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JEAN WYLLYS fala da migração de MARINA SILVA para o PSB







Tweet da Semana
10/10/13


Com a ida da conservadora, mas ambientalista Marina Silva para o PSB (partido que até ontem compunha a base de sustentação do governo do PT e que tem, em seus quadros, ultra-conservadores, reacionários e homofóbicos como o pastor Eurico e que tinha, até então, o Sargento Isidoro - que recentemente anunciou sua saída do PSB para o PSC); com o flerte de Aécio Neves e seu PSDB (partido que tem, em seus quadros, João Campos, autor do projeto da "cura gay") com fundamentalistas, conglomerados de comunicação (a "grande mídia") e barões do agro-negócio - os mesmos que, no momento, compõem e têm influência no governo do PT; e com o PT tendo que compor com o PSC, PP e, principalmente, com o PMDB (leia-se Renan, Sarney, Cabral, Paes, Eduardo Cunha et caterva) para garantir a "governabilidade"; com esse tabuleiro de xadrez, o que distingue os prováveis candidatos à presidência da República no ano que vem? O que grupos historicamente difamados, estigmatizados e alijados de direitos - indígenas, quilombolas, povo de santo, ciganos, mulheres prostitutas e LGBTs - podem esperar desses candidatos?

Chega a ser engraçado ver as pessoas num exercício de retórica (e de falácias) para justificar a aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos e para apresentar a mesma como "alternativa à esquerda" à reeleição de Dilma e à candidatura de Aécio Neves (PSDB+DEM)... Eu rio, sinceramente! Ora, o neto de Arraes e seu partido foram partes fundamentais dos governos petistas nesses últimos dez anos; Marina além de ex-petista (ela foi ministra do governo Lula) não apresentou, na última campanha presidencial, um projeto de país que significasse uma alternativa real àquele tocado pelo PT.

Sendo assim, o que pode haver mesmo de "alternativo" na união de ambos? Nada! Será mais do mesmo! Marina insistia em criar uma nova legenda porque, dizia ela, não se identificava ideológica nem programaticamente com as existentes e porque queria uma "nova política". Jogou esse discursinho fora ao aceitar se filiar ao PSB com vistas nas próximas eleições: essa a política de sempre, nada nova!

Não vejo problema algum em alguém dizer que quer ou que vai votar na dupla Campos-Marina: é uma escolha; um direito. Mas não procure justificar esse voto pintando a dupla como "alternativa ao que está aí" porque não cola! Aceito até o argumento de que se vai votar na dupla porque se é antipetista radical ou porque a polarização PT-PSDB encheu o saco, mas não me venha com essa conversinha de "alternativa à esquerda" porque de "alternativa à esquerda" essa dupla nada tem, com todo respeito que tenho aos dois e às suas trajetórias!




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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Quem já leu o que eu penso sobre Marina Silva sabe que concordo em gênero, número e grau com o que o Deputado Jean Wyllys publicou seu 'Tweet da Semana".

Marina Silva não é alternativa ao que aí está.

Ela não é amiga das pautas das minorias.

Ela faz a ecologista, porque essa é a única bandeira que um fundamentalista religioso pode, de alguma maneira, defender e continuar de bem com seu círculo de apoiadores obtusos, mas não é suficiente para que digamos que ela seja capaz de uma mudança de paradigma naquilo de que o Brasil mais precisa: avançar em termos de direitos e igualdade.

Podemos fazer muito pela ecologia sem Marina, mas se depender de Marina, nada será feito em prol das pessoas LGBT, dos direitos reprodutivos das mulheres, do combate à AIDS por meio de campanhas de conscientização sem preconceito de orientação sexual e gênero, dos direitos das profissionais do sexo, e por aí vai.

EU DIGO NÃO À MARINA... DE NOVO!

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