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Feliciano e seu "cérebro de ervilha"...

Fonte da ilustração:
https://publicdomainvectors.org/pt/vetorial-gratis/Ilustra%C3%A7%C3%A3o-do-c%C3%A9rebro-do-tamanho-de-ervilha/34878.html




Sobre a entrevista dada por Feliciano
à rádio Jovem Pan. 




Ouça esse live sobre a fala de Feliciano 

e seu cérebro de ervilha - por Sergio Viula


Originalmente, eu havia publicado um vídeo com esse título no Facebook, mas deletei aquela conta e não guardei o vídeo. Porém, você ainda pode ler um resumo do que falei no texto abaixo:


Sobre balas que demoram a encontrar o cérebro de esquerdistas, como disse o im-pastor Marco Feliciano.


Por Sergio Viula


Essa semana, o Pânico prestou mais um desserviço à sociedade brasileira. O mesmo Pânico que, junto com o Super Pop da Luciana Gimenez, promoveu o desconhecido Bolsonazi à celebridade de fascistas em nível nacional, também deu voz à essa pessoa desprezível que muitas vezes também ocupou o palco do Super Pop.

Dessa vez, a entrevista foi na rádio Jovem Pan no dia 20 de março, terça-feira passada. Feliciano disse na ocasião... abram aspas:

“cérebro do esquerdista é do tamanho de uma ervilha”. “Deram um tiro na cabeça […] levaram uma semana para achar a bala”.

Feliciano disse isso enquanto os entrevistadores lhe perguntavam sobre a morte de Marielle Franco, a quinta vereadora mais votada do Rio e militante de causas sociais urgentes e necessárias.

Muita gente se manifestou sobre essa agressão à memória de Marielle.  E fizeram bem. Hoje, porém, eu quero pensar sobre essa questão de quem é que tem cérebros do tamanho de uma ervilha. Ironicamente, parece que o im-pastor Marco Feliciano se encaixa bem aí. Ele e seus seguidores, é claro, porque são da mesma feitura. 

E já que todos eles dizem ser seguidores de Jesus, eu quero pensar também sobre essa impostura chamada cristianismo.

Só para registro, sempre que usarei o termo (neologismo irônico) im-pastor sempre que me referir a ele.

Vejamos algumas das coisas que pessoas com o cérebro funcionando como se fosse do tamanho de uma ervilha costuma considerar as mais absolutas e sagradas verdade, quando não passam de imaginação fantasiosa.

Veja por exemplo essa passagem do evangelho de Mateus:


Mateus 15:1-6

Então chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo:

Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão.

Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?

Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá.

Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe,

E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.

A mais completa ignorância sobre micróbios e a grande contradição sobre o cuidado com os pais

Na passagem citada acima, os fariseus não estavam preocupados com a higiene, é claro. Eles nem sabiam da existência de micróbios. O que eles estavam fazendo era exigir que os discípulos de Jesus obedecem à tradição deles, tanto quanto mais tarde os discípulos de Maomé obrigariam uns aos outros a lavar cinco partes do corpo antes de orarem.

Todavia, é flagrantemente ridículo que Jesus tenha perdido uma boa oportunidade de falar sobre os micróbios e a importância de se prevenirem doenças que matavam naquela época e continuam mantando tanta gente hoje em dia por causa de perigosos microrganismos.

Se Jesus era superior, se vinha do céu, se era o Filho de Deus e se tudo havia sido feito por ele, como diz João no capítulo 1 do evangelho que leva seu nome, esse deus em forma humana deveria saber da existência desses microrganismos e considerar da mais alta utilidade pública alertar os ignorantes sobre isso. Mas, ao contrário, Jesus seguia a tradição que associava a doença aos demônios, não aos micróbios ou a desordens fisiológicas do corpo humano, inclusive neurológicas, como o caso do menino epilético a quem ele supostamente curou ao expulsar um demônio.

Nota: a crise epilética passa em poucos minutos. Certamente, não houve nada de extraordinário no fato do garoto voltar a si imediatamente após esse suposto contato com Jesus.



Sobre a historicidade dos maiores acontecimentos bíblicos

Êxodo 14 (grifos meus)


Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo:

Fala aos filhos de Israel que voltem, e que se acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em frente dele assentareis o campo junto ao mar.


