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ENTREVISTA: Uma família homoparental que vai inspirar você!

Por Sergio Viula

OBS: As fotos desse post foram cedidas 
pelo casal para este post, exclusivamente.

Daniel Poubel, à esquerda, e Lucio Bragança.




Faz algum tempo que esse casal querido, formado por Lúcio Bragança e Daniel Poubel, acompanha o Blog Fora do Armário. Mas o contrário também é verdade - este blogueiro acompanha as postagens deles no Facebook e sempre se encantou com o modo como eles construíram uma linda família.

Por isso, perguntei ao casal se eles topariam dar uma entrevista para o Blog Fora do Armário. E para a nossa alegria (^^), eles toparam. O que você vai ler abaixo é fruto dessa conversa por e-mail.

A entrevista e as fotos foram autorizadas pelo casal para publicação exclusiva aqui no Blog Fora do Armário. Por favor, não as reproduza sem autorização deles, mas fique à vontade para compartilhar o link dessa linda história.

Lucio Bragança tem 34 anos e Daniel Poubel, 30. Eles são originários de MUQUI - ES, mas trabalham em outra cidade como professores. 



Fora do Armário: Como foi que vocês se conheceram e quando decidiram se casar? As famílias de vocês já sabiam que vocês eram homoafetivos? 

LUCIO:
Daniel e eu nos conhecemos desde pequenos, fomos vizinhos em nosso bairro, o tempo passou e tomamos caminhos diversos, porém em determinados momentos nos encontrávamos em algumas situações, porém nunca namoramos antes. Eu tive um relacionamento heteroafetivo e desse relacionamento surgiu os dois filhos que estão conosco. Fiquei viúvo e poucos anos depois reencontrei Daniel, e então resolvemos ter um relacionamento e assumir nossa homossexualidade. As famílias não sabiam de nossa homossexualidade, assumimos a nossa “nova vida” e enfrentamos os desafios e as consequências juntos.


DANIEL:
Nosso amor é antigo, desde criança nos víamos, mas nunca tivemos a oportunidade de conversar. Algo dentro de mim se revirava quando o via. Na adolescência, então, com a descoberta velada de minha orientação sexual, percebi que era apaixonado por ele. Contudo, a vida nos fez tomar caminhos diferentes e por um longo período não nos vimos mais. Quando de uma oportunidade única, tive a chance de reencontrá–lo e fui à conquista. Estamos juntos há 9 anos, sendo 4 anos casados oficialmente como o primeiro casamento civil de nossa cidade atual. Em relação aos parentes, eles souberam de nossa sexualidade e namoro ao mesmo tempo, digo que além de nos descobrirmos juntos, também estreamos juntos (rsrs). No início foi complicado, mas com o passar do tempo as coisas foram se organizando e a vivência de nossa FAMÍLIA superou, pelos menos em parte, o preconceito dos PARENTES. 



Fora do Armário: Quando decidiram ter filhos? Como vieram a ter dois? 

LUCIO: Como respondi anteriormente, quando assumimos nosso relacionamento, eu já era pai de dois filhos - filhos, que juntos, desde o início, compuseram nossa família.

DANIEL: Sempre sonhei em ser pai, e quando a oportunidade de casar com Lucio surgiu, o pacote veio completo. Adorei. Casei com o amor da minha vida e tive a oportunidade de ser pai de gêmeos.



Fora do Armário: Falem mais sobre os filhos. 

LUCIO:
Quando fomos morar juntos, os meninos (filhos) tinham 5 anos. E resolvemos, depois de alguns meses morando juntos, assumir para os filhos de forma simples o nosso modelo de família. Não houve segredo, uma vez que na convivência eles percebiam que o amor, o afeto, o carinho e a responsabilidade eram oferecidos a eles, e não era diferente, ou seja, o sexo dos componentes do casal não fazia diferença na relação familiar. Para eles que convivem em um ambiente familiar livre de estereótipos e preconceitos, não foi construída a ideia de que o casal homoafetivo é imperfeito, igual ao que determinados discursos tentam propagar. A nossa relação sempre foi aberta com eles, sabem de tudo, em relação a nosso modo de vida e a sua história.

