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CAOS NO RIO: UM DESASTRE PLANEJADO

CAOS NO RIO: UM DESASTRE PLANEJADO


Um dia depois do caos criado pelo governador Valadares do Rio num rompante desastrado, mas provavelmente calculado, respiramos apreensivos... aqueles que não pagaram com a própria vida pela irresponsabilidade dele.





Por Sergio Viula



Hoje é um dia triste para o Rio de Janeiro, depois de tudo que aconteceu ontem: tantas mortes na cidade, pessoas tendo que parar de trabalhar cedo, o metrô colapsando e ônibus que não chegavam a pegar passageiros nos pontos finais. Muitas pessoas tiveram problemas. Felizmente tive a opção de trabalhar de casa e não me arrisquei — falei com a minha chefia e informei que trabalharia remotamente. Posteriormente a empresa suspendeu as aulas para quem não podia trabalhar de casa. Trabalhei normalmente com minhas turmas da noite; não vale a pena se arriscar por nada, nesta cidade, do jeito que a coisa estava.

O risco diário já é grande e a gente pouco pode fazer diante disso. Saímos quando precisamos, apesar do perigo, mas o que houve foi algo deflagrado como uma guerra: guerra de gente armada contra gente desarmada — polícia e traficante, com coletes, helicópteros, drones — e a população vulnerável no meio, sendo atingida sem motivo.

Se há algo de maravilhoso no Rio, não é exclusivo daqui — praia há em muitos lugares; o planeta é maioritariamente água; montanhas existem por toda parte. Pão de Açúcar é bonito, o Cristo é imponente, mas nada disso garante a minha vida, não coloca comida na mesa, não garante saúde nem segurança. Cidade verdadeiramente maravilhosa é cidade com segurança, saúde, moradia decente e saneamento básico em larga escala, não esse monte de casas empilhadas com gente morando mal, sem infraestrutura, e uma população jogada pela rua.

O governo estadual não fez o que deveria em um mandato e meio; houve quem sequer assumiu de fato quando o anterior foi deposto e depois se reelegeu, sem resultados. É o mesmo grupinho que defende arma liberada — mas arma liberada não é arma na mão do cidadão comum; é arma na mão do bandido. Não quero arma nem de graça, mas é claro que arma nas favelas não aparece do nada. Como tantos fuzis, drones e até armamento das Forças Armadas chegaram às áreas controladas por criminosos? Temos Polícia Rodoviária Federal, polícia militar, polícia civil, guarda municipal — como tudo isso passa despercebido? Por outro lado, se eu sair com uma faca na bolsa corro o risco de ser parado e preso sem ter cometido crime algum — carregar um objeto pode ser tratado como portar arma branca. Há conivência.

Na segunda-feira foi o último dia de prazo para Bolsonaro tentar se defender contra sua prisão iminente — fracasso, como sempre, porque é difícil defender o que foi feito. Na mesma semana, o presidente dos Estados Unidos abraçou Lula, desejou feliz aniversário e disse que foi muito agradável conversar com ele, chamando-o de homem vigoroso e respeitável. Bolsonaristas ficaram irritados porque esperavam que Trump jogasse no time deles; para Trump, Bolsonaro já é página virada. Também vem aí a COP30, que tem colocado o Brasil nas manchetes mundiais de forma positiva — não como um país avacalhado.

Não tenho nada contra farofa — gosto até de farofa com feijão —, o que critico é o ridículo comportamento de certos políticos. No meio disso, Cláudio Castro tentou se apresentar como super-herói que iria livrar o Rio da criminalidade — claramente uma encenação para desestabilizar o governo federal e jogar lama. O governo federal ofereceu apoio e já havia convidado governadores para ações articuladas; quem rejeitou o plano foram governadores bolsonaristas como Tarcísio, Caiado, Cláudio Castro e outros. Preferiram manter a narrativa política a permitir que o governo federal atuasse e recebesse crédito. Agora fazem esse espetáculo e tentam colocar a culpa no governo federal.

O jogo que fazem mexe com o sangue do povo — sangue derramado de muita gente inocente. Pude ter sido atingido também; vivo nesta cidade, não em Amsterdã. O Rio tem, em parte, o governo que merece por tê-lo eleito, mas não posso me limitar a dizer “bem feito”. É preciso torcer para que isso seja desfeito — e só há um jeito: não eleger esses mesmos políticos nas próximas eleições, seja para governador, prefeito, senador, deputado ou qualquer cargo.

O que ocorre é um jogo político de bolsonaristas que querem desestabilizar um governo que odeiam. Esse governo hoje tem visibilidade internacional, fecha contratos e atrai investimentos; medidas como a tarifa de Trump não tiveram efeito devastador porque o governo agiu pontualmente. Enquanto tentam jogar lama, quem está estirado no chão, em fotos emblemáticas, não é a família de Cláudio Castro nem a de Bolsonaro — é o corpo de gente pobre que trabalha todo dia para ganhar o pão.

Quanto ao bandido que reagiu armado e morreu, não sinto pena — se entregasse provavelmente estaria vivo e responderia pelos seus atos no processo legal. Minha preocupação é com o povo que trabalha, estuda, é idoso, aposentado, desempregado, mas não rouba ninguém e está tentando sobreviver. Empresas fecham e saem do Rio porque não dá para trabalhar aqui; quem tem algum dinheiro já pensa em se mudar e só volta de vez em quando para visitar família — o que também é arriscado. Vi casos de pessoas que morreram em deslocamentos para visitar parentes, como uma jovem que veio no Dia das Mães e foi atingida por uma bala na Linha Vermelha.

