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A Alemanha começa a receber gays que fugiram do expurgo homofóbico da Chechênia

Angela Merkel - Chanceler Alemã



Por Nick Duffy
Para o Pink News - 08 de junho
http://www.pinknews.co.uk/2017/06/08/germany-welcomes-gay-man-who-fled-chechnyas-homophobic-purge/

Adaptado por Sergio Viula



A Alemanha abriu as portas para os homens gays que fugiram do expurgo LGBT na Chechênia. Em abril, o jornal russo Novaya Gazeta reportou sobre a perseguição homofóbica que havia sido deflagrada na região, que é autônoma em relação à Rússia, mas faz parte da Federação Russa. Os jornalistas que revelaram a história foram forçados a se esconderem depois que foi declarada "Jihad contra eles".

Enquanto isso, grupos LGBT entraram em ação para ajudar as pessoas LGBT a escaparem daquela região e da Rússia. A resposta russa às repetidas exortações internacionais para investigar o caso tem sido praticamente nula.

Essa semana, a Alemanha agiu concretamente para aceitar um refugiado da Chechênia. De acordo com The Local, um oficial do Ministério para Assuntos Estrangeiros confirmou que "um visto foi emitido e a pessoa pôde entrar na Alemanha em 6 de junho".

The Local: https://www.thelocal.de/20170608/germany-grants-refuge-to-gay-man-from-russian-muslim-province  

O Ministério disse ao jornal alemão Tagesspiegel: “Estamos felizes em poder ajudar, especialmente em casos difíceis. Em cada caso, o governo alemão verifica que proteção significativa pode ser concedida no interesse da pessoa afetada."

O país provê vistos em caso de "situações humanitárias urgentes" para pessoas em risco.

O caso acontece depois que Angela Merkel, chanceler alemã, levantou o assunto numa conferência de imprensa em dupla com Vladimir Putin.

Ela disse: "Acreditamos em intercâmbio mesmo que haja diferenças de opiniões. Falamos sobre os direitos e opiniões da sociedade civil aqui na Rússia. O direito de protestar é importante numa sociedade civil, e também destacamos os papéis das ONGs. Temos recebido relatório negativos sobre o modo como os homossexuais são tratados na Chechênia em particular, e eu pedi ao Presidente Putin que use sua influência para [ajudar] as pessoas gays na região."

Putin não respondeu aos comentários dela.

Chechênia: Mobilização nas últimas horas e o que você pode fazer contra a prisão e tortura de gays em campo de concentração

Por Sergio Viula
Com informação de sites internacionais




Centenas protestaram em frente à Embaixada da Rússia 
em Londres ontem (12/04/17).
Fonte: Evening Standard.
http://www.standard.co.uk/news/london/hundreds-protest-against-gay-concentration-camps-in-chechnya-outside-londons-russian-embassy-a3514026.html



Durante uma manifestação que reuniu centenas de pessoas em frente à embaixada da Rússia em Londres ontem (quarta-feira, 12/04), Michael Salter-Church, co-diretor do Pride in London disse o seguinte: "Dá um frio na espinha ouvir sobre campos de concentração em 2017."

Ele acrescentou: "Os abusos da Rússia não podem ser ignorados."

O grupo enviou carta à Primeira Ministra Theresa May e ao Secretário de Assuntos Estrangeiros Boris Johnson instando os dois a que se encontrem com Embaixador da Federação Russa para o Reino Unido. Até o momento, o governo russo não comentou publicamente o episódio.




O site da revista OUT recorda que a primeira notícia sobre a prisão sistemática de homens gays na Chechênia foi publicada pelo Novaya Gazeta, um jornal russo de oposição. A Chechênia, que é uma república independente e controlada por muçulmanos, faz parte da Federação Rusa. Seu líder nega as prisões e o estabelecimento de um campo de concentração para gays, mas cai em contradição semelhante à de Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã, que alegou não existirem gays no Irã (2007), enquanto execuções oficiais eram praticadas em praça pública e documentadas por observadores.


Ramzan Kadyrov, líder da república chechena


Falando ao New York Times, o líder checheno Ramzan Kadyrov negou que existam pessoas gays na região. "Você não pode prender ou reprimir pessoas que simplesmente não existem em nossa república", disse ele. "Se tais pessoas existissem na Chechênia, a lei não teria que se preocupar com elas porque seus próprios parentes as enviariam para um lugar de onde nunca mais poderiam retornar".

Com isso, Kadyrov não apenas respondeu cinicamente e revelou sua própria homofobia, coisa inaceitável para um líder nacional, mas também reconheceu que pessoas gays estariam em constante perigo de morte naquela república e sem qualquer proteção do Estado contra seus possíveis agressores. A fala de Kadyrov carrega o tom de quem se orgulha de práticas de extermínio, inclusive aquele que possa ocorrer dentro da própria casa/família do indivíduo - prática recorrente entre muçulmanos radicais em países que não reprimem esse tipo de violência.