DANIEL: Em nosso seio familiar, tentamos ao máximo esclarecer tudo que é possível, mas a questão de família é algo natural, vivido no dia-a-dia. Se alguém perguntar aos nossos filhos o que é uma família, eles responderão que é amor. Tudo é tão tranquilo e as pessoas que questionam chegam tão impressionadas que apenas digo: “somos uma família como qualquer outra, eu sou o Pai e ele o Papai (assim que nossos filhos nos chamam), amamos, cuidamos, educamos e pronto.” 



Fora do Armário: Como vocês descreveriam a experiência de paternidade? Quais foram os maiores desafios e as maiores alegrias até o presente momento?

LUCIO: A experiência da paternidade é maravilhosa, digo que foi algo que de melhor aconteceu em minha vida, muitos altos e baixos, muitos desafios, mas é tudo muito motivador. Os maiores desafios foram nos primeiros anos, quando passamos em um concurso público e tivemos que nos mudar e começar do zero, em uma cidade onde não tínhamos ninguém para nos auxiliar em nenhuma situação, então tivemos que abrir mão de muita coisa pessoal em função da dedicação integral à família. O maior orgulho é o carinho deles como filhos, e a resposta vem da escola, onde são os melhores alunos (boletim nota máxima em todas as disciplinas) em rendimento e comportamento, elogiados e respeitados por todos da escola, e todos sabem que são integrantes de uma família homoafetiva, porque desde a matrícula fomos à escola e apresentamos a situação, e exigimos respeito e tratamento digno, igual ao oferecido a todos os alunos e às outras família. Nós como pais somos muito elogiados pelos professores e equipe gestora da escola onde estudam, pois eles são referência no ambiente escolar e o nosso orgulho é que por meio deles, em uma manifestação silenciosa, todo o discurso de ódio proferido em relação à adoção por casais homoafetivos cai por terra.

DANIEL: Como sempre tive essa vontade de constituir uma família, não vi um grande desafio, mas sim um grande aprendizado. Como Lúcio disse, abrimos mão de muitas coisas que um casal jovem faria normalmente, para poder cuidar dos meninos, porém em momento algum me arrependo disso, pelo contrário, digo sempre que quando saímos para passear ou fazer qualquer outra coisa sem os nossos filhos, nos sentimos como se faltasse algo, ficamos incomodados, não nos sentimos completos. Mas quando estamos com eles, nos divertimos muito. Eles são motivo de muito orgulho - carinhosos e inteligentes, sempre são muito elogiados por nossos amigos e profissionais da escola. 



Fora do Armário: Que traços de personalidade vocês destacariam como os mais positivos em cada um dos filhos?
LUCIO: O carinho, o respeito, a amizade, o companheirismo e a gratidão.

DANIEL: Ao mesmo tempo que são muito parecidos, também são únicos em suas personalidades. Ambos são extremamente carinhosos e preocupados com o bem-estar de quem eles gostam, e talvez por vivenciarem nossas lutas diárias em prol de uma vida mais justa e uma sociedade menos preconceituosa, percebo neles um senso crítico muito grande. 



Fora do Armário: O que mais mudou na relação do casal depois dos filhos chegarem?

LUCIO: Nossa vida foi muito diferente da vida das famílias dos amigos, porque vivemos quase em função deles nestes últimos anos pelo compromisso que assumimos e pelo prazer em estarmos presentes com eles durante parte do dia. Optamos por trabalhar em um turno como professores, e dessa forma pudemos dar a eles muitos momentos de companheirismo. Sabemos que essa fase é passageira - em breve estarão estudando em escola integral e em faculdade, e, depois, vão seguir a suas vidas, se preferirem em outros lugares, então tentamos aproveitar ao máximo o tempo juntos.
DANIEL: Nos tornamos mais companheiros, mais unidos, mais cúmplices. Depois que constituímos nossa família, só tivemos nós dois um pelo outro, por eles e para eles. Isso nos uniu muito e nos fez superar muitos desafios. 



