Sofia Amer sobre a mentalidade arcaica do fundamentalismo cristão

Por Sofia Amer

https://www.facebook.com/profile.php?id=100011801416182

Não existe uma movimentação GLBTT contra cristãos, pelo contrário, muitos GLBTT's são cristãos, o que é existe é uma reação GLBTT contra essa mentalidade arcaica de uma parcela, grande parcela, aliás, de um fundamentalismo cristão que busca impedir conquistas dos GLBTT's, e pior, ajuda a perpetuar o GLBTTfobia.

Os GLBTT's não querem privilégios, quem diz isso é ignorante ou mau caráter, o que os GLBTT's querem é um Estado que seja capaz de proteger gays, lésbicas, trans, travestis, e quando digo protege, não me refiro só à proteção física, mas, também uma proteção que coíba qualquer manifestação de ódio, qualquer discurso que ataque os GLBTT's em suas dignidades, isso inclui coibir o discurso de ódio disfarçado de liberdade de religiosa, pois, é por conta dessa visão atrasada que a GLBTTfobia se alimenta, além do que, não se pode tolerar que a religião no século XXI ache que ideias de preconceito sejam coisas a serem toleradas, quando trás em si o mal, e fomenta a GLBTTfobia.

6ª CAMINHADA DA VISIBILIDADE DE LÉSBICAS E MULHERES BISSEXUAIS - RIO DE JANEIRO

Concentração no calçadão, próximo ao Sofitel e ao Forte de Copacabana

A 6ª Caminhada de Lésbicas e Mulheres Bissexuais aconteceu na tarde deste domingo, 31/08/14. A concentração foi perto do Forte de Copacabana. O grupo caminhou animado e gritando slogans libertários e de orgulho lésbico e bissexual. A atmosfera de cooperação, carinho e até mesmo bom humor (por que não?) foi marcante e acompanhou o grupo dali até o Copacabana Palace, onde foi feita mais uma concentração antes da despedida.

Foi maravilhoso conversar com essas mulheres encantadoras, lutadoras e corajosas. Tinha mulheres de todas as cores e sabores - lindamente diversas.

Fiquei especialmente encantado com Larissa - quase uma modelo - e Yuri - um garoto esperto e fofo - ambos filhos do João e do Cláudio (inverti, só para variar ^^).

Que lindo ver a vitória desse casal, que teve que lutar por dois anos para conseguir que a Marinha do Brasil reconhecesse sua união. Felizmente, a presidente Dilma ordenou que as Forças Armadas acatassem a decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal sobre as uniões civis, assim como determina a Constituição. A Marinha reconheceu imediatamente o casamento deles.

Com tantas mulheres lésbicas ou bissexuais nessa cidade e nesse estado, eu poderia ter abraçado muito mais. Participem no ano que vem, queridas sáficas.

Ah, e uma dica para os organizadores da Parada do Orgulho LGBT de Copacabana: Coloquem as mulheres na abertura da parada. Essa é uma excelente prática que vem sendo realizada em diversas paradas ao redor do mundo. São Paulo tem até alas de mulheres ciclistas, motoqueiras, etc. Por que não um abre-alas só de fêmeas na Parada de Copacabana, no dia 16 de novembro?

Pronto, falei. :)

Parabéns, Marcelle Esteves e coletivo!

Amigas e irmã - todas lésbicas menos eu (ninguém é perfeito... kkk)

Sergio e Katia Viula - os dois fora do armário... atooorum!

Mulherada guerreira que sugere, organiza e comparece!!!

A caminhada começou: "A nossa luta é todo dia / por um Brasil sem lesbofobia".

Lésbicas unidas / jamais serão vencidas!

Por um Estado laico e sem lesbofobia / racismo / machismo / hipocrisia.

 

Tive o privilégio de passar bons momentos de conversa e de caminhada ao lado de Larissa (esquerda), João, Cláudio e Yuri - uma família linda e construída ao longo de muita luta pelos direitos LGBT, muito amor e muita cumplicidade. 

Parabéns Cláudio e João! Vocês me inspiram.