Então Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou.


E eu endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, e saberão os egípcios que eu sou o Senhor. E eles fizeram assim.


Sendo, pois, anunciado ao rei do Egito que o povo fugia, mudou-se o coração de Faraó e dos seus servos contra o povo, e disseram: Por que fizemos isso, havendo deixado ir a Israel, para que não nos sirva?


E aprontou o seu carro, e tomou consigo o seu povo;


E tomou seiscentos carros escolhidos, e todos os carros do Egito, e os capitães sobre eles todos.


Porque o Senhor endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse aos filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram com alta mão.


E os egípcios perseguiram-nos, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavaleiros e o seu exército, e alcançaram-nos acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, diante de Baal-Zefom.


E aproximando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então os filhos de Israel clamaram ao Senhor.


E disseram a Moisés: Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito?

Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto.
Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver.


O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis.


Então disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.


E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.


E eis que endurecerei o coração dos egípcios, e estes entrarão atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros,
E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando for glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavaleiros.


E o anjo de Deus, que ia diante do exército de Israel, se retirou, e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles.


E ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era trevas para aqueles, e para estes clareava a noite; de maneira que em toda a noite não se aproximou um do outro.


Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.


E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda.


E os egípcios os seguiram, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar.


E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o Senhor, na coluna do fogo e da nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios.


E tirou-lhes as rodas dos seus carros, e dificultosamente os governavam. Então disseram os egípcios: Fujamos da face de Israel, porque o Senhor por eles peleja contra os egípcios.


E disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão sobre o mar, para que as águas tornem sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros.


Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar retornou a sua força ao amanhecer, e os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Senhor derrubou os egípcios no meio do mar,


Porque as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nenhum deles ficou.


Mas os filhos de Israel foram pelo meio do mar seco; e as águas foram-lhes como muro à sua mão direita e à sua esquerda.


Assim o Senhor salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.


E viu Israel a grande mão que o Senhor mostrara aos egípcios; e temeu o povo ao Senhor, e creu no Senhor e em Moisés, seu servo.


Tudo isso não passa de fábula, mito, fantasia criada posteriormente ao tempo em que se pensa que isso tenha acontecido.


Nenhum povo jamais registrou esse suposto acontecimento, apesar da fama dessas coisas ter supostamente chegado às partes mais distantes da terra, como dizem os próprios escritores bíblicos.

Não existe sequer registro da vivência de Israel no Egito. Ou seja, 400 anos sem qualquer registro sobre a escravidão dos judeus no Egito, apesar dos egípcios dominarem a escrita e registrarem sua história, costumes, guerras, rituais fúnebres, etc. melhor do que a maioria dos povos em redor.

Também, nem o livro do Êxodo nem qualquer outro livro da bíblia diz qual era o Faraó que teria sofrido todos esses ataques de Jeová pela mão de Moisés. E isso é muito conveniente, visto que se o nome do tal faraó tivesse sido mencionado, seria muito difícil evitar a vergonha de terem os sacerdotes judeus inventado tudo isso.


Sodoma e Gomorra (Gênesis 19)

O mesmo pode ser dito de Sodoma e Gomorra. Não existe qualquer vestígio arqueológico das cidades. Apesar de serem descritas como prósperas, não se vê qualquer vestígio da existência delas em registros de outros povos que pudessem ter comercializado ou lutado com elas.

O próprio relatado da suposta destruição das cidades é de levantar as sobrancelhas. Como é que deus envia dois anjos boys magia para tirar Ló de uma cidade que supostamente tomavam os forasteiros como objeto de prazer sexual? Se ele falou com Moisés do meio de uma sarça, um arbusto do deserto (outra fantasia), não poderia ter falado com Ló e sua família de outra maneira?

E como se justifica que esses supostos anjos tenham cegado os homens da cidade, mas deus não tenha feito nada a respeito do que acontece logo em seguida, quando as filhas de Ló, cuja esposa teria virado um pilar de sal ao olhar para trás, embriagam o pai para transar com ele e gerarem filhos. 

Primeiro, como o incesto entre eles poderia ter sido considerado mais tolerável do que o assédio brutal dos homens de Sodoma contra supostos anjos assexuados?