Fora do Armário: As crianças demonstram alegria por terem pais tão carinhosos como vocês?

LUCIO: A alegria deles é visível, no carinho, no dia dos pais fazem cartas e desenhos maravilhosos para a gente, selecionam filmes e séries para assistirmos juntos, são excelentes companheiros.

DANIEL: Digo que eles são um grude, e quando é um dia de muito trabalho e chego tarde em casa, eles fazem questão de exigir atenção, mesmo que seja sentar comigo no sofá e ver um filme, ou andar atrás de mim naquela correria do horário de almoço pra contar o que aconteceu na escola naquele dia. 



Fora do Armário: Existe alguma demonstração que foi muito especial para vocês?

LUCIO: Todos os dias são feitos de pequenas demonstrações - a mesa de café da manhã preparada, ser acordado ao som do “parabéns para você” na flauta, a medalha recebida como premiação no campeonato de xadrez, a chegada da escola com afobações e novidades, o simples fato de cobri-los em noites frias ou até mesmo de vistoriar o quarto a procura de pernilongos invasores!

DANIEL: Algo que me marcou muito no início do nosso relacionamento de pai e filhos foi que eles sempre faziam desenhos me representando e me davam de presente. Tenho vários guardados até hoje. Era a forma deles comunicarem que gostavam de mim. Hoje em dia, eles são um grude, tudo que eles fazem é especial.



Fora do Armário: Quais são os planos de vocês para os próximos cinco anos?

LUCIO:  Viver, na plenitude da palavra. Curtir cada momento juntos, e com certeza, viajar, viajar muito!

DANIEL: Curtir muito a família e aproveitar a vida ao máximo.



Fora do Armário: Vocês poderiam deixar alguma mensagem final para os leitores do Fora do Armário?
LUCIO: Tudo fica muito mais fácil quando temos alguém junto da gente, enfrentando os desafios da vida que não são poucos, por isso quero agradecer a meu companheiro Daniel. Ele tem sido também a minha inspiração de viver em dias tempestuosos. Aos leitores, eu sugiro a plenitude da frase “viver e não ter a vergonha de ser feliz”. Afinal, ficamos muito tempo no armário, e temos que sair dele para o mundo sentir o nosso brilho e deixar espaço para lá, para guardar o preconceito, do qual ainda, infelizmente somos vítimas.

DANIEL: Ao meu Mozão, te amo. Aos meus filhos, amo vocês. Aos leitores, lembrem-se sempre: Vivam a vida de vocês! A felicidade é construída. Então arrombem as portas do armário e curtam de montão. E nunca se esqueçam de dizer para a sociedade hipócrita que se incomoda com sua felicidade que VOCÊ NÃO É OBRIGADO A GOSTAR, MAS A RESPEITAR SIM.


O Blog Fora do Armário agradece muito pelo carinho de Lucio e Daniel em compartilharem suas vidas conosco aqui.

Casal lésbico ganha mais de 3 milhões de dólares depois que o filho reclamado pelos pais biológicos foi assassinado pelo pai

Casal lésbico ganha mais de 3 milhões de dólares depois que o filho foi reclamado pelos pais biológicos e assassinado pelo pai

O casal disse que o advogado agiu negligentemente em não suspender os direitos parentais dos pais biológicos


O casal pensava que estava começando uma família, 
mas os pais biológicos tinham outros planos.



23 de agosto de 2017
Por Joe Morgan
Gay Star News
https://www.gaystarnews.com/article/lesbian-couple-wins-3-25m-adopted-son-reclaimed-birth-parents-killed-father/#gs.fKO3tqU

Tradução: Sergio Viula



Um casal lésbico ganhou milhões de dólares depois que seu filho adotivo foi reclamado pelos pais biológicos e morto pelo pai.

