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28 de Junho - Marcha da Candelária à Cinelândia



VAMOS TODOS E TODAS!!!


Se você tem Facebook,
entre no link do evento:

http://www.facebook.com/events/167692833402656/


Compartilhe esse post pelas redes sociais, envie por e-mail, divulgue por todos os meios. Vamos marcar presença nesse dia.

O Dia 28 de junho marca o início do movimento pelos direitos LGBT. O primeiro foi em 1969, quando o Stonewall Inn foi invadido por policiais e os frequentadores resistiram, iniciando um movimento que tem garantido às pessoas gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, etc. direitos cada vez mais igualitários. Esse grito começou em Nova York e se espalhou pelos EUA e pelo mundo. Somos todos e todas filhos e filhas de Stonewall de alguma maneira.

Vamos à rua no dia em que nossos irmãos e irmãs decidiram dizer ao mundo que se orgulhavam de si mesmos. Vamos à rua dizer às autoridade e à sociedade que basta de violência contra LGBT no Brasil e que exigimos nada menos e nada mais do que direitos iguais.

Participe! Se você não é LGBT, participe porque se solidariza conosco. Milhões de pessoas heterossexuais têm nos dado precioso apoio. Contamos com vocês!

Para entender melhor o que significa o Dia do Orgulho Gay (Orgulho LGBT), assista o documentário que deu origem ao filme. Esse filme, logicamente com cenas reais, ganhou o Oscar de melhor documentário em 1984.


Filme completo e legendado.


III Marcha Nacional contra a Homofobia - 16 de maio



Enviado por Roberto Luiz Warken


Por Paulo Tavares Mariante, advogado, filiado ao PT em Campinas, militante pelos direitos humanos, Coordenador de Direitos Humanos do Identidade – Grupo de Luta Pela Diversidade Sexual, e Conselheiro Municipal de Saúde de Campinas – SP.

No próximo dia 16 de maio acontecerá em Brasília a III Marcha Nacional Contra a Homofobia, convocada pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que reúne mais de 200 organizações de base por todo o território nacional) e com o apoio de outras redes e associações nacionais do movimento LGBT. Precisamos refletir sobre o momento em que vivemos no Brasil, do ponto de vista do reconhecimento dos direitos da diversidade sexual e dos enfrentamentos com o campo conservador (em especial o fundamentalismo religioso), a conjuntura e a correlação de forças.

Inicialmente, é necessário recordar-se que a idéia de uma Marcha sobre Brasília é bem anterior à primeira convocação de 2010. Em 2004, por ocasião do II Encontro Paulista LGBT, em São Paulo/SP, o Identidade – Grupo de Luta Pela Diversidade Sexual, de Campinas, apresentou uma proposta aprovada por unanimidade na plenária final, que apontava a necessidade de realização de uma Marcha à capital federal para exigirmos a aprovação de nossas leis e a implementação de políticas públicas pela diversidade sexual. Apesar de apresentada em momento de discussão no I Congresso da ABGLT em Curitiba, em janeiro de 2005, sequer foi submetida a votação.

Em décadas de atuação do movimento LGBT e da diversidade sexual, travamos muitas lutas, e obtivemos algumas conquistas isoladas, como leis municipais e estaduais punindo a discriminação de caráter homofóbico, e algumas ações pontuais em políticas públicas municipais, estaduais e federais. E a presença de um Presidente da República – Lula – na abertura da I Conferência Nacional LGBT, em junho de 2010, dava a impressão de que outros avanços estavam por vir.

A campanha eleitoral de 2010, quando as três candidaturas de maior expressão eleitoral – Dilma, Serra e Marina – se submeteram às chantagens dos grupos religiosos conservadores, em temas e debates fundamentais para os direitos das mulheres e pela diversidade sexual – como aborto e casamento homossexual – e comprometendo gravemente o princípio da laicidade do estado – separação entre estado e religião – em seus discursos, foi a senha para que o fundamentalismo religioso desequilibrasse a balança a seu favor.