Estaria Ló realmente assim tão embriagado que nem tenha percebido quando elas se deitaram com ele? 

Como um bêbado consegue ter ereções e ejacular num estado de total inconsciência? Estaria Ló fingindo esse estado? 

Deus não sabia que tirando Ló e sua família da cidade, ele os exporia a esse incesto? 

E que esse incesto geraria dois filhos que formariam povos que seriam inimigos dos próprios judeus, supostamente seu povo escolhido (outra fantasia)?


O nascimento de Jesus em Belém

Para colocar Jesus, que vivia em Nazaré, terra muito distante de Belém, no cenário da cidade de Davi, e alegar que ele cumpria a profecia de que o Messias judaico nasceria em Belém, o escritor do evangelho de Lucas, capítulo 2, inventa um recenseamento que nunca existiu.

De qualquer modo, imaginemos uma mulher grávida, prestes a dar à luz, montada num burro, viajando 100 km debaixo de sol escaldante e por noites congelantes para ir da Galileia até Belém. Claro que isso é um absurdo completo. É uma fraude.

Além disso, Quirino, citado por Lucas como presidente da Síria nessa época, só veio a ocupar o cargo a partir do ano 6 depois de Cristo – o que significa que se o censo tivesse acontecido como relatado, Jesus já teria 12 anos de idade. Em vez de um feto quase sendo parido, ele seria um adolescente com pentelhos nascendo pelo corpo.

Outra coisa que se destaca como absurda na invenção desse relato é que nenhum recenseamento jamais obrigou o povo a viajar para suas cidades-natais. O censo era uma contagem para cobrança de impostos. As pessoas eram contadas nas suas aldeias, vilas e cidades. 

Além disso, seria logisticamente impraticável que todos os comerciantes, agricultores, pecuaristas, burocratas, etc. deixassem as cidades em que viviam e atuavam para voltarem às suas cidades-natais para se recensearem. Os prejuízos seriam imensuráveis.



Sobre o plágio da vida de outros homens-deuses

Vários deuses e filhos de deuses muito antes de Jesus são chamados pelos mesmos nomes que os escritores do Novo Testamento atribuem a Jesus.



Hórus

Era o Deus do Sol do Egito. Nasceu no dia 25 de dezembro, da virgem Isis-meri. Ele também recebeu a visita de reis e era um pregador. Ele possuía 12 discípulos, realizou milagres e, depois de ser traído por Tifão, foi crucificado. Ressuscitou três dias depois 3 de enterrado.



Krishna

Este deus da Índia, também nasceu de uma virgem, Devaki, e uma estrela a leste comunicava sua chegada.  É um deus do panteão hindu, como uma encarnação de Vishnu, e forma suprema de Deus. Praticou milagres e, após sua morte, ressuscitou.



Dionísio

Este deus grego nasceu no dia 25 de dezembro e sua mãe era uma virgem. Foi autor de milagres, como transformar a água em vinho. Em sua história, também ressuscita após sua morte.



Mitra

Deus persa do Sol, Mitra nasceu de uma virgem no dia 25 de dezembro. Teve 12 discípulos e praticou milagres. De acordo com seu mito, ele ressuscitou três dias após sua morte.



Os relatos sobre a vida de Jesus são uma combinação de mitos judaicos com mitos de outros povos, especialmente dos povos do Oriente Médio, assim como de mitos gregos e romanos.



As diversas contradições dos evangelhos


Existem contradições berrantes nos evangelhos. Se a Bíblia fosse a palavra de deus, ela não conteria erros tão grassos, especialmente numa parte considerada pelos cristãos como o coração da revelação máxima de deus – a vida e obra de Jesus. Então, falemos sobre dois eventos fundamentais para a fé cristã: a ressurreição e ascensão.



A ressurreição e a ascensão de Jesus

Tomemos apenas o período da ressurreição até a ascensão por serem temas centrais e fundamentais para a fé cristã nos evangelhos, ainda que existam inúmeros outros casos de graves contradições nos mais diversos momentos da vida de Jesus.