Heidi e Rachel McFarland, do estado de Iowa, levaram o menino Gabriel, com quatro meses de nascido, do hospital para casa, acreditando que aquele seria o começo de sua família feliz.

Depois que o casal ajudou a cortar o cordão umbilical, elas passaram cada momento acordadas com Gabriel até que ele foi devolvido aos pais biológicos.

"Era como se ele soubesse instantaneamente", disse Rachel McFarland, "que nós éramos suas mães".

Mas apenas 11 dias antes que elas pudessem finalizar a adoção, a mãe do menino, uma garota de 16 anos chamada Markeya Atkins mudou de ideia sobre abrir mão do filho.


Pai biológico mata o bebê


Em Iowa, pais biológicos têm até três meses para mudarem de ideia sobre a concessão de um filho para adoção.

O pai da criança, Drew James Wheeler-Smith, com 17 anos, ficou encarregado de cuidar da criança enquanto a mãe biológica foi dar um errado a alguém.

Menos de uma hora mais tarde, em April 22, 2014, a mãe biológica de Gabriel voltou e encontrou o bebê inconsciente em sua cadeira. O menino tinha espuma branca em volta da boca e o pai havia sumido.

Um perito médico identificou mais tarde que Gabriel morreu de trauma craniano.




Rachel disse que quando elas descobriram, "Heide gritava, e eu olhei para a papelada e lá estava o endereço. Eu enviei uma mensagem de texto para Markeya e ela confirmou que havia sido ele.’

O pai, Weehler-Smith, agora com 20, foi considerado culpado por assassinato em segundo grau em 2015 e sentenciado a 50 anos de prisão, de acordo com o registro.

Mas o casal McFarland decidiu processar o advogado formal da mãe biológica, Jason Rieper, por negligência processual. O juri decidiu a favor delas.

O casal disse que o advogado agiu negligentemente em não suspender os direitos parentais dos pais biológicos. O advogado de Rieper, David R Brown, questionou essa caracterização.

O advogado disse que está desapontado com o veredito do juri. Ele alega que o julgamento focou sobre o envolvimento de Rieper no caso de adoção e não na morte ocorrida posteriormente.

"Você não pode controlar as emoções de uma mãe biológica de 16 anos", disse Brown à revista People.


Advogado julgado por ter agido negligentemente


"Eu acho que se tivesse forçado a barra e a pressionado a abrir mão de seus direitos", acrescentou eIe, "Eu acho que alguém poderia alegar que teria sido inapropriado".

Em 2014, Atkins disse que queria Gabriel de volta porque ela sentia que as McFarlands haviam se distanciado desde que o receberam. Ela tinha medo de que ele deixasse de ser parte de sua vida para sempre.

E ao mesmo tempo que o casal nunca esquecerá seu amor por Gabriel, a família delas está crescendo.

Rachel e Heidi foram abordadas por outra mulher grávida logo depois da morte de Gabriel, e elas adotaram um bebê chamado London.

Heidi também deu à luz uma outra filha recentemente, chamada Vienna.

FANTÁSTICO: CASAL GAY ADOTA SEGUNDA FILHA E DESCOBRE QUE ELA É IRMÃ BIOLÓGICA DA PRIMEIRA

Casal gay adota 2ª filha e descobre que ela é irmã biológica da primeira


Teodora foi a primeira criança brasileira adotada oficialmente por dois homens. Sete anos depois, o mesmo casal adotou Helena, que por coincidência, é irmã biológica a primeira filha.

Edição do dia 30/12/2012
30/12/2012 21h22 - Atualizado em 30/12/2012 21h22


 

O fim de ano guardou uma surpresa para o primeiro casal de homens a adotar uma criança no Brasil. Vasco e Júnior assumiram a guarda de Teodora, uma história que o Fantástico mostrou em 2008. Agora, quatro anos depois, eles resolveram adotar mais uma menina e acabaram descobrindo uma ligação inesperada entre as duas crianças.

