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25 de Abril de 2025: Quando a Extrema-direita Tentou Envergonhar a Revolução

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O que foi a Revolução dos Cravos?

A Revolução dos Cravos aconteceu em 25 de abril de 1974, em Portugal, e marcou o fim de uma das mais longas ditaduras da Europa. Sem derramamento de sangue, militares de um movimento chamado Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubaram o regime autoritário do Estado Novo, que oprimia o povo português há mais de 40 anos.

O nome "Revolução dos Cravos" surgiu porque a população, em vez de armas, colocou cravos vermelhos nos canos das espingardas dos soldados, simbolizando a paz e a esperança em um país livre. Desde então, o 25 de Abril tornou-se um símbolo de liberdade, democracia e direitos civis.


A celebração de 25/04/2025 foi invadida e vandalizada por extremistas

O que deveria ser um dia de celebração da liberdade em Portugal terminou em cenas lamentáveis de tensão e violência. No último 25 de Abril, quando o país comemorava 51 anos da Revolução dos Cravos — a data que pôs fim à ditadura —, grupos da extrema-direita invadiram as manifestações tradicionais e acabaram provocando confrontos nas ruas de Lisboa.

Organizações radicais como Ergue-Te, Habeas Corpus e Grupo 1143 desafiaram a proibição de manifestações extremistas e se reuniram na Praça da Tolerância, lugar simbólico pela diversidade de culturas. Não demorou muito para que surgissem confrontos físicos com manifestantes antifascistas, levando a polícia a agir e deter figuras conhecidas da extrema-direita, como o ex-juiz Rui Fonseca e Castro e o neonazista Mário Machado.

A resposta foi clara: Portugal não aceita retrocessos.


25/04/25: Violência produzida por neonazistas e outros extremistas de direita


O que disseram as lideranças políticas

As principais figuras da política portuguesa não ficaram em silêncio diante da ameaça:

Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) foi direta: o que ameaça a democracia hoje é um "capitalismo que fomenta o discurso de ódio" e aprofunda injustiças sociais.

Rui Tavares (Livre) alertou para a tentativa de "profanação" do 25 de Abril por oportunistas que buscam apenas "fama e poder".

Paulo Raimundo (PCP) denunciou a "minoria" que tenta falsificar a História e destruir conquistas democráticas.

Inês Sousa Real (PAN) chamou a atenção para o risco de retrocessos nos direitos das mulheres, dos animais e dos mais vulneráveis, e defendeu uma "revolução da empatia".

Enquanto isso, partidos da direita tentavam desviar o foco: parte da polêmica girou também em torno da presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no Parlamento, homenageando o 25 de Abril. Em resposta, André Ventura (Chega) mobilizou protestos, apoiado por alas evangélicas e grupos conservadores brasileiros.

Lula, em seu discurso, lembrou que quem ainda aposta em "soluções militares para problemas sociais" está na contramão da História.


Abril é e sempre será de todos que lutam pela liberdade

O que vimos neste 25 de Abril foi um retrato perigoso: a extrema-direita não tem vergonha de atacar abertamente os valores democráticos. Mas também vimos outra coisa: a sociedade portuguesa segue atenta, vigilante e resistente.

Mais do que nunca, precisamos lembrar que a liberdade conquistada em 1974 não é um dado garantido. É um compromisso diário.

Abril é nosso. De quem sonha com igualdade, justiça e respeito à diversidade.

E que fique claro: não prevalecerão!

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