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A PRISÃO DE BOLSONARO: RELEMBRE SEUS CRIMES — ELE MITOU MESMO NA BANDIDAGEM

A PRISÃO DE BOLSONARO: RELEMBRE SEUS CRIMES — ELE MITOU MESMO NA BANDIDAGEM


Bolsonaro foi preso


por Sergio Viula


Hoje, o Brasil testemunhou um acontecimento histórico: a prisão de Jair Bolsonaro pela Polícia Federal. Um marco da justiça democrática. Um recado claro de que nenhum governante, por mais poderoso que pareça, está acima da lei.

Para celebrar este passo essencial rumo à responsabilização, organizamos uma lista completa, objetiva e direta com os principais crimes, acusações, irregularidades e discursos de ódio que marcaram a trajetória do ex-presidente — de misoginia, homofobia, transfobia e racismo até golpismo, corrupção e atentados contra a saúde pública.


1) CONDENAÇÕES JÁ EXISTENTES

1.1 Inelegibilidade pelo TSE (2023–2030)

Condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao atacar o sistema eleitoral usando a estrutura estatal.

1.2 Condenação por misoginia (caso Maria do Rosário)

Ao dizer que a deputada “não merecia ser estuprada”, Bolsonaro recebeu condenação por danos morais — um marco do machismo violento que sempre carregou.

1.3 Condenação por racismo (decisão civil)

Indenização por danos coletivos após declarações racistas contra negros, indígenas e quilombolas.


2) INDICIAMENTOS DA POLÍCIA FEDERAL

2.1 Caso das joias (peculato, lavagem e associação criminosa)

Indiciado por desviar, ocultar e tentar vender joias de Estado recebidas em missões oficiais.

2.2 Fraude em cartões de vacinação

Indiciado por falsificação ideológica, uso de documentos falsos e associação criminosa para criar um histórico fake de vacinação.

2.3 Uso ilegal do aparato de inteligência

Apontado como beneficiário de monitoramento clandestino de ministros, parlamentares, jornalistas e opositores.


3) ATAQUES À DEMOCRACIA E TENTATIVA DE GOLPE

3.1 Conspiração para subverter o resultado das eleições de 2022

Planejamento e articulação para impedir a posse de Lula, incluindo desinformação, reuniões golpistas e minutas de decretação de estado de sítio.

3.2 Relação com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023

Investigado por instigar e se omitir deliberadamente diante das invasões golpistas que atacaram os Três Poderes.


4) CORRUPÇÃO NO ENTORNO FAMILIAR

4.1 Esquema das “rachadinhas”

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz conduzindo esquema de peculato e lavagem, com implicações políticas e morais para toda a família.


5) A TRAGÉDIA DA PANDEMIA

5.1 Sabotagem sanitária documentada

A CPI da COVID relatou:

  • atraso deliberado na compra de vacinas;

  • promoção de remédios ineficazes;

  • desinformação sistemática;

  • desprezo pela vida em plena pandemia.

Milhares de vidas foram impactadas diretamente.


6) DESTRUIÇÃO AMBIENTAL

6.1 Desmonte do IBAMA e ICMBio

Redução da fiscalização, explosão do desmatamento e incentivo ao garimpo, inclusive em terras indígenas.


7) DISCURSOS DE ÓDIO — MISOGINIA, HOMOFOBIA, TRANSFOBIA E RACISMO

7.1 Misoginia

Declarações agressivas, violentas e de desprezo às mulheres.

7.2 Homofobia

Frases como “preferiria um filho morto a um filho gay” e ataques sistemáticos à comunidade LGBTQIA+.

7.3 Transfobia

Ridicularização de pessoas trans, bloqueios a políticas de proteção e desrespeito à identidade de gênero.

7.4 Racismo

Comentários depreciativos sobre negros, quilombolas (“nem para procriar servem”) e povos indígenas.


8) ATAQUES À IMPRENSA, À CIÊNCIA E À CULTURA

8.1 Perseguição e intimidação

Hostilidade constante contra jornalistas, cientistas, artistas e universidades.


UM PAÍS QUE RESPIRA NOVAMENTE

A prisão de Bolsonaro não é vingança: é justiça.
É o início de um novo capítulo — onde a democracia reafirma sua força e onde discursos de ódio, corrupção, destruição institucional e ataques a minorias enfim encontram limites.

Hoje o Brasil respira.


Hoje o Brasil diz: ditadura nunca mais, golpe nunca mais, impunidade nunca mais.

A prisão acontece no feriado da Consciência Negra e na véspera da 30ª Parada do Orgulho LGBT do Rio (Copacabana). Poderia haver uma coincidência mais emblemática — esse racista homofóbico ter sido preso justamente nesse final de semana? Celebremos!

E o Fora do Armário celebra: o amor venceu mais uma vez.

A Religião é a Fraude Mais Duradoura da Humanidade

 A Religião é a Fraude Mais Duradoura da Humanidade




Transcrição (com subtítulos adicionados) deste vídeo publicado por Secularis (em inglês):



Religião já foi chamada de muitas coisas ao longo dos tempos, mas, em sua essência, funciona como a mais antiga fraude da história humana. Ela toma algo intangível, algo que ninguém pode provar, e o vende como se fosse a coisa mais certa e valiosa do mundo. Exige pagamento, obediência e lealdade em troca de promessas que não pode cumprir até depois da morte, quando ninguém pode verificá-las. Diferente de um golpista de rua, que desaparece após o golpe, a religião constrói uma instituição inteira para garantir que a fraude dure não apenas anos, mas gerações.

No coração de todo golpe existe um gancho. Para a religião, esse gancho é o medo: medo da morte, do castigo, de estar sozinho em um universo vasto e indiferente. As pessoas são ensinadas que, sem religião, estão perdidas, sem sentido e vulneráveis ao tormento eterno. Esse medo é combinado com uma solução exclusiva: apenas este deus específico, nesta fé específica, através destes rituais específicos pode salvar você. É a mesma tática de um fraudador que exagera ou inventa um problema e afirma que só ele pode protegê-lo.

A genialidade do esquema está no fato de não precisar mostrar resultados no presente. Um golpista que vende remédio falso pode ser desmascarado quando o produto não cura ninguém. Mas a religião promete suas recompensas após a morte, em um reino de onde ninguém pode voltar para dar testemunho. Isso a torna imune ao tipo de evidência que a desmentiria. É como vender ingressos para um espetáculo que só começa quando a plateia já não existe mais.

O fluxo constante de recursos

As religiões também dominam a arte de garantir fluxo constante de recursos. Pedem dinheiro não como transação, mas como dever sagrado: dízimos, ofertas, doações — todos apresentados como atos de devoção, não de troca financeira. E quanto mais alguém dá, mais lhe dizem que está provando sua fé. Nos sistemas religiosos mais bem-sucedidos, essa riqueza se acumula isenta de impostos, permitindo-lhes construir impérios, enquanto os fiéis são incentivados a se contentar com pouco. Não é apenas orientação espiritual, mas uma estrutura financeira projetada para extrair recursos de muitos e consolidá-los nas mãos de poucos.

A moralidade como disfarce

Um dos truques mais antigos do manual da religião é disfarçar-se de moralidade. Ao afirmar ser a fonte de todos os valores éticos, coloca-se como indispensável. Ensina-se que, sem ela, não haveria certo ou errado, justiça ou compaixão. É como um golpista convencendo você de que inventou a honestidade e, por isso, deve ser confiado totalmente. Na realidade, o comportamento moral existia muito antes da religião organizada e continua existindo em sociedades seculares que estão entre as mais éticas e pacíficas do mundo.

O controle da informação

O controle da informação também é chave para a sobrevivência da fraude. Em muitos períodos históricos, autoridades religiosas decidiram quais livros podiam ser lidos, quais ideias ensinadas e quais perguntas feitas. Quem desafiava os ensinamentos oficiais arriscava ser rotulado de herege, exilado, torturado ou morto. Ainda hoje, em alguns países, questionar dogmas religiosos pode resultar em prisão ou execução. Ao suprimir visões contrárias, a religião mantém um monopólio da verdade — não por prová-la, mas por silenciar o dissenso.