Na verdade, as prisões de homens gays entre 16 e 50 anos começaram imediatamente depois que um grupo de defesa dos direitos gays, o GayRussia.ru, solicitou autorização para celebrar uma Parada do Orgulho LGBT. A solicitação foi negada e sucedida por essa perseguição implacável contra os cidadãos gays da Chechênia.

A presidente do GLAAD (Gay and Lesbian Alliance Against Defamation), Sarah Kate Ellis, solicitou que a Embaixadora americana das Nações Unidas, Nikki Haley, condene os ataques na Chechênia e exija ação para detê-los.



Sarah Kate Ellis - CEO do GLAAD - Foto pelo Dreamforce Vídeo


Se você sabe escrever em inglês, junte-se a esse clamor contatando a Embaixadora Haley diretamente por aqui: https://usun.state.gov/contact


Igor Yassin, ativista russo. Foto pelo Queer Russia


Uma petição da Change.org criada pelo ativista russo Igor Yasin demanda que o Promotor Geral da Rússia investigue os ataques imediatamente. Até há pouco, mais de 31.000 assinaturas já haviam sido coletadas. Assine essa petição também: https://www.change.org/p/russia-prosecutor-general-investigate-mass-murder-and-torture-of-lgbt-people-in-chechnya

Outra petição, só que da Anistia Internacional, já coletou mais de 65.000 assinaturas. Assine essa também: https://www.amnesty.org.uk/actions/stop-abducting-and-killing-gay-men-chechnya

O cantor Elton John, através de seu perfil no Twitter, endossou a petição da Anistia Internacional e pediu que seus fãs assinem o documento.



Você também pode enviar um e-mail para a embaixada russa (em inglês) usando esse formulário de contato: http://www.russianembassy.net/

Para escrever em PORTUGUÊS diretamente para a representação russa (embaixada e consulados) aqui do Brasil, envie sua mensagem para os seguintes e-mails:

Embaixada da Rússia em Brasíla:
embaixada.russia@gmail.com
embassy.brasil@mid.ru

Consulado Geral da Rússia no Rio de Janeiro:
consulado.russia@radnet.com.br

Consulado Geral da Rússia em São Paulo:
consrus_sp@mail.ru


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Jornal português DN MUNDO: Chechénia tem campo de concentração para gays

Presidente da Chechênia - Fonte Internet



Pelo menos cem homens terão sido detidos


A Chechénia tem o primeiro campo de concentração para homossexuais, onde homens estarão alegadamente a ser torturados de várias formas, uma das quais choques elétricos, e mortos.

De acordo com o Daily Mail, que cita também a publicação Novoya Gazeta, pelo menos cem homens foram detidos, e três terão mesmo sido mortos na última semana. As autoridades já criaram vários campos de concentração onde são torturados, mortos, ou forçados a deixar a Chechénia.

Daily Mail: http://www.dailymail.co.uk/news/article-4397118/Chechnya-opens-concentration-camp-homosexuals.html

Alegadamente, um dos campos é num antigo campo militar, na cidade de Argun.

A ativista Svetlana Zakharova, da organização russa LGBT Network, falou ao Daily Mail.

"Gays estão a ser detidos e estamos a tentar evacuá-los dos campos. Alguns até já deixaram a região. Quem escapou afirmou que chegou a estar em salas com mais 30 ou 30 pessoas. Eram torturados com choques elétricos e agredidos. Por vezes, até à morte", afirmou.

Em declarações à Novoya Gazeta, um dos fugitivos disse que os prisioneiros são agredidos para que revelem os nomes de outros membros da comunidade gay.

O Presidente da Chechénia, Ramzan Kadyrov, já acusado várias vezes de violar direitos humanos e que é um aliado chave de Vladimir Putin, terá ordenado a criação dos campos, mas nega que o regime o tenha feito, porque "é impossível perseguir quem não está no país".

Um porta-voz de Kadyrov falou à Interfax. "Não se pode prender ou perseguir pessoas que não existem aqui, Se tais pessoas existissem na Chechénia, as autoridades não teriam que se preocupar, porque as próprias famílias tratariam de os enviar para sítios de onde já não pudessem voltar", afirmou.

A sociedade chechena é extremamente conservadora e, de acordo com o New York Times, vários homossexuais estão a apagar os seus perfis nas redes sociais. Isto porque as autoridades estarão a atrair gays para encontros falsos para depois os prender.


FONTE: DN MUNDO
http://www.dn.pt/mundo/interior/chechenia-tem-primeiro-campo-de-concentracao-para-gays-desde-hitler-6213576.html

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