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15 anos de casamento igualitário – O amor como um ato político

Casamento é um direito humano



15 anos de casamento igualitário – O amor como um ato político


Por ILGA Portugal

https://www.instagram.com/ilgaportugal/

em 8 de janeiro de 2025 -  Comunicados e Manifestos

*Apenas levemente adaptado para o português do Brasil


Foi há 15 anos, em 8 de janeiro de 2010, que o Parlamento português aprovou o casamento entre pessoas do mesmo gênero, com os votos favoráveis de PS, PCP, BE e PEV. Com essa aprovação, Portugal se tornou o 8º país do mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo gênero, abrindo caminho para um período de muitos avanços legislativos aguardados.

Chegar a esse momento não foi fácil; foi uma luta intensa desde 2001, quando foi aprovado o reconhecimento da "união estável" entre pessoas do mesmo gênero (Lei n.º 7/2001, de 11 de maio). Foi, sem dúvida, o resultado da luta de muitas pessoas individuais, de associações e coletivos, de ações corajosas que marcaram a história do ativismo LGBTI+ em Portugal.

Foi também uma vitória agridoce, pois não incluiu a adoção, criando assim uma nova discriminação e relegando a família homoafetiva para um plano inferior. Somente em 2016, a parentalidade foi reconhecida como um direito das nossas famílias, protegendo crianças e suas relações filiais, com a aprovação da adoção por casais do mesmo gênero e a ampliação do acesso à reprodução assistida. Apesar de a gestação por substituição ainda não ter sido incluída no plano legislativo, nossas famílias passaram a ser vistas, seus direitos reconhecidos e protegidos. A compreensão de família se expandiu para além do modelo tradicional, afirmando as famílias como entidades plurais e diversas que realmente são.

O primeiro passo foi dado há quinze anos.

Hoje, Portugal é um dos 38 países onde é possível que duas pessoas do mesmo gênero se casem.

A importância do casamento para as comunidades LGB vai além da igualdade de direitos. Para muitas pessoas, o casamento permite a vivência plena de suas relações, contribuindo para seu bem-estar, saúde e desenvolvimento. Garante também uma validação social e uma visibilidade fundamentais para tantas famílias e tantas pessoas que cresceram no medo ou na vergonha de sua orientação sexual.

Para quem cresce hoje em uma sociedade onde o casamento igualitário é uma realidade, isso significa mais possibilidades de se projetar no futuro, com menos medos e constrangimentos. Em apenas uma geração, o casamento se tornou um direito consolidado, do qual todas as pessoas podem se apropriar se assim desejarem. Essa liberdade de escolha é um passo para mais igualdade e justiça sociais.

Atualmente, continua sendo um direito fundamental que temos a obrigação de proteger. Há quinze anos, os receios que existiam foram amplamente substituídos pela inclusão e normalização das relações homoafetivas, provando a capacidade de evolução das mentalidades com base na familiaridade e na visibilidade das famílias arco-íris. Para aqueles que tentam reavivar antigos medos, respondemos com inclusão, diversidade e celebração. Existimos e permaneceremos aqui. Nossas famílias existem, e é o amor que as fundamenta. Não serão o medo e as ameaças que irão destruí-las.

Há 15 anos, esse avanço permitiu às pessoas e à sociedade revisar seu conceito de casamento. As lutas que enfrentamos hoje também passam por essas mudanças e transformações de conceitos, eliminando preconceitos, estereótipos e discriminações. A mudança de paradigma ocorre pela vontade de construir uma sociedade maior, mais diversa e inclusiva, onde todas as pessoas tenham a liberdade de ser, viver e existir.

Continuaremos celebrando, quebrando os moldes que nos limitam e que restringem nossas existências. Celebramos 15 anos de liberdade e igualdade no casamento, continuando a lutar pelos direitos humanos, por mais liberdade e igualdade em todas as frentes.

Casamento de capitã da GNR de Santarém com uma cabo "vai quebrar tabus na instituição"

PORTUGAL: Casamento de capitã da GNR de Santarém 
com uma cabo "vai quebrar tabus na instituição"



O dirigente distrital da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), Vítor Ferreira, considera que o casamento homossexual entre a comandante do destacamento da GNR de Santarém, Capitã Patrícia Almeida, com uma militar da instituição, é uma forma de quebrar alguns tabus existentes nesta força policial. Vítor Ferreira disse a O MIRANTE que "o mais difícil numa instituição como a GNR é mudar mentalidades".

Ressalvando que há que saber distinguir o que é a competência profissional e o que é a vida pessoal dos elementos da Guarda e da sociedade em geral, Vítor Ferreira recorda que há tabus que vão sendo desfeitos, tal como aconteceu quando começaram a entrar elementos femininos na instituição. Este casamento, o assumir de uma relação com uma pessoa do mesmo sexo, "também vai ser bom para mostrar que nos aproximamos da vivência da sociedade", realça, acrescentando que "não podemos ficar numa redoma de vidro".

Vítor Ferreira, em relação à capitã, só tem a dizer que do ponto de vista profissional é uma "excelente comandante". Mas admite que agora que a sua relação pessoal é assumida que é muito provável que vá "enfrentar alguns comentários e talvez algumas vezes algumas palavras mais duras".

O casamento da capitã com a cabo Maria Teresa Dias de Carvalho realiza-se no sábado na Conservatória do Registo Civil de Lisboa. As duas conheceram-se na Escola Prática da GNR de Queluz e há algum tempo que namoram.