O que torna essa fraude tão eficaz é sua capacidade de adaptação. Quando a ciência refuta uma afirmação, a religião muitas vezes reinterpreta seus ensinamentos como se sempre tivesse significado aquilo. Essa mudança constante das regras impede os seguidores de perceber que o sistema estava errado desde o início. Assim, evita o colapso da mesma forma que um estelionatário habilidoso evita a prisão: mudando a história apenas o suficiente para se manter à frente da exposição.

O cerimonial como espetáculo "divino"


Os líderes religiosos também usam status e cerimônia para reforçar sua influência. Vestes elaboradas, arquitetura sagrada, títulos especiais e rituais ensaiados criam uma aura de autoridade. Esses símbolos transmitem a mensagem de que os líderes não são pessoas comuns, mas escolhidas, elevadas e ligadas ao divino. Esse espetáculo visual e emocional torna os fiéis menos propensos a questionar a autoridade, pois fazê-lo parece ser o mesmo que desafiar o divino.

Recrutamento e doutrinação

A estratégia de recrutamento é tão sofisticada quanto qualquer campanha moderna de marketing. A religião mira nas crianças, sabendo que crenças ensinadas cedo são as mais difíceis de questionar depois. Mentes jovens são moldadas por histórias, músicas e repetição, de modo que as mensagens centrais se tornam parte da identidade da pessoa. Quando chegam à vida adulta, questionar essas crenças parece trair a família, a comunidade e a si mesmos.

A genialidade da fraude está em convencer as pessoas a defendê-la por conta própria. Os mais explorados muitas vezes tornam-se seus protetores mais leais, atacando quem critica a fé. Fazem isso não porque tenham recebido provas sólidas, mas porque todo o seu modo de ver o mundo depende de manter a crença intacta. É o mesmo mecanismo psicológico visto em vítimas de golpes financeiros que se recusam a admitir que foram enganadas, mesmo diante de evidências.

A única religião certa

Outro elemento é a exclusividade. Muitas religiões ensinam que apenas elas possuem a verdade e que todas as outras são falsas. Isso cria um sentimento de especialidade nos crentes, mas também assegura divisão. As pessoas são menos propensas a se unir contra o sistema quando estão ocupadas vendo os de fora como inimigos. Essa estratégia de dividir para conquistar mantém a fraude funcionando mesmo quando religiões concorrentes compartilham a mesma falta básica de evidências.

A manipulação emocional vai além do medo: alcança também a esperança. Fiéis recebem promessas de justiça perfeita, felicidade eterna e reencontro com entes queridos — tudo no além. São desejos humanos poderosos que nenhum sistema pode garantir plenamente. A religião os explora, oferecendo certezas onde nenhuma existe. O preço desse consolo é obediência, conformidade e, muitas vezes, uma vida inteira de investimento financeiro e emocional.

Outro aspecto que sustenta essa fraude é a manipulação da culpa. As pessoas são ensinadas a acreditar que são fundamentalmente defeituosas, pecadoras por natureza, indignas de amor ou salvação sem a ajuda da religião. Essa mensagem corrosiva destrói a autoestima e cria dependência. A religião então se apresenta como a única fonte de perdão e redenção. É uma técnica clássica de manipulação psicológica: primeiro quebrar a confiança da vítima, depois oferecer-se como a única forma de reparo.

Em muitas tradições, até pensamentos são policiados. Não basta obedecer externamente; espera-se que o fiel controle seus desejos mais íntimos e até seus sonhos. A religião se infiltra nas áreas mais privadas da mente, exigindo pureza em nível impossível de alcançar. Quando as pessoas inevitavelmente falham, são incentivadas a se sentir culpadas e buscar ainda mais a religião para conforto. Isso cria um ciclo de autoperpetuação no qual o fracasso humano normal reforça o poder da instituição.

O mito da longevidade como prova

Além disso, a religião se beneficia de sua longevidade. O simples fato de uma tradição ter sobrevivido por séculos é usado como prova de sua verdade. Mas longevidade não valida uma afirmação. Fraudes podem durar indefinidamente se forem suficientemente bem estruturadas e se transmitirem de geração em geração. Muitos mitos antigos sobre deuses hoje parecem risíveis, mas por milhares de anos foram aceitos como verdades sagradas. A religião atual só parece diferente porque ainda é amplamente praticada; um dia, pode ocupar o mesmo espaço que as lendas antigas de deuses caídos em desuso.

O engodo da justiça final

Outro pilar do sucesso da fraude é a promessa de justiça final. Em um mundo onde a injustiça é frequente, a religião afirma que todo mal será corrigido em outra vida. Essa crença desvia a atenção da necessidade de lutar por justiça real aqui e agora. Se os pobres acreditam que sua recompensa virá no paraíso, são menos propensos a desafiar sistemas econômicos que os exploram. Se os oprimidos acreditam que seus opressores serão punidos no além, podem aceitar sofrimentos intoleráveis em vez de exigir mudança. A religião assim funciona como um amortecedor social, protegendo estruturas de poder contra revoltas.

Em algumas versões, a fraude vai ainda mais longe ao justificar atrocidades. Guerras, escravidão, genocídio e perseguição foram todos defendidos com base em autoridade religiosa. Quando líderes afirmam que suas ações contam com aprovação divina, conseguem fazer com que seguidores participem de atos que, de outra forma, pareceriam moralmente repulsivos. A fraude, portanto, não é apenas passiva, mas capaz de transformar sociedades inteiras em cúmplices de violência em nome de um mito.

A falácia do Deus das lacunas

A religião também tira proveito do mistério. Onde há lacunas no conhecimento humano, ela se insere como explicação. Antes de a ciência revelar causas naturais para relâmpagos, doenças ou movimento dos planetas, eram atribuídos aos deuses. À medida que o conhecimento avança, a religião recua, mas sempre encontra novos espaços de sombra para ocupar. Esse “Deus das lacunas” garante que a fraude nunca precise admitir derrota total, apenas redirecionar suas afirmações.

O senso de pertencimento como forma de aprisionamento

A força final dessa fraude é sua capacidade de oferecer identidade e comunidade. Pertencer a uma religião muitas vezes significa pertencer a uma família extensa de crentes que compartilham valores, costumes e um senso de propósito. Isso satisfaz necessidades sociais profundas, mas também funciona como uma forma de aprisionamento. Quando questionar a religião significa arriscar perder amigos, família e posição social, poucos ousam fazê-lo. Assim, a fraude se protege não apenas através da teologia, mas através da estrutura emocional e social que cria.

A falsa necessidade de religião

O aspecto mais insidioso da religião como fraude é sua habilidade de se apresentar não como uma escolha, mas como uma necessidade. Muitas pessoas crescem acreditando que rejeitar a religião é o mesmo que rejeitar a própria moralidade, identidade cultural ou até mesmo sua família. Isso transforma o ato de questionar a fé em algo que parece impensável, quase uma traição pessoal. Ao tornar-se inseparável da vida cotidiana, a fraude deixa de ser percebida como tal.

Supostas experiências com o divino ou o sobrenatural

Outro recurso poderoso é a apropriação de experiências pessoais intensas. Momentos de êxtase, tranquilidade profunda ou sentimentos de conexão podem ocorrer naturalmente em seres humanos por meio da música, meditação, arte ou até estados alterados de consciência. A religião reivindica essas experiências como prova de sua verdade exclusiva. Assim, sensações internas, que são fenômenos psicológicos e fisiológicos, são interpretadas como confirmação de dogmas. O que é apenas a mente humana funcionando de maneiras complexas é usado como evidência de uma intervenção sobrenatural.

A difamação da dúvida

A religião também se sustenta ao transformar dúvidas em pecados. Enquanto a busca por verdade normalmente valoriza o ceticismo, a religião muitas vezes retrata perguntas difíceis como perigosas ou proibidas. Isso transforma o processo natural de investigação em algo que deve ser reprimido. Ao estigmatizar a dúvida, garante-se que os seguidores permaneçam dentro dos limites estabelecidos, mesmo quando percebem contradições ou inconsistências. A fraude se mantém não porque seja convincente, mas porque questioná-la é condenado.