A população fala muito no Comando Vermelho, mas há o Terceiro Comando Puro, milícias e outros grupos menos noticiados. O Rio virou paraíso para bandidos de outros estados que se escondem nas favelas daqui — e isso levou a prisões. Fiquei feliz com o resultado de algumas prisões e com a morte de quem atirava contra a polícia; não lamento esses. No entanto, entristece-me profundamente saber que houve mortes dentro de casa: uma senhora de mais de 60 anos levou um tiro na cabeça e morreu no colo do irmão; crianças foram atingidas.

Algumas declarações mostram o nível da situação — Flávio Bolsonaro disse que gostaria que Trump jogasse uma bomba nas favelas. Trump não pode fazer isso, mas Cláudio Castro promete “fazer de outro jeito” e “acabar com a festa”. A festa não acaba enquanto governos como o de Cláudio Castro permanecerem. Há registros em jornal de envolvidos, inclusive políticos, fornecendo armas para favelas — dois homens de camisa do Flamengo foram presos por isso. A inteligência de segurança pública do Rio está nas mãos de Cláudio Castro; parece que ele não tem controle. É preciso abrir os olhos: trata-se de mais uma manobra bolsonarista, articulada com famílias que podem dever à justiça, para distrair, mas ao custo de sangue inocente.

O governo federal ofereceu apoio e foi contraditado por declarações públicas de Cláudio Castro, que disse inicialmente que não havia recebido ajuda e depois foi desmentido pelo ministro Lewandowski, afirmando-se que houve má interpretação do que foi dito. O nível de canalhice é alto.

Registrei esta mensagem porque não me contive em ficar calado; tudo isso me atinge também. Apesar de eu estar vivo, não moro na favela; mesmo assim sou afetado: não trabalho fora, não saio, não posso fazer muita coisa. Atualmente moro em outro endereço, pago aluguel por causa da violência. Só não saio da cidade porque ainda não posso. Se já estivesse aposentado, com renda garantida, teria saído. O ramo onde trabalho não tem mercado na roça; infelizmente preciso ficar em cidade grande. Se fosse diferente, preferiria morar no interior.

Desejo a todos um dia de paz e segurança. Não se arrisquem por nada, a menos que não haja outro jeito — apenas saia de casa se for imprescindível, por exemplo, para procurar abrigo em local mais seguro temporariamente.

E já é 2022 em todo o mundo!

Andre e eu - 31/12/21

 


Por Sergio Viula


Um novo ano começa, mas dessa vez, ele traz um quê de esperança e de ansiedade ao mesmo tempo. Em outubro, teremos a chance de acabar com esse ciclo de fascismo fundamentalista miliciano institucionalizado durante a administração do #EleNão. 

Pena que ainda tenhamos que amargar mais um ano sob o comando dessa besta apocalíptica. Mas, agora falta menos do que antes. A meta é definir o resultado das eleições presidenciais já no primeiro turno. E para que isso aconteça, sem dar a esse genocida e seus congêneres, alguma chance de rebote, não divida seu voto. Aperte 13 na urna e confirme. Depois, é cobrar as pautas que tanto Lula como o PT juram defender. Tem que entrar para recuperar o país e transformar essa desgraça na qual fomos lançados por mais de 50 milhões de descabeçados em 2018.

Mas, falando sobre nossa virada de ano, podemos dizer que foi tudo paz e amor. Ficamos em casa mesmo - só nós dois, meus pais, meu filho e um amigo dele, que já convive com a gente desde bem garotinho. Ele e a família dele são pessoas muito amigas.





Minha filha e o marido passaram a noite com um casal de amigos em Portugal, onde moram. Enquanto isso, minha neta ficou com os avós paternos. Foi a primeira vez que os pais passaram algumas horas longe dela desde o nascimento. Achei o máximo! Ela teve seu primeiro ano novo toda descoladinha, mas cercada de amor por todos os lados. E pelo visto, ela super curtiu a paparicação e os mimos na casa dos avós, com os tios, tias, primos e primas, porque não chorou com saudade dos pais ou coisa assim. 

Clara na casa dos avós paternos para o réveillon.


Sobre nossa família, é maravilhoso ver que todos atravessaram essa pandemia sem baixas, tanto lá como cá. Aliás, todos os familiares que se reuniram na casa dos avós paternos fizeram teste para Covid antes da reunião familiar. E todos os testes deram negativo. Segurança é fundamental e o pessoal lá tem sido muito cuidadoso.

Infelizmente, outras famílias não podem dizer o mesmo. Muita gente perdeu parentes queridos. Fico muito tocado quando penso em Paulo Gustavo. Meu coração chega a doer de tristeza por ele, pelo marido, pelos filhos, pela mãe e pelo pai dele, e por tanta gente que convivia com ele e o amava. Assim como ele, tantas outras pessoas estão passando pela tristeza de ter uma ou mais cadeiras vazias ao redor da mesa sempre que a família se reúne. Essa dor poderia ter sido evitada em grande medida se o governo desse genocida tivesse agido com rapidez e sem mensagens contraditórias e baseadas em ideias negacionistas e antivacinas. Foram 619 mil mortos até o dia de hoje, e a vacina reduziu o número de mortos de 79,298 mortos só no mês de março de 2020 para menos de 19 mil em dezembro de 2021. A vacina funciona. Todavia, é preciso seguir os protocolos de segurança, especialmente em face da nova variante (ômicron).


