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Aos 93 anos de idade, veterano gay condenado por "atentado violento ao pudor" exige desculpas do governo britânico

George Montague se manifestando publicamente. 
Legenda: Uma petição. Um pedido de desculpas, por favor. Antes que eu morra. Sou apenas capaz de me apaixonar por outro homem. Removam a condenação criminal.



Por Sergio Viula
Com informações do Towleroad
http://www.towleroad.com/2016/11/93-year-old-gay-ww-ii-veteran-convicted-of-gross-indecency-demands-apology-from-uk-government/


Desde que eu soube que a Rainha Elizabeth havia concedido o perdão real a Alan Turing, o homem que decodificou as mensagens dos nazistas, colocando a Inglaterra e aliados em vantagem sobre as tropas de Hitler, eu fiquei indignado. Disse isso aqui no blog e em outros lugares do cyber espaço. Turing foi condenado por ser homossexual e teve que escolher entre a castração química ou a prisão. Acabou se submetendo à castração que provocou diversas alterações em seu organismo, afetando sua mente ao ponto de preferir o suicídio a continuar vivendo daquele modo. 


George Montague: Gay com 93 anos, 
ele quer um pedido de desculpas da parte do Reino Unido.


Agora, um homem gay de 93 anos de idade faz exatamente o que eu considero ser a única forma de "reparar" em alguma medida tamanha injustiça e crueldade. Ele não quer o perdão de quem quer que seja, mas um pedido oficial de perdão por parte do Reino Unido em função de tudo o que ele sofreu por causa da homofobia institucionalizada e financiada pelo Estado britânico em 1974.

A notícia vem do influente site Towleroad, por Michael Fitzgerald, e foi publicada neste útimo 2 de novembro. 

O nome do veterano é George Montague e ele foi condenado por "atentado violento ao pudor" em 1974 sob a lei britânica, usada principalmente para deter homens gays. 

No mês passado, um projeto de lei que teria perdoado mais de 49 mil homens condenados por "atentado violento ao pudor", na verdade, por serem gays, fracassou no Parlamento britânico. Todavia, estima-se que 65 mil destas pessoas ainda estão vivas. 



George Montague divulgando seu livro: O Gay mais Idoso no Povoado.



George Montague, autor do livro de memórias "O Gay Mais Velho no Povoado" (The Oldest Gay In The Village), disse que deseja um pedido de desculpas, não perdão:

Eu sou o homem gay mais feliz que existe, e todo dia eu digo isso a pelo menos uma pessoa, mas eu não consigo tirar esse negócio de atentado violento ao pudor da minha cabeça. Por alguma razão, eu simplesmente acordei um dia aos 93 anos e disse que tinha que fazer algo a respeito disso.

Se você aceita o perdão, então vocês aceita que era culpado. Como eu posso ser culpado por ter nascido como sou? Minha mãe me fez homossexual!

As rodas da política giram muito devagar. Vai levar um ano ou dois, mas eu vou obter esse pedido de desculpas. Estou ansioso pelo meu 100º aniversário. E quando esse dia chegar, essa velha queen (biba) receberá uma carta da queen (rainha) de verdade. 

Montague brinca com o termo "queen", que, na gíria gay, quer dizer "biba", "bicha" ou coisa assim, mas também quer dizer rainha. Ele joga com a mesma palavra para falar de si e da rainha Elizabeth.

Legenda do tweet: Eu com a polícia atrás de mim, dessa vez não para me prender!!!  Petição aqui: https://t.co/dKgmYWPlQC

Comentário deste blogueiro: 
Gente, assina. 
https://t.co/dKgmYWPlQC
Eu assinei.



George Montague conta um pouco de sua vida:

Eu nasci como um garoto da classe trabalhadora e pobre. Meu pai era jardineiro (...) e minha mãe era lavadeira.

Eu não ia bem na escola. Eu era virtualmente analfabeto, mas era muito bom com as mãos e me tornei figurinista.

Quando eu tinha 15 ou 16 anos, eu achei que houvesse algo errado comigo, que eu fosse diferente dos outros. Mas naquela idade você sublima — você não se submete. Você trabalha duro, esquece sobre isso e arruma uma namorada.

A palavra homossexual não era usada de modo algum. Era um enorme aberração, uma coisa terrível. As pessoas automaticamente pensavam que você fosse um pedófilo e que fosse muito nocivo. Então, você fazia tudo para esconder isso.

Aos 35, Montague casou com Vera. Ela percebeu que ele era gay e que se apaixonava por namorados de vez em quando. Quando ele e Vera decidiram contar aos três filhos, ele lembra que sua filha disse: "Ah, papai, nós sabíamos há anos".

Quando ele foi preso, George disse:

Se você fosse gay e vivesse num pequeno povoado do interior, a única maneira de conhecer outros homens era indo aos banheiros públicos. As pessoas escreviam poemas ou seus números de telefone nas paredes. Elas não faziam nada demais: apenas usavam seus olhos, e conversavam e conheciam outras pessoas.