A desastrosa decisão da Presidenta Dilma Rousseff de suspender a distribuição dos materiais didáticos e pedagógicos do Projeto Escola Sem Homofobia – denominado por seus detratores como “kit gay” – pela pressão das bancadas fundamentalistas religiosas pôs mais combustível no motor do ódio. Rifar os direitos LGBT pela pressão dos conservadores religiosos não era em si nenhuma novidade – o Governo de Fernando Henrique Cardoso fez isso duas vezes, em Janeiro de 1999 e Maio de 2001 – mas a maior autoridade pública da Nação ir a frente às câmeras de TV e fazer uma fala lamentável – “de que seu governo não iria fazer ‘propaganda’ de ‘opções sexuais’(sic) – teve um peso considerável em todos os desatinos da homofobia religiosa que estariam por vir.

O fundamentalismo religioso é um fenômeno que merece uma análise mais cuidadosa por parte daquelas e daqueles que afirmam lutar pela democracia e pela igualdade de direitos. A questão vai muito além da homofobia e da negação de direitos à população LGBT, ou do rechaço aos direitos sexuais e reprodutivos, o que por si só já seria motivo de preocupação. Recentemente, um município importante na Bahia aprovou uma lei que torna obrigatório, em todas as escolas da rede pública municipal de ensino, que seja rezado no começo do dia a oração cristã conhecida como “Pai Nosso”. E professores de escolas públicas estaduais de diferentes estados constrangeram e intimidaram alunos adolescentes que não queriam participar de uma “oração” em sala de aula! Se olharmos o que vem ocorrendo por todo o Brasil perceberemos que o avanço do fundamentalismo religioso é uma ameaça concreta à própria democracia.

As decisões do Supremo Tribunal Federal que reconheceram a legitimidade jurídica das uniões entre pessoas do mesmo sexo e sua equiparação às uniões estáveis heterossexuais, bem como autorizando a realização do aborto nos casos de fetos anencéfalos, e ainda a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades, têm sua importância numa espécie de contraponto à onda fundamentalista religiosa que acovarda o governo federal e o Congresso Nacional. Mas não podemos ter a ilusão de que isso é de fato uma garantia de que o quadro atual não possa piorar.

O fundamentalismo religioso está cada vez mais organizado, com peso considerável em espaços de mídia e de grupos econômicos, e a recente aliança com os ruralistas apenas evidencia qual a sua verdadeira opção política, que é pela direita. Este setor não tem qualquer dúvida quanto ao seu lado nas disputas sociais, inclusive nas que dizem respeito à classe trabalhadora, mesmo que faça isso de forma subliminar.

O movimento LGBT e pela diversidade sexual precisa de um esforço para superar a visão – equivocada, em nosso ponto de vista – de que podemos avançar em nossas lutas sem uma aliança estratégica com os demais segmentos oprimidos, discriminados e excluídos de nossa sociedade. Nenhuma opressão ou discriminação será superada enquanto outras coexistirem.

A construção de uma frente nacional pela igualdade de direitos, que aglutine militantes dos movimentos negros, feministas, LGBT e da diversidade sexual, da juventude, das pessoas com deficiência, idosos, trabalhadoras e trabalhadores, bem como sem terra, sem teto, e pela efetividade dos direitos sociais, para nós é tarefa essencial a ser desenvolvida e embora não seja simples ou fácil exige um esforço de unidade e de priorização.

Que a mobilização para a III Marcha Nacional Contra a Homofobia, na qual estaremos juntas e juntos gritando por nossos direitos em Brasília, seja também um momento para aprofundarmos essa reflexão, na perspectiva de construção de uma sociedade diferente, sem qualquer forma de opressão.

JEAN WYLLYS fala a revista QUEM sobre as ameaças de morte que recebeu pela internet

Marcha contra a homofobia em São Paulo


Jean Wyllys: “A injúria nunca desaparece na vida de um homossexual”

Deputado federal fala a QUEM sobre as ameaças de morte que recebeu pela internet


Por Carla Passi


O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) relatou à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ter sofrido ameaças de morte por meio de sua página no Twitter e de seu blog na internet. A denúncia foi feita na reunião da comissão na quarta-feira (23).

Em entrevista a QUEM, nesta quinta-feira (24), de seu gabinete em Brasília, Jean afirmou que as agressões, feitas entre sexta-feira (18) e sábado (19), tinham conteúdo homofóbico e são de autoria de grupos de extremistas religiosos. Nos próximos dias ele apresentará um dossiê à polícia.

“Quanto mais público torno isso, mais protegido estarei. As pessoas de bem da sociedade têm que tomar partido. Não vou deixar de caminhar em Copacabana, ir à padaria comprar meu pão”, disse ele.