Religião e política

Em sociedades onde a religião tem poder político, sua fraude se consolida ainda mais. As instituições religiosas fazem alianças com governos, recebendo privilégios legais e proteção em troca de apoio moral às autoridades. Isso cria um círculo vicioso: o Estado legitima a religião, e a religião legitima o Estado. Juntas, reforçam a ideia de que obedecer tanto à lei quanto ao dogma é dever absoluto, esmagando alternativas ou dissidência.

Os rituais como técnica de condicionamento

A perpetuação da fraude religiosa também depende da repetição ritual. Orar diariamente, frequentar cultos semanais, jejuar em épocas específicas, participar de peregrinações — todos esses atos, repetidos ao longo da vida, reforçam crenças de forma automática. Mesmo quando o fiel não está refletindo sobre os dogmas, o simples ato de praticar constantemente cria um condicionamento profundo. A repetição transforma a crença em hábito e o hábito em certeza psicológica.

E quando tudo isso falha, há sempre a ameaça do castigo. Se recompensas celestiais não forem suficientes para manter os seguidores alinhados, punições infernais são apresentadas como o destino dos que duvidam ou se desviam. O medo de sofrimento eterno, retratado em detalhes vívidos em muitas tradições, é um dos dispositivos de coerção mais poderosos já inventados. Nenhuma prisão terrena pode competir com a ideia de tortura infinita. Assim, mesmo quando não há provas, a ameaça funciona como um grilhão invisível na mente do crente.

Ostracismo para quem abandona a religião

A fraude é tão bem estruturada que até as tentativas de sair dela podem reforçá-la. Quando alguém deixa a religião e experimenta dificuldades naturais da vida, essas dificuldades podem ser reinterpretadas como punição divina. Se, ao contrário, algo positivo acontece, pode ser visto como um teste ou um chamado para retornar. Em ambos os casos, a religião reivindica autoridade sobre os eventos, tornando quase impossível escapar de sua lógica circular.

Sublimação dos instintos mais nobres

Por fim, talvez a característica mais notável da religião como fraude seja sua capacidade de convencer pessoas inteligentes, compassivas e bem-intencionadas a defendê-la. Não é apenas um truque barato que engana ingênuos, mas um sistema refinado que explora os instintos humanos mais nobres: a busca por significado, a necessidade de pertencimento, o desejo de justiça. Esses impulsos legítimos são sequestrados e usados como combustível para uma estrutura que, em última análise, serve a interesses de poder e controle.

A religião como dispositivo cultural

Essa fraude monumental também encontra força em sua diversidade de formas. Religiões diferem em rituais, mitologias e símbolos, mas compartilham a mesma estrutura subjacente: a promessa de soluções sobrenaturais para problemas humanos. Essa diversidade permite que cada cultura tenha sua versão local da fraude, tornando-a mais fácil de aceitar. A pessoa pode rejeitar uma religião estrangeira como falsa, mas dificilmente questiona aquela em que nasceu, porque foi moldada desde cedo para vê-la como natural e inevitável.

Ao longo da história, a religião mostrou habilidade em se apropriar de avanços humanos para perpetuar sua influência. Festas pagãs foram convertidas em feriados religiosos. Costumes culturais foram rebatizados como tradições sagradas. Até descobertas científicas, quando não puderam mais ser negadas, foram reinterpretadas como compatíveis com antigas escrituras. Esse parasitismo cultural garante que a religião sempre encontre um espaço para sobreviver, mesmo em épocas de mudança.

Um dos aspectos mais cruéis da fraude é o modo como ela explora o luto. A morte de entes queridos é uma das experiências mais dolorosas da existência humana, e a religião capitaliza sobre isso ao oferecer garantias de reencontro no além. Embora não haja provas para sustentar tais afirmações, a necessidade emocional é tão forte que muitos aceitam a promessa sem questionar. Dessa forma, a dor pessoal se torna uma oportunidade de fortalecimento para a instituição.

Outro elemento é o uso da linguagem sagrada. Palavras arcaicas, textos considerados intocáveis, cânticos repetidos em línguas mortas — tudo isso cria uma aura de mistério e profundidade. Mesmo quando o conteúdo é banal ou contraditório, o modo como é apresentado inspira reverência. É como um mágico que distrai a plateia com gestos elaborados para esconder a simplicidade do truque. A linguagem sagrada funciona como fumaça e espelhos para manter a ilusão.

Sexualidade e religião

Também não se pode ignorar a manipulação sexual presente em muitas tradições religiosas. O controle sobre o corpo — o que vestir, com quem se relacionar, quando e como ter intimidade — é uma das formas mais diretas de manter poder sobre indivíduos. Ao transformar desejos naturais em fontes de culpa e vergonha, a religião prende os fiéis em uma luta interminável contra si mesmos. A solução, claro, é sempre mais obediência e submissão à instituição.

Quanto mais influente, mais coercitiva

A religião ainda se beneficia da ilusão de unanimidade. Quando uma comunidade inteira parece acreditar, a pressão social faz com que o indivíduo também aceite a crença, mesmo que em privado duvide dela. Esse efeito de massa cria uma rede de reforço mútuo, onde cada fiel fortalece a fé dos outros simplesmente por demonstrar conformidade externa. A fraude se mantém não porque todos realmente acreditam, mas porque todos acreditam que todos acreditam.

O fracasso profético e a volta por cima

Além disso, a religião é mestre em redefinir fracassos como sucessos. Quando uma profecia não se cumpre, é reinterpretada como simbólica. Quando uma oração não é atendida, dizem que a resposta foi “não” ou que havia um propósito oculto. Quando líderes religiosos são flagrados em escândalos, a culpa é atribuída à falibilidade humana, nunca ao sistema em si. Dessa forma, a fraude é protegida contra falsificação: nenhum evento pode contar contra ela, pois qualquer resultado é reinterpretado como confirmação.

Por que a religião é a maior fraude já concebida pela humanidade?

Por tudo isso, a religião não é apenas uma fraude qualquer, mas a mais duradoura, abrangente e sofisticada já concebida pela humanidade. Ela sobreviveu a impérios, revoluções e eras de esclarecimento porque é adaptável, porque fala diretamente aos medos e desejos mais profundos, e porque se enraíza em estruturas sociais e emocionais. Enquanto houver incerteza, sofrimento e busca por significado, a religião terá terreno fértil para perpetuar sua ilusão.

Em última análise, a religião se sustenta não porque prove suas afirmações, mas porque satisfaz necessidades humanas que são reais: a necessidade de consolo diante da morte, de ordem em meio ao caos, de pertencimento em meio à solidão. Essas necessidades são legítimas, mas a religião as explora oferecendo respostas falsas. Como um charlatão que vende água milagrosa a um doente desesperado, ela lucra com a vulnerabilidade humana.

Reconhecer a religião como fraude não significa desprezar as pessoas que acreditam nela. Pelo contrário, é compreender que elas foram presas em um sistema projetado para capturar suas emoções mais profundas. Muitos fiéis são pessoas boas, movidas por intenções sinceras, que apenas desconhecem a natureza enganosa da estrutura que os envolve. A crítica não deve ser dirigida contra os crentes, mas contra a máquina que perpetua suas ilusões.

É importante também entender que a religião não detém monopólio sobre as coisas que valoriza. O sentido da vida pode ser encontrado na arte, na ciência, nos relacionamentos humanos, na busca por conhecimento e na construção de sociedades mais justas. A compaixão e a ética não dependem de mandamentos divinos; elas emergem de nossa capacidade natural de empatia e de cooperação. A comunidade pode ser construída não apenas em templos, mas em qualquer espaço onde seres humanos se reúnam com propósito e solidariedade.

Assim, expor a religião como fraude não significa esvaziar a vida de significado, mas libertar o indivíduo para encontrar significados mais autênticos. Significa trocar promessas vazias por realidades possíveis. Significa assumir responsabilidade por nosso destino, em vez de entregá-la a autoridades invisíveis. Significa, em última instância, crescer como espécie e como indivíduos, reconhecendo que não precisamos de mitos para viver com dignidade.

A religião, enquanto fraude, perdurará enquanto as pessoas não tiverem coragem de encará-la como tal. Mas cada vez que alguém ousa questionar, cada vez que um grupo escolhe viver baseado em razão e compaixão em vez de dogma, a fraude perde um pouco de sua força. A verdade não precisa de ameaças ou promessas para se sustentar; ela se mantém sozinha, sustentada pela realidade.