A polícia costumava subir no sótão e observar as pessoas abaixo. 

A polícia tinha por hábito pegar um cara jovem e vulnerável que tivesse feito algo errado e levá-lo para a delegacia e assediá-lo e ameaçá-lo. Ele forneceria nomes. Isso era chamado de lista queer .

Queer equivalia a esquisito até ser assumido pelas pessoas que eram depreciadas por ele e virar ferramenta de empoderamento. 

Meu nome estava na lista, então eu eu sempre muito cuidadoso.

Mas um dia em 1974, eu estava na cabine quando a polícia entrou espanando a porta. Eu estava sozinho e não estava fazendo nada de errado, mas isso não importava.

Eu fui condenado por atentado violento ao pudor por um magistrado local e forçado a me desligar dos Escoteiros depois de 40 anos de trabalho com meninos severamente incapacitados. Naqueles dias, se você fosse gay, eles presumiam que fosse um pedófilo, o que obviamente não era verdade. Era muito injusto.

Cerca de três anos antes que sua esposa morresse, Montague conheceu seu parceiro com quem está há 21 anos. Foi num bar de Londres. Ao acordar ao lado dele, Montague via-se apaixonado pelo parceiro.

Uma petição exigindo um pedido de desculpas a Montague alcançou quase 7 mil assinaturas até agora.

Presidente de Uganda recusa-se a promulgar lei contra homossexuais

Presidente de Uganda recusa-se a promulgar lei contra homossexuais
 
Ativistas ficaram revoltados com explicação de Museveni, de que gays são 'anormais' e 'devem ser reabilitados'

 
17 de janeiro de 2014 | 12h 40


O Estado de S. Paulo

KAMPALA - O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, recusou-se a promulgar uma lei aprovada pelo Parlamento do país para criminalizar os homossexuais e pediu aos deputados que revisem o projeto, segundo a imprensa local. A lei previa prisão perpétua por delitos de "homossexualidade agravada".


Carl Court/Arquivo/AP


Museveni não assina lei contra homossexuais

No entanto, os termos usados por Museveni para se referir aos homossexuais causou revolta entre ativistas. Em carta enviada ao presidente do Parlamento para justificar sua decisão, Museveni alegou que "pessoas anormais" não precisam ser encarceradas ou mortas. Para ele, os homossexuais do país precisam de "reabilitação econômica".

No texto, Museveni atribui o homossexualismo em parte à "procriação desordenada" das sociedades ocidentais. Em outros casos, prossegue ele, homens tornam-se gays por "motivo de dinheiro" e mulheres "viram lésbicas por falta de sexo com homens."

Os detalhes da carta, publicados pelo jornal local Daily Monitor nesta sexta-feira, 17, e confirmados por uma porta-voz da presidência, provocaram revolta entre os defensores dos direitos dos homossexuais.

A caracterização dos homossexuais pelo presidente "gera ainda mais ódio" em um país onde a discriminação já é exacerbada, declarou o ativista Frank Mugisha. Para ele, "não há motivo para comemorar" o fato de Museveni não ter promulgado a lei, aprovada pelo Parlamento no fim do ano passado.

Segundo analistas ugandenses, Museveni se negou a aprovar a lei consciente por conta da previsível reação contrária da comunidade internacional.

O Parlamento pode voltar a enviar a lei ao presidente com emendas ou sem. Caso Museveni volte a não assiná-la, a lei fica promulgada e entra em vigor ainda sem a assinatura do presidente./ AP e EFE


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


A decisão do presidente de Uganda em devolver o projeto de lei ao parlamento ugandense pode ser mera manobra demagógica. Além disso, os termos da decisão continuam sendo preconceituosos. Contudo, é sinal de que o presidente está sentindo a pressão. E certamente foi muito melhor não assinar do que assinar. Isso é óbvio!

Contudo, é preciso que os países que realmente honram a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a promovem por meio de políticas públicas continuem pressionando, inclusive por meio de sanções.

Pessoas LGBT e aliadas do mundo todo devem continuar publicando sua indignação frente às violações que vêm sendo impetradas por esses políticos e governantes.

Além disso, sociedades como as dos países em desenvolvimento - e as dos que nem em desenvolvimento se encontram ainda - precisam acordar para o fato de que a perseguição às pessoas LGBT e outras minorias é apenas uma cortina de fumaça que líderes incompetentes e corruptos utilizam para dar a impressão de estarem lutando pelos interesses da população, enquanto as casas dessa mesma população que os aplaude continuam sem abastecimento de água e serviço de saneamento; suas ruas continuam sem pavimentação; os jovens e adultos de suas famílias continuam sem educação e sem emprego; suas comunidades sem atendimento médico; e por aí vai.