    1. Quem encontrou o túmulo vazio?

a. De acordo com Mateus 28:1, somente "Maria Madalena e a outra Maria."

b. De acordo com Marcos 16:1, "Maria Madalena, e maria a mãe de Tiago, e Salomé.”

c. De acordo com Lucas 23:55, 24:1 e 24:10, "as mulheres que vieram com ele da Galileia.” Entre essas mulheres, encontravam-se “Maria Madalena e Joana e Maria a mãe de Tiago”. Lucas indica no verso 24:10 que havia pelo menos outras duas.

d. De acordo com João 20:1-4, Maria Madalena foi ao túmulo sozinha, viu a pedra removida, correu ao encontro de Pedro, e retornou ao túmulo com Pedro e outro discípulo.”

Quem foi que viu túmulo vazio, afinal?

    2. Quem eles encontraram no túmulo?

a. De acordo com Mateus 28:2-4, um anjo do Senhor com a aparência de um raio estava sentado sobre a pedra que tinha sido rolada para o lado. Também estavam presentes os guardas que Pilatos havia enviado para guardar a tumba. Eles teriam desmaiado. No caminho de volta da tumba, as mulheres encontraram Jesus, com diz Mateus 28:9.

b. De acordo com Marcos 16:5, um jovem enrolado num roupa comprida branca estava sentado dentro da tumba.

c. De acordo com Lucas 24:4, dois homens com vestes resplandecentes estavam presentes. Não fica claro se os homens estavam dentro ou fora da tumba.

d. De acordo com João 20:4-14, Maria e Pedro e outro discípulo inicialmente encontraram a tumba vazia. Então, Pedro e o outro discípulo saíram e Maria olhou dentro da tumba, encontrando dois anjos de branco. Depois de uma breve conversa com os anjos, Maria se vira e vê Jesus.

Tinha anjo ou não tinha anjo? Jesus estava presente ou ausente?

3. A quem as mulheres contaram sobre a tumba vazia?

 a. De acordo com Marcos 16:8, “elas não contaram nada a ninguém.”

b. De acordo com Mateus 28:8, elas “correram para contar os discípulos dele.”

c. De acordo com Lucas 24:9, “elas relataram essas coisas aos onze e a todos os demais.”

d. De acordo com João 20:18, Maria Madalena anuncia aos discípulos que tinham visto o Senhor.

Foram várias que viram e ficaram caladas? Foi apenas uma, mas contou aos discípulos? Ou foram várias, mas saíram contando aos demais?

4. A ascensão aconteceu em Betânia ou em Jerusalém?

a. De acordo com Lucas 24:51, a ascensão de Jesus aconteceu em Betânia, no mesmo dia de sua ressurreição.

b. De acordo com Atos 1:9-12, supostamente escrito pelo mesmo Lucas, a ascensão aconteceu no Monte das Oliveiras (em Jerusalém) quarenta dias depois da ressurreição.

Ele subiu aos céus no mesmo dia ou quarenta dias depois? Subiu de Betânia ou de Jerusalém, onde fica o Monte das Oliveiras?



Fenômenos naturais. Deus está dispensado.

Durante muito tempo, deuses pareciam necessários para se explicarem os fenômenos naturais. Havia deuses que controlavam o mar, os raios, as chuvas, as pestes, etc.

Rituais de apaziguamento da ira dos deuses eram comuns. O sangue ocupava um lugar especial nesses rituais. Era considerado mágico. Uma vez derramado o sangue de um animal ou ser humano, dependendo da cultura, a ira divina seria afastada e os castigos seriam suspensos. 

Os primeiros cristãos influenciados pela cultura judaica que atribuía ao sangue de animais sacrificados no templo de Jeová poderes especiais, atribuiriam mais tarde ao sangue de Jesus o maior dos poderes mágicos, poder que qualquer outro sangue jamais tivera: a redenção dos seres humanos e o estabelecimento de novos céus e nova terra, etc. sem a necessidade de nenhum outro sacrifício cruento.

Colocando essas superstições a respeito do sangue animal ou humano à parte, a ciência tornou-se capaz de responder aos vários por quês em relação às grandes catástrofes naturais, às doenças, e aos fenômenos mais corriqueiros da natureza.

