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Sul-africanos que assassinaram lésbica pegam 18 anos de cadeia




Sul-africanos são condenados a 18 anos de prisão por morte de lésbica


Publicado pela BBC Brasil 
em 1 de fevereiro, 2012 


Quatro sul-africanos foram condenados a 18 anos de prisão pelo assassinato de uma lésbica de 19 anos. Em 2006, a jovem Zoliswa Nkonyana foi apedrejada e esfaqueada até a morte perto de sua casa na Cidade de Cabo, na África do Sul.

Ao proferir a sentença, o juiz, Raadiyah Wathen, afirmou que a longa pena é um alerta de que violência baseada em discriminação por orientação sexual não será tolerada no país.

O tribunal entendeu que os homens assassinaram a jovem porque ela vivia abertamente como homossexual. A setença foi comemorada por ativistas do lado de fora do tribunal.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


PresidentAAA Dilma, por que a senhora não faz um curso intensivo sobre direitos civis da população LGBT e criminalização da homofobia na África do Sul? Quem sabe assim nosso subdesenvolvido Legislativo - no que diz respeito ao tema - funcionaria melhor? Afinal, se a senhora mesma não fizesse vista grossa para os disparates da Câmara e do Senado, esse assunto já estaria resolvido.

A senhora mesma, PresidentAAA, poderia aprender muito com os herdeiros de Nelson Mandela, e parar de vetar iniciativas governamentais que promovam a igualdade, como a senhora fez com o Projeto Escola sem Homofobia (2011) e - esta semana - com a vinheta que recomendava o uso da camisinha entre homens gays, às vésperas do carnaval 2012.

Brasileiros e brasileiras LGBT e heterossexuais conscientes, não perdoem a conivência governamental com o assassinato motivado por homofobia, o bullying homofóbico nas escolas, a discriminação de LGBT em TV aberta - promovida por alguns políticos e por religiosos fundamentalistas -, os vetos a projetos de lei que promovam a cidadania LGBT, etc. Não esqueçam dessas coisas e das pessoas que apoiam tais atrocidades positivamente ou que simplesmente se calam diante delas. As urnas em breve estarão abertas aos seus votos. Escolham candidatos que não temam promover a igualdade de todos os brasileiros, sem qualquer exceção.

NOVE ANOS de mandato presidencial nas mãos do PT (Lula e Dilma - 2012) e os crimes de homofobia continuam sem legislação que viabilize a devida punição dos culpados. Muitos crimes teriam sido evitados se os criminosos tivessem certeza de que iriam para a cada por muitos anos. Cada novo crime entra na conta da omissão governamental.

Presidente da África do Sul, Zuma, Condenada a Prisão de Gays no Malaui


🏳️‍🌈 Segunda-feira, 31 de Maio de 2010


Barbárie legalizada no Malaui e no Quênia — e a resistência (ainda tímida) da África do Sul

Na última quinta-feira, o presidente sul-africano Jacob Zuma — conhecido por ser um tradicionalista Zulu — fez o que poucos chefes de Estado africanos ousaram: repudiou publicamente a condenação de um casal gay a 14 anos de prisão no Malaui. Foi uma rara, mas importante, manifestação de desaprovação vinda de um líder africano frente à crescente repressão homofóbica no continente.

Apesar de afirmar que não pressionaria o Malaui a mudar suas leis, a declaração de Zuma foi significativa. Ainda mais vinda de um presidente africano. Vale lembrar que a África do Sul tem uma das constituições mais avançadas do mundo, garantindo igualdade de direitos independentemente de orientação sexual. Lá, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é reconhecido legalmente desde 2006 — um contraste gritante com a realidade de países vizinhos.

No Malaui, o casal foi condenado com base em leis arcaicas sob acusações de "sodomia e indecência". A sentença foi amplamente condenada por organizações de direitos humanos e também pelos Estados Unidos, que classificaram a decisão como "vergonhosa".

Infelizmente, não é um caso isolado.

Em fevereiro, a polícia do Quênia invadiu uma cerimônia de casamento gay e prendeu várias pessoas, acusadas simplesmente de serem homossexuais. Sim, isso mesmo: presas por existirem.

E no Zimbábue, dois funcionários da ONG Gays and Lesbians of Zimbabwe (GALZ) foram presos sob acusação de possuir “material indecente” e distribuir uma carta considerada ofensiva ao presidente Robert Mugabe, famoso por sua postura anti-LGBT+. Ellen Chadehama (34) e Ingatius Mhambi (38) ficaram seis dias presos e alegaram ter sofrido abusos policiais enquanto estavam sob custódia. O juiz Munamate Mutevedzi os libertou sob pagamento de fiança, mas o caso ainda segue aberto, e eles podem ser novamente condenados.



✒️ Comentário deste blogueiro

A África do Sul tem muitos problemas — como todos os países do mundo — mas quando o assunto é direitos humanos, eles estão anos à frente de muitos países do próprio continente africano... e até de certos países "desenvolvidos".

O legado de Nelson Mandela continua ecoando. A Constituição sul-africana é clara: não há espaço para discriminação com base em gênero, raça, religião ou orientação sexual. E isso não é só letra morta: é prática institucionalizada.

Já o Malaui, o Quênia e o Zimbábue (e outros tantos que nem entraram nesta matéria) estão mergulhados num atraso jurídico e civilizatório que beira o surreal. Leis baseadas em dogmas religiosos — importados do colonialismo cristão e muçulmano — continuam sendo usadas como instrumentos de repressão, controle e violência contra pessoas LGBTQIA+.

O continente africano é, sem dúvida, um dos mais ricos em diversidade cultural e histórica, mas também é palco de algumas das maiores tragédias sociais e políticas do planeta. E isso não é culpa da geografia. É o resultado de séculos de corrupção política, pilhagem colonial, atraso tecnológico e dogmatismo religioso.

A Copa do Mundo de 2010, sediada justamente na África do Sul, pode (e deve) ser uma janela de oportunidade. Uma chance de troca, visibilidade e pressão internacional por mais democracia, liberdade e respeito aos direitos humanos.

Porque sim: a comunidade internacional deve pressionar o Malaui e outros países a reverem suas leis. A desculpa da “soberania nacional” não pode ser usada para acobertar a tortura legalizada e a perseguição a minorias. Se o mundo tivesse pressionado a Alemanha nazista no começo, talvez o holocausto não tivesse acontecido. Se o mundo pressionasse mais Israel e Palestina pela paz, talvez não estivéssemos décadas num loop de mortes.

O problema é que tem muito espectador e poucos atores nessa arena chamada mundo. Falta ação. Falta coragem. Falta empatia.

E enquanto isso faltar, vai continuar existindo gente sendo presa, humilhada e morta simplesmente por amar alguém do mesmo sexo.

Mais ação. Menos discurso.

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