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Gibraltar aprova lei que proíbe "cura gay"

Gibraltar aprova lei que proíbe "cura gay"


Parlamento de Gibraltar 


Por Sergio Viula 


Gibraltar acaba de dar um passo decisivo na proteção dos direitos LGBTQIA+. A aprovação do Conversion Therapy (Prohibition) Act 2025 estabelece a proibição total das chamadas práticas de conversão, enviando uma mensagem firme de que qualquer tentativa de mudar ou suprimir a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa é inaceitável e criminosa.

A nova legislação torna ilegal oferecer ou realizar tratamentos, terapias ou intervenções destinadas a modificar quem alguém é. Mais do que uma simples medida legal, trata-se de uma afirmação ética: todas as pessoas merecem viver com dignidade, segurança e liberdade, sem coerção, violência ou discriminação.

O avanço celebrado hoje é fruto de anos de trabalho contínuo da comunidade local. Paul Perez, presidente do Comitê LGBTQ+ de Gibraltar, destacou a importância deste momento histórico. Segundo ele, a aprovação da lei reflete o esforço persistente de uma comunidade pequena, mas cada vez mais visível e atuante, que tem lutado por igualdade e mudanças significativas. Perez também agradeceu ao governo atual por aprovar a legislação e por enviar um sinal poderoso, tanto local quanto internacionalmente.

Gibraltar

Localização específica:

Ao sul da Espanha (faz fronteira com a cidade espanhola de La Línea de la Concepción).

É um território britânico ultramarino.

Fica a apenas 14 km do Marrocos, do outro lado do estreito.


❤️🏳️‍🌈❤️


A EPOA (European Pride Organisers Association) reconheceu a dedicação de voluntários, aliados e do Comitê LGBTQ+ de Gibraltar, que contribuíram diretamente para transformar a proposta em realidade. O apoio consistente dessas pessoas não apenas fortaleceu as proteções para a população LGBTQIA+ em Gibraltar, como também impulsionou avanços importantes no cenário europeu.

A proibição das práticas de conversão é um passo concreto para um futuro em que todas as pessoas LGBTQIA+ possam viver sem medo, totalmente livres de violência institucionalizada e discriminação. Gibraltar torna-se, assim, mais um exemplo de que políticas públicas comprometidas com os direitos humanos fazem diferença real na vida das pessoas.

Pública: Especial "Nega-te a ti mesmo" sobre 'cura gay'

Uma série espetacular com excelente cobertura sobre o movimento de "cura gay"


Pública: Jornalismo investigativo

Uma equipe de jornalistas preparou uma série fantástica abordando as terapias de conversão, popularmente conhecidas como "cura gay" - esse embuste que eu venho denunciando há anos. Vejam que fantástico. Há uma contribuição minha para essa matéria aqui:

https://apublica.org/2020/12/organizacao-crista-internacional-exodus-promove-reorientacao-sexual-para-lgbtqi-na-america-latina/


A série toda pode ser vista aqui:
https://apublica.org/especial/nega-te-a-ti-mesmo/

Resultado das eleições do CFP e do CRP-Rio.

Presidente e vice-presidente da chapa de psicólogos 
que defende a liberação de tratamento para gays s
e tornarem ex-gays se encontraram com Damares, 
a ministra dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro. 
Rozângela Justino é a primeira da esquerda para a direita. 

Foto: Movimento de Ex-Gays do Brasil/Reprodução


Rozângela Justino e sua turma fundamentalista não conseguiram o que queriam. Perderam a eleição! 
É para glorificar de pé... ahahahaha





Lutador profissional sai do armário depois de encontrar o amor

Mike Parrow, de Orlando, Flórida, fala publicamente sobre sua sexualidade pela primeira vez em matéria exclusiva do Gay Star News





Por Sergio Viula
Com informações do Gay Star News
Originalmente escrito por David Hudson

https://www.gaystarnews.com/article/pro-wrestler-mike-parrow/#gs.zi69qjY



Mike Parrow, 34, diz que finalmente decidiu sair do armário para os amigos, a família e os companheiros lutadores há quatro anos. Isso aconteceu na mesma época em que ele encontrou, e se apaixonou, pelo homem a quem ele recentemente pediu em casamento.