Casal de lésbicas comemora primeiro casamento gay em Portugal

Casamento civil entre Pires e Paixao é realizado em Lisboa (Foto: AFP)


🎉 7 de junho de 2010: o amor venceu em Portugal


Nesse dia, Teresa Pires e Helena Paixão entraram para a história ao se tornarem o primeiro casal do mesmo sexo a se casar legalmente em Portugal. A cerimônia civil aconteceu em um cartório de Lisboa, com emoção, orgulho e o peso simbólico de uma conquista há muito esperada.

🗓️ A data é significativa: o casamento ocorreu menos de um mês após a sanção da lei que permitia casamentos entre pessoas do mesmo sexo, aprovada pelo Parlamento em janeiro e ratificada pelo então presidente Aníbal Cavaco Silva, de orientação conservadora. Ainda assim, ele decidiu não vetar a lei — uma vitória para a democracia e para o respeito aos direitos civis.

Portugal se tornou, assim, o 6º país da Europa a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo (depois da Holanda, Bélgica, Espanha, Noruega e Suécia), e o 8º no mundo.

📣 Teresa e Helena não apenas viveram essa conquista, mas foram protagonistas da campanha nacional pela aprovação da nova lei. Estavam juntas desde 2003 e cada uma já tinha uma filha de um relacionamento anterior. Em suas palavras:
👉 “Esta é uma grande vitória, um sonho se tornando realidade”, disse Teresa na cerimônia.

📜 Curiosidade histórica: até 1982, a homossexualidade era considerada crime em Portugal. Trinta anos depois, o país avançava para reconhecer o direito ao casamento homoafetivo. Um salto de civilização e de justiça.

Presidente de Portugal Ratifica a Lei do Casamento Gay



17 de Maio de 2010


O conservador presidente de Portugal disse que decidiu ratificar a lei que permite o casamento gay no predominantemente católico país. A decisão do líder de Estado permite a efetivação da lei que passou pelo Parlamento em Janeiro e que torna Portugual o sexto país europeu a permitir que casais homossexuais casem-se. O presidente Anibal Cavaco Silva anunciou sua decisão na segunda-feira.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Quem pensa que os portugueses estão na cauda do cometa, engana-se. Eles estão na vanguarda. O país está cada vez mais democrático. Nem mesmo a visita do papa Bento XVI intimidou o presidente. O patífice, quero dizer, pontífice este lá na mesma época em que a discussão sobre o casamento gay estava em pauta e falou contra os homossexuais, como de costume.

Se a homofobia do papa parece incurável, Portugal parece estar tornando-se imune aos caprichos egoístas e desumanos da igreja católica e seus nada confiáveis representantes. Vide os escândalos dos últimos anos, inclusive envolvendo "Sua Santidade".

Casamento gay é considerado legítimo por Corte de Portugal

Portugueses celebram esse avanço civilizatório

Portugal dá lição de civilidade e aprova casamento entre pessoas do mesmo sexo



Redação Fora do Armário
08 de abril de 2010

Notícia boa do outro lado do Atlântico! A Corte Constitucional de Portugal deu parecer favorável à lei que permite o casamento homossexual, aprovada pelo parlamento português em fevereiro de 2010. A decisão veio após questionamento do presidente Aníbal Cavaco Silva, de centro-direita e católico praticante, que pediu a análise da Corte sobre a constitucionalidade da nova legislação.

A lei aprovada modifica o Código Civil do país, eliminando a exigência de que o casamento deva ocorrer entre pessoas de sexos diferentes. Apesar do avanço, a adoção por casais do mesmo sexo ainda não foi liberada, o que continua sendo uma lacuna a ser enfrentada no futuro.

Na visão da Corte, a mudança não impede o reconhecimento e a proteção da família como elemento fundamental da sociedade, nem fere a Constituição, o que representa uma interpretação moderna e inclusiva da noção de família.

O presidente português tem agora 20 dias para promulgar ou vetar a lei — mas se vetar, o texto volta ao parlamento. A mídia portuguesa aponta que o governo e a Igreja local desejam resolver o tema antes da visita do Papa Bento XVI ao país, prevista para maio.


✊ COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

Portugal está de parabéns! De bobos eles não têm nada. Já foram um dos maiores impérios do mundo, com presença na América, África e Ásia. Enfrentaram o declínio, sim, mas também souberam se reinventar. Com a entrada na União Europeia, deixaram para trás o Escudo e abraçaram o Euro, modernizaram sua economia, sua infraestrutura — e agora, sua legislação.

A secularização do governo português, outrora amordaçado pelo clero, abriu espaço para uma legislação mais justa, mais humana, e mais alinhada com os valores de igualdade e respeito à diversidade.

A aprovação dessa lei e o respaldo da Corte Constitucional mostram uma coragem política e moral que ainda falta a muitos países — inclusive ao Brasil, sua ex-colônia. Aqui, seguimos com cenas de beijo gay censuradas em novelas e com discussões no Congresso Nacional que mais parecem saídas da Idade Média.

🌈 Parabéns ao Parlamento e à Corte Constitucional de Portugal, por mostrarem que é possível construir uma sociedade mais justa e menos discriminatória nas belas terras lusitanas.

💥 Acorda, Brasil! O trem do progresso está passando e você está ficando parado na plataforma dos sócio-politicamente ultrapassados!


📢 E você? Já pensou em se casar em Portugal? Comenta aí embaixo!
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