Chegará o dia em que a humanidade olhará para trás e verá a religião como vê hoje outras superstições antigas — compreendendo como pôde dominar mentes por tanto tempo, mas sem desejar revivê-la. Nesse dia, a maior fraude da história terá finalmente perdido seu poder. E o que restará será algo muito mais valioso: a liberdade de viver plenamente no único mundo que realmente temos.

Dia dos Professores, ciência, religião e humanismo



Dia dos Professores

Por Sergio Viula


Existem professores de todos os tipos, porque tudo o que se sabe pode ser compartilhado, e quando isso é feito por alguém que se dedica à arte de facilitar a aquisição desses conhecimentos, então isso é magistério.

Porém, ao mesmo tempo em que isso é fato, pode ser também problema, pois, por um lado, significa que existirão professores que divulgarão conhecimentos verdadeiros, adequadamente verificados e verificáveis caso se sua consistência seja posta em dúvida.

Por outro lado, também existirão professores que ensinarão coisas contrárias ao conhecimento científico como se fossem verdades absolutas, mesmo quando se chocam com o que já foi verificado, experimentado, descoberto, compreendido e sistematizado por cientistas, inventores, historiadores, filósofos, etc. Nessa categoria encontram-se os mitos e fábulas religiosos ensinados como verdade absoluta e inquestionável.

Entre o cientista numa ponta e o teólogo na outra, ficam os indispensáveis professores das diversas artes e humanidades que tanto enriquecem nossa existência, instigam nossa emoção, percepção e pensamento. A estes, nosso muito obrigado por compartilharem suas obras e por nos ensinarem suas técnicas.

Como seríamos pobres se tivéssemos somente os computadores de Steve Jobs, mas não tivéssemos as pinturas de Leonardo da Vinci ou de Michelangelo ou a arte de Salvador Dali e Romero Brito - todas deslumbrantes, ainda que tão diferentes entre si. E o mesmo poderia ser dito ao contrário.



Papa Urbano VIII condenou Galileu por sua defesa do heliocentrismo, mas posteriormente Galileu recebeu indulgência plena e a bênção do papa e morreu aos 78 anos em sua própria cama.


Galileu defendeu o heliocentrismo contra a ideia amplamente aceita de que que o sol girava em torno Terra.

Mas, voltando à questão do professor que reproduz conhecimento verdadeiro e aquele que ensina fábulas como se verdades fossem, vale ressaltar que a Igreja Católica gaba-se de seus mestres, alegando que seu magistério, juntamente com a tradição e a bíblia, constituem a mais absoluta verdade. Portanto, de acordo com essa crença, os sacerdotes detêm a verdade e a ensinam fielmente aos filhos de Roma, que, por sua vez, devem recebe-la sem questionamento, sob o risco de blasfêmia ou heresia. Sem esquecer que, numa escala micro, existem ainda os catequistas, os quais atuam sob a vigilante orientação dos párocos.

Semelhantes à igreja romana nesse ponto, as Igrejas Protestantes gabam-se de seus pastores e reverendos como mestres da sã doutrina, mantendo incontáveis professores de Escola Bíblica Dominical (a famosa EBD), os quais geralmente não abrem somente o texto bíblico para trabalhar com suas classes, mas também possuem alguma edição do que costuma se denominar como "revista de EBD".

Esses dias fiquei horrorizado ao perceber que a revista que a igreja dos meus pais utiliza é produzida pela Central Gospel do Silas Malafaia. Passando pela sala-de-estar, dei de cara com uma foto do pastor-showman logo na capa. A igreja dos meus pais nem é Assembleia de Deus, e o povo de lá nutre a fantasia de que seja uma igreja equilibradíssima, confiabilíssima, mas como atribuir esses adjetivos corretamente a uma igreja que adota o material viciado em todo tipo de preconceito publicado pela editora do pastor Silas Milionário? Por aí, vocês podem imaginar o que vem sendo ensinado pelas milhares de classes de EBD espalhadas por esse Brasil todo domingo!


Lição 3 dessa edição: Tema da lição "A Homossexualidade é Condenada por Deus"
- o redator é o próprio Silas Malafaia


Aliás, essas editoras evangélicas descobriram que EBD pode ser um filão ($) fantástico. Veja só. A média dos brasileiros dificilmente compra um livro pelo simples prazer da leitura (por ano!), mas todas as pessoas da igreja precisam comprar uma revista de EBD para frequentar as classes dominicais (ou sabatistas, no caso do Adventismo do 7º Dia). Numa família de 4 ou 5 pessoas, cada um tem a sua própria revista. Agora, imagine uma igreja com 1.000 pessoas (existem várias delas; algumas até com mais), só aí são 1.000 revistas! E elas geralmente são trimestrais. Isso significa que aquela editora venderá 4.000 revistas por ano só para aquela igreja ali. Sem falar nas incontáveis portinhas de garagem transformadas em templo que existem por aí. É um super negócio! Infelizmente, um negócio que enriquece alguns e condena ao obscurantismo tantos outros. É triste pensar num país que carece tanto de conhecimento científico mergulhando cada vez mais na Idade das Trevas editada e reeditada nas páginas dessas revistas e na fala desses professores.

Só para se ter uma ideia, esses professores de EBD multiplicam textos que difamam a ciência, desprezam o evolucionismo, ridicularizam os movimentos sociais libertários, perseguem os homossexuais, espalham informações distorcidas sobre DST/AIDS e sua prevenção, geralmente criticam métodos contraceptivos, engessam hierarquias, reproduzem machismo, difamam grandes pensadores, além de instilar medo e culpa em crianças, jovens e adultos. Isso tudo contraria o próprio conceito de magistério ligado à ideia de multiplicar o conhecimento e ajudar os indivíduos a tornarem-se autônomos e capazes de construir biografias felizes, criativas e produtivas para si mesmos e para a sociedade em que estão inseridos.

Esse ódio (ou ressentimento) contra o conhecimento científico, do qual os crentes (quaisquer que sejam eles) ironicamente dependem tanto quanto qualquer ateu ou agnóstico, projeta-se principalmente contra os médicos.


O próprio mito do Éden estabelece essa inimizade entre conhecimento e submissão a deus.


Esses estudiosos que colocam o conhecimento a serviço do bem-estar físico e mental dos seres humanos, a quem chamamos médicos, são alvo de muita maledicência nesses círculos religiosos.

É comum ouvirmos pregadores, que nada mais são do que autoritários professores de doutrina religiosa, dizendo que "Jesus faz o que os médicos não podem fazer" ou que "Jesus faz melhor que qualquer médico, porque não deixa cicatriz nem provoca efeito colateral", e por aí vai. Quanta gente já morreu ou teve seu quadro de saúde complicado por dar ouvidos tais pegadores de ilusões! Quanta gente já suspendeu tratamentos vitais porque esses ministros do erro disseram que seria falta de fé em deus e na cura divina continuar com os remédios! Isso sem falar no descaramento e ingratidão por parte das pessoas que só sobreviveram, graças à competência de um homem ou uma mulher que estudou anos a fio e continua se especializando o tempo todo, cujos testemunhos nos púlpitos ou programas religiosos de TV mentem dizendo "Jesus me curou", quando foram os profissionais da saúde com um aparato milionário, construído graças a diversas ciências combinadas, que restauraram sua saúde.

Alguém aqui já viu um milagre de fato? Uma perna amputada crescer de novo? Ou um olho extirpado do globo ocular ser substituído por outro? Ou um órgão falido ser trocado por outro sem ajuda de transplante? Nunca!

As igrejas estão cheias de gente em cadeiras-de-roda, apoiadas em bengalas, com deficiência auditiva, visual, MENTAL! E essas pessoas continuam assim até morrerem, sem jamais serem "agraciadas" com um milagre decente! Nada do que se ouve desses milagreiros do erro pode ser conferido a olho nu ou mediante exame. Quando há alguma cura, tem medicina no meio ou trata-se de algum desequilíbrio que o próprio organismo consegue eliminar. Além disso, existem aqueles que juram que foram curados e morrem logo em seguida. Tive amigos queridos que passaram por isso em igrejas pentecostais, principalmente.