Essa imponente figura de 1,93 m e 136 quilos lutou com poderosos oponentes, mas não foi no ringue que ele enfrentou as maiores batalhas. Suas lutas interiores por causa da homofobia internalizada o levaram a pensar em suicídio e a buscar terapias de conversão, também conhecidas como "cura gay".

Filho de um policial com uma professora, ele passou para a faculdade de Direito, mas decidiu seguir sua voz interior: "Alguma coisa simplesmente me disse: Sabe de uma coisa? Experimente. A pior coisa que pode acontecer é você não gostar. A faculdade de Direito sempre estará lá.’

Foi assim que ele seguiu adiante, rumo à sua primeira fase de treinamento na 3D Academy, em Kissimmee, Flórida. Isso foi em 2009.




Apesar das exigências físicas do curso, Parrow topou o desafio.

"Eu sou uma pessoa extremamente competitiva. Extremamente competitiva. Eu odeio absolutamente perder. Então, em tudo que eu fiz na minha vida, eu estabeleci alvos para mim mesmo."

A dedicação de Parrow o levou a muitos lugares nos ringues independentes. Atualmente, ele compete em todo o território americano através das empresas de luta Evolve e MLW.

Lutas com sua sexualidade

Apesar de Parrow estar OK com relação à sua mudança para a Flórida e sua decisão de se tornar um lutador profissional, outras partes de sua vida não estavam tão bem assim.

"Eu sempre soube que era gay. Isso nunca foi uma questão na minha cabeça. Mas ao crescer, eu frequentei uma escola católica por toda a minha vida. Minha mãe é professora de escola dominical. Eu vim de uma pequena cidade no estado de Nova York. Não havia uma pujante comunidade gay por lá."

"Talvez seja uma escolha", Parrow se lembra de ter pensado.

"Então, eu tentei esconder isso. Eu joguei futebol americano e fiz muitas das coisas de homem. Não era por eu ser gay. Aquelas eram coisas em torno das quais eu gravitava - coisas competitivas. A única exposição que eu via de qualquer cultura gay era extremamente efeminada e isso era o que aparecia na TV. Eu não sou como Jack em Will and Grace, então eu não sou gay."

Escondendo a homossexualidade

As tentativas de esconder sua homossexualidade incluíram namorar mulheres.

"No começo, quando você é mais jovem, é fácil - você é jovem. Mas quanto mais velho eu ficava, mais difícil se tornou manter qualquer tipo de relacionamento afetivo com uma mulher."

Tentando sair do armário


Ao tentar dar seus primeiros passos para fora do armário, Parrow acabou se enfiando ainda mais dentro dele. Ele pensou: "Estou numa nova cidade, ninguém me conhece. Estou no final dos meus 20 anos. Vamos tentar!".

Infelizmente, as coisas não saíram como planejado. Ele se deparou com gays muito mesquinhos e cruéis. Eles o consideravam "gordo", "feio", "um enrustido". "Naquele momento, eu estava tentando entender o que estava acontecendo", diz Parrow.

"Eu descobri que você pode passar constrangimentos por ser muito masculino na comunidade gay recente, o que é realmente muito estranho, mas acontece."

"E isso me fez voltar para o armário em vez de seguir adiante. Então, eu me enterrei na luta e foquei na minha carreira. E eu tive algum sucesso, mas isso continuava no fundo da minha mente."

"Isso se tornou meu maior medo. Será que alguém vai descobrir a meu respeito? Será que minha carreira vai acabar? Será que as pessoas são me verão como gay, mais do que quem sou e como vai meu trabalho?"

"Eu orei a Deus e disse: Ei, mostre-me o que eu preciso fazer. Apenas mostre-me um sinal. Mostre-me algo: Eu sou gay? Eu sou hétero?"

Terapias de conversão

Sobre as "terapias de conversão", ele diz:

"Era uma piada completa. Algo hilário. Basicamente, eles diziam: 'Nós vamos te apresentar garotas e é disso que você vai gostar'. O quê, tudo assim de repente? Um, não! Esse é exatamente ponto. Nós não gostamos de garotas!"