A principal plataforma do jornalista, gay assumido, que participou da quinta edição do “Big Brother Brasil”, é uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza o casamento civil entre homossexuais.

O deputado anunciou, em primeira mão, que essa causa será reforçada por uma campanha com artistas, que deverá começar em meados de abril. Jean também é parte da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero), que será lançada na Câmara na terça-feira (29).


QUEM: Qual era o conteúdo dessas injúrias?

JW: Uma dizia: ‘Aviso que não saia de casa, porque você pode não voltar’. No sábado (19), recebi outra ameaça, pelo meu site: ‘Não vou lhe matar, não preciso, porque todo viado nojento morre de AIDS’. Outras usavam o nome de Deus. Eram injúrias muito violentas, odiosas e constrangedoras, calcadas na homofobia.


QUEM: Como reagiu?

JW: Levei um baque e respondi de imediato no Twitter: ‘Fanáticos religiosos estão me ameaçando de morte. Qualquer coisa que aconteça comigo, direta ou diretamente, as pessoas serão responsabilizadas e principalmente os mentores dessas pessoas’. Daí, me bloquearam e não pude mais responder àqueles perfis. Um quarto perfil escreveu: ‘Se esse país se respeitasse, sua cabeça e de seus iguais estariam penduradas no poste’. Intensificaram-se os ataques violentos a mim em blogs de líderes religiosos fanáticos. Começou uma campanha para me transformar em inimigo da comunidade cristã e não em inimigo da intolerância, como sempre fui.


QUEM: Tomou algum cuidado no seu dia a dia, passou a andar com seguranças particulares?


JW: Não pedi seguranças e nem pedirei. Isso mostraria que estou intimidado. Decidi trazer isso a público porque quero deixar claro que há um movimento para me silenciar, me neutralizar aqui dentro (na Câmara). Há uma ação orquestrada de líderes religiosos para me silenciar.


QUEM: Está com medo?

JW: Ler essas agressões dá uma dor profunda. Dói pensar que alguém nutre ódio por você. E ainda mais em nome de um Deus que deveria ser um Deus de amor. Essas agressões têm efeito amedrontador, mas me fortalecem. Não vou dar uma de durão. Isso me dói e num primeiro momento me desestabiliza, mas reacende a chama dentro de mim de que estou no caminho certo.


QUEM: Como sua família reagiu?


JW: Minha mãe e meu irmão ficaram muito assustados, pois leram sobre as ameaças na internet. Eles me ligaram imediatamente. Eu pedi para que não se preocupassem, pois nada vai acontecer.


QUEM: O que te dá essa certeza, Jean?

JW: Nada. Mas tenho certeza de que quanto mais público torno isso, mais protegido estarei. As pessoas de bem da sociedade têm que tomar partido. Não vou deixar de caminhar em Copacabana, ir à padaria comprar meu pão.


QUEM: Já procurou a polícia?

JW: Estamos preparando um dossiê, imprimindo todos os ataques. Vou encaminhar uma cópia a Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) (presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara) para que ela leve ao Presidente da Câmara (Marco Maia PT-RS). Nos próximos dias, vou encaminhar à delegacia de crimes virtuais.


QUEM: Antes de virar deputado, você já havia sofrido tamanha demonstração de homofobia?

JW: A homofobia é algo que acompanha o gay desde muito cedo. A primeira vez que sofri uma injúria foi aos 6 anos. Morava na periferia de Alagoinhas, na Bahia. Minha mãe me deu dinheiro para que eu comprasse pão na venda. Estendi a mão sobre o balcão e pedi seis pães. Falei com a concordância correta e o homem me perguntou: ‘Você é viado ou estudado?’. Todos riram e fiquei muito constrangido, voltei para casa tremendo. Foi a primeira vez que ouvi palavra ‘viado’ e percebi pelas risadas que ‘viado’ era algo que eu não deveria ser, que não era certo. Aos 12 anos, ainda em Alagoinhas, estava indo vender algodão doce e um cara me deu um murro. Eu sempre tive esse jeito, era um menino delicado. Fui conquistando meu espaço à custa de muita informação. A injúria é um horizonte que nunca desaparece na vida de um homossexual. Fico feliz de a novela das 8 (“Insensato Coração”) colocar a homofobia como marketing social.


QUEM: Como está articulando a aprovação do casamento civil entre homossexuais?