Não há deus ou deusa por traz de nada disso. Nada disso é provocado pela ira e nem evitado pela compaixão divina. A ciência chegou a um tal nível de conhecimento que a ilustração proposta pelo Dr. Richard Carries, PhD em história antiga e filosofia, cabe muito bem aqui:

Você tem dois cavalos na pista. Um ganha mil vezes. Ou outro perde uma após outra. Em qual dos dois cavalos, você aposta? Muito provavelmente no cavalo que já ganhou mil corridas. A ciência já ganhou tantas batalhas sobre a superstição que a coisa mais racional a fazer é deixar as superstições de lado e investir na pesquisa científica.

E parece que até mesmo os im-pastores fundamentalistas, especialmente os pentecostais, acreditam de fato na ciência por mais que o neguem. Afinal, quando ficam doentes, eles não esperam por um milagre, mas procuram os melhores tratamentos junto aos caríssimos médicos especialistas que só com muito dinheiro se pode pagar.

Vide o caso de Valdomiro Santiago que, aos 48 anos, foi operando no joelho pelos médicos. Como é que o dito apóstolo ora por gente com câncer e outros graves males, afirmando que essas pessoas estão curadas pela fé, mas procura um médico para fazer uma operação no joelho. Deus não foi capaz de consertar esse pequeno estrago?



Um Deus bom e todo-poderoso?

Como se pode pensar em um deus que fosse um agente moral todo-poderoso, todo-sapiente e presente em toda parte e conciliar isso com as desgraças que ocorrem no mundo?

Se ele é bom e pode tudo, sabe até o que pensamos, conhece o passado, o presente e o futuro, e com uma simples palavra pode construir ou destruir mundos inteiros, por que é que ele não destrói os micróbios nocivos à nossa saúde? Por que ele não impede a morte de milhões de pessoas por Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela, Malária e outras doenças como essas apenas impedindo que mosquitos se reproduzam? Basta uma pequena alteração no DNA desses insetos e eles desaparecerão em poucos dias do planeta inteiro.

Por que ele permite que acidentes ocorram o tempo todo? E estou falando de pequenos acidentes domésticos que matam criancinhas e idosos todos os dias.

Bem, se a casa do crente não é o melhor lugar para deus mostrar seu cuidado, sua atenção e sua proteção, pensemos na casa de deus, então.



Tetos de igrejas desabam

Em 1988, o templo da Igreja Universal do Reino de Deus em Osasco desabou e matou 23 pessoas durante um culto.

Em 18 de janeiro de 2009, foi a vez de um templo da igreja Renascer em Cristo, no bairro Vila Mariana, próximo ao Cambuci, na cidade de São Paulo. Sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Em 2016, o teto de uma Assembleia de Deus caiu sobre o povo enquanto este cultuava a deus num domingo. A catástrofe foi em Diadema, SP, e deixou novamente sete pessoas feridas (soterradas) e uma mulher desaparecida.

Se deus não é capaz de proteger nem gente de joelhos orando, de mãos erguidas louvando seu nome ou ouvindo um sermão de supostos representantes seus, só podemos concluir que:

a.  Se ele quer proteger e não pode, ele não é todo-poderoso.

b. Se ele não quer proteger, mesmo podendo, então ele não é bom.

No fundo, não há deus algum protegendo e nem matando ninguém. São acontecimentos que têm explicações racionais e que podem se dar nos momentos mais inesperados pelo simples fato de que nenhum de nós pode se precaver de tudo o tempo todo.



O caos universal

O universo é 99,9999% caracterizado pelo caos. A radiação letal está presente nesse nível no espaço-tempo que chamamos de universo.

O universo, ao contrário do que pensa o senso comum, não foi desenhado para ter vida. Não existe um arquiteto do universo, muito menos um criador que tenha desenhado e dado vida a cada ser que povoa nosso planeta.

A vida surge e evolui de modo extraordinariamente lento e só foi possível graças à grandeza do universo como espaço e como tempo. Foi essa combinação que permitiu que a vida acontecesse em meio a um intrincado jogo de probabilidades, adaptação ao ambiente, prevalência do mais apto e capaz de passar seus genes adiante.

E apesar dessa insistência da vida em se propagar por meio de várias espécies, três delas desaparecem do planeta a cada hora. TRÊS espécies, que levaram centenas de milhões de anos para surgirem, somem do planeta por diversos motivos diferentes: mudanças climáticas, falta de alimento, ação do homem, incapacidade de se reproduzirem em número suficiente para superarem o número de indivíduos mortos naquela espécie, etc.


