Mostrando postagens com marcador audiência cura gay. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador audiência cura gay. Mostrar todas as postagens

Califórnia proíbe terapia de 'conversão' para jovens gays - por Roberto Warken

Califórnia proíbe terapia de 'conversão' para jovens gays

Medida foi saudada por militantes gays na Califórnia






1 de outubro, 2012


O governador do Estado americano da Califórnia, Jerry Brown, assinou uma lei que proíbe uma terapia polêmica que tenta 'converter' jovens gays em heterossexuais.

Com a medida, a Califórnia passa a ser o primeiro Estado americano a banir a prática que, segundo críticos, oferece danos psicológicos aos menores que são submetidos a ela.

A medida foi saudada por defensores dos direitos de gays que afirmam que as chamadas ''terapias reparadoras'' não possuem base científica e põem jovens em risco.

Em uma mensagem no Twitter, o governador californiano, Jerry Brown, disse apoiar a lei porque ela proíbe '''terapias' não-científicas que levaram jovens à depressão e ao suicídio''.

A lei proíbe menores de 18 anos de passar por terapias de mudança de orientação sexual.

O projeto também contou com a aprovação da Associação Psicológica da Califórnia.

Exemplo californiano

O senador estadual Ted Lieu, um democrata, afirmou que a lei, que entra em vigor a partir de janeiro de 2013, serve como um tributo à memória de um jovem que cometeu suicídio após ter se submetido ao tratamento.

O senador conclamou outros Estados americanos a seguir o exemplo californiano. Lieu afirmou que, mesmo o psiquiatra que introduziu o tratamento, Robert Spitzer, se arrependeu e renunciou à prática.

''Se alguém tem quaisquer dúvidas de que tais terapias são malignas, eles precisam apenas escutar relatos de vítimas que passaram por essas práticas abusivas'', afirmou Lieu.

Grupos religiosos e políticos republicanos de direita argumentam que banir a terapia infringe os direitos de pais de oferecer auxílio psicológico a crianças que estão passando por confusões quanto à sua preferência sexual.

Terminando, reitero - apoie o Manifesto do Conselho Federal de Psicologia em http://site.cfp.org.br/manifesto-2/

Roberto Warken

Como foi a audiência do projeto de "Cura Gay" do Deputado João Campos

27/11/2012 - 20h12


Debatedores divergem sobre abordagem psicológica da homossexualidade


Alexandra Martins



No debate, foram abordados temas como critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
Em audiência tumultuada na Comissão de Seguridade Social e Família, nesta terça-feira (27), com participantes quase expulsos diversas vezes, debatedores ligados a igrejas evangélicas e a movimentos de defesa dos direitos dos homossexuais discordaram, em praticamente tudo, sobre a oferta de tratamento para a homossexualidade, proibida pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1991. O Projeto de Decreto Legislativo 234/11, do deputado João Campos (PSDB-GO), tema do debate, pretende revogar essa proibição.
 
Assim como os demais defensores do projeto, João Campos argumentou que a resolução extrapola a competência do conselho e fere a autonomia de psicólogos e pacientes.
 
Ainda segundo Campos, a medida contraria princípios como o da razoabilidade e do livre arbítrio do ser humano de procurar o profissional que quiser. “Não podemos permitir que essa norma que fere direitos fundamentais persista”, asseverou.
 
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), homossexual assumido e veementemente contrário ao PDC, destacou que a Constituição confere poderes ao Congresso apenas para sustar atos do Executivo que extrapolem sua competência de legislar. “O conselho não integra o Executivo; então, a Câmara não tem competência para revogar [a resolução]”, afirmou.
 
Já o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) disse haver “psicólogos reclamando da resolução, que os impede de fazer seu trabalho”. Esse também foi um argumento utilizado pelo pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo. “Todo paciente adulto com saúde mental tem direito de decidir sobre seu próprio corpo”, asseverou. De acordo com Malafaia, a resolução do conselho deve ser “jogada no lixo”.
 
Tendência internacional

O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Cota Verona, ressaltou que a Resolução 1/99, alvo do projeto de João Campos, “está afinada à posição internacional de não reconhecer a homossexualidade como doença, mas como uma das possibilidades de expressão da sexualidade humana”. Desde 1991, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do rol de doenças.
 
Verona lembrou que a Lei 5766/71 estabeleceu, ao criar o conselho, que ele “tem poder supremo único” para definir o limite de competência do exercício profissional. “Para que servem então os conselhos e o que fazer das leis que os criaram e definiram suas funções?” questionou.
 
Porém, a psicóloga Marisa Lobo Alves defendeu mudanças na resolução para que as pessoas possam “receber ajuda quando a procurarem”. Segundo ela, existem, sim, ex-homossexuais. Dentre as causas que levam alguém a pensar que é homossexual sem ser, a profissional afirma estar o abuso na infância. “Ele pode ter comportamento semelhante ao de travesti como forma de defesa ou de compensar marcas decorrentes”, afirmou.
 
Honestidade

Já as deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) pediram “honestidade no debate”. Feghali ressaltou que a resolução apenas proíbe o tratamento como patologia de comportamentos ou de práticas homoeróticas, assim como terapias não solicitadas.
Ela avaliou que, no debate, todos concordaram que qualquer pessoa com dificuldades pode procurar um psicólogo. “Ou todos concordam que há convergência de opinião ou explicitem o conteúdo homofóbico das suas posições”, sustentou.
 
Kokay ressaltou que a resolução 1/99 somente reafirma princípios adotados pela OMS, segundo a qual homossexualidade não é doença e, portanto, não pode ser tratada. “Alguns querem esconder seus argumentos homofóbicos em outros argumentos que não se sustentam; nós precisamos ter honestidade”, afirmou.
 
Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis (ABLGBT), o PDC tem de ser “imediatamente” arquivado. “Se [homoafetividade] for doença, todos têm de ter aposentadoria compulsória”, argumentou.

Íntegra da proposta:
PDC-234/2011
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=505415

Reportagem – Maria Neves
Edição – João Pitella Junior

Fonte: 'Agência Câmara Notícias'
https://www.camara.leg.br/noticias 


------------------------
COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Não deixe de ler o comentário de Roldão Arruda em sua coluna no Estadão. O artigo é objetivo, perspicaz e muito bem informado.  O título é: Bancada evangélica agora investe na “cura” dos gays.

https://www.estadao.com.br/politica/roldao-arruda/bancada-evangelica-agora-investe-na-cura-dos-gays/

Não deixe de ler esse post de Leonardo Sakamoto: 
https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/11/28/xingamento-em-debate-como-ir-para-o-inferno-se-ele-nao-existe/

Até o pessoal do Conselho Federal de Psicologia
está lendo Em Busca de Mim Mesmo.





ADQUIRA  AQUI:

https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM


Postagens mais visitadas