A resposta da psiquiatria

Parrow foi ver um psiquiatra. Ele disse o seguinte: "Não há nada errado com você. Você está deprimido porque você é gay!"

Insistente, Parrow disse que queria consertar isso.

"Isso é algo que você não pode consertar", disse o psiquiatra.

"Isso é algo que me faz rir agora, mas eu levava isso a sério naquele tempo: 'Não, eu quero consertar isso'. E então, uma coisa estranha aconteceu. Eu conheci meu noivo."




O namoro e o noivado


Parrow namorou Morgan por quatro anos e meio. Um dia antes de conversar com o repórter do Gay Star News, ele havia proposto casamento.

"Eu fui a um bar com amigos para jogar sinuca, e ele estava sentado no bar sozinho. Eu soube logo: Aquele é meu sinal".

Parrow não disse anda. Alguns dias depois, ele estava no supermercado e Parrow o seguiu para um lado e para outro. De novo, o fortão não disse nada.

"Naquele tempo, eu estava atuando como bar tender. Três dias depois, ele entra no meu bar com a tia dele - era como um bar e restaurante - e eu finalmente conversei com ele."

"Partimos então para o nosso pior encontro, pois eu não tinha ideia de como falar com homens. E foi engraçado, mas eu disse a ele: 'Você nunca vai conhecer meus amigos, eu provavelmente nunca sairei do armário, e o único momento em que você poderá me ver é nessa casa'."

"Algumas semanas depois de conversarmos sobre isso, ele rompeu comigo. E foi a primeira vez na minha vida que eu me senti completamente arrasado. Foi aí que eu soube."



Fonte: parrow49 | Instagram
https://www.instagram.com/parrow49/


"Você precisa começar a ser você mesmo."

"Eu disse a mim mesmo: 'Se você quer que isso funcione, você precisa parar de ficar tão assustado. Você precisa começar a ser você'."

"Ele me ligou de volta e eu disse: 'Nós começaremos tudo de novo e eu prometo que teremos um encontro de verdade. Nós vamos sair, vamos fazer coisas reais'."

"E ele disse: 'Isso é tudo o que eu peço'. E daquele diz em diante, pouco a pouco, tudo melhorou."

"Eu trabalhei a coragem para estar com ele e para contar ao meu melhor companheiro de luta. Na verdade, ele é meu gerente. Ele foi a primeira pessoa a quem contei, e ele pensou que fosse piada no começo."

"Todo mundo para quem eu contei pensou que eu estivesse brincando. A percepção deles sobre os gays era totalmente diferente. Então, quando eu contei a eles, ele ficaram chocados, mas toda vez que eu conto a alguém fica mais fácil, e eu sempre tento contar isso as pessoas."


A reação da família

Logo depois de conhecer Morgan, Parrow contou à família. Segundo ele, todos o apoiaram - o que o surpreendeu em função de seus temores iniciais.

A reação mais surpreendente veio de seu pai.

"Eu contei ao meu pai e ele disse: 'Sim?' E eu disse: 'Sim?' E ele: 'Bem, você tem que me dar algum crédito. Eu sou um detetive. Eu meio que percebi que todas as garotas que você manteve eram para negar que você não gostava de garotas, eu estava apenas esperando que você me contasse!'"

A resposta de sua mãe (professora de escola dominical) foi simples: "Deus não comete erros."


A reação dos outros lutadores

Parrow tem orgulho em estar noivo do homem que ele ama e está feliz com o modo como sua carreira vai indo. Ele diz que raramente experimentou homofobia no circuito de luta.

Parrow diz que as duas empresas de luta com as quais ele trabalha são fantásticas!

Porém, vez por outra, ele se depara com algum tipo de comentário ofensivo em certos ambientes.

"Você ouve muitas coisas no vestiário que nunca diria na vida real. As pessoas lançam insultos à direita e à esquerda. Então, eu simplesmente abordo o caso quando sinto que já foi longe demais. Talvez não seja contra mim, mas se foi longe demais, eu me dirijo a eles. Eu digo: 'Vocês realmente acham isso necessário agora?'"