Enquanto isso, a ciência vai desenvolvendo tecnologia para fazer tetraplégicos se moverem!!! Universidades como as de Oxford, Duke, Cambridge estão trabalhando nisso e obtendo fantástico êxito. Já existem amputados das pernas correndo olimpíadas! Enquanto isso, as religiões continuam ressentidas por seu fracasso, muito mais ainda quando percebem que não há limites para o conhecimento humano. E por isso mesmo tentam embarreirar o avanço da ciência em áreas como aquelas das pesquisas com células-tronco, nanotecnologia, etc. Estas, porém, é apenas as mais atuais das controvérsias geradas por gente que se opõe ao conhecimento científico, por se basear em crenças míticas. Não são as primeiras, contudo. Os religiosos já foram contra a vacinação, o transplante, a transfusão, etc. Já se opuseram ao avanços na astronomia, paleontologia, ciências da reprodução humana e do controle da natalidade, e por aí vai.

Contudo, é ao médico - e aos mais caros - que recorrem esses pastores milionários quando têm qualquer problema de saúde. Um caso emblemático recente foi o do milagreiro Valdemiro - dono da Igreja Mundial do Poder de Deus - que diz curar até AIDS (charlatão!), mas procurou o hospital Albert Einstein para curar seu joelho. Mais detalhes aqui:  https://www.paulopes.com.br/2011/12/milagreiro-valdemiro-procurou-um.html#.UHwVdW_BFVU&gsc.tab=0


Kaká se submetendo aos bispos Sônia e Estevam Hernandes


Fico muito triste quando vejo celebridades, especialmente do futebol - que poderia ser um veículo super eficiente de incentivo ao conhecimento, especialmente para os mais jovens - investindo milhões nessas igrejas. Kaká (que continua crente) foi fervoroso defensor da Igreja Renascer durante muito tempo. A mesma igreja cujos bispos-fundadores (leiam-se "donos") foram presos nos EUA. A mulher dele chegou a ser ordenada ao pastorado lá. Agora os dois estão desligados daquela igreja e não duvido que estejam investindo uma nota em alguma outra denominação ou congregação semelhante... Eles poderia investir esses preciosos recursos em iniciativas educativas baseadas em ciência de fato, ou investir em pesquisa científica, como faz Bill Gates que já destinou bilhões de dólares aos estudos para combater a AIDS e o câncer.


Rivaldo abrindo igreja em Angola


Ontem (domingo, 14/10/12), assistindo o programa Esporte Espetacular, fiquei sabendo que o famoso jogador Rivaldo está alocando muita grana para financiar igrejas em Angola. Ele chegou a dizer que já existem muitas igrejas na África, mas que muitas ainda são necessárias. Não consigo deixar de me perguntar por quê Rivaldo não investe em escolas de qualidade naquele país que de superstição, já passou da cota?! Para que encher aquelas mentes com mais superstição, castração, medo, culpa, etc.? Na realidade, o que os angolanos precisam é de mais ciência, tecnologia, arte, filosofia, e por aí vai. Eles não precisam de mais igrejas e pregadores que vivam do dinheiro suado e sofrido de tantos miseráveis.

O Brasil vem descobrindo que ciência pode ser um bom negócio. Aquela ideia do cientista abnegado enfiado num laboratório na garagem tentando inventar alguma coisa para depois patentea-la já era! Ainda existem esses 'heróis' por aí, mas atualmente o quadro principal é outro. Grandes empresas têm percebido o potencial financeiro por trás do conhecimento verdadeiro colocado a serviço de soluções para os mais diversos dilemas das interações humanas. Outras têm percebido que sua própria sobrevivência e expansão dependem de cabeças inteligentes, criativas e capazes de construir novos conhecimentos. Um exemplo interessantíssimo sobre isso no Rio de Janeiro é a parceria entre a UFRJ e a Petrobrás no campus da Ilha do Fundão. A entidade federal cuja existência dedica-se a construção e propagação do conhecimento está trabalhando com uma empresa cuja existência destina-se a produzir lucro através da exploração, industrialização e comercialização de energia (petróleo, gás, etc.). É curioso ver como ambas estão ganhando com isso, e com elas, a própria sociedade.


Parque tecnológico da Ilha do Fundão - Rio de Janeiro


A coisa funciona, grosso modo, assim: A UFRJ recebe investimentos em seu campus e pessoal, e em contrapartida dá espaço e coopera com a Petrobrás, que - graças a isso - deu um salto em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. Até o meio-ambiente está ganhando com isso, porque graças a essa parceria, biólogos, oceanógrafos e profissionais correlatos estão envolvidos em projetos de recuperação e preservação do entorno da ilha. Vegetação nativa está sendo recuperada, espécies marinhas e do mangue estão se multiplicando. Até mesmo aves marinhas cujo canto não se ouvia mais voltaram a cruzar os céus da Ilha do Fundão, da Ilha do Governador e adjacências.

Agora, uma coisa é certa: Se dependesse da oração dos mais fervorosos santos católicos, protestantes e evangélicos, ou das preces mais sinceras de espíritas, umbandistas, candomblecistas, ou da prostração mais submissa de muçulmanos e hindus, ou das meditações e orações mais desprendidas de budistas e taoístas, nada disso teria sido realizado. Tudo isso tornou-se realidade, porém, quando pessoas de todas essas crenças e pessoas sem crença religiosa alguma colocaram seus talentos à serviço do conhecimento verdadeiro e da busca por soluções reais e viáveis para problemas reais e urgentes.

Contudo, é importante ressaltar que a ciência deve ser pautada pelo humanismo. Sua ética deve ser humanista, a fim de que não se promova o progresso científico a qualquer custo e/ou com quaisquer objetivos. A ciência deve servir ao homem (ou a todos os homens), ao seu bem-estar, mas sem perder de vista a manutenção, preservação e até mesmo restauração do meio-ambiente. Não podemos ignorar que os defensores da guerra e do extermínio de grupos minoritários sejam capazes de usar de um certo cientificismo para atingirem seus objetivos; ou que cientificistas possam se utilizar do dinheiro disponibilizado por esses exterminadores para avançar em seu projeto egocêntrico de busca por riqueza e reconhecimento. Por isso, é fundamental que se mantenham os valores humanistas como fio condutor de todo o processo de desenvolvimento científico-tecnológico.


O CEA-Jequiá (Centro de Educação Ambiental) 
da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAC) 
servirá de referência sobre o ecossistema manguezal, 
em especial, o Manguezal do Jequiá - Ilha do Governador,
Rio de Janeiro



Agora, mantendo em mente que todo esse post começou porque falávamos do que é ser professor, vale ressaltar que nada disso teria sido feito sem os professores dos níveis mais elementares aos níveis mais especializados, com os quais cada profissional pôde contar para desenvolver seu potencial. Então, no dia dos professores, parabéns aos que dedicam-se à busca pelo conhecimento verdadeiro, mantendo-se sempre atualizados e compartilhando esses conhecimentos. Parabéns a todos os que estimulam crianças, jovens e adultos a desenvolver todo seu potencial psico-cognitivo, a realizarem todo seu potencial existencial aqui e agora, porque - no final das contas - tudo o que temos é o agora. E que seja um agora cada vez melhor para todos!


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SUGESTÃO DESTE BLOGUEIRO


Hoje é Dia dos Professores e eu quero dar uma sugestão (descarada!!! hehehe), mas interessante. E essa sugestão é baseada na experiência de gente que eu conheço. Aproveite o Dia dos Professores para presentear seu professor predileto com um

livro que poderá dar assunto para o pensamento dele/dela.

Se não quiser entregar pessoalmente, basta fornecer o nome do(a) professor(a) e o endereço da escola que o livro será enviado diretamente para ele/ela. Faça a diferença! :)

No Amazon: https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM

Temas LGBT na mitologia chinesa

Temas LGBT na mitologia chinesa





Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Parte da série sobre
Temas LGBT na mitologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Temas_LGBT_na_mitologia


Existem muitos temas LGBT na mitologia chinesa, que é rica em histórias sobre homossexualidade. As histórias mitológicas e folclóricas da China antiga refletem perspectivas chinesas em relação à homossexualidade, ao invés de pontos de vista modernos. Esses mitos são muito influenciados por crenças religiosas, em especial o Taoísmo e o Confucionismo, e posteriormente incorporaram ensinamentos do Budismo. As tradições pré-taoístas e pré-Confúcio na China eram predominantemente xamânicas; acredita-se que a origem do amor masculino pelo mesmo sexo se deu no sul mítico. Assim, por vezes, a homossexualidade ainda é chamada de "vento sul" e, a partir desse período, muitos espíritos ou divindades foram associados à homossexualidade, bissexualidade e transgênero, como Chou Wang, Lan Caihe, Shan Gu, Yu o Grande e Gun.


