu fui uma das pessoas que respondeu as perguntas de Marília. Foram horas de conversa, sem pressa e sem medo de desnudar meu pensamento diante do olhar e dos ouvidos atentos da jornalista. Malafaia não devia ser levado a sério, mas ele tem um séquito de imbecis incapazes de questionar suas contradições e má-fé.

VEJAM AS PERGUNTAS AQUI:

1. O teólogo Justino Mártir (100-165) dizia que uma das marcas da igreja cristã primitiva era o fato de os santos terem passado a “conviver com outros povos” com os quais antes não conviviam “por causa de seus costumes diferentes”. Ou seja, segundo ele, a mensagem de Jesus mudou sua maneira de relacionarem-se com os diferentes. O senhor enxerga esse mesmo espírito em seus discurso acerca dos ativistas homossexuais? Em caso negativo, como o senhor justifica essa aparente diferença de postura entre Justino Mártir e Silas Malafaia?

2. Pelo que entendo, boa parte do seu discurso contra a PL122 baseia-se no que ela fere dos direitos dos cristãos. Biblicamente, o cristão teria outro direito além de servir o próximo e ser, como diria Charles Spurgeon, “a bigorna do mundo”?

3. Os evangelhos mostram Jesus amoroso e misericordioso com os marginalizados e pecadores. O episódio da casa de Levi, por exemplo, mostra-o comendo e bebendo com prostitutas e alcoólatras. Os únicos registros da Bíblia de Jesus desqualificando e confrontando publicamente eram dirigidos aos líderes religiosos (“sepulcros caiados”, “raça de víboras”, “cegos que guiam cegos” etc.). O senhor, nos últimos anos, tem feito aparições públicas ao lado de líderes religiosos muito controvertidos no meio protestante, alguns com complicações até na justiça comum (Sônia e Estevam Hernandes, Morris Cerullo). Por outro lado, em seu debate sobre homossexualidade, já chamou ativistas gays de “parasitas”, uma premiada jornalista de “vagabunda”, políticos de “idiota”, “frouxo” e “bandido”. Como o senhor harmoniza esses comportamentos aparentemente opostos entre Jesus Cristo e um de seus representantes brasileiros mais expostos na mídia?

4. O apóstolo Paulo, em Romanos 1, afirma que a homossexualidade é decorrência do fato de os homens não terem rendido graças devidas a Deus e terem, como efeito, glorificado a imagens feitas à semelhança do homem. Gostaria de fazer duas perguntas ao senhor: a) digamos que os cristãos consigam proibir legalmente não apenas o casamento, mas toda relação ou manifestação homossexual em todos os países do mundo. O senhor acha que isso reverteria em glória para Deus? b) o senhor afirmaria que a sua luta contra o comportamento homossexual equipara-se em tempo e energia à sua luta contra outras “disposições mentais reprováveis” citadas por Paulo no texto, como a ganância, a injustiça, a rivalidade e a arrogância? Em caso negativo, porque a preferência por um assunto que, se entendo bem, é apenas uma entre várias manifestações de um mal maior (o rompimento do homem com Deus)?

fonte: Blog do Ricardo Alexandre


QUER ENTENDER DE ONDE VEM TODO ESSE ÓDIO DE FUNDAMENTALISTAS CRISTÃOS CONTRA OS HOMOSSEXUAIS?


ENTÃO, LEIA:

https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2014/11/de-onde-vem-o-odio-de-cristaos.html

MALAFAIA CORRE DO ENFRENTAMENTO ÀS SUAS PRÓPRIAS INCONSISTÊNCIAS, MAS AQUI VOCÊ VAI AQUILO QUE ELE NUNCA LHE DIRIA.

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