JW: Convidei as duas deputadas que conseguiram a aprovação do projeto de lei na Argentina que garantiu o casamento civil e também o vereador Pedro Zerolo, da Espanha, para uma grande campanha que meu gabinete está articulando. Está rolando em paralelo ao meu PEC um movimento da sociedade civil para uma campanha de artistas favoráveis ao casamento civil homossexual. Convidamos grandes artistas – homo e heterossexuais – para se juntar à causa, pois isso funcionou muito bem na Argentina. Wagner Moura já se colocou à disposição. Quero convidar Adriana Calcanhotto e Susana Moraes, pois as admiro, embora respeite a discrição delas. Chamarei também os casais André Piva e Carlos Tufvesson e Bruno Chateaubriand e André Ramos. Tem gente do primeiro time da Globo. Quando levantarmos fundos, vamos gravar uma campanha de TV, internet e fazer camisetas. Vamos soltar isso em meados de abril.

Com a presença de skinheads, Marcha contra a Homofobia reuniu 1500 pessoas



Do Site de A Capa


Com os termômetros da avenida Paulista marcando 32 graus, cerca de 1500 pessoas compareceram na tarde deste sábado (19) à Marcha Contra a Homofobia, organizada pelo grupo virtual Ato Anti-Homofobia. A manifestação teve início às 15h e terminou por volta das 19h em frente ao número 777, onde jovens foram agredidos com lâmpadas fluorescentes em novembro do ano passado.

O ato contou com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário; da senadora Marta Suplicy (PT-SP); dos deputados federais Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP); e dos deputados estaduais Simão Pedro (PT-SP) e Carlos Gianazzi (PSOL-SP).

Apesar do sol forte, os manifestantes não se desanimaram. Desfilando ao lado de uma van munida com um forte esquema de som, protestaram e puxaram os participantes ao longo da avenida Paulista. Até a ministra Maria do Rosário parou para discursar e dizer que se sentia muito "feliz" por estar presente, enfatizando que a comunidade LGBT pode enxergar no governo da presidente Dilma Rousseff uma "parceria permanente".

Chamou a atenção a participação de um grupo de skinheads no ato. Muitos deles faziam questão de deixar claro que os preconceituosos são "os carecas" e que eles, skinheads, nada têm nada contra os homossexuais. Em dado momento, Monica, que se identificou como "lésbica e skinhead", quis enfatizar que seu grupo não discrimina gays.

Por volta das 18h, o carro de som estacionou em frente ao número 777 da avenida Paulista e, nesse momento, algumas pessoas puderam discursar. Durante a manifestação, um grito de guerra foi considerado o mais criativo por Marta Suplicy e Jean Wyllys: "Se até a cachorra é laica, por que o Estado não é?".

Ministra dos Direitos Humanos vai participar de ato contra homofobia em SP

Maria do Rosário, Ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos



Maria do Rosário lança disque denúncia de homofobia no próximo dia 19 (sábado)


A ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, desembarca em São Paulo no próximo dia 19, sábado, para lançar, em evento na Avenida Paulista, a ampliação do Disque 100 também para a população LGBT. Ela deve participar ainda de um ato contra a homofobia também na Avenida Paulista, palco de vários ataques homofóbicos recentes.

O Disque 100 é um serviço telefônico que recebe denúncias e antes atendia crianças e adolescentes. Desde o começo deste ano, o serviço passou a receber também denúncias de homossexuais vítimas de homofobia - e de idosos e portadores de deficiência também. Três populações contempladas no pedido de não-discriminação do PLC 122/06, conhecido por criminalizar a homofobia se aprovado, mas que também torna crime a discriminação a portadores de deficiência, idosos e mulheres.

O lançamento da ampliação do serviço de denúncias será realizado a partir das 14h, no vão do MASP, onde rola também todos os anos a concentração da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Espera-se que após o lançamento a ministra participe também da Marcha Contra a Homofobia, que começa logo em seguida, às 15h, na Praça do Ciclista, que fica no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação.

Com guarda-chuvas coloridos, os manifestantes vão caminhar até o número 777 da Paulista, palco de um dos ataques mais violentos de novembro passado. Todo mundo pode participar e deve levar um guarda-chuva colorido. A organização do evento é dos grupos virtuais Ato Anti Homofobia e Ação Anti Homofobia, com o apoio da Conexão Paulista LGBT, Frente Paulista Contra a Homofobia e Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

Luiz Mott

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