Dragões-deuses, do Mitos e Lendas da China, 1922, por E.T.C. Werner. 
Nos mitos, muitas vezes os dragões violentam sexualmente homens mais velhos.


Os encontros homossexuais são comuns no folclore chinês. Nas histórias, fadas ou espíritos de animais geralmente escolhem parceiros do mesmo sexo para se relacionarem, especialmente garotos ou homens mais novos. De acordo com os pioneiros chineses no estudo da homossexualidade na China, a única exceção dessa preferência por mais jovens se dá com o dragão, uma poderosa besta mitológica; os dragões chineses "consistentemente apreciam relações sexuais com homens velhos", e um dos exemplos se dá no conto "O Velho Fazendeiro e um Dragão", em que um agricultor de sessenta anos de idade é forçosamente sodomizado por um dragão que passava por aquele lugar, resultando em feridas derivadas da penetração e mordidas que requerem atenção médica.

Tu Er Shen é uma deidade no folclore chinês que administra o amor e o sexo entre os homossexuais. Seu nome literalmente significa "divindade coelho". De acordo com "O Conto do Deus Coelho" no Zi Bu Yu, Tu Er Shen era originalmente um homem chamado Hu Tianbao, que certa vez se apaixonou por um belo jovem inspetor imperial da Província de Fujian; um dia, Hu Tianbao foi pego espiando o inspetor nu e teve de confessar seus afetos relutantes em relação ao outro. Por conta disso, o inspetor imperial o condenou à morte por espancamento; pelo fato de seu crime ter sido derivado por amor, os funcionários do submundo decidiram reparar a injustiça delegando Hu Tianbao como um deus que harmoniza os afetos homossexuais. A fim de atender às necessidades dos homossexuais modernos, a adoração do Deus Coelho foi reanimada em Taiwan com um templo fundado em Yonghe por um padre gay taoísta.

Por muito tempo, a homossexualidade masculina era referida em literatura aludindo a duas semi-lendárias figuras dos primeiros anos da Dinastia Zhou. O primeiro era Mizi Xia e a metade de pêssego comido que ele compartilhou com seu amante, a figura histórica real, Duque de Wei Ling. O segundo era o Senhor Yang Long, que convenceu um rei sem nome de Wei a permanecer fiel a ele, comparando-se a um pequeno peixe que o rei pode lançar de volta se um peixe maior viesse junto. Embora ambos possam ter realmente existido, nada se sabe sobre eles além de suas histórias de definição, e sua presença na literatura chinesa era muito de personagens lendárias que serviram como arquétipos do amor homossexual.

Atualização em 13/01/2025:
Veja outros exemplos aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2025/01/mitos-chineses-e-diversidade-sexual.html

Como surge a água que pode originar a vida

Estrela em formação expele milhares de litros de água

Fenómeno pode fazer parte do processo normal do crescimento das estrelas



16/06/2011
Escrito originalmente em português de Portugal, não do Brasil.






A 750 anos-luz da Terra está a nascer uma estrela que dispara milhares de litros de água por segundo para o espaço. Envolta em gases e pó, a proto-estrela, que não tem mais do que cem mil anos, encontra-se na constelação Perseus e é da mesma classe do nosso Sol, o que sugere que este tenha tido um comportamento parecido durante a sua formação.

Através de dois enormes jactos – um em cada pólo – esta nova estrela lança o equivalente a cem milhões de vezes o caudal do rio Amazonas.

O trabalho de investigação, a publicar na revista «Astronomy & Astrophysics», foi dirigido por Lars Kristensen, astrónomo da Universidade de Leiden (Holanda). O cientista explica que “a velocidade a que a água é expelida alcança os 200 mil quilómetros por hora, ou seja, é 80 vezes mais rápida do que as balas disparadas por uma metralhadora”.

Para captar as marcas características do oxigénio e do hidrogénio (os componente da água), a equipa utilizou os instrumentos de infra-vermelhos que se encontram a bordo do Observatório Espacial Herschel. Uma vez localizadas essas classes de átomos, os investigadores seguiram-lhe o rasto até à estrela onde se formaram.

A primeira conclusão dos astrónomos é que a água se formou mesmo na estrela, a temperaturas de poucos milhares de graus. Essa água encontrou depois temperaturas mais elevadas (100 mil graus), estando, assim, no estado gasoso.

Quando esses gases chegaram a camadas externas mais frias da nuvem de material que rodeia a proto-estrela (e que se encontra a cinco mil vezes a distância que separa a Terra do Sol) foi criada uma “frente de choque” e os gases condensaram-se, ou seja, passaram para o estado líquido.

Esta descoberta é importante, consideram os investigadores, pois sugere que este fenómeno faz parte do processo normal do crescimento das estrelas. “Só agora começamos a perceber que todas as estrelas como o Sol passaram, provavelmente, por uma fase de muita energia quando eram jovens. É nesse momento da sua vida que expulsam muito material a grande velocidade. Agora sabemos que parte desse material é água”, diz Kristensen. Essa água poderá ajudar a “semear” os ingredientes necessários para a vida.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


A acentuação gráfica do texto segue o padrão da língua portuguesa conforme utilizada na terra-mãe. ^^

Agora, falando sobre essa descoberta, a gente tem que tirar o chapéu para essa galera inteligente, estudiosa, disciplinada e que renuncia muitos dos nossos pequenos prazeres para descobrirem coisas fantásticas como essa do surgimento da água a partir de uma nova estrela.

Se não fosse a curiosidade e a paixão pelo saber desses seres humanos menos (ou nada) dominados pela mentalidade mítica das religiões e crenças no sobrenatural, provavelmente não saberíamos a maior parte das coisas que sabemos hoje. Fica aqui minha singela homenagem aos cientistas. ^^

Ainda existe muita gente (eu também já pensei assim) que acredita que exista uma entidade sobrenatural, a quem chamam de deus ou de deuses, controlando o universo. Não tem problema. Ninguém é obrigado a pensar da mesma maneira. Todavia, atualizando a metáfora do velho barbudo sentado num trono, eu diria que essa divindade - em termos atuais - faz lembrar um adolescente que criou o próprio jogo de video game e agora passa seu eternamente entediante tempo livre jogando com os personagens. Há, porém, cada vez mais evidência de que o universo não é controlado por forças externas a ele mesmo.

Graças aos avanços do conhecimento a que chamamos científico, sabemos que as coisas originam-se (constantemente) a partir do comportamento da matéria, conforme as condições intrínsecas e extrínsicas a essa mesma matéria. Até a água que deixa o cidadão comum intrigado tem sua origem no processo de formação de estrelas como explicado no artigo acima. E como a existência de água é condição básica para a formação da vida como a conhecemos, devemos mais às estrelas do que imaginávamos. ^^

Como qualquer outro ser vivo, surgimos, completamos nosso ciclo biológico e desaparecemos. Sentido, propósito, valor são coisas que desenvolvemos a partir da experiência e da razão. Nada disso é dado. Nada disso já estava aí; são ideias nossas. Aliás, pode-se dizer de modo esquemático que a evolução biológica nos torna humanóides; a cultura nos ensina a sermos humanos; e a razão instrumentalizada pelo amor é o que nos torna humanistas. Não há humanismo sem alguma dose de amor. A moral - esse simulacro de amor e de justiça - pode nos tornar ainda mais desumanos, especialmente quando colocamos certas noções de bem e de mal acima do amor ao ser humano. Porém, quando realmente amamos, agimos para além do dever, porque se há uma coisa que possa ser chamada de bem em si mesma, essa coisa é o amor. E quem, mais do que nós, precisa de amor para viver feliz e com saúde. Sim, nós, seres que não apenas surgimos, completamos nosso ciclo e desaparecemos, mas que também sabemos que o fazemos, ou seja, estamos conscientes disso, somos a espécie que mais desesperadamente precisa de amor para viver bem!