Parrow diz que os lutadores geralmente têm curiosidade sobre algumas coisas e que está aberto a conversar sobre essas questões. Ele não é alvo de ataques pessoais por parte de colegas, mas se um dia o for, ele diz que não recuará. É do tipo que encara. ^^

Sergio Viula comenta Rozângela Justino - Revista Veja

Rozangela Justino


Sergio Viula
17 de outubro, 2017


Comentários de Sergio Viula sobre a entrevista da psicóloga da "cura gay", Rozângela Justino, para a revista Veja:

Fonte: http://origin.veja.abril.com.br/120809/homossexuais-podem-mudar-p-015.shtml


Em 2004, fui o primeiro líder de organização desse tipo a denunciar as práticas desse movimento. João Luiz Santolin, Liane França e eu havíamos fundado o Moses em 1997, ano em que fizemos nossa primeira atividade de abordagem aos participantes da Parada do Orgulho em Copacabana. 

Isso foi bem antes dos líderes da Exodus e do Love in Action virem a público para se desculparem pelo mal causado por suas respectivas organizações - o que resultou numa matéria produzida pela The Advocate alguns anos depois da minha saída do armário, na qual eles citavam meu caso também: https://www.advocate.com/news/daily-news/2011/11/04/exgay-movement-weaker-minute

Confira também: De onde vem o ódio de cristãos fundamentalistas contra os homossexuais e outros indivíduos que escapam à heteronormatividade? - Respondendo uma pergunta no Facebook.
Aqui: https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2014/11/de-onde-vem-o-odio-de-cristaos.html

Leia: Em Busca de Mim Mesmo:

Copie e cole esse link no seu navegador para acessar o livro no Amazon:

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PREGADOR DA "CURA GAY" COLOCA A PRÓPRIA CABEÇA NA GUILHOTINA. MPF DE OLHO NELE.



Por Sergio Viula

Na última semana de fevereiro de 2016, Claudemiro Soares apareceu em jornais e redes sociais por causa da famigerada "cura gay". Defensor desse embuste, promovido principalmente por religiosos fundamentalistas (ele sendo um também) sem qualquer embasamento científico e movidos por preconceitos construídos ao longo de muitos anos contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) - só para citar alguns -, o vendedor de ilusões colocou o próprio pescoço na guilhotina.

Não bastasse toda farsa da "cura gay" em si, ele ainda incorreu no grave erro de divulgar um cartaz que citava o Ministério Público Federal como tendo chancelado o tal curso. Não apenas isso, mas ele também associou o nome da Fiocruz ao apresentar suas "credenciais", que nada têm a ver com qualquer coisa na área de saúde mental. Por causa disso, houve grande movimentação nas redes sociais e várias denúncias contra ele.


Claudemiro Soares e seu cartaz tresloucado


Laudenir Araújo, amigo meu, cansado de ver tanta palhaçada promovida por esses religiosos fanáticos, decidiu denunciá-lo também. Ele registrou a denúncia no site do MPF (Ministério Público Federal), como se pode ver abaixo.



Além disso, meu amigo Laudenir quis saber se a Fiocruz faria alguma coisa. Na verdade, a instituição se pronunciou, dizendo o seguinte em seu site oficial:



Depois de consultar uma advogada conhecida sobre isso, Laudenir me enviou a resposta dela:

"A posição dele foi antiética, e fere e mancha o nome da instituição.Ao se dizer capacitado para exercer uma função ou profissão, e não o ser, ele incorre em falsidade ideológica, e isto pode sim motivar a cassação do título profissional da área em que ele realmente atua".

Fiquei bastante contente em ver um cara heterossexual empenhado em combater esse embuste por simplesmente não aguentar mais ficar calado diante de tanta violência contra a comunidade LGBT. Valeu, amigão!

Agora, é aguardar os desdobramentos e cobrá-los, caso não venham espontaneamente.