Bem assim, tá meu bem? 😆😆😆


Mas parece que o pessoal repete esse mantra dos protocolos de segurança sem praticar o que diz. Basta ver que o réveillon em Copacabana reuniu uma multidão sem máscaras, enquanto as pessoas que se reuniram em Tóquio estavam todas devidamente "mascaradas". Já sabemos o que esperar disso por aqui.

Esse não foi o único problema com o réveillon do Rio. Houve arrastão e até esfaqueamentos na orla (https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/01/01/homem-e-esfaqueado-em-arrastao-durante-queima-de-fogos-em-copacabana.ghtml).  E, apesar disso, as pessoas ainda querem se autoiludir com a ideia de que o Rio é um excelente destino turístico. Na realidade, uma simples caminhada pelas ruas do Rio pode ser o atalho mais curto para o necrotério, sem qualquer exagero. Isso para não falar na sujeira, na quantidade de gente abandonada pelas calçadas, praças e até nas portas de lojas. A cidade está um lixo sob todos os pontos de vista. 

Mas, o que é uma gilete escondida num brownie, não é mesmo? O brownie continua delicioso. Essa é exatamente a realidade do Rio - uma cidade que parece ser uma delícia, mas só até a primeira mordida. Não recomendo isso aqui para ninguém. E não vejo o menor sinal de melhora no horizonte pelos próximos 10 anos - isso para ser modesto.

Voltando aos nossos familiares, faz dois anos que não vemos o lado da família que mora em Minas Gerais. Esperamos que esse ano possamos ver essas pessoas amadas. Felizmente, eles não estão nas áreas afetadas pelas inundações. Mais de 120 cidades mineiras foram atingidas por essa catástrofe (https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/estado-decreta-situacao-de-emergencia-em-mais-27-municipios-afetados-por-chuvas), assim como diversas outras na Bahia (http://www.bahia.ba.gov.br/2021/12/noticias/governo/governo-do-estado-decreta-situacao-de-emergencia-para-mais-47-municipios-atingidos-pelas-enchentes/), mas o despresidente não deu a mínima para nada disso.

Falando sobre minha maior alegria em 2021, o nome dela é Clara. O nascimento da minha neta iluminou o ano que ficou para trás na noite passada. Esse ano, esperamos por quatro alegrias. São elas: 

1. Rever nossa família em Minas Gerais;

2. Receber a visita de Larissa, Vitor e Clara em outubro.

3. Ver meu filho se colocando no mercado de trabalho com o curso que ele vai terminar no primeiro semestre desse ano. Se tudo correr bem, ele vai trabalhar como técnico em radiologia. Depois que ele conseguir sua primeira oportunidade, tenho certeza que muitas outras portas se abrirão. 

4. Ver Andre conseguir uma nova colocação. Ele está empregado, mas já está querendo fazer uma mudança nessa área faz tempo.

E vocês, o que esperam de 2022? Deixem nos comentários. ^^

Desejo a todos vocês um ano repleto de boas realizações. Cuidem-se bem. 

Andre e Sergio: A parceria nossa de cada dia!



O Fora do Armário é um misto de diário pessoal, canal de notícias, voz que demanda e celebra o que diz respeito à comunidade LGBT e ao humanismo secularista. Por isso, quem acompanha o blog sabe que, vez por outra, eu publico informações sobre coisas bem pessoais por essa bandas cibernéticas. ^^

Então, quero compartilhar algumas coisas alegres e outras tristes com muita tranquilidade. 

Vamos às mais alegres agora.

Andre e eu estamos juntos desde 07/02/16. No momento desse post, totalizamos 485 dias juntos!!! Completando um ano e meio amanhã! Já vivemos muita coisa boa nesse período e desejamos viver muitas outras pela vida a fora.

Vocês podem não acreditar, mas revistando algumas fotos e vídeos para a confecção desse post, encontrei um vídeo que eu ainda não tinha publicado em lugar algum. Foi gravado na quarta-feira 'de cinzas', quando estávamos nos despedindo - ele indo para o trabalho e eu voltando para o Rio. O clima já era de saudade. Havia uma alegria pelo encontro e uma tremenda nostalgia na despedida. A pergunta que não parava de martelar nossas cabeças: Por que é que quando a gente encontra alguém que, logo de cara, super combina, essa pessoa tem que morar a mais de 300 km de distância??? 

Mas o que nós dois chamamos de recordação e recordação maravilhosa no final do vídeo foi muito além disso. Na quinta-feira mesmo, Andre comprou passagens para o Rio. Ele desembarcou no Santos Dumont na sexta-feira e passou o final de semana todo comigo, só voltando na segunda-feira. Esse momento foi fundamental para selar nossa decisão de vivermos juntos. Algumas semanas depois, nossas escovinhas de dentes foram definitivamente reunidas. Você pode ver aqui os versos que acompanharam a contagem regressiva dos últimos trinta dias antes desse momento: CONTAGEM REGRESSIVA - https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2016/03/contagem-regressiva-para-matar-saudade.html

Eu disse que também tinha notícias tristes. No momento em que escrevo esse post, o pai do Andre está hospitalizado. Ele foi internado por causa de uma pneumonia que se agravou, e a idade (quase 80) faz demandar ainda mais atenção. Ele também vinha de um tratamento quimioterápico bem-sucedido contra o câncer, e isso pode ter enfraquecido suas defesas naturais, permitindo a complicação da pneumonia. Sr. Walter foi internado numa enfermaria, mas o agravamento da situação exigiu que fosse transferido para a UTI. 