Com dois aninhos apenas, Helena ainda tem um pouco de medo do Papai Noel, mas adora receber presentes. A irmã mais velha, Teodora, de 11 anos, já não dá mais tanta importância para bonecas. Prefere os eletrônicos. “É um tablet”, diz a menina.

Mas o presente que Teodora mais gostou foi outro. “É legal ganhar uma irmã para acompanhar”, conta. É o primeiro Natal das duas juntas, desde a adoção oficial de Helena.
As duas são filhas de dois pais. Vasco e Junior, que são cabeleireiros na cidade de Catanduva, interior de São Paulo.

Para entender essa história, é preciso voltar um pouco no tempo. Teodora e os dois pais apareceram no Fantástico pela primeira vez em 2008. Na época, famílias assim eram uma grande novidade.

A certidão de nascimento dela não tem o nome da mãe. Mas em compensação tem dois pais. “Teodora Rafaela Carvalho da Gama. Carvalho do Junior e da Gama, meu”, contou um dos pais.

Teodora foi a primeira criança brasileira adotada oficialmente por dois homens. Mas Vasco e Junior sempre quiseram aumentar a família. E foi procurando por outra criança para adotar que veio a grande surpresa. O casal nem imaginava que Helena, a filha mais nova, já tinha uma ligação com Teodora, a mais velha.

“Não é coincidência. Isso é coisa divina mesmo”, comenta um dos pais.

Foi nesse abrigo que, em maio do ano passado, a Helena entrou na vida do Vasco e do Junior. “Foi um dia de domingo, num horário de visita, que a gente tinha costume de vir ainda conhecer as crianças. A gente estava interagindo com as maiores e perguntei para uma amiga onde estavam os bebês. Ela fez um comentário: ‘Acabou de chegar uma criança que tem a cara da Teodora’. A gente fez umas fotos delas juntas. Aí as pessoas comentavam: ‘Como elas se parecem, como os olhares são os mesmos, a sobrancelha’. A gente foi achando que era legal a gente adotar uma outra que parecesse a Teodora”, diz Vasco.

Era tanta semelhança, tantos comentários, que Vasco e Junior ficaram desconfiados. Vasco foi até o fórum da cidade. Queria saber: será que a mãe biológica de Helena era a mesma de Teodora?

Mas, como casos assim correm em segredo de Justiça, os funcionários se recusaram a responder. A revelação veio quando o casal pegou a guarda provisória de Helena.

“Quando você pega a documentação. Fui ver, era a mesma biológica. Aí tivemos certeza”, lembra Junior.

A adoção definitiva já saiu. A família pegou junta no cartório a nova certidão de nascimento de Helena, também com o nome dos dois pais.

O processo de adoção de Helena foi mais fácil que o de Teodora. No caso de Teodora, sete anos atrás, a adoção foi primeiro em nome de Vasco. Só depois de outro processo, o nome de Junior também apareceu na certidão. Já Helena, foi adotada diretamente pelos dois.

Com a certidão, Junior e Vasco fizeram a matrícula de Helena na escola. “Telefone do pai, telefone da mãe. No caso, não tem mãe. Eu até queria sugerir para o colégio que, como são dois pais, que não estivesse especificado que é pai e mãe, porque agora a gente tem riscar o nome mãe e colocar pai”, comenta Vasco, enquanto preenche o documento.

Helena visitou a turma da irmã antes do final das aulas. As meninas não sofrem com o preconceito. Geovana Ferrise, coordenadora pedagógica da escola, diz que nunca houve situação de conflito ou adaptação. “Não teve. Lógico, surgia dúvidas: ‘nossa, tia, ela tem dois pais. Mas como assim?’ Olha, gente, é uma família diferente. Hoje em dia tem tanta gente que tem o papai e a mamãe, tem o padrasto, tem o tio que cuida, a madrinha, e a Teodora tem dois pais. Eles absorveram de uma forma natural e tranquila”, conta.