P.S.: Acabei de receber um comentário informando que a UFG também emitiu nota de repúdio contra as atitudes desse Claudomiro Soares. Vejam abaixo e confiram o link:

Nota de Repúdio da Faculdade de Ciências Sociais a respeito do anúncio de “cura gay”

A Direção da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Coordenação do Curso de Especialização em Políticas Públicas esclarecem, a seguir, o episódio de indevido uso do seu nome e reputação para divulgação de uma prática anti-jurídica e discriminatória concernente à intervenção alegadamente terapêutica sobre orientação sexual e identidade de gênero:

1) O Curso de Especialização em Políticas Públicas ministrado pela FCS/UFG não encerra nenhum componente curricular associado a tratamentos ou processos terapêuticos;

2) A grade curricular do curso contempla, ao longo de suas edições, componentes associados à formulação, implementação e avaliação de políticas públicas voltadas à promoção da paridade de gênero, ao combate à homofobia, à garantia de direitos sexuais e reprodutivos e ao respeito a todas as formas de família e de relações consensuais entre pessoas adultas e capazes.

3) A Direção da Faculdade de Ciências Sociais e a Coordenação da Especialização em Políticas Públicas rechaçam a associação do seu nome e prestígio a práticas discriminatórias, anti-científicas e contrárias à resolução CFP 01/99, tendentes a supostos tratamentos de orientação sexual.

4) A Direção da Faculdade de Ciências Sociais e a Coordenação da Especialização em Políticas Públicas informam, enfim, que acionarão a Procuradoria desta Universidade, de modo a avaliar as medidas judiciais cabíveis para fins de restauração do dano à imagem sofrido por sua indevida e inverídica associação com práticas imorais e ilícitas. Consignamos, ademais, que serão apresentadas as devidas representações à Procuradoria da República, de modo a solicitar-se o ajuizamento da ação cabível para reparação do dano difusamente infligido a toda a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros na publicidade que faz referência a uma "cura" do "homossexualismo".

Goiânia, 26 de fevereiro de 2016

Direção da Faculdade de Ciências Sociais (FCS)
Coordenação do Curso de Especialização em Políticas Públicas

Fonte: https://www.cienciassociais.ufg.br/up/106/o/Nota_Oficial_da_FCS_(1).pdf?1456524913


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A quem quiser saber mais sobre essa mentira chamada "cura gay", leia Em Busca de Mim Mesmo. Ness livro, eu conto como me envolvi com um grupo de "cura gay" e como consegui me emancipar.

Acesse o livro em:
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MATÉRIA  DA UOL:


Sergio Viula falando contra a "cura gay" em Brasília


Ex-pastor que pregava 'cura gay' é homossexual 
e diz: 'é uma farsa'

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2015/01/14/ex-pastor-que-pregava-cura-gay-e-homossexual-e-diz-e-uma-farsa.htm

Suprema Corte dos Estados Unidos proibe "cura gay" para menores


Parabéns à Suprema Corte dos Estados Unidos por proibir o uso das famigeradas e fraudulentas "técnicas de cura gay" em menores de idade. Isso é uma questão de proteção aos direitos da criança e do adolescente e à sua integridade física e mental.

IMPORTANTE: Está liberada para adultos, não porque seja eficaz, mas porque o adulto não é compelido à força a se submeter a essas práticas. Acredito que ainda chegaremos à proibição dessa prática por ser charlatanismo, mas é preciso entender o contexto dessa discussão e da petição feita à Suprema Corte. A base foi a do suicídio de crianças e adolescentes que se suicidaram por serem submetidos a essas práticas. Adultos têm outro tipo de autonomia. Não são obrigados. É preciso entender o processo envolvido nisso. Leia mais aqui: O próprio presidente Barack Obama pediu que se proibissem as ‘terapias de conversão’ para menores, depois do suicídio de Leelah Alcorn, adolescente transgênero que foi constantemente rejeitada pelos pais e submetida a “tratamento”.

O jornal O Globo publicou matéria sobre a decisão da mais alta corte americana, valendo para todo o território dos EUA: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/05/suprema-corte-americana-proibe-terapia-para-jovens-gays.html

ARCA: Hangout com Sergio Viula, dia 07 de junho, 22:30.

