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Temas LGBT na mitologia chinesa

Temas LGBT na mitologia chinesa





Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Parte da série sobre
Temas LGBT na mitologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Temas_LGBT_na_mitologia


Existem muitos temas LGBT na mitologia chinesa, que é rica em histórias sobre homossexualidade. As histórias mitológicas e folclóricas da China antiga refletem perspectivas chinesas em relação à homossexualidade, ao invés de pontos de vista modernos. Esses mitos são muito influenciados por crenças religiosas, em especial o Taoísmo e o Confucionismo, e posteriormente incorporaram ensinamentos do Budismo. As tradições pré-taoístas e pré-Confúcio na China eram predominantemente xamânicas; acredita-se que a origem do amor masculino pelo mesmo sexo se deu no sul mítico. Assim, por vezes, a homossexualidade ainda é chamada de "vento sul" e, a partir desse período, muitos espíritos ou divindades foram associados à homossexualidade, bissexualidade e transgênero, como Chou Wang, Lan Caihe, Shan Gu, Yu o Grande e Gun.


Dragões-deuses, do Mitos e Lendas da China, 1922, por E.T.C. Werner. 
Nos mitos, muitas vezes os dragões violentam sexualmente homens mais velhos.


Os encontros homossexuais são comuns no folclore chinês. Nas histórias, fadas ou espíritos de animais geralmente escolhem parceiros do mesmo sexo para se relacionarem, especialmente garotos ou homens mais novos. De acordo com os pioneiros chineses no estudo da homossexualidade na China, a única exceção dessa preferência por mais jovens se dá com o dragão, uma poderosa besta mitológica; os dragões chineses "consistentemente apreciam relações sexuais com homens velhos", e um dos exemplos se dá no conto "O Velho Fazendeiro e um Dragão", em que um agricultor de sessenta anos de idade é forçosamente sodomizado por um dragão que passava por aquele lugar, resultando em feridas derivadas da penetração e mordidas que requerem atenção médica.

Tu Er Shen é uma deidade no folclore chinês que administra o amor e o sexo entre os homossexuais. Seu nome literalmente significa "divindade coelho". De acordo com "O Conto do Deus Coelho" no Zi Bu Yu, Tu Er Shen era originalmente um homem chamado Hu Tianbao, que certa vez se apaixonou por um belo jovem inspetor imperial da Província de Fujian; um dia, Hu Tianbao foi pego espiando o inspetor nu e teve de confessar seus afetos relutantes em relação ao outro. Por conta disso, o inspetor imperial o condenou à morte por espancamento; pelo fato de seu crime ter sido derivado por amor, os funcionários do submundo decidiram reparar a injustiça delegando Hu Tianbao como um deus que harmoniza os afetos homossexuais. A fim de atender às necessidades dos homossexuais modernos, a adoração do Deus Coelho foi reanimada em Taiwan com um templo fundado em Yonghe por um padre gay taoísta.

Por muito tempo, a homossexualidade masculina era referida em literatura aludindo a duas semi-lendárias figuras dos primeiros anos da Dinastia Zhou. O primeiro era Mizi Xia e a metade de pêssego comido que ele compartilhou com seu amante, a figura histórica real, Duque de Wei Ling. O segundo era o Senhor Yang Long, que convenceu um rei sem nome de Wei a permanecer fiel a ele, comparando-se a um pequeno peixe que o rei pode lançar de volta se um peixe maior viesse junto. Embora ambos possam ter realmente existido, nada se sabe sobre eles além de suas histórias de definição, e sua presença na literatura chinesa era muito de personagens lendárias que serviram como arquétipos do amor homossexual.

Atualização em 13/01/2025:
Veja outros exemplos aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2025/01/mitos-chineses-e-diversidade-sexual.html

Governo chinês inaugura bar gay para combater AIDS

Bar gay para combater a AIDS na China


🌈 Um bar gay criado pelo governo


Na cidade histórica de Dali, província de Yunnan, foi inaugurado um bar gay com apoio direto do Departamento de Saúde local. O local não tem como foco o entretenimento, mas sim a prevenção do HIV. A cidade ocupa o topo do ranking nacional em número de infecções pelo vírus, o que levou o governo a buscar estratégias mais diretas para alcançar populações vulneráveis.

📈 O contexto

Segundo dados do próprio governo chinês, um terço dos novos casos de HIV no país está relacionado a relações sexuais entre homens. Muitos desses homens — especialmente em áreas rurais — vivem suas sexualidades de forma invisível, encontrando-se em locais isolados como florestas ou áreas de corte de árvores, como citado no caso de Dali. Isso aumenta o risco e dificulta qualquer tipo de acesso à informação ou prevenção.

🛑 Críticas e contradições

A ideia de um bar gay estatal surpreendeu e dividiu opiniões. Leitores do jornal "Beijing News" reagiram com críticas:

“Se eles pensassem em outra forma de alertar a comunidade gay, não abririam um bar gay.”

A crítica revela o desconforto de parte da sociedade com qualquer medida que envolva o reconhecimento da existência da comunidade LGBT+. É como se, para muitos, fosse mais aceitável fingir que gays não existem — ainda que isso custe vidas.

💬 Um espaço seguro e estratégico

O fundador do bar, Zhang Jianbo, entende o espaço como uma ponte entre os profissionais de saúde e uma comunidade marginalizada. O bar é gerido por voluntários de uma ONG de prevenção ao HIV, que oferecem:

  • Informação clara e acessível sobre ISTs

  • Distribuição gratuita de preservativos

  • Escuta e acolhimento

🔍 Um sinal ambíguo?

Por um lado, essa ação pode ser vista como um reconhecimento oficial da existência da população LGBT+, mesmo num país conhecido por sua censura e repressão. Por outro, o gesto pode parecer instrumental, uma forma de controlar um “problema de saúde” sem necessariamente lutar contra o preconceito ou promover direitos civis.

✊ Por que isso importa?

No mundo todo, políticas públicas que ignoram a população LGBT+ contribuem para a sua vulnerabilidade, especialmente em temas de saúde, acesso à informação, e bem-estar. Quando o Estado reconhece esses grupos e os inclui em estratégias de saúde pública, salva vidas — mas também precisa garantir respeito, dignidade e visibilidade.


💡 Para refletir no Fora do Armário:

Será que essa iniciativa da China pode ser inspiradora, apesar das contradições? Até onde um Estado autoritário consegue proteger sem libertar?

Você apoiaria uma ação como essa no Brasil, especialmente em regiões onde o acesso à informação ainda é escasso e o preconceito, intenso?

Vamos discutir. Use o espaço para comentários. Você confiaria nessa iniciativa do governo chinês? 

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