A preocupação maior de vocês era em relação aos pais das crianças?”, pergunta a repórter.
“A data de aniversário da Teodora era uma coisa que me dava um feedback disso. Porque eu mandava os convites para as crianças e às vezes eu ficava achando que alguma não fosse comparecer justamente por ser na casa de pais gays, homossexuais. Mas acabava comparecendo todas as crianças”, afirma Vasco.

Eles dizem que a família não vai parar por aí. “A gente continua na fila de adoção”, comenta Vasco. 
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2012/12/casal-gay-adota-2-filha-e-descobre-que-ela-e-irma-biologica-da-primeira.html

Adoção por casais gays aumenta à medida que caem restrições legais nos Estados Unidos



NOVA YORK - Há dois domingos, Farid Ali Lancheros e George Constantinou reuniram 164 parentes e amigos em Nova York para o chá de bebê de seus filhos gêmeos que nascerão de uma barriga de aluguel nos próximos dias. Gustavo e Milena, os bebês gerados por inseminação artificial, vão participar do fenômeno de transformação da família americana, com crescente número de adoções e gestações de crianças que vão viver em famílias nas quais os pais são homossexuais. Na festa, Constantinou disse que eles são a verdadeira família moderna, brincando com o nome do seriado "Modern family", um hit da TV, no qual um casal gay adota uma menina. Nos Estados Unidos, estima-se que 1,2 milhão de crianças vivam em famílias com pai ou mãe homossexual.

- Sei que estamos rompendo barreiras, mas todo o amor e o apoio que estamos recebendo são medidas da aceitação social que uma família gay pode receber. Nossos pais estão eufóricos, minha mãe virá da Colômbia passar o primeiro mês dos bebês com a gente - disse Farid Ali.

Juntos há dez anos, Farid, de 47 anos, e George, de 35, são sócios no restaurante Bogotá Bistro, no Brooklyn, e começaram a planejar uma família há dois anos. A opção inicial foi pela adoção, mas os dois se sentiram inseguros com a falta de informações sobre a saúde da criança e de sua família biológica.

- Era uma aposta muito alta. Fiquei nervoso com a ideia de não saber o histórico dessa criança, da possibilidade de ela ter sofrido, de não ter sido bem alimentada durante a gravidez, um monte de problemas. Aí surgiu a ideia da barriga de aluguel - conta Farid Ali.

Sei que estamos rompendo barreiras, mas todo o amor e o apoio que estamos recebendo são medidas da aceitação social que uma família gay pode receber

O casal procurou uma agência especializada em Boston e levou adiante o projeto, que custou US$ 160 mil, entre o valor pago à gestante e à doadora dos óvulos (uma mulher latina), mapeamento genético, plano de saúde, despesas de viagem, pagamento de advogados.

"Você realmente se sente no fim da fila"

O processo enfrentado por Farid e George foi curto, se comparado aos sete anos que Jeff Friedman e Andrew Zwerin esperaram para adotar Joshua, hoje com 8. Friedman, advogado, e Zwerin, gerente de firma de computação, são casados no papel e moram juntos há 26 anos em Long Island, Nova York. Apesar da estabilidade, viveram a experiência de muitos casais gays, que se sentem preteridos por agências de adoção.

- Você realmente se sente no fim da fila. Como gay, você se acostuma a atravessar a vida com uma dose de vergonha, com a sensação de ser um cidadão de segunda classe - disse Friedman, de 43 anos.

O caso de Joshua confirma uma das principais conclusões do estudo mais recente sobre o assunto, uma pesquisa divulgada no mês passado pelo Evan B. Donaldson Adoption Institute: 60% das adoções feitas por gays são interraciais. Os homossexuais tendem a adotar mais as crianças que estão nos abrigos, crianças mais velhas (10% dos adotados por gays têm mais de 6 anos), negras ou com algum problema de saúde.

- Uma assistente social deixou claro que casais heterossexuais teriam preferência sobre crianças "mais desejáveis". Mas não poderíamos estar mais felizes com o Joshua. Desde o dia em que o pegamos nos braços, recém-nascido, sentimos que ele era o nosso filho, e ele não poderia estar mais bem ajustado - disse Friedman.