Acordem desse sono mórbido! Quem acha que é justo coagir, agredir e/ou matar outros seres humanos por diferenças de ordem sexual ou de gênero, como é o caso aqui, está jogando mais uma pá de terra no sepultamento de seus próprios direitos. Se ainda os tem, poderá perdê-los ao bel-prazer dos mesmos que agora lhe agradam com essas macabras demonstrações de 'eugenia'.

E quem dá o braço a esses assassinos em seu programa de extermínio não é melhor do que nenhum deles.

Uganda aprova uma Nova Versão da Lei “Matem os Gays”

Crianças participando do protesto anti-gay em Uganda em 2011
CREDIT: AP




Uganda aprova uma Nova Versão da Lei “Matem os Gays”


BY HAYES BROWN para o THINKPROGRESS
Em 20 de dezembro de 2013
Tradução: Sergio Viula


O parlamento ugandense finalmente aprovou, nesta sexta-feira, a controversa lei que criminaliza a homossexualidade e condena membros da comunidade LGBT à prisão perpétua se forem flagrados em atividade homossexual.

Ser gay já era ilegal em Uganda, mas a aprovação da nova lei penaliza ainda mais o ato, aumentando as consequências. A versão mais recente do projeto de lei, que havia sido chamado projeto “matem os gays”, porque prescrevia a pena de morte como punição para o comportamento homossexual, oferece a prisão perpétua como alternativa à execução. A lei também proíbe o ativismo pelos direitos gays, oferece incentivos aos cidadãos que denunciarem seus conhecidos que sejam gays, e declara que realizar um casamento entre pessoas do mesmo sexo acarreta uma sentença de sete anos.

O primeiro-ministro de Uganda Amama Mbabazi se opôs à votação de sexta-feira, dizendo que não havia quórum no Parlamento para que a votação valesse. Mbabazzi ano passado pareceu retirar o apoio de seu governo à lei, ao mesmo tempo em que continua apoiando a proibição contra o ativismo LGBT. Essa hesitação pode ter permitido que a pena de morte fosse derrubada, mas não foi suficiente para permitir a emenda que reduziria a prisão perpétua para uma sentença de 14 anos.

O congressista David Bahati, que introduziu o projeto de lei, foi efusivo depois da aprovação da lei. “Estou feliz que o Parlamento tenha votado contra o mal” – disse Bahati à agência AFP na sexta-feira. “Porque nós somos uma nação temente a Deus, nós valorizamos a vida de um modo holístico. É por causa desses valores que membros do Parlamento aprovaram essa lei, apesar do que o mundo exterior pensa.”

Apesar das declarações de independência de Bahati’s, o projeto de lei, desde seu começo, foi elaborado com a ajuda de grupos de cristãos evangélicos. O líder evangélico Scott Lively está atualmente enfrentando processo judicial movido em nome do grupo de ativismo Sexual Minorities Uganda por seu papel na promoção desse projeto de lei.

O Presidente Barack Obama, que chamou a versão anterior da lei de “odiosa”, foi encorajado a abordar os direitos gays mais cedo esse ano, durante sua visita à África. Enquanto tema foi levantado durante sua visita ao Senegal, ele recebeu reações nada calorosas.

Amigo heterossexual preso por defender amiga lésbica na Rússia

Sergey Kondrashov foi preso por desafiar a lei contra a "propaganda gay" em São Petersburgo. O crime? Levantar um cartaz dizendo que uma amiga, lésbica, merece os mesmos direitos do que Sergey e a sua esposa.


ASSINE A PETIÇÃO: www.allout.org/pt/standwithsergey



Car@ amig@,

Eu acabei de assinar uma petição para o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, pedindo que ele condene a lei anti-gay que acabou de passar em São Petersburgo, e evitando que ela seja adotada em nível federal. Esta lei terrí­vel tornaria um crime para qualquer um ler, escrever um blog ou declarar qualquer tipo de apoio aos direitos gays na Rússia. E já está sendo usada para censurar a liberdade da expressÃo.

Sergey Kondrashov, um advogado heterossexual e casado, foi preso em São Petersburgo por segurar um cartaz que dizia: "Uma querida amiga é lésbica. A minha esposa e eu a amamos e a respeitamos, e a sua família é exatamente igual a nossa ".

No dia16 de abril Sergey vai a tribunal, onde ele poderá ser multado e até mesmo jogado na cadeia por 15 dias. Sergey está lutando, e agora vamos assegurar que o primeiro-ministro russo saiba que o mundo inteiro está assistindo e de mãos dadas com Sergey nesta luta.

Por favor assine esta carta, pedindo para o primeiro-ministro russo denunciar esta lei absurda anti gay que fez Sergey um criminoso - e que Putin fará de tudo ao seu alcance para impedir a ampliação desta lei inconstitucional para todo o paí­s.

Assine a petição aqui: www.allout.org/pt/standwithsergey


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Leia EM BUSCA DE MIM MESMO.

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