Por isso, não basta existir, é preciso construir a si mesmo. E que objetivo poderia ser mais nobre do que além de nos tornamos humanóides pela biologia, depois humanos pela cultura, nós tornarmos humanistas pelo amor?

Não é aos deuses que devemos nosso amor, mas aos homens, aqueles que compartilham conosco a glória e a mesma miséria de ser. Ainda que não seja possível amar a todos do mesmo jeito, precisamos fazer aquele nobre exercício de nos colocarmos no lugar do outro. Isso pode nos dar uma perspectiva totalmente nova do que significa ser livre, inclusive das muletas da moral. O amor se basta. O amor é benfazejo e contra ele não há lei.

Mitomania: Uma patologia predominante entre os evangélicos, mas não exclusiva deles.

Mitomaníacos não devem ter platéia



A mitomania, também conhecida como pseudologia fantástica ou transtorno da mentira patológica, é um comportamento caracterizado pela tendência de mentir de forma compulsiva e sem necessidade aparente, muitas vezes criando histórias ou situações irreais. A pessoa mitômana não mente apenas para obter benefícios imediatos, mas muitas vezes constrói uma realidade alternativa que, para ela, pode parecer verdadeira. Esse transtorno pode estar presente em diversas populações, incluindo grupos religiosos como os evangélicos, embora não seja exclusivo a esse segmento.

Mitomania e os Evangélicos


Embora a mitomania não seja um fenômeno restrito a nenhuma religião específica, há alguns aspectos que podem tornar a mitomania mais visível ou prevalente em grupos religiosos, incluindo os evangélicos. Algumas das razões podem incluir:

Envolvimento com testemunhos pessoais: Em muitas igrejas evangélicas, especialmente as neopentecostais, as pessoas são incentivadas a compartilhar seus testemunhos de vida. Esses relatos, muitas vezes, incluem histórias de superações milagrosas, curas divinas ou experiências espirituais transformadoras. Em alguns casos, pessoas podem exagerar ou até mesmo criar histórias fantasiosas para se inserir ou se destacar dentro do grupo, como uma forma de ser reconhecida como uma pessoa de fé ou um exemplo de vida transformada.

A busca por validação: Para algumas pessoas, o desejo de ser aceito ou respeitado dentro de uma comunidade religiosa pode levar à mitomania. Ao contar histórias que impressionem os outros ou que se alinhem com os ideais espirituais promovidos pela comunidade, o indivíduo pode buscar admiração, respeito ou mesmo apoio financeiro ou social.

Pressão para a perfeição: Em algumas denominações, especialmente nas mais conservadoras ou evangélicas neopentecostais, há uma pressão significativa para que os fiéis apresentem uma imagem idealizada de sua vida, como uma forma de provar sua fé e compromisso com Deus. Isso pode criar um ambiente onde mentir sobre experiências, dificuldades ou até mesmo sobre a relação com Deus se torna uma maneira de se encaixar e ser aceito.

Expectativas de milagres e transformações: A crença no sobrenatural e nos milagres é forte em muitas igrejas evangélicas. Para aqueles que já possuem uma tendência à mitomania, a pressão para relatar experiências sobrenaturais pode resultar em relatos falsos ou exagerados sobre cura, visões ou intervenções divinas.
Mitomania Fora do Contexto Religioso

A mitomania não se limita a grupos religiosos, e pode se manifestar em qualquer ambiente onde as pessoas sintam a necessidade de mentir de forma constante. Em alguns casos, pode estar relacionada a transtornos de personalidade, como o transtorno de personalidade antissocial ou o transtorno de personalidade narcisista, em que o indivíduo mente para manter uma imagem de superioridade ou controle.

Além disso, a mitomania pode ser associada a distúrbios emocionais e psicológicos mais profundos, como a baixa autoestima ou traumas não resolvidos, que podem levar a pessoa a criar uma realidade paralela onde se sente mais aceita, poderosa ou amada.
A Mitomania Não Exclui Nenhuma Religião

Embora seja possível que a mitomania seja mais visível em grupos religiosos devido à dinâmica de testemunhos e da busca por aceitação ou reconhecimento espiritual, esse transtorno pode ocorrer em qualquer religião ou grupo social. As razões para mentir patológicamente são variadas e muitas vezes complexas, e a mitomania pode se desenvolver por questões internas da pessoa, como a necessidade de manipulação ou a busca por aprovação, e não necessariamente por uma característica inerente à religião ou crença.

Conclusão

A mitomania é uma condição que pode afetar qualquer indivíduo, independentemente da sua crença religiosa. Nos grupos evangélicos, pode estar relacionada ao desejo de ser reconhecido por sua fé ou experiências espirituais, mas é importante entender que esse comportamento não é exclusivo dessa comunidade. A mitomania é um transtorno psicológico que precisa de compreensão e, em muitos casos, de tratamento especializado, a fim de que a pessoa possa lidar com as causas subjacentes dessa necessidade de mentir compulsivamente.

Ágora (Alexandria): a história se repete

Hipátia: a Filósofa que desafiou os fanáticos 
com seu conhecimento e sabedoria



Proibido em alguns países da Europa(!!!), esse filme mostra de forma muito clara como a cidade de Alexandria foi subvertida pelo fanatismo cristão e perdeu sua maior riqueza: a mundialmente famosa biblioteca de Alexandria, detentora de obras insubstituíveis!

Assista. Você vai se emocionar. Enquanto assistir, pense nos paralelos entre aquele momento histórico e o nosso. Há muitos... infelizmente.



Assista todo aqui no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=gOUGg8wCweg

Copie e cole o link no seu browser ou no Google Chrome do seu celular.

Comemorando os 70 anos de Richard Dawkins completos hoje (26 de março de 2011)

Richard Dawkins



Veja esse documentário "A Raiz de Todo o Mal: A Delusão de Deus"

Em comemoração aos seus 70 anos completos hoje, dia 26 de março de 2011.

Parabéns, jovem septuagenário Dawkins!!!







De onde os ateus tiram sua moralidade?




A velha e carcomida questão que os religiosos colocam na esperança de encontrarem alguma utilidade para a religião: a moralidade.

A resposta de Dawkins é brilhante e bem fundamentada. Assista. Vale a pena!

E compreenda por quê não podemos aceitar as imposições dos fundamentalistas, especialmente aquelas baseadas no machismo, na xenofobia, na homofobia, na intolerância religiosa, na intolerância contra o livre pensamento, etc.





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Compre aqui:

Os 10 argumentos favoritos dos criacionistas

Tirinha por Carlos Ruas - criador de Um Sábado Qualquer


1. A Complexidade Irreducível

Argumento Criacionista: Muitos sistemas biológicos são tão complexos que não poderiam ter evoluído gradualmente, pois perderiam sua funcionalidade se uma parte fosse removida. Isso sugeriria um "designer inteligente".

  • Refutação Científica: A ideia de "complexidade irreducível" foi popularizada por Michael Behe, mas a ciência mostrou que sistemas complexos podem evoluir gradualmente. Muitos exemplos de complexidade irreducível, como o olho, têm ancestrais que funcionam de maneira mais simples. No caso do olho, por exemplo, organismos primitivos tinham células sensíveis à luz, que com o tempo evoluíram para formas mais complexas. A evolução pode modificar sistemas existentes para aumentar sua funcionalidade, uma prática comum chamada "exaptação". Isso demonstra que a complexidade pode surgir de processos evolutivos sem necessidade de um designer inteligente.

2. Fósseis de "espécies estáticas"

Argumento Criacionista: Fósseis de animais encontrados em camadas geológicas distintas mostram que certas espécies nunca mudaram ao longo do tempo, o que implicaria que não houve evolução.

  • Refutação Científica: As afirmações sobre "espécies estáticas" são equivocadas. Fósseis encontrados em diferentes camadas geológicas de fato apresentam variações genéticas dentro das populações. Além disso, a teoria da evolução reconhece que nem todas as espécies precisam passar por mudanças visíveis em cada geração. Algumas espécies podem permanecer relativamente inalteradas ao longo de um período geológico, mas isso não significa que a evolução não esteja ocorrendo em níveis genéticos. Um exemplo disso é o peixe-cavalo-marinho, cujas variações morfológicas não se refletem nas camadas fósseis de maneira dramática, mas é perfeitamente possível observar mudanças graduais em populações específicas.