As adoções por casais gays vêm crescendo significativamente, ao passo que caem as barreiras legais. No Censo de 2009, as crianças adotadas por gays eram cerca de 32 mil, em comparação com 8.300 no anterior, de 2000. Segundo estimativas do demógrafo Gary Gates, da UCLA (Universidade da Califórnia), o número de crianças e adolescentes em famílias onde o pai ou a mãe é gay chega a 1,2 milhão.

- A grande maioria não é adotada, provavelmente filha de relações anteriores, de antes de a pessoa se assumir como gay. Mas, como hoje as pessoas estão se assumindo mais jovens, a tendência é o número dessas situações diminuir, e o de adoções aumentar - disse Gates.

Leia a íntegra desta reportagem no Globo Digital (somente para assinantes)


Leia mais sobre esse assunto em:

https://oglobo.globo.com/mundo/adocao-por-casais-gays-aumenta-medida-que-caem-restricoes-legais-3216482#ixzz1cx8KvMrN

Um em cada quatro casais gays americanos está criando filhos

Famílias Gays nos EUA: Um Retrato das Mudanças na Estrutura Familiar e a Ascensão das Famílias LGBTQ+


Colagem feita por Sergio Viula a partir de fotos disponíveis na Internet.


Big Gay News
24 de junho de 2011


Estima-se que um quarto de todos os casais do mesmo sexo estão criando filhos nos EUA, de acordo com as informações do U.S. Census (censo americano), o que fornece um dos primeiros retratos da família gay americana. Pela primeira vez na história, o censo conta os casais do mesmo sexo e seus filhos, e destaca estado por estado, revelando que mais famílias gays estão sendo formadas no Sul.  


Nos últimos anos, temos acompanhado uma mudança significativa na estrutura familiar nos Estados Unidos. Um dado importante do U.S. Census (censo americano) revela que, pela primeira vez, os casais do mesmo sexo e seus filhos foram contados em um levantamento oficial. E a descoberta é surpreendente: estima-se que um quarto de todos os casais do mesmo sexo nos EUA estão criando filhos.

O Crescimento das Famílias Gays

De acordo com o U.S. Census, a inclusão dos casais do mesmo sexo no levantamento demográfico é uma das primeiras iniciativas a fornecer um retrato claro da composição dessas famílias. O que antes poderia ser uma realidade marginalizada ou invisível, agora está sendo reconhecido com dados que refletem as novas dinâmicas sociais e familiares da comunidade LGBTQ+.

Além disso, um estudo do Williams Institute, faculdade de direito da UCLA especializada em questões LGBTQ+, aprofundou o levantamento, revelando dados interessantes. Por exemplo, em estados como o Havai e o Alabama, 27% e 23% dos casais do mesmo sexo estão criando filhos, respectivamente. Isso é significativo, especialmente em estados do Sul dos EUA, onde a aceitação da comunidade LGBTQ+ tem sido historicamente mais desafiadora.

A Diversificação das Famílias no Sul

O aumento de casais do mesmo sexo criando filhos no Sul dos Estados Unidos pode ser considerado uma verdadeira revolução cultural. Em estados como o Alabama, conhecidos por sua postura conservadora e religiosa, os casais gays estão começando a criar filhos em um número mais expressivo, desafiando as normas tradicionais de formação familiar. A tendência no Havai, por outro lado, reflete uma realidade diferente, mas igualmente importante, já que as famílias LGBTQ+ têm encontrado um espaço maior para crescer e florescer.

Esses dados são extremamente reveladores e devem ser vistos como um reflexo da crescente aceitação, mas também das questões que ainda persistem. Para muitos casais do mesmo sexo, formar uma família é um processo que envolve não apenas o desejo de ter filhos, mas também uma batalha por reconhecimento e direitos. A inclusão de casais gays nas estatísticas oficiais é um passo fundamental nesse caminho de visibilidade e aceitação.