Então, a pergunta que fica é:


Como é que as pessoas ainda investem tanto tempo e dinheiro em superstições como aquelas que Feliciano prega?

De que tamanho será o cérebro dele para sustentar essas superstições como se fossem verdades absolutas, apesar de todas as provas em contrário?

De que tamanho será o cérebro do povo que segue esse im-pastor e tantos outros, ao ponto de entregarem a eles rescisões trabalhistas, cheques em branco e assinados, cartões com senhas, heranças de família, etc.?

De que tamanho será o cérebro dos que deixam de tomar vacinas ou de levar seus filhos para toma-las por ordem de im-pastores como foi o caso da campanha de vacinação contra o HPV?

Esses im-pastores com suas superstições apregoadas em busca de dinheiro e poder têm aumentado as dores dos que sofrem e levado muita gente que poderia estar bem à mais completa ruína. Isso sem falar naqueles que vivem para servi-los de graça em cada hora livre que conseguirem ter.


DÊ UM BASTA A ESSA ESCRAVIDÃO MENTAL!


Você não precisa agir como se tivesse o cérebro do tamanho de uma ervilha. Saia desse meio sem o menor medo, culpa ou saudade. A vida é mais bonita fora das cavernas escuras e úmidas das superstições, sejam elas institucionalizadas por denominações religiosas ou não.



https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

SERGIO VIULA NA REVISTA SOU MAIS EU: Resposta aos comentários feitos nos dois primeiros dias.

Por Sergio Viula
Atualização em 05/02/2020


Essa foi a capa da revista impressa que publicou 
minha primeira entrevista para 'Sou Mais Eu!'



Acredito que a matéria não esteja mais disponível online, pois me parece que a revista foi encerrada.

Essa postagem se referia à revista Sou Mais Eu, que publicou uma entrevista comigo sob o seguinte título: Fui pastor e tentei curar gays... Até que saí do armário! 

Isso foi em 2017, se não me engano, e foi a segunda vez que eles me entrevistaram. A primeira foi para a edição impressa da revista.

Felizmente, eu tenho por hábito guardar os textos das entrevistas para veículos online. Por isso, pude resgatar essa. Leia abaixo:


Fui pastor e tentei curar gays... Até que saí do armário!

Após 18 anos de luta contra meus desejos, percebi que não se deixa de ser gay. Me assumi e parei de doutrinar outros homossexuais


Reportagem: Luiza Furquim (com colaboração de Luiza Schiff)

Me aceitar do jeito que sou me fez ver beleza na vida e nas pessoas. Sinto como se vivesse num canto iluminado do mundo. 

Crédito: Reportagem: Luiza Furquim (com colaboração de Luiza Schiff)

Não existe cura gay. 

Ex-gay é uma coisa tão real quanto vaca que voa. Vai por mim! Lutei contra o meu desejo por mais de 18 anos, tempo que dediquei à obra de Deus. Sim, eu sou gay. Mas também estudei teologia e virei pastor. Dei meu tempo e dinheiro à Igreja evangélica. Sempre que achava que estava curado, o desejo voltava. Fui até conselheiro de um grupo de “reversão de homossexualidade” por sete anos e nunca vi nenhum gay virar hétero. Muito pelo contrário: vários homens lá de dentro acabavam se envolvendo.

É sério. Já houve vários casos em que membros do Moses (Movimento pela Sexualidade Sadia), do qual eu fazia parte, confessaram ter transado com outros. E hoje eu sei que isso não é prova de devassidão. Imagina um grupo cheio de homens belos, abrindo sua vida e chorando. Eles acabavam criando intimidade, um dia se abraçavam e rolava... Aconteceria o mesmo se fosse um grupo de homens e mulheres.

Tentei me curar por 18 anos

Claro que, na época, eu tentava separar esses casais. Isso foi nos anos 90, quando eu ainda me debatia contra minha própria homossexualidade. Nasci em uma família católica tradicional e cresci acreditando que ser gay fazia de mim uma pessoa de segunda categoria. Achava que iria para o inferno. Por isso, fiz o que estava ao meu alcance para me reprimir e cumprir o que se esperava de mim: casar e ter filhos. 

A verdade é que sei que sou gay desde criança. Eu não sabia o nome que isso tinha, mas já achava os meninos muito mais interessantes que as meninas. E não tinha nada de sexual nisso, porque aos 9 anos de idade eu nem sabia para que servia meu pintinho. Era só para fazer xixi mesmo. Com medo do meu comportamento, meus pais me levaram para a terapia e acabei me entregando num dos jogos da sessão. Na hora, percebi que a terapeuta sabia e também soube que ela ia contar para a minha mãe.

Fiquei com medo porque desde criança sabia que era feio ser gay. Que bicha era tudo pervertida, moralmente degenerada. Toda minha educação foi machista e homofóbica: em casa, na escola e na igreja. E, se dependesse disso, eu seria hoje o macho alfa. Mas não dá para lutar contra o desejo.

Minha primeira experiência sexual foi aos 12 anos. Estava brincando com amigos e, de repente, vi um garoto. Era como olhar um tesouro. Que menino lindo! Quando ele me chamou para brincar separado, senti que ali tinha alguma coisa, que eu não sabia o que era, mas queria. A gente transou. Foi consensual e muito gostoso.

Aos 16 anos, abandonei o catolicismo e fui para a igreja evangélica. Trabalhava como office-boy numa empresa com vários evangélicos e começou a doutrinação. Gostei do entusiasmo que eles tinham com a palavra de Deus. Conheci um pastor e fiquei maravilhado com sua educação. Aquilo tudo me encantou.

Evangélico, fiquei dois anos sem ligar para sexo

Cheguei à igreja evangélica carregando o fardo de ser gay, mas não revelei meu “problema”. Os irmãos me ofereceram conforto e acolhimento. “Deus vai cuidar de você. Ele perdoa.” A partir do dia da minha “conversão” à igreja evangélica, vivia atarefado, e até meus pais se juntaram ao culto. Por dois anos, fiquei tão envolvido com a obra que parei de pensar em sexo. Achei que estava curado. Mas meu desejo não deu trégua por muito tempo. Conheci um rapaz na igreja e ficamos. Tentei me afastar, mas estava apaixonado. Chorava toda noite perguntando a Deus por que tinha nascido assim e, já que tinha, por que isso era errado. Ficamos outra vez, mas eu achava que tinha que me esforçar mais para virar heterossexual.

Na minha cabeça da época, essa “recaída” se devia ao fato de eu ser novo na igreja. Acreditei que o que me faltava era uma relação sexual adequada, ou seja, com uma mulher. Mas, pelas leis da igreja, eu não poderia transar namorando. “Tenho que casar”, pensei. Pouco tempo depois, comecei a namorar a mulher que viria a ser minha esposa. Para mim, era a redenção. Eu ficaria livre da “tentação da carne”, da “abominação” que era ser gay.

Casei antes dos 20 anos. Minha esposa também era da igreja, uma mulher ótima.

Eu a amava e conseguia, sim, me excitar e ter relações com ela. Nós dois chegávamos ao orgasmo, inclusive, porque não sou besta. Sabia como dar prazer a ela. Achei que estava livre da homossexualidade. Curado, como se diz. Mas, aos poucos, fui percebendo que o tesão que eu sentia por ela era diferente do que eu sentia por homens.

Entrei para o seminário aos 22 anos e fui estudar teologia para virar pastor da igreja batista – diferentemente da católica, ela permite que os pastores/padres se casem. Trabalhei para a congregação de graça por anos, porque achava que aquilo dava sentido à minha vida. Recusei ofertas de emprego e até aumento de salário para conciliar meu trabalho como professor com a vida religiosa. Não falo isso para me vangloriar, mas para mostrar que tentei, de coração, seguir os princípios da religião.

Estudar teologia me ajudou a acordar. 

Antes, eu lia a Bíblia como uma verdade absoluta, sem contestação. Mas, no seminário, a gente se aprofundava a ponto de saber que a Bíblia não é uma coisa que Deus entregou pronta na mão de alguém. Foram vários textos e alguém decidiu “este serve”, “este não serve”. Um dos livros supostamente escritos por Moisés narra a morte dele. Como é que ele poderia ter escrito depois de morrer? Psicografou?!
Demorei para formular esses questionamentos, porque a pior coisa para o crente é ser blasfemador. E duvidar dos dogmas é pecar em pensamento. Eu dizia para mim: “Não vou pensar nisso. Ainda não sou teólogo formado nem com experiência o suficiente. Depois volto a essa questão.” Mas não conseguia deixar totalmente pra lá.

Os caras do grupo de cura gay se pegavam

O grupo para curar a sexualidade, o Moses, só agravou meu sentimento de que alguma coisa não estava certa. Um dos líderes do grupo era nosso garoto-propaganda, um ex-gay que teria se curado ao entrar para a igreja e arrumado uma noiva. O que pouca gente sabe é que os dois se separaram sem terem tido relações e ele continua solteiro até hoje. Eu via gays de todos os tipos. Uma vez veio um cara trazendo o sobrinho, que era uma bicha daquelas afetadas. Tive pena dele, um alvo fácil para o preconceito. Depois que o tio saiu da sala, ele me contou que tinha sido abusado por todos da família! Depois de sofrer tanto, o “demônio” era ele.

Escondíamos as recaídas dos “ex-gays”

Depois de saber de mais uma de muitas escapadas, uma das organizadoras me disse: “Sergio, será que estamos nos enganando? As pessoas não mudam!”. Nosso discurso era “Deus transforma. Deus te cura”. Só que isso não acontecia! E tinha muita má-fé envolvida, já que o grupo costumava usar como casos de sucesso os gays que se “tornavam” héteros, mas nunca mostrava o contrário. E, de 50 ex-gays que a gente via, 51 voltavam à vida de antes!

Mesmo com todas essas evidências, só resolvi me assumir e abandonar o grupo Moses depois de uma viagem a Cingapura, em 2000, pela igreja. Eu estava tentando reprimir sonhos que andava tendo com homens e só orar e jejuar não estava resolvendo. Passei um mês rezando com líderes da igreja evangélica. Ao fim da viagem, conheci um filipino por acaso e tivemos uma noite intensa. Eu estava cansado de brigar com quem eu era, mas ainda levaria dois anos para me assumir.

Saí do armário e da igreja!

Em 2002, me abri para minha mulher e passei a dormir no quarto do meu filho. Ela não aceitava. Fui à minha primeira boate gay, sozinho, e passei a noite ouvindo Madonna. Eu adorava, mas era outra coisa que eu não podia assumir na igreja. O problema é que me senti desamparado e sem amigos. Todo mundo que eu conhecia era da igreja. Me vi privado de contar histórias para meus filhos à noite antes de dormir. Aí, minha esposa pediu para voltar e topei.

Tentei essa vida hétero por mais dois anos, mas não dava certo. Saí do armário de vez em 2004, após 14 anos de casamento. Meus filhos e meu sogro foram os únicos que encararam a situação numa boa. Dessa vez consegui me adaptar porque encontrei um antigo aconselhado, gay, que me ajudou na transição ao me apresentar pessoas novas.

Vivo fora do armário há dez anos. Tive um casamento com um homem, o Emanuel, que durou sete anos e terminamos em um divórcio amigável. Levei quatro anos para ser tolerado pela minha ex e aceito pelos meus pais. Eles achavam que casa de gay tinha porta giratória, de tanto homem que entra e sai. Também pensavam que as camisinhas usadas ficavam espalhadas no corredor. Tudo bobagem!

Foi difícil superar a separação, mas em fevereiro de 2016 conheci o André no carnaval e renasci. Fui viajar para Belo Horizonte e nos apaixonamos. Em março, um mês depois, ele jogou tudo para o alto e se mudou para o Rio de Janeiro. Foi lindo. Hoje estamos vivendo juntos e muito felizes. Nossa relação é formada por parceria. E não me arrependo. Me aceitar do jeito que sou me fez ver beleza na vida e nas pessoas. Sinto como se vivesse num canto iluminado do mundo. E o melhor é que não tenho que pagar o dízimo para entrar.

Sergio Viula, 47 anos, professor, Rio de Janeiro, RJ

Fonte: http://soumaiseu.uol.com.br/noticias/superacao/fui-pastor-e-tentei-curar-gays-ate-que-sai-do-armario.phtml#.WPaH2vkrIdW

Nota: Esse link não funciona mais. Ele redireciona o leitor para a revista Caras.


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O que Jesus não faria (FANTÁSTICO!) - dublado em português


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