30 minutos de bate-papo entre os apresentadores da Arca sobre o hangout que vai rolar sábado, 22:30. 

Falarei sobre tudo o que for perguntado franca e liberalmente. Assistam.




PARA ASSISTIR O HANGOUT DE SÁBADO, ÀS 22:30, AO VIVO, BASTA ACESSAR O LINK ABAIXO:

https://www.youtube.com/watch?v=tCH8IEKmS3E


29º Hangout d'ARCA - O fundamentalismo cristão e homofóbico pela ótica ateísta - com Sergio Viula

https://www.youtube.com/watch?v=tCH8IEKmS3E


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Tentativa de fundamentalistas de patologizar a diversidade sexual é indeferida pelo TRF da 2a. Região (RJ)



Comentário de Sergio Viula: 
Não caia nessa armadilha de "terapia de reversão" sexual. 
Isso causa danos graves que podem ser irreparáveis. 
Leia: Em Busca de Mim Mesmo
https://www.amazon.com.br/Busca-Mim-Mesmo-Sergio-Viula-ebook/dp/B00ATT2VRM


O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro) indeferiu pedido do Ministério Público Federal para antecipar os efeitos de anulação parcial da Resolução CFP nº 001/99. Com a decisão, o TRF-RJ se mostrou, mais uma vez, favorável à legalidade dos termos da norma do CFP. Em decisão do dia 23 de julho de 2012, do desembargador relator Reis Friede, o TRF-RJ manteve decisão da 5ª Vara Federal, que já havia negado a suspensão antecipada de parte da Resolução CFP 001/99. Dessa forma, a Resolução CFP nº 001/99, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual, permanece vigente.

Histórico

O MPF propôs ação civil pública, no dia 1º de dezembro de 2011, sob a alegação de que o CFP exorbitou do poder regulamentar, violando inúmeros princípios e regras constitucionais, como o da legalidade, o direito fundamental ao livre exercício profissional, o princípio da dignidade da pessoa humana e a liberdade de manifestação do pensamento, dentre outros. O pedido de antecipação dos efeitos de anulação foi feito pelo MPF, pois entendeu que a Resolução causa dano para os psicólogos – que estariam impedidos de exercer a profissão livremente -, e para os homossexuais que voluntariamente procuram auxílio psicológico para se afirmar como heterossexuais, por estarem insatisfeitos com sua orientação.

É equivocada qualquer afirmação de que os psicólogos estão proibidos de atenderem homossexuais que busquem seus serviços, sob qualquer demanda de atendimento. A Resolução impede os psicólogos de colaborarem com eventos ou serviços que proponham tratamentos e cura da homossexualidade, seguindo as normas da Organização Mundial de Saúde.

Ademais, a Lei nº 5.766/71, que cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, atribui ao CFP a função de normatização e de regulação da atividade profissional. O art. 49 da Constituição Federal autoriza o Poder Legislativo a sustar os atos normativos do Poder Executivo. Ocorre que os Conselhos Profissionais não integram o Poder Executivo. O Supremo Tribunal Federal já proferiu decisão sobre o assunto entendendo que os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas não estão sujeitos à tutela da Administração.

Veja abaixo esclarecimentos técnicos da assessoria jurídica do CFP sobre o Agravo de Instrumento nº 2012.02.01.006697-2, indeferido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro):

O Ministério Público Federal propôs ação civil pública, no dia 1º de dezembro de 2011, em desfavor do Conselho Federal de Psicologia visando anular parte da Resolução CFP nº 001/99, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. A ação proposta alega que o CFP exorbitou do poder regulamentar, violando inúmeros princípios e regras constitucionais, como o da legalidade, o direito fundamental ao livre exercício profissional, o princípio da dignidade da pessoa humana e a liberdade de manifestação do pensamento, dentre outros. O MPF requereu, antes mesmo da decisão de mérito, decisão liminar para que o juízo de primeira instância onde tramita a ação – 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro- suspendesse parte do texto da Resolução 001/99. O juiz de primeira instância indeferiu o pedido liminar, e o MPF interpôs o recurso de Agravo de Instrumento ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região visando ao provimento liminar, sob o argumento de que a Resolução causa dano para os psicólogos – que estariam impedidos de exercer a profissão livremente -, e para os homossexuais que voluntariamente procuram auxílio psicológico para se afirmar como heterossexuais, por estarem insatisfeitos com sua orientação.