O hospital fica em Belo Horizonte e isso dificulta nossas visitas, mas estivemos com ele no dia 04 de junho. Foi uma viagem de ida e volta no domingo. Nosso plano era vê-lo por volta das 11 horas da manhã e fazer uma nova visita na parte da tarde. Infelizmente, ficamos só na primeira mesmo, porque Andre teve uma crise renal em plena UTI, enquanto visitava o pai. Não posso afirmar com certeza, mas suspeito que a tensão nervosa pela qual Andre passou naquele momento tenha colaborado para a crise - algo que ele nunca tinha experimentado na vida. 

Conclusão, fomos parar numa UPA em Belo Horizonte e só saímos de lá para o aeroporto. Dos males o menor, uma vez que conseguimos ver o Sr. Walter e que Andre também foi devidamente medicado na UPA. E isso em tempo recorde - 5 minutos, no máximo. Eles levaram em conta o quadro de emergência e dor, mas aqui no Rio, muitas vezes, falta tudo e o paciente tem que se virar no meio do sofrimento.

E apesar de tudo o que Andre passou entre a viagem, a visita ao pai na UTI, a crise renal, a entrada na UPA, o retorno direto para o aeroporto e o atraso do voo de volta para o Rio, Andre ainda teve a força e a nobreza de gravar um vídeo agradecendo a todos os que nos enviaram apoio através do Instagram, do Whatsapp e do Facebook. Ficamos muito gratos mesmo, mas o olhar dele não esconde o esgotamento. E a segunda-feira estava logo ali, já acenando com bastante trabalho.

Mas esse post era para falar sobre uma mini-cirurgia pela qual Andre passou na última segunda-feira, 03/07/17. 

Falei um pouco sobre esse drama que o pai dele e todos nós temos enfrentado, cada um a seu modo, porque ainda não tinha compartilhado isso aqui antes. Muitas vezes, a vida parece ser feita só de alegria. Outras vezes, parece que é só feita de dor. Mas, a vida é feita de tudo isso junto. E nesse momento, folgo que Andre tenha conseguido resolver o problema que vinha enfrentando com uma das unhas do pé. 

Ao longo desse um ano e meio de relacionamento, vi Andre ir à podóloga duas vezes, gastando uma boa grana para não conseguir mais do que um paliativo. Foi somente na segunda-feira passada que ele conseguiu solução definitiva para o problema, e isso graças à Dra. Ilsa de Souza Carvalho, dermatologista na Policlínica Botafogo.

Foram necessárias cinco anestesias locais, muita maestria na tesoura, por parte da médica, e a remoção de boa parte da unha, mas o tormento acabou. Agora, é só curativo e revisão.

Andre, que podia ter garantido cinco dias de licença médica, conforme orientação da própria Dra. Ilsa, solicitou que esta atestasse uma licença de apenas apenas três dias, porque estava preocupado de se ausentar do trabalho por uma semana inteira. Não é prudente encurtar o período de recuperação em repouso, mas a doutora acabou concordando (sob protestos ^^). 

Ao mesmo tempo que eu também reclamei com ele por não ficar em repouso todo o tempo necessário, reconheço que admiro a dedicação de Andre ao trabalho, sua responsabilidade com tudo o que faz e o modo honesto como lida com tudo e com todos, especialmente comigo. Não existe virtude mais fundamental para mim do que essa - a honestidade, que não deveria nem ser motivo para grandes destaques, mas como ela é cada vez mais rara hoje, não tem como não valorizá-la quando a encontramos.

Fico feliz por ter insistido com ele que fosse ao médico cuidar dessa unha e por ter marcado a consulta. Andre achava que não conseguiria resolver, que o médico só diria que tinha que procurar outra clínica, e por aí vai, mas deu tudo certo. :) No final das contas, ele mesmo ficou muito feliz por ter comparecido e feito o que devia. ^^

O tratamento dele saiu barato, graças ao plano de saúde (tem co-participação). Agora, eu não tive a mesma sorte com o custo. Vou 'morrer' em 720 reais  para cuidar de um dente. Por um lado, a alegria de ouvir da dentista que não tenho cárie alguma! Oba! Por outro lado, vou precisar fazer uma restauração num dente por causa de um pequeno trauma causado por mastigação durante uma refeição. Felizmente, tem tratamento. ^^

Mas nada nos deixaria mais felizes do que vermos o Sr. Walter sair do hospital e voltar a sentar naquela mesa da varandinha da casa dele, tomando um bom café e trocando uma boa prosa com aqueles olhos azuis brilhando de novo. Digo isso já sentindo um aperto na garganta. :( Gente boa como ele não devia sofrer assim, mas a vida não é justa. Ela apenas é. Justiça é uma coisa que a gente criou e procura implementar com mais ou menos sucesso na própria vida e na sociedade como um todo.

Então, é isso. Viver é sofrer, gozar, ganhar, perder, mas quando a gente faz isso ao lado de quem a gente ama, não há montanha alta o suficiente nem mar profundo o bastante para nos abater antes que chegue o momento do nosso próprio último suspiro.

Vivamos porque uma coisa é certa: Não vamos durar para sempre, mas podemos desfrutar de muita coisa boa enquanto durarmos.

É nessa condição ambígua de luz e umidade 
que surgem os mais belos arco-íris. 

E não é assim que a própria vida funciona?

Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual: Dois Anos de Conquistas

Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual: Dois Anos de Conquistas


Por Sergio Viula 
Blog Fora do Armário
18/05/13


Carlos Tufvesson tem sido militante LGBT há 18 anos. Ao longo desse tempo acumulou experiências, vitórias, dissabores e boas surpresas. Uma delas foi ter sido convidado pela administração do Prefeito Eduardo Paes para comandar a Coordenadoria Municipal da Diversidade Sexual.

Dentre as diversas vitórias contabilizadas por Tufvesson e sua equipe, durante a gestão Paes, está o decreto do prefeito que torna a homofobia um crime de agravo, obrigando todas as unidades de saúde a registrarem a tipificação de homofobia ao preencherem relatório SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e a notificarem a Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual (CEDS-RIO) invariavelmente.

De acordo com Carlos Tufvesson, essa norma foi seguida pelo Ministério da Saúde e hoje o relatório SINAM já traz a tipificação “homofobia” impressa em seu formulário, não sendo preciso incluir crime de tal gravidade na classificação “outros”. Além disso, o Ministério da Saúde pretende aplicar essa mudança em todo o país em breve.

Além das boas relações com órgãos do governo federal, a CEDS-RIO também estabeleceu um convênio inédito com a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, que faz parte da administração do Governador Sergio Cabral. O objetivo é atender melhor atender ao cidadão LGBT em suas demandas.

Outra vitória da CESD-RIO é o projeto DAMAS – pioneiro no Brasil – que promove a reinserção social e profissional de travestis e transexuais através de capacitação, incentivo à escolaridade, e empregabilidade. São oferecidas oficinas de trabalho, ética e comportamento, de acordo com os espaços de trabalho disponíveis; orientação vocacional, educação, informações sobre prevenção e redução de danos a saúde, noções de direitos humanos e visitas guiadas. Dentre os profissionais responsáveis pelas aulas ministradas no DAMAS estão psicólogos, fonoaudiólogos, professores, juristas, médicos, infectologistas e especialistas em hormonioterapia.

Nesses dois anos de existência da CESD-RIO, o município avançou mais do que nunca em termos de direitos LGBT, apesar de ainda haver muito a ser feito. Afinal, uma cidade com quase meio milênio de idade, mas que, só há dois anos, tem uma coordenadoria dessa natureza, graças à visão e iniciativa do prefeito Eduardo Paes, não pode pensar que vai compensar todas as omissões de administradores anteriores em meia dúzia de anos. É preciso que esse trabalho sério e frutífero seja feito ao longo de décadas, qualquer que seja a administração que venha a assumir a prefeitura nos próximos anos.

É verdade que o ex-prefeito César Maia, em sua administração, aprovou três leis municipais e estabeleceu um decreto visando assegurar direitos à população LGBT do Rio. Tudo foi pioneiro no município e merece o apreço da comunidade sexodiversa. Porém, há que se notar que esses quatro dispositivos legais foram efetivados ao longo de mais de uma década. Treze anos, para ser mais específico. Enquanto isso, a administração do atual prefeito, Eduardo Paes, em pouco mais de um ano (março de 2011- junho de 2012), efetivou sete portarias, resoluções e decretos voltados para os direitos LGBT.

Na última quarta-feira, 15 de maio, ou seja, na mesma semana em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Homofobia, a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, sob a liderança de Carlos Tufvesson, realizou um show no Circo Voador para lançar a campanha “Rio Sem Preconceito 2013″. Caetano Veloso, Preta Gil, Ney Matogrosso, Toni Garrido, Frejat, Zélia Duncan, Lu Carvalho e outros artistas se apresentaram durante o evento, que foi um sucesso absoluto! Apesar de contar com artistas de primeiríssima linha, a prefeitura não teve despesa com cachês artísticos, porque todos se apresentaram gratuitamente, em solidariedade ao combate à homofobia, transfobia e outras formas de discriminação. Outro marco extraordinário na história do município do Rio de Janeiro.






A página da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS-RIO) no Instagram é:
https://www.instagram.com/cedsrio

Contato direto com Carlos Tufvesson - coordenador.ceds@gmail.com

Rio de Janeiro State Government has already celebrated three same-sex civil union partnership collective cerimonies

Rio de Janeiro State Government celebrates the third collective ceremony of same-sex civil union partnerships


by Sergio Viula




According to the State Secretary, the event gathered about 100 couples and became the biggest same-sex civil union partnership in the world. Although, 10 states of Brazil do register same-sex marriage without the need of a civil union being registered first place, Rio de Janeiro hasn’t been able to overcome the resistance of some conservative state representatives yet. Since the first celebration of same-sex union partnerships promoted by the Secretary of Social Assistance and Human Rights, the State Government has helped make statistics, which also puts some pressure on the Legislative Assembly to guarantee the same rights to all the State citizens as other states have already done.

Civil union partnerships have been officially recognized by the Supreme Court, partly because of a request sent by Rio de Janeiro Governor, Mr. Sergio Cabral, who solicited what is called in the Brazilian legislation “a direct action of unconstitutionality”. The Supreme Court found unconstitutional not to allow same-sex people to legalize their civil unions and that became a recognized right of everyone's on the same grounds, regardlessly of sexual orientation or gender.

One ceremony before registered the union of 50 couples in July, 2012. This is the third ceremony and that number has almost doubled, rising up to accurate 92 couples.

"This ceremony is important due to several factors. Firstly, the LGBT community is becoming aware of their rights and these events signal that place. Another reason is that it helps spread information about rights that have already been recognized. Lastly, this ceremony speaks to society so we can promote a culture of Peace, while it states that love is not to be classified", explained the Superintendent Cláudio Nascimento.

The ceremony took place in the Justice Court of Rio de Janeiro (TJ-RJ).

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With information from the official site of the State Secretary of Social Assistance and Human Rights: SEASDH

The information is from December 10, 2012, released by the official site of the State Secretary of Social Assistance and Human Rights. The original text was written by Renata Sequeira.

Cinquenta casais LGBT terão oficialiazadas sua união estável neste domingo no Rio

Cinquenta casais LGBT terão oficialiazadas sua união estável neste domingo no Rio


Os jornalistas que desejarem cobrir a cerimônia deverão fazer credenciamento


No próximo domingo, dia 1º, às 15h, cinqüenta casais LGBT vão oficializar sua união. A iniciativa é do Governo do Estado, por meio do programa Rio Sem Homofobia, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública do Estado. O evento celebra o Dia Mundial do Orgulho LGBT, 28 de junho, e também comemora a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou, há um ano, a união estável de pessoas do mesmo sexo.

“A ADPF 132 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) foi uma medida solicitada pelo Governador Sérgio Cabral junto ao STF. Passado mais de um ano de reconhecimento da Suprema Corte das uniões estáveis homoafetivas, muitos brasileiros e brasileiras não só tiveram acesso a esta informação, de que podiam realizar suas uniões, como também puderam efetivamente dar entrada em seus pedidos. Esta cerimônia coletiva é para novamente darmos visibilidade a este direito que, com toda a certeza, é um avanço importante na conquista de direitos civis por nós LGBT”, afirma o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

É a primeira vez que este tipo de evento acontece dentro do Tribunal de Justiça. Ano passado, em junho, outros cinquenta casais puderam oficializar a união, que aconteceu na sede da SEASDH. Cláudio Nascimento e seu companheiro há 12 anos, o assistente social João Silva, foram um dos casais que oficializou a união como pacto de convivência homoafetiva.

Os jornalistas que desejarem cobrir a cerimônia deverão fazer credenciamento de imprensa, informando seus nomes, equipe e veículo de comunicação para os e-mails marcia@target.inf.br e diego@target.inf.br.


Assessoria de Comunicação

Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos

(21) 2334-5533 / (21) 2334-5519 / (21) 2334-5535

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DISQUE CIDADANIA LGBT - 0800-0234567
http://riosemhomofobia.rj.gov.br/

Crescem crimes homofóbicos no Estado do Rio de Janeiro

Crescem crimes homofóbicos no Estado do Rio de Janeiro

04 Junho 2012



Segundo relatório, houve aumento de 78% de registros de ocorrências em um ano. Número pode ser maior, porque só as Delegacias Legais registram casos por homofobia.
 

Às vésperas da inauguração do Centro de Referência da Cidadania para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) em Niterói, que acontece nesta terça, foi divulgado o relatório produzido pelas Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos e Segurança, em conjunto com a Superintendência de Direitos individuais, Coletivos e Difusos e programas de Prevenção do Estado do Rio de Janeiro, com os números de ocorrências registradas de crimes motivados pela homofobia.

Os dados foram coletados em delegacias legais da Região Metropolitana II, que abrange os municípios do Leste Fluminense (Niterói, Maricá, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito).

As informações foram apuradas de outubro de 2010 a setembro de 2011. Os números mostram que nesse período foram registrados, em nove delegacias da Região, 77 casos presumidos de homofobia. No ano passado, quando relatório foi apresentado pela primeira vez, os dados foram coletados de outubro de 2009 a setembro de 2010, em sete delegacias, com 40 registros. Em todo o Estado, no período de 2009 a 2010, o total de ocorrências lavradas como homofobia ficou em 461 casos. Já no relatório divulgado esse ano, os números ficaram em 825, ou seja, houve um crescimento de 78%.

Apesar desses números significativos, os casos de agressões podem ser maiores do que mostra o documento, pois, apenas Delegacias Legais registram ocorrências tipificadas por motivos de homofobia, nas demais unidades, os episódios de violência são registrados como agressão física. Além disso, o próprio receio dos gays em procurarem o serviço da Polícia nesses casos torna-se uma barreira.

O diretor da ONG Grupo Diversidade Niterói Victor De Wolf descreve o acompanhamento do grupo em casos de agressões por homofobia e ressalta o aumento no número de denúncias por parte dos homossexuais. "Quanto mais sairmos do armário, mais os homofóbicos saem de seus armários também. Ainda temos um longo caminho a percorrer no sentido da não agressão, mas o fato de assumirmos uma postura positiva diante dessa realidade já é um grande passo.", opina.

Em uma festa na cidade, em junho de 2010, um grupo de gays dançava e se divertia quando foram abordados por seguranças da festa com o argumento de que com “aquele comportamento” eles não poderiam permanecer no local.

O produtor cultural Miguel Macedo, de 32 anos, que é militante do movimento gay de Niterói, estava entre o grupo e revela a forma truculenta de como foram retirados da festa. "Eram uns cinco ou seis guardas que me agrediram com chutes e tapas. O grupo reagiu sem violência e fomos registrar o caso na 76ª DP, no Centro da cidade. O processo rola até hoje.", revela.