Desafios e Barreiras para as Famílias LGBTQ+

Apesar dos avanços, a luta das famílias LGBTQ+ nos Estados Unidos não está concluída. Apesar do crescente número de famílias gays em diversas regiões, muitas ainda enfrentam discriminação, desafios legais e sociais. Em alguns estados, casais do mesmo sexo ainda precisam lutar para garantir seus direitos parentais, especialmente quando se trata de adoção e reconhecimento de ambos os pais ou mães.

Ademais, a questão da saúde mental e do bem-estar de crianças em famílias LGBTQ+ também tem sido um tema de debate. Diversos estudos indicam que crianças criadas por casais do mesmo sexo não enfrentam maiores dificuldades do que aquelas criadas em famílias heterossexuais, desde que o ambiente seja estável e amoroso. No entanto, a sociedade ainda precisa superar preconceitos e estigmas para permitir que essas crianças cresçam sem as barreiras psicológicas impostas pela discriminação.

A Importância da Visibilidade

O impacto do censo americano e dos estudos realizados pelo Williams Institute é inegável, pois são os primeiros passos para construir uma sociedade mais inclusiva e menos polarizada. A visibilidade dessas famílias ajuda a combater estereótipos e desinformações, além de contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que protejam os direitos das famílias LGBTQ+.

A luta pelos direitos civis e pela aceitação das famílias gays nos Estados Unidos reflete uma batalha global que se estende por diversas nações, com a comunidade LGBTQ+ buscando reconhecimento e igualdade de direitos em diferentes contextos. No Brasil, por exemplo, a questão das famílias LGBT também é um tema em ascensão, com muitas famílias ainda enfrentando desafios similares aos vividos nos EUA.

A Caminho da Igualdade

Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, o simples fato de que dados oficiais estão sendo coletados e divulgados sobre as famílias gays é um grande passo em direção a uma maior aceitação e compreensão. O futuro promete mais representatividade e, com isso, um apoio maior para que casais do mesmo sexo possam criar seus filhos sem medo de discriminação.

Por enquanto, devemos continuar celebrando os avanços e lutando para garantir que todas as famílias, independentemente de sua composição, tenham o direito de serem tratadas com respeito, dignidade e igualdade.


Referências:

U.S. Census Bureau
Williams Institute – UCLA School of Law
Estudos sobre famílias LGBTQ+ e a aceitação nos EUA


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Cadê aqueles profetas da desgraça que vivem dizendo que a família está em perigo? Ou que os LGBT vão destruir a família? Será que eles não tomam vergonha na cara? Será que a má-fé desses pregadores da morte é tanta que são capazes colocar a própria credibilidade (que já não é grande) em perigo de perder-se totalmente diante dos inegáveis fatos?

Esses caras que dizem que os gays vão destruir a família são geralmente os que têm as famílias mais problemáticas. Também pudera, com pais como esses fundamentalistas, quem poderia ser realmente equilibrado e feliz?

Justiça francesa reitera proibição de casamento gay



(AFP) - Há 1 dia


PARIS -- A corte constitucional francesa confirmou nesta sexta-feira a proibição vigente contra o casamento homossexual, alegando que está apenas agindo de acordo com a constituição do país.

A justiça anunciou sua decisão em resposta a uma ação apresentada por um casal de mulheres que vivem juntas há dez anos sob regime de união civil (PACS).

Elas têm quatro filhos.

A França vai contra o exemplo de outros países europeus, incluindo Portugal, Espanha, Bélgica e Holanda, que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Se o casamento entre pessoas do mesmo sexo é tão ruim assim, por que é que nenhum membro dessa família parece infeliz?

Bem nutridos, bem vestidos, bem amados. Pode haver destino melhor para as crianças de qualquer parte do mundo do que uma família acolhedora e amável?













Essas mulheres estão de parábens! Existem muitos casais heterossexuais que não conseguem fazer a metade de tudo isso por um ou dois filhos somente, e elas conseguiram fazer por quatro!!!

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