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Viver e Resistir: A Realidade da População LGBT 60+ no Brasil

Viver e Resistir: A Realidade da População LGBT 60+ no Brasil


A Parada LGBT+ de São Paulo já tem data para 2025. O tema desse ano será "Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro". A celebração acontecerá no  dia 22 de junho de 2025, a partir das 10h, na Avenida Paulista. Esta será a 29ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo.

Aproveitando o tema, gostaria de fazer algumas pontuações sobre pessoas LGBT+ que são 60+.

Embora os direitos das pessoas LGBT tenham avançado significativamente nas últimas décadas, o envelhecimento dentro dessa comunidade continua sendo um desafio pouco discutido e negligenciado. As pessoas LGBT com 60 anos ou mais enfrentam o peso de uma vida marcada por discriminação, muitas vezes sem o suporte familiar ou institucional necessário para envelhecer com dignidade. Este artigo visa lançar luz sobre essa realidade por meio de dados, políticas públicas, desafios enfrentados e orientações práticas para uma vida mais saudável e plena.

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Panorama Estatístico da População LGBT 60+


  • 58% são solteiras.
  • 48% vivem sozinhas.
  • 45% sofreram discriminação por orientação sexual/identidade de gênero.
  • 26% relataram discriminação por idade.
  • 32% têm medo de envelhecer sem apoio.
Fonte: Pesquisa "Longeviver LGBT" (UFMG e Prefeitura de Belo Horizonte)
  • 53% das pessoas LGBT+ com mais de 50 anos acreditam que os profissionais de saúde não estão preparados para atendê-las adequadamente.
Fonte: Estudo USP + Hospital Albert Einstein (2023)


Políticas Públicas e Iniciativas Voltadas à População LGBT Idosa

  • Política Nacional de Saúde Integral LGBT (2011): Visa garantir atendimento humanizado no SUS, respeitando identidade de gênero e orientação sexual.
  • Estatuto da Pessoa Idosa (Lei 10.741/2003): Reconhece direitos fundamentais, mas ainda carece de interseccionalidade com questões LGBT.
  • Equiparação da LGBTfobia ao crime de racismo (STF, 2019): Marco legal importante para coibir discriminação institucional e social.
  • Iniciativas locais: Centros de Cidadania LGBT e ONGs como o Grupo Dignidade (Curitiba) oferecem acolhimento, atendimento psicológico, jurídico e eventos comunitários.

Principais Desafios Enfrentados pela População LGBT 60+

  • Invisibilidade: Pouca presença em campanhas públicas e na mídia.
  • Solidão e isolamento social: Laços familiares muitas vezes rompidos; poucos espaços de convivência.
  • Discriminação interseccional: Conjugação de preconceitos por idade, identidade de gênero, orientação sexual, raça e classe.
  • Barreiras no acesso à saúde: Falta de preparo dos profissionais e abordagens heteronormativas.
  • Vulnerabilidade institucional: LGBTfobia em asilos, abrigos e serviços de longa permanência.
  • Insegurança jurídica: Dificuldades para formalizar uniões estáveis, garantir herança ou indicar procuradores legais.
  • Carência de políticas específicas: Ausência de planos de cuidado e prevenção voltados a essa população.

Dicas para uma Vida Mais Saudável e Plena na Maturidade LGBT

  • Cuidado com a saúde física e mental: Priorize profissionais inclusivos e faça exames regulares. Terapias afirmativas ajudam a lidar com traumas e ansiedade.
  • Rede de apoio afetiva: Fortaleça amizades, redes comunitárias e participe de grupos de convivência LGBT 60+.
  • Afirmação da identidade: Valorize sua história, compartilhe experiências e viva com autenticidade.
  • Engajamento e propósito: Participe de projetos culturais, voluntariado ou eventos da comunidade.
  • Organização jurídica: Formalize documentos como testamento, união estável e procurações.
  • Aprendizado contínuo: Estimule a mente com novos conhecimentos — cursos, leitura, hobbies ou uso de tecnologias.

Envelhecer sendo LGBT no Brasil ainda é um ato de resistência. Esta geração foi a base da luta por direitos que hoje beneficiam tantas outras pessoas. Reconhecê-la, protegê-la e ouvi-la não é apenas um dever ético, mas uma urgência social. Cabe ao Estado, à sociedade e às novas gerações garantir que essas vidas sejam tratadas com o respeito e a dignidade que merecem.

Complexo de apartamentos rosa para pessoas LGBTI com 55 ou mais 'Roze Hallen' abre as portas

Amsterdam: Rozen Hallen ou Pink Halls 
ou Salões Rosa - o residencial LGBTI 
para pessoas com 55 anos ou mais, que
está sendo inaugurado hoje.


Fonte: AT5 ECHT Amsterdams Nieuws
https://www.at5.nl/artikelen/186471/appartementencomplex-voor-lhbti-gemeenschap-roze-hallen-opent-deuren
Via COC Nederland - @COCNederland no Twitter.


Tradução e leve adaptação por Sergio Viula


O primeiro complexo de apartamentos para moradores com 55 anos ou mais da comunidade LGBTI abrirá suas portas esta semana na Holanda. Os "Pink Halls", como são chamados, serão abertos nesta nesta sexta-feira pelo vice-prefeito de Amsterdã, Rutger Groot Wassink.

O residente Chris diz à AT5 que está satisfeito com a conclusão do projeto: “Muitas pessoas já moram lá, mas alguns moradores tinham preferências diferentes e estavam trabalhando no toque final por um tempo. No entanto, decidimos realmente abri-lo.

As quatorze casas têm painéis solares no telhado. Não dependem de gás e os materiais utilizados são todos de alta qualidade. O projeto foi realizado por um grupo de futuros residentes. Como residente, cada morador vive como achar melhor. "Não precisa explicar nada sobre seu estilo de vida e como você vive. Queremos ser bons vizinhos ", disse o futuro residente Josee Rothuizen à AT5 ainda em 2016.

Você pode viver de forma independente em casa, mas também há ênfase na comunidade. 'Em sua própria casa, você simplesmente tem uma cozinha, banheiro e sala de estar. Mas há também um espaço compartilhado onde podemos estar juntos. Há também a oportunidade de lavar a roupa em uma das lavadoras compartilhadas, diz o morador Chris.

Obra de arte

O edifício também tem uma obra de arte da artista Elspeth Pikaar. Na fachada, você pode ver cercas exclusivas de varanda, que contam uma história única sobre os moradores. Dez cercas tornaram-se uma ode à identidade deles naturalmente.

As casas do edifício seriam inicialmente concluídas no outono de 2017, mas isso foi adiado devido a várias “preferências pessoais em termos de moradia”. O Roze Hallen será oficialmente inaugurado nesta sexta-feira.

A AT5 já tinha dado uma olhada no início da construção em 2016. Ontem, também pôde ser visto em um episódio do programa AT5, Streets of Amsterdam (Ruas de Amsterdã).

No vídeo abaixo, você poderá ver Cris, um dos moradores falando sobre o residencial. Está em holandês, mas as imagens falam por si mesmas. ^^




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Ambientado em Amsterdã e no Rio, O homem que amava mendigos vai inspirar você. 
Leia em qualquer equipamento eletrônico (computador, tablet, celular, etc).

Aqui: 
https://www.amazon.com.br/homem-que-amava-mendigos-romance-ebook/dp/B00RURKA06


Por Sergio Viula

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