Niterói ganha centro de referência LGBT

A cidade de Niterói será contemplada nesta terça com o quarto Centro de Referência da Cidadania LGBT do Estado. As outras três unidades são: Serrana I, em Nova Friburgo; Baixada I, Duque de Caxias e Capital, no Rio de Janeiro. O programa é desenvolvido pelo Governo do Estado e toda população poderá ter acesso a uma série de informações que dizem respeito à vida de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

O local escolhido para sediar o Centro de Referência, que irá funcionar de segunda a sexta, de 8h às 18h, é o prédio anexo da Fundação Leão XIII, no Ingá, na Rua Visconde de Morais, sem número. A equipe do centro é multidisciplinar e conta com advogados, assistentes sociais, psicólogos, entre outros.

Os objetivos são atender à população LGBT, familiares e amigos de vítimas de discriminação e violência homofóbica; orientar LGBTs e sociedade em geral sobre direitos; esclarecer dúvidas sobre saúde e serviços sociais; sensibilizar e capacitar gestores públicos e segmentos da sociedade local sobre homofobia e cidadania LGBT; formar banco de dados estadual sobre o tema e rede de apoio.

De acordo com Victor De Wolf, que também é diretor da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), haverá uma comissão formada por entidades representativas. "As ações, os números, a relação com as delegacias e reclamações sobre o atendimento serão avaliadas mensalmente por essa comissão.", afirmou Victor.

Fonte: O Fluminense

Rio de Janeiro foi eleito o destino gay mais sexy do mundo (segundo ano consecutivo)


Da Redação de Uol Viagens

Pelo segundo ano consecutivo, o Rio de Janeiro foi eleito o destino gay mais sexy do mundo pelos leitores do site TripOutGayTravel.com, em parceria com o Logo, canal da MTV americana voltado para o público LGBT. A Cidade Maravilhosa superou locais como Madrid (Espanha), Portland (Estados Unidos), St. Tropez (França), Buenos Aires (Argentina) e Estocolmo (Suécia).

"Temos feito um grande trabalho para atrair cada vez mais o público gay. Trata-se de um mercado importante, que movimenta bilhões de dólares anualmente com viagens, um público que tem tudo a ver com a natureza da cidade, que é acolhedora, hospitaleira e festiva", comenta o presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello.

As concorrentes foram escolhidas por um grupo de escritores e jornalistas especializados em turismo. A partir daí, a votação popular elegeu o Rio como a cidade em que vivem as pessoas mais sensuais do planeta, com destaque para as praias, as festas e o 'jeito carioca' de ser.

Rio de Janeiro faz 446 anos!!!




A cidade cujo apelido é "MARAVILHOSA" faz 446 anos neste dia 1 de março de 2011.


A cidade é maravilhosa por natureza e feliz por construção. Cada carioca e agregado que ama essa cidade e vive com alegria, promovendo a paz, torna essa cidade o habitat de gente feliz. É verdade que a cidade também chora. Choramos com a violência que FELIZMENTE diminuiu, graças aos esforços do governo e da sociedade. Os serviços públicos ainda não são perfeitos, mas MELHORARAM muito nos últimos anos.

O Rio foi considerado ano passado a cidade mais gay-friendly do mundo! E aí estão as bandeiras do arco-íris tributando honra a uma cidade que merece.

Parabéns a todos os cariocas e os que aqui vieram encontrar um lar. Bem-vindos todos os turistas que enriquecem o cenário urbano desse Rio de Janeiro que - como diz o sambinha - continua lindo!

Feliz anivesário, Rio!
Bom carnaval, povo!!!

Estado de Felicidade

Estado de Felicidade


por Sergio Viula

Atualização em 09/03/2017: O que você vai ler nesse post era a sensação que esse blogueiro e muitos cariocas tinham no momento daquela operação. O que percebemos posteriormente é que o governo do Estado do Rio não tinha compromisso real com a inclusão social e a paz de fato. Beltrami, o secretário de segurança, que sempre chamou atenção da sociedade e da mídia para o fato de que se o governo não entrasse com o trabalho social, tudo isso seria como enxugar gelo. Ele estava certo. Beltrami desistiu do cargo. Provavelmente, porque percebeu que o Governo do Estado não estava nem aí para tudo isso.

Cabral, ex-governador, está preso. Pezão, seu sucessor, afundou ainda mais o Rio. E os cariocas descobriram que tudo isso não passava de "cena". Passadas a Copa e as Olimpíadas, o Rio passou a amargar o custo que toda a corrupção e incompetência desses governos impingiram sobre o Rio.


O Estado sempre foi alvo de comentários e reflexões por parte de filósofos, cientistas sociais, sociólogos, antropólogos, historiadores e outras ciências humanas. A razão é simples: o senso comum considera o Estado como algo dado, que sempre esteve aí, mas isso não é verdade. A realidade do Estado contrasta com a de natureza. Os homens naturalmente competem entre si. A política surge do diálogo e da troca. Os homens percebem que uma luta de todos contra todos acaba destruindo a todos. É melhor abrir mão de algumas liberdades para organizar a convivência dos humanos do modo mais “civilizado” possível.

Apesar do termo “Estado” ser usado geralmente no singular quando se trata dessa entidade que surge do meio dos homens e depois os controla, existem muitos tipos de Estado. Cito dois: O Estado Democrático de Direito, e os Estados Totalitários que podem ser dominados por monarcas, militares ou por representantes religiosos. Existem aqueles também que elegeram democraticamente um líder e este posteriormente tornou-se um ditador.

Com o amadurecimento político e social da humanidade, o Estado começou a ser pensado como provedor de condições para que a sociedade civil desenvolva seu potencial de produção e consumo e tenha seus direitos básicos individuais garantidos, ou seja, que desfrute de liberdade e felicidade. Alguns dos Estados que atingiram esse nível de desenvolvimento são os que caracterizam os países nórdicos da Europa e seus arredores, ou seja, Noruega, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Bruxelas, assim como na América do Norte, como é o caso do Canadá. Esses países contrastam com a maioria dos outros países, onde o Estado não prioriza o bem-estar de seus cidadãos, mas o enriquecimento e a perpetuação no poder de grupos ou indivíduos que dominam a sociedade civil por meio de ameaças e demonstrações de força ou por intermináveis ações de corrupção.

O Brasil, especialmente durante a gestão Lula, tem procurado avançar no sentido de garantir o bem-estar de sua população em áreas por muito tempo esquecidas. Esse é o caso do desenvolvimento do Nordeste, do combate à fome em todo o país, do combate bem orquestrado ao narcotráfico, da ampliação da rede de escolas técnicas e da facilitação do crédito estudantil, do aquecimento da economia com a criação de milhões de novos empregos, e por aí vai. Há muito o que ser feito, mas nunca se fez tanto em tão pouco tempo nesse país!

Falando especificamente da cidade onde tenho o privilégio de morar, o Rio de Janeiro, o Governo do Estado, representado pela pessoa do Governador Sergio Cabral, tem feito um trabalho excepcional em diversas frentes, especialmente na área de segurança pública e promoção social de populações severamente castigadas pela pobreza e violência por tantos anos quantos eu tenho de vida. Como diz o presidente sempre quando fala de algo inédito, “nunca na história desse país” se fez tanto para desmantelar a rede de tráfico de drogas, armas e roubo de motocicletas e automóveis como tem sido feito no final desse mês de novembro de 2010. Entretanto, vale ressaltar que o sucesso dessa operação deve-se à união de todas as forças de segurança e a todas as ocupações por UPPs em outras comunidades da cidade.

Bandeira do Rio de Janeiro


Tanto os traficantes quanto a população que era dominada por eles não acreditavam que o Estado pudesse ou quisesse realmente dar fim a essa barbárie que não combina com nenhuma cidade legitimamente administrada por um governo democrático e bem estabelecido. O Governador Sergio Cabral reunindo todas essas poderosas forças e agindo legitimamente para a defesa da sociedade civil deixou claro que engana-se quem pensa que isso aqui é terra de ninguém e que o crime pode conviver com a impunidade. O Estado demonstrou que estava a serviço do bem-estar da população e esta colocou-se prontamente ao lado do Estado para facilitar todas as operações realizadas até agora.



O Governo mobilizou forças! Policiais civis, militares e federais, militares da Marinha e do Exército, bombeiros, médicos e paramédicos altamente motivados não mediram esforços! A imprensa entendeu a grandeza da operação e cobriu os eventos de modo extremamente positivo. Juízes trabalharam em horário extra para expedir centenas de mandatos de prisão e de busca e apreensão. O sistema prisional se mobilizou para isolar os cabeças das quadrilhas. O Disque-Denúncia se organizou para um volume sem precedentes de ligações para indicar o paradeiro de bandidos, drogas, armas, etc. O povo não recuou e deu total apoio ao Governo e seus colaboradores, denunciou, dificultou a vida dos bandidos como pôde, abraçou os policiais e militares envolvidos na operação. Até pais e mães entregaram filhos envolvidos com o tráfico diretamente aos policiais. Os que se rendem têm sido totalmente preservados em sua integridade física. Até o assassino de Tim Lopes foi preso sem um arranhão e apresentado à Justiça para receber o que determina a lei. Foi a primeira vez que a Cidade Maravilhosa viu uma demonstração tão bela de força e gentileza ao mesmo tempo. A força do Estado agindo duramente contra o crime, mas com uma gentileza sem precedentes para com as comunidades tomadas por ele. O povo resistindo bravamente contra as ameaças dos criminosos e demonstrando um afeto carinhoso pelos policiais e militares como nunca antes.

Contudo, não podemos esquecer que são mais de 1.200 favelas. Fora o que existe nos condomínios de luxo, escondidinho, mas não inatingível. O trabalho está só começando!

Ainda bem que os eleitores do Rio de Janeiro deram ao Governador Sergio Cabral um segundo mandato para que ele leve a cabo seu plano de pacificação e desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, cuja capital é uma das mais lindas do mundo e, felizmente, é a minha cidade! Uma cidade que recebe muito bem quem a visita e que agora vai poder receber melhor ainda! Quando a poeira baixar, venha ao Rio. Você vai querer voltar! Mas venha para se divertir, para ser feliz, para viver momentos inesquecíveis. Quem pretendia vir com outras intenções já viu que a temporada de colônia de férias para a pilantragem está encerrada!

Tive o privilégio de viver para ver que o Estado Democrático de Direito trabalhando para o bem-estar da sociedade civil sempre contará com o total apoio desta para o exercício de seu próprio ofício. Quem sai perdendo? Só os criminosos e violadores dos Direitos Básicos dos Seres Humanos!

PARABÉNS, CARIOCAS E FLUMINENSES DE TODOS OS SEGMENTOS!

OBRIGADO A TODOS OS BRASILEIROS QUE TORCEM POR NÓS!



ESTA SEMANA O RIO DE JANEIRO TORNOU-SE 
UMA CIDADE AINDA MAIS FELIZ!

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