3. A Falta de Transição Completa

Argumento Criacionista: Não há fósseis "transicionais" que mostrem uma mudança gradual entre espécies.

  • Refutação Científica: A ideia de que "não há fósseis transicionais" é um mito. Fósseis intermediários são abundantes, e exemplos como Archaeopteryx (entre répteis e aves) e Tiktaalik (entre peixes e anfíbios) demonstram claramente transições entre grandes grupos de seres vivos. Além disso, a evolução é um processo gradual e contínuo, e a ideia de que transições completas devem ser vistas de maneira linear e instantânea está equivocada. A diversidade de fósseis de hominídeos, como Australopithecus, Homo habilis, e Homo erectus, mostra uma linha clara de transição de ancestrais primatas para os primeiros humanos.

4. A Segunda Lei da Termodinâmica

Argumento Criacionista: A segunda lei da termodinâmica afirma que a entropia de um sistema fechado sempre aumenta, o que significa que a ordem não pode surgir espontaneamente e, portanto, a evolução não pode ocorrer.

  • Refutação Científica: A Terra não é um sistema fechado, mas sim um sistema aberto, com energia constante proveniente do Sol. A entrada dessa energia permite que sistemas biológicos locais aumentem sua ordem, o que é totalmente compatível com a evolução. A segunda lei da termodinâmica descreve a entropia em sistemas fechados, mas em um ambiente aberto como o da Terra, a entrada de energia externa permite que processos evolutivos criem complexidade sem violar essa lei. Além disso, a evolução não cria "ordem" no sentido absoluto, mas sim adaptações que melhoram a sobrevivência das espécies em seu ambiente.

5. O "Argumento da Probabilidade"

Argumento Criacionista: A probabilidade de a vida ter surgido por acaso é tão baixa que deve ter sido projetada por um criador inteligente.

  • Refutação Científica: A origem da vida, ou abiogênese, é complexa, mas não é um evento aleatório sem explicação. Experimentos como os de Stanley Miller e Harold Urey, que simularam as condições da Terra primitiva, mostraram que compostos orgânicos básicos necessários para a vida, como aminoácidos, podem se formar espontaneamente a partir de substâncias simples. A probabilidade de a vida surgir "por acaso" é, de fato, pequena, mas isso não significa que seja impossível. Além disso, a evolução não depende de um evento único de origem da vida, mas de um processo contínuo de mudanças graduais ao longo de bilhões de anos.

6. O Argumento do Design Inteligente

Argumento Criacionista: O universo e a vida são tão complexos que precisam de um designer inteligente.

  • Refutação Científica: O "design inteligente" não é uma explicação científica testável, mas uma tentativa de explicar o complexo sem investigar as causas naturais. A evolução oferece uma explicação robusta e testável para a complexidade da vida, baseada em princípios de seleção natural, mutação e deriva genética. A presença de imperfeições, como o nervo laríngeo recorrente (que passa por caminhos subótimos no pescoço de vertebrados), evidencia que a evolução funciona por ajustes graduais e não por um plano perfeito.

7. O Argumento da Perfeição de Design

Argumento Criacionista: O corpo humano e outras criaturas são tão bem adaptados ao ambiente que isso prova um "designer inteligente".

  • Refutação Científica: A adaptação biológica é um processo natural de seleção natural, onde as variações genéticas que conferem vantagens de sobrevivência se tornam mais comuns na população. O fato de que existem muitos exemplos de imperfeições no corpo humano, como o apêndice (um órgão vestigial) ou o nervo laríngeo que percorre um caminho subótimo no pescoço de vertebrados, sugere que a evolução não cria "designs perfeitos", mas adaptações feitas a partir de estruturas preexistentes. Essas imperfeições são incompatíveis com a ideia de um "design perfeito" e indicam um processo de adaptação gradual.

8. O Argumento da "Inexistência de Evidência de Evolução"

Argumento Criacionista: Não há evidências claras de evolução acontecendo em tempo real.

  • Refutação Científica: A evolução pode ser observada em tempo real. Exemplos incluem a evolução de bactérias resistentes a antibióticos, como o caso de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), e a mudança de características morfológicas e comportamentais em populações de peixes e aves. Esses exemplos mostram como as populações se adaptam rapidamente a mudanças ambientais, demonstrando a continuidade do processo evolutivo.

9. A Origem de Espécies na "Natureza Intacta"

Argumento Criacionista: Espécies que permanecem inalteradas em ambientes isolados demonstram a criação divina e a imutabilidade das espécies.

  • Refutação Científica: A adaptação e especiação ocorrem continuamente, mesmo em ambientes isolados. O conceito de "espécies estáticas" ignora o fato de que as espécies podem permanecer relativamente inalteradas quando estão em ambientes estáveis e não enfrentam pressões seletivas significativas. A especiação ainda pode ocorrer em ambientes naturais isolados, e exemplos de microevolução e adaptação contínua são visíveis em populações de peixes, aves e insetos.

10. A Falta de Evidência de "Macroevolução"

Argumento Criacionista: A macroevolução (mudança de uma espécie para outra) nunca foi observada diretamente.

  • Refutação Científica: Embora a macroevolução ocorra ao longo de longos períodos de tempo e não possa ser observada em tempo real, há muitas evidências fósseis e genéticas que comprovam que ela aconteceu. O estudo do DNA mostra como as espécies compartilham ancestrais comuns, e a comparação genética entre seres humanos e chimpanzés, por exemplo, demonstra uma relação direta entre as duas espécies. A comparação dos registros fósseis e os estudos de linhagens evolutivas também corroboram a existência de macroevolução.

Essas refutações baseadas em evidências científicas demonstram que os argumentos criacionistas não explicam de modo algum a complexidade da vida de maneira testável e consistente, enquanto a teoria da evolução oferece uma explicação robusta e comprovada para a diversidade biológica.

Fé demais não cheira bem...



As igrejas têm estratégias diferentes de exploração da fé, mas todas elas são um deboche à racionalidade.


Auto-Flagelação e a Afirmação da Morte


Depois do carnaval, vem a quarta-feira de cinzas que inaugura a Quaresma - os quarenta dias antes da Páscoa que, por sua vez, inclui a sexta-feira da paixão (morte de Jesus), o sábado de aleluia (com o tradicional linchamento de Judas) e finalmente o domingo da "ressurreição", que deveria ser o ponto alto da festa cristã, mas não consegue concorrer pela atenção dos fiéis como tudo o que vem antes, afinal são 40 dias falando de morte contra um falando de "ressurreição", que ainda é projetar a vida real para um além-mundo - o que constitui negação da vida aqui e agora (a única de que temos certeza).

Portanto, quando a morte, o martírio e a tortura são sinais de fé, o que se pode esperar dos mais "devotados" a essa mesma fé? Veja que a igreja católica não se opõe aos absurdos das penitências radicais. Na Espanha, as pessoas que se auto-flagelaram (veja o video) foram para dentro da igreja terminar o ritual. Nenhum bispo, padre, frade ou outro oficial da igreja se pôs a orientar essas pessoas ou corrigir esse absurdo. Pelo contrário, tem frade ajudando a furar as costas do fanático. A igreja capitaliza em cima disso. E isso acontece tanto na Espanha (Europa) como nas Filipinas (Ásia).

Se essas pessoas colocassem toda essa energia canalizada contra si mesmas, por causa da neurose dessa religiosidade, a favor da vida realmente, imagine quanta coisa maravilhosa elas poderiam criar no campo das ciências, da tecnologia, da filosofia, das artes!!! Isso tornaria o mundo melhor e os seres humanos mais felizes. Infelizmente, continuam ignorantes e odiando a si mesmos em nome de um amor por uma "divindade" que deixa claro a que absurdos podem chegar a fé e a sublimação por meio do mito religioso.

As coisas que você verá nesse vídeo não são retratos da Idade Média. Elas estão acontecendo hoje. Observe as pessoas à volta e suas vestimentas. Poderiam estar em qualquer grande cidade do mundo.


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