Em decisão do dia 23 de julho de 2012, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro) negou provimento ao Agravo de Instrumento interposto pelo Ministério Público Federal e manteve o despacho do juízo de primeiro grau que indeferiu o provimento liminar pleiteado. Dessa forma, a referida Resolução, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual, permanece vigente. O processo em primeira instância aguarda sentença para decidir o mérito da ação.

CARTA ABERTA DE UM SOBREVIVENTE DAS “TERAPIAS DE CURA” DA HOMOSSEXUALIDADE




Carta enviada a ABGLT, na pessoa de seu presidente Toni Reis, em 01/07/2012 e primeiramente publicada por ele em grupos de discussão.


CARTA ABERTA DE UM SOBREVIVENTE DAS “TERAPIAS DE CURA” DA HOMOSSEXUALIDADE


Acabamos de ver um grupo de defensores das “terapias de cura” da homossexualidade se movimentando no Congresso Nacional, em audiência pública realizada em 28 de junho de 2012. O objetivo desse grupo é obrigar o Conselho Federal de Psicologia (CFP) a revogar a norma que desde 1999 proíbe a patologização da homossexualidade por parte de psicólogos que pretendam “curá-la”. Todavia, o CFP não foi o pioneiro nessa proibição. A mesma norma já havia sido aprovada nove anos antes pela Sociedade Americana de Psicologia e continua válida até hoje, sendo consequência lógica e óbvia da retirada do “homossexualismo” do manual oficial que lista todos os distúrbios mentais e emocionais tanto lá como cá.

Falo por experiência própria: Essas “teorias de cura da homossexualidade” trazem muito prejuízo a quem se submete a elas. E digo isso, porque não apenas participei de grupos de “cura” para homossexuais, como também fui um dos fundadores de uma organização conhecida como Movimento pela Sexualidade Sadia, ou simplesmente MOSES. O objetivo dessa organização era transformar homossexuais em heterossexuais ou convencê-los a viver no “celibato”. A aparência era de que havia muita psicologia envolvida nisso tudo, quando – na verdade – o que se fazia era revestir dogmas religiosos produtores de culpa, medo e outras neuroses com linguagem psicologizada.

Ao mesmo tempo em que fui um dos fundadores deste grupo, eu era - antes de qualquer coisa - uma vítima dessa mentalidade imposta por pregações homofóbicas sobre pecado e condenação que a psicologia não corrobora, mas que é defendida com unhas e dentes por esses chamados “psicólogos cristãos” – o que me custou muito sofrimento pessoal. Acabei expondo minha vida íntima, meus sentimentos, minha afetividade e outros aspectos da minha vivência ao escrutínio de conselheiros e psicólogos que se apresentavam como “psicólogos cristãos” e que só conseguiam pensar em como me “formatar” de acordo com as “configurações” de suas crenças. Acreditando que fosse minha obrigação seguir as orientações dos pregadores e desses “profissionais”, acabei me casando com uma moça da igreja, com quem vivi por 14 anos, tendo gerado uma filha (agora, maior de idade) e um filho (que se tornará maior de idade esse ano). Apesar do aparente “sucesso” do casamento, eu me consumia internamente por não assumir minha orientação sexual e viver de acordo com a mesma. E foi assim que eu passei 18 anos na igreja, sendo que 6 desses anos foram dedicados ao MOSES, cuja primeira atividade foi realizada por mim e mais duas pessoas – ainda em caráter oficioso – na Praia de Copacabana, durante a Parada do Orgulho LGBT de 1997, e se tratava de proselitismo, com distribuição de panfletos apresentando a organização. Meu envolvimento com o MOSES foi de 1997 até 2003.

Durante todo o meu tempo de igreja, eu ouvi pregadores difamando minha orientação sexual, minha afetividade, minha sexualidade, mas foi durante esses seis anos trabalhando com o MOSES que meu sofrimento atingiu o ápice. Foram horas de aconselhamento, oração, leitura de material religioso (com linguagem “psicologizada”) a respeito do que eles insistem em chamar de “homossexualismo”, bem participação em congressos, seminários, cruzadas até mesmo durante eventos LGBT, etc. Foi ao longo desse tempo que conheci a Dra. Rozangela Justino, a qual também frequentava o seminário teológico em que estudei e onde – mais tarde – lecionei. Ela dava aulas, palestras, etc. Apoiava ativamente o MOSES, tendo participado de seminários sobre o “homossexualismo”, cultos promovidos pelo MOSES sobre essa temática, etc. Sua atuação nesse campo é muito semelhante a da Dra. Marisa Lobo, de quem li postagens no Twitter e cujo blog visitei a convite da mesma via Twitter. Pude notar uma semelhança clara entre o pensamento das duas – o que me levou a bloquear a Dra. Marisa Lobo no Twitter por não aguentar mais seu proselitismo pretensamente transformador de homossexuais. Cada “tweet” dela me fazia pensar em quanto sofrimento passei durante o tempo em que me deixei levar por esse tipo de pregação de ódio a mim mesmo por ser homossexual.

Depois de 14 anos casado com a mãe dos meus filhos, cheguei à conclusão de que não adiantava mais lutar contra mim mesmo. O ódio que nutri contra minha sexualidade era fruto do que ouvi desde cedo por parte de pessoas mal resolvidas ou envenenadas por pensamentos homofóbicos. Decidi, então, ser eu mesmo e ser feliz. Mais do que aceitar minha orientação sexual, eu cheguei à conclusão de que devia celebrar a vida amando, crescendo, produzindo e me realizando de acordo com minha sexualidade e minha identidade. Decidi conversar com minha então esposa, com pastores que eram colegas de ministério, com as lideranças do MOSES e de outras organizações com as quais trabalhava. Foi um momento doloroso, porque todos queriam que eu recuasse em minha decisão de assumir o controle da minha vida, mas para mim foi minha libertação. Posso dizer que também foi a libertação de minha ex-esposa que finalmente poderia refazer sua vida ao lado que alguém com quem ela pudesse ser feliz sem aquilo que os fundamentalistas insistem em chamar de pecado e que agora também querem chamar de doença, com a conivência da lei.

Atualmente, tenho um parceiro que corresponde ao que meu coração realmente deseja. Estamos juntos há cinco anos e temos uma vida equilibrada, com harmonia e muito amor. Meus pais e meus filhos estão muito próximos de mim. Meus filhos, na verdade, nunca se distanciaram e sempre me amaram. Conversamos francamente sobre tudo isso desde que ela tinha 12 e ele quase isso – cada um no seu tempo. Eles estão muito bem integrados conosco.

Ter ficado livre do controle mental exercido por esses “fiscais da sexualidade alheia” abriu-me inúmeras portas existenciais onde antes eu só via paredes. Falo sobre tudo isso com muito mais profundidade no meu livro “Em Busca de Mim Mesmo”, que é um relato biográfico para além do meramente pessoal. É um livro que nasce da vontade de dizer que ninguém precisa submeter-se a esse tipo de sofrimento existencial por ser gay, lésbica, bissexual ou transexual. Afinal, equilíbrio emocional sem amor próprio não existe. E o que essas pretensas “terapias” fazem é promover o ódio a si mesmo.

O legislativo brasileiro precisa despertar contra essa manobra pseudo-científica dos fundamentalistas anti-gays cujos objetivos violentam os direitos humanos, atropelam o caráter científico da psicologia e promovem a homofobia, principalmente aquela do indivíduo contra si mesmo.

CHEGA DE HOMOFOBIA INSTITUCIONAL E SOCIAL.

DIGAM NÃO AO USO DA PSICOLOGIA PARA FINS PROSELITISTAS E À PATOLOGIZAÇÃO DA DIVERSIDADE SEXUAL.

Sergio Viula
Teólogo (ex-pastor batista), Filósofo, Autor e Blogueiro
www.foradoarmário.com

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