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ESCÂNDALO NA IGREJA CRISTÃ MARANATA




ESCÂNDALO NA IGREJA CRISTÃ MARANATA


Pastores da Igreja Maranata são presos no Espírito Santo:
https://globoplay.globo.com/v/2454628/

Pastores da Igreja Maranata são presos no Espírito Santo:
https://globoplay.globo.com/v/2455696/


04/02/2012 - 16h41 - Atualizado em 04/02/2012 - 16h41

A Gazeta
Vilmara Fernandes e Letícia cardoso


Um esquema de corrupção para desviar recursos provenientes do recolhimento do dízimo foi montado na cúpula da Igreja Cristã Maranata, com o envolvimento de pastores, diáconos e até fornecedores. A ação, identificada em uma investigação da própria instituição, foi parar na Justiça. Nela, aparece o nome do vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos. Estimativas iniciais da igreja indicam que o rombo é de, no mínimo, R$ 21 milhões. Mas a ação protocolada na Justiça pede o ressarcimento de R$ 2,1 milhões.


A Igreja Cristã Maranata é uma das que mais crescem no país.

A diretoria da Maranata diz que a situação é grave e que já adotou as providências contra as irregularidades que vinham sendo praticadas (veja na pág. 6). Uma delas foi afastar três pastores e um diácono das funções administrativas e religiosas.

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual. Em nota, o MP adiantou que os documentos exigem melhor apuração, mas apontam para várias irregularidades e crimes. Diz ainda que, se aproveitando da isenção de tributos que as igrejas possuem e da boa-fé dos fiéis, pastores estariam usando bens da igreja em benefício próprio. A lista de prováveis crimes praticados inclui desvio de recursos para o exterior, criação de empresa irregular, contrabando, fraudes ao Fisco e ao sistema financeiro.

O pastor Antônio Ângelo e o contador Leonardo Alvarenga, vice-presidente e o contador da instituição, respectivamente, são acusados de desvio

Derrame

Cerca de 5 mil templos no Brasil são administrados pelo presbitério da igreja, em Vila Velha, que concentra o dízimo doado no país. O dinheiro foi desviado desse caixa único. A igreja não informa quanto arrecada, mas sabe-se que é a segunda em número de evangélicos no Estado e uma das que mais crescem no país.

O golpe era viabilizado por notas fiscais frias, que permitiam a retirada de valores do caixa da igreja. Segundo documentos obtidos por A GAZETA, as notas eram emitidas por fornecedores do Presbitério da Maranata. Há indícios de que empresas foram criadas – em nome de laranjas – somente para essa finalidade.

O dinheiro desviado era destinado a um grupo de pastores. Além do nome do vice-presidente, as investigações chegaram ao do contador da Maranata, Leonardo Meirelles de Alvarenga. Eles foram denunciados na ação judicial aberta pela igreja. Há indícios de participação de mais pastores e funcionários. Nas apurações, envolvidos afirmaram que o dinheiro serviria para "ajudar irmãos no exterior".

As informações fazem parte de investigação interna da igreja, que orientou uma auditoria externa, cuja análise preliminar confirma as irregularidades. "Elementos obtidos (...) são contundentes quanto à ocorrência de fraudes e desvios perpetrados pelo vice-presidente e o contador", diz trecho do relatório da auditoria citado na ação judicial.

Parte dos recursos desviados era usada na compra de carros e imóveis e no pagamento de contas pessoais. "Por várias vezes fui orientado a depositar valores na conta do Antônio Ângelo para pagamento de cartão de crédito, prestação de veículos, condomínios, compras de equipamentos", diz um funcionário ouvido na investigação.

Outra parte dos recursos era investida na compra de dólares, diz um empresário no mesmo relatório: "O valor era depositado nas contas das minhas empresas. No mesmo dia, eu comprava os dólares e os entregava no presbitério". Os dólares eram levados para o exterior nas malas de fiéis.

Destruição


Para evitar que a prática dos crimes fosse descoberta, funcionários foram orientados a destruir cópias de recibos. "Fui orientado pelo Antônio Ângelo e pelo Leonardo a destruir todos os documentos, recibos e depósitos que não passavam pelo caixa central do presbitério para não cair em nenhum tipo de fiscalização", relata um funcionário da igreja.

Há informações de que computadores foram formatados para que os rastros dos desvios fossem destruídos. "Os HDs foram corrompidos. Programas de envio de relatórios fiscais por internet (Receitas Federal e Estadual) foram apagados", consta num dos documentos. Outro problema detectado são atrasos na contabilidade da igreja há pelo menos quatro anos.

“Um montante muito elevado, chegando a cerca de R$ 500 mil mensais nos últimos 30 meses e R$ 6 milhões em 2010”, relatório da Igreja Maranata sobre os desvios

Produtos entravam no país sem impostos

Um dos braços da corrupção encontrada na direção da Igreja Maranata diz respeito à compra irregular de equipamentos eletrônicos. O material se destinava à montagem de um sistema de videoconferência para interligar os templos no Brasil e no exterior.

Boa parte do material foi trazida ao país de forma irregular, segundo declarações que constam na investigação interna feita pela igreja e em documentos obtidos com exclusividade por A GAZETA.

Os depoimentos revelam que os equipamentos eram comprados fora do país e trazidos clandestinamente na mala dos fiéis. Em algumas ocasiões, os produtos vinham de Miami (EUA) para o Brasil. Em outras, eram comprados no Paraguai, levados para Curitiba, Paraná, e, em seguida, trazidos para Vitória.

Vários documentos mostram o reflexo dessa movimentação no caixa do Presbitério da Maranata – responsável pela administração de todos os templos no Brasil –, que autorizava o pagamento dos fornecedores. Em seguida, os valores eram depositados nas contas correntes de quem fazia as compras.

Dinheiro


Em seu depoimento, o vice-presidente afastado do cargo, Antônio Ângelo Pereira dos Santos, diz que uma proposta inicial apresentada à igreja para montar o sistema de videoconferência estava orçada em R$ 24 milhões, o que levou à desistência do projeto. “O próprio Presbitério resolveu montar o sistema, que ficou em cerca de R$ 3 milhões”, afirmou.

Segundo informações da Anatel – agência responsável pelas telecomunicações no país –, a Maranata possui concessão de duas estações de transmissão e uma unidade móvel. Com esse equipamento, consegue transmitir seus cultos para todos os cantos do Brasil, além de países do Leste Europeu, África, Europa e América.

Toda essa transação comercial, assim como o esquema de desvios, foi denunciada ao Ministério Público Estadual, que já está investigando o caso. A mesma denúncia foi encaminhada à Anatel, à Polícia Federal e às Receitas Federal e Estadual.

Duas outras denúncias chegaram ao Ministério Público Federal, que agora examina se tem competência para investigar o assunto ou se repassa o material para os promotores estaduais.


Ação

A ação ajuizada pela Maranata contra o vice-presidente e o contador Leonardo Alvarenga, cujas investigações da própria igreja e a auditoria por ela contratada apontam como sendo autores dos desvios, está nas mãos do juiz Robson Albanez, da 8ª Vara Cível de Vitória. O magistrado é um dos denunciados na Operação Naufrágio, que apura venda de sentenças no Poder Judiciário.

O documento foi protocolado dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, e na segunda-feira o juiz, atendendo a um pedido da própria Maranata, decretou segredo de Justiça na tramitação do processo.


Racha

A insatisfação com o esquema de corrupção identificado na Igreja Maranata tem sido assunto frequente em blogs e redes sociais desde o fim do ano passado. Vários membros da igreja – muitos deles de forma anônima – começaram a divulgar sua insatisfação com a situação.

Parte dos relatórios de investigação da própria Maranata chegou a vazar na internet, o que levou a igreja a divulgar informativos oficiais em suas unidades sobre as providências que estavam sendo adotadas.

A medida, no entanto, não foi suficiente para um grupo de fiéis e pastores que, insatisfeito, deixou a instituição. A justificativa apontada é que, diante das denúncias, os cultos estavam perdendo o seu sentido espiritual.

A afirmação é de Leonardo Lamego Schuler, ex-maranata e advogado do grupo que apresentou denúncias em vários órgãos pedindo investigação. “Nós nos sentimos constrangidos e insatisfeitos com a falta de informações sobre o que se passava dentro da igreja”, assinalou.

Ele critica ainda as providências já adotadas pela Maranata. Schuler assinala que elas foram tardias e sem transparência. “É um mero paliativo. Há algo maior do que o que se aponta no processo.” Ele e dezenas de outros fiéis já fundaram uma nova igreja na Enseada do Suá, em Vitória. A nova denominação leva o nome de Igreja Cristã Louvai.


Desfalque


R$ 21 milhões - Estima-se que esse seja o valor retirado da igreja de forma irregular.

“É difícil viver em uma igreja que parecia séria e descobrir que nela acontecia algo de tamanha gravidade”, Leonardo Schuler, advogado

Trechos da ação


“A igreja pagou um total de R$ 941 mil em notas fiscais que não correspondem a mercadorias efetivamente entregues”

“Relatório elaborado culmina com o prejuízo financeiro para os cofres da igreja equivalente a R$ 2,1 milhões”

“A senha do contador Leonardo Meirelles lhe dava amplos poderes, alguns dos quais extrapolavam os limites das atividades próprias de contador”

“Verifica-se que documentos emitidos pela empresa do contador Leonardo Meirelles, assim como os registros da contabilidade, foram fraudulentos”

Depois do questionamento, a expulsão

“Fui usado como mula. No ano passado, foram três viagens”

X, 28 anos, frequentava a igreja desde pequeno

“Fui um dos muitos fiéis que transportaram os equipamentos do projeto de videoconferência dos Estados Unidos para o Brasil. Fui usado como mula. Só no ano passado, foram três viagens. Trazia-os em minha bagagem, escondidos no meio das roupas. Nunca foram descobertos pela Alfândega. Após ganhar a confiança dos pastores, fui convidado pelo vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos, no final do ano passado, para uma outra viagem. Só que desta vez deveria levar US$ 10 mil, valor máximo permitido para entrada nos Estados Unidos, e entregar a um outro pastor. Nesse dia, percebi que algo estava errado e o questionei sobre a legalidade das ações do Presbitério. Não aceitei levar os dólares e fui comunicado de que seria expulso de todos os trabalhos dentro da igreja.”

"A situação é muito grave”, diz advogado

"A situação é grave, muito grave.” A avaliação foi feita por Sérgio Carlos de Souza, advogado da Igreja Cristã Maranata – onde também atua como pastor – ao se referir ao esquema de corrupção montado na cúpula da instituição. Ao mesmo tempo, se diz tranquilo por ter a certeza de que todas as providências estão sendo adotadas para preservar a igreja e ressarcir os prejuízos ocasionados pelo desvio.

Souza relatou que, em setembro passado, a igreja recebeu denúncias de que irregularidades estavam sendo cometidas na administração do Presbitério, em Vila Velha. “Imediatamente, por ordem do presidente, Gedelti Gueiros, foi criada uma comissão para investigar as denúncias.”

“R$ 2,1 milhões é o valor estabelecido até agora como dano. Se houver novas provas, outras medidas serão adotadas”, Sérgio Carlos de Souza, advogado da Maranata

Afastamento


Foi essa comissão que identificou que, no mínimo, estava ocorrendo uma gestão muito ruim das finanças da Maranata, relata o advogado. Foi a mesma equipe que sugeriu o afastamento de três pastores – um deles o vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos – e do diácono que também ocupava a função de contador da igreja, Leonardo Meirelles de Alvarenga.

Após ouvir empresários que prestavam serviços para o Presbitério, pastores e até funcionários, a comissão de investigação apontou a necessidade da contratação de uma auditoria externa. “Somente parte do trabalho foi concluída”, acrescenta Sérgio.

Com base nesse relatório preliminar, a igreja protocolou na Justiça uma ação pedindo o ressarcimento de danos, no valor de R$ 2,1 milhões. O advogado adiantou que, surgindo novas provas, a instituição não se furtará em adotar novas medidas judiciais.

Além das funções administrativas, Antônio Ângelo e Leonardo também foram afastados definitivamente das funções que exerciam na igreja como pastor e diácono, respectivamente. “Eles podem frequentar os cultos por serem cerimônias públicas”, explicou o advogado da igreja.


Isenção

Sérgio garante que o presidente da Maranata não teve nenhum envolvimento com o esquema de corrupção. E mais: ele só tomou conhecimento da situação ao receber as denúncias. “O presidente cuida exclusivamente da orientação doutrinária e da parte espiritual. Existem pessoas para cuidar dos outros setores”, afirmou.

O advogado disse, ainda, que todos os fiéis foram comunicados das medidas que estão sendo adotadas por intermédio de uma circular divulgada nas igrejas.

A igreja garante ainda que desconhece qualquer irregularidade na compra dos equipamentos destinados ao sistema de videoconferência. “Novena e cinco por cento do material foi comprado no Brasil. Só equipamentos dos estúdios foram trazidos do exterior”, pontuou Sérgio. Ele acrescenta que a direção da Maranata solicitou à Receita Federal e ao Ministério Público Estadual que investigassem todas as denúncias.


Acusados


O vice-presidente Antônio Ângelo e o contador Leonardo foram procurados por A GAZETA e decidiram não falar sobre o assunto. Leonardo disse, em nota, que só vai se manifestar na Justiça. Já Antônio Ângelo afirma que quem tem que responder por ele é a igreja e não quis informar o nome do seu advogado.


FONTE: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/02/noticias/a_gazeta/dia_a_dia/1107003-igreja-maranata-dizimo-desviado-em-fraude-milionaria.html

PARQUE GOSPEL COM DINHEIRO PÚBLICO NO ACRE: DESABAFO DE "INTELECTUALÓIDE" ATEU

Sergio Viula: Só falta transformar a turma do Mickey e concorrentes em santos agora... Sorria, o Mickey te ama! hehehe



DESABAFO DE "INTELECTUALÓIDE" ATEU

https://www.altinomachado.com.br/2011/10/desbafo-de-intelectualoide-ateu.html


POR THIAGO FIAGO


O jornalista Altino Machado publicou em seu blog matéria revelando que o governador do Acre, Tião Viana (PT), pretende criar um Parque Gospel com verbas públicas, com ajuda do deputado federal Henrique Afonso (PV).

A matéria foi espalhada pelo Twitter, Facebook e a saraivada de críticas não demorou chegar.

Recomendando proselitismo e dinheiro público postagem da Maria Fro sobre o assunto, quero aqui analisar o muxoxo da Srª "advogada, evangélica e jornalista" Rachel Moreira no post "Desabafo a uma Sociedade Hipócrita":

1. Deixando de lado o apelo sentimentalista e pessoal das primeiras linhas (04 parágrafos!), ela afirma que nós, defensores das minorias, que levantamos a bandeira da igualdade (ahh, a generalização!) massacramos o governo de Tião Viana porque somos hipócritas: não nos posicionamos contrariamente à reforma da Catedral de Rio Branco, bancada com verbas públicas estaduais; o financiamento pelo Estado de todas as edições da Semana da Diversidade; os apoios financeiros ao Santo Daime e a reconstrução da Igreja Santa Inês (cujo estacionamento construído com verbas públicas é cobrado como se privado fosse).

Em primeiro lugar, é falácia de falsa analogia comparar a Semana da Diversidade (ou mesmo Paradas da Diversidade Sexual) ao Parque Gospel. O primeiro trata de políticas públicas como mecanismo de respeito e garantia de Direitos Humanos de LGBTs - o mesmo se dá com relação a eventos que discutam violência doméstica, criança e adolescente, idoso, raça etc.; já o segundo traz uma inconstitucional e promíscua aliança entre Estado e religião proibida pelo texto constitucional.

Em segundo, o erro (se houve) do financiamento público dessas obras não explica tampouco justifica o erro do financiamento do Parque Gospel. O fato de ela não considerá-lo errado também não o faz, magicamente, algo correto.

É verdade que "ações e políticas [estatais] devem atender aos interesses de todos os grupos sociais, étnicos, religiosos e políticos", mas na exata medida dos limites que a Constituição impõe: no tocante às religiões, o Estado pode, no máximo, travar uma colaboração de interesse público (como a assistência religiosa em presídios, da qual discordo, mas não vem ao caso analisar).

Eu não sou acreano e desconhecia esses financiamentos. Terei prazer de mandar uma representação ao Ministério Público do Acre para tomar as medidas cabíveis.

2. A jornalista, bem como o líder do PT acreano, LeonardoBrito, alegam que está justificado o financiamento público do parque porque 50% dos habitantes do Acre são evangélicos, segundo uma pesquisa da Secretaria de Segurança Pública. 

Desconheço qualquer outro estado em que uma Secretaria de Segurança Pública faça as vezes de instituto de pesquisa ou de IBGE para fazer esse tipo de levantamento. Tenho a leve impressão que talvez, apesar de a criminalidade ser equilibrada, o aumento de 187,3% na taxa de homicídios no estado não preocupe as autoridades acreanas. 

Particularmente, prefiro confiar nos dados da Fundação Getúlio Vargas, que no seu " Novo mapa das religiões" (2011), com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (2008-2009) - IBGE, aponta que os evangélicos petencostais (24,18%) e mais os evangélicos de outras denominações (12,46%) somam apenas 36,64% da população. O Acre é o estado mais evangélico do Brasil, mas não chega a 50% da população - ou seria o milagre da multiplicação dos números não explicável pela matemática? 

Ainda que assim fosse, o fato de a esmagadora maioria da população brasileira ser cristã não autoriza que o Estado deixe de lado o laicismo.

3. Quando alguém se refere a seus opositores como intelectualóide", a expressão diz mais de quem fala do que a quem se refere.

O "lóide" lembra "debilóide", "mongolóide", que remete aos que têm síndrome de Down. Não é questão de ser politicamente correto, mas com certeza para quem tem síndrome de Down (ou ter um filho portador) não é nada prazeroso ouvir esse tipo de expressão infeliz e ofensiva. E isso vale para outras palavras que remetam a esse sentido, como é o caso de "intelectualóide".

4. O apelo à divindade de Jesus ou qualquer coisa que o valha não é
argumento racional para se colocar numa discussão pública, em que está em jogo dinheiro público (não só de evangélicos!), mas a jornalista desconhece os mais básicos princípios de um debate racional, tantas e tão sofríveis são as falácias, os argumentos.

O que merecia refutação era isto. O resto é tão descartável quanto o texto todo.

É de causar, no mínimo, indignação que num Estado onde certamente há muitos problemas a ser resolvidos (educação, segurança, saúde, habitação, saneamento básico etc.) o governo de um histórico petista (cadê os princípios do partido? Por que a vista grossa dos dirigentes petistas?) se proponha a encampar tal projeto.

As igrejas evangélicas são isentas de tributos (impostos, por exemplo) e arrecadam milhões e milhões de reais todo ano com essa isenção e com o dízimo, maliciosamente se aproveitando, em regra, do sofrimento, angústia e fé dos fieis, com direito a aulas de como extorqui-los. A arrecadação é tamanha que dá para fazer lavagem de dinheiro; a grana também viaja em jatinho em malas de bispos que também são parlamentares no Brasil e no exterior.

Desde a eleição de 2010, o fundamentalismo religioso (não compartilhado por todos os religiosos, deixo claro!) tem mostrado suas asinhas no Legislativo. Está na hora de abrir os olhos e agir contra essa investida que deseja tomar o poder e sacrificar qualquer um que não compartilhe de sua crença - uma talebanização do país. Como bem diz o pastor Ricardo Gondim, "Deus nos livre de um Brasil evangélico".


Thiago Fiago é jurista e escreve no blog "Comendo o fruto proibido"

Juca Kifouri responde a Kaká (onde estava esse video que eu não vi?)

Kaká fazendo propaganda religiosa durante um jogo. O exagero foi tanto que a Fifa proibiu isso.
Ele pertence à igreja Renascer dos bispos presos nos EUA - os Hernandes. A mulher do Kaká agora é pastora da igreja... hum...

⚽🔥 O caso Kaká x Kifouri: quando a fé vira escudo contra críticas


07 de julho de 2010


A Copa do Mundo acabou, o Brasil está fora, e a Seleção já voltou pra casa. Mas uma polêmica continua rendendo fora dos gramados: Kaká, sua fé evangélica, e o atrito com os jornalistas Juca e André Kifouri.

Durante toda a Copa, vimos Kaká levantar os braços aos céus, vestir camisetas com mensagens como “I belong to Jesus” e deixar claro que tudo em sua vida era "glória a Deus". Até aí, tudo bem — manifestação religiosa pessoal é direito de todos. O problema começou quando a FIFA passou a restringir esse tipo de exibição, considerando que o excesso de manifestações religiosas em campo desvirtuava o foco esportivo e feria o princípio de neutralidade da competição.

A situação ganhou novos contornos quando André Kifouri, filho de Juca, fez uma crítica pontual sobre o uso excessivo da fé como imagem pública. Kaká não gostou e respondeu acusando o jornalista de persegui-lo por ser evangélico — e ainda foi além: disse estar sendo atacado por ateus, como André e seu pai, Juca Kifouri.

Foi aí que Juca respondeu à altura — com elegância, mas firmeza:

“Nunca critiquei Kaká por ser evangélico. Critico por usar sua fé como marketing e por se associar a pastores condenados pela Justiça. E se minha descrença o incomoda, é porque a fé dele talvez não seja tão sólida quanto ele imagina.”

 

💥 E é isso. Ninguém está imune a críticas só porque tem fé. E ser ateu também é um direito. O que está em jogo aqui não é religião — é coerência, liberdade de expressão e responsabilidade pública de quem ocupa espaço na mídia e no imaginário popular.

Pastor Batista e Homofóbico Desmascarado por Amante de Aluguel

O pastor George Rekers 
e o garoto de programa Jovanni Roman



FUNDAMENTALISMO HIPÓCRITA: 

quando a homofobia é só uma cortina de fumaça


Mais um enrustido cai do salto — e, como sempre, faz barulho ao tombar pra fora do armário.

O escândalo da vez vem direto dos Estados Unidos, e olha... é daqueles que a gente nem precisa inventar piada, porque a realidade já é tragicômica o suficiente.

George Rekers, pastor da Igreja Batista e psicólogo de 61 anos, foi flagrado em uma viagem internacional com um garoto de programa de 20 anos contratado no site Rentboys.com. O detalhe? Rekers é nada menos que um dos nomes por trás da Associação Nacional de Pesquisa e Terapia da Homossexualidade — um grupo que, pasme, tenta "converter" gays em héteros.

Sim, a mesma figura que fazia campanhas contra a adoção por casais homoafetivