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Milei leva tombo histórico em Santa Fé — e o povo começa a cobrar a conta

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A maré virou para Javier Milei.


A Argentina vive hoje um verdadeiro furacão econômico e político. E a primeira ventania veio no último domingo (13), quando os eleitores da província de Santa Fé — que representam 8% do eleitorado nacional — deram um recado direto nas urnas: chega de promessas vazias.

O partido do presidente, La Libertad Avanza (LLA), ficou em terceiro lugar, com apenas 14,11% dos votos. Um tombo brutal comparado aos 55,7% que Milei conquistou ali no segundo turno presidencial, poucos meses atrás.


O que aconteceu?

A realidade bateu à porta.

Em meio a um cenário de caos financeiro, o Banco Central precisou queimar 400 milhões de dólares para segurar a disparada do dólar paralelo. Enquanto isso, Milei — que se elegeu prometendo romper com o sistema — agora corre atrás de um empréstimo com o FMI, no valor de 12 bilhões. Sim, o mesmo FMI que ele demonizou em praça pública durante a campanha.

No dia seguinte à eleição, o governo anunciou o fim do controle cambial. Para os ricos, uma festa. Para o povo, o medo de ver o peso argentino desvalorizado ainda mais, corroendo salários e empurrando famílias para o abismo.

Santa Fé virou um termômetro da insatisfação. Milei apostou alto em reformas ultraliberais e cortes brutais — mas o povo começa a ver que o “remédio” pode estar matando o paciente. Sem estrutura e sem apoio social, o LLA encolhe. E os adversários crescem: Maximiliano Pullaro liderou com 34,6%, e até o peronismo, mesmo dividido, superou o candidato de Milei.

A inflação segue em 12% ao mês. Os preços sobem, os empregos minguam e a paciência também.

O mito libertário começa a ruir. Milei prometeu romper com o sistema, mas está se afundando nas contradições que jurou combater. E o povo, que o colocou no poder, agora começa a virar as costas.

A pergunta que fica: será que o presidente aguentará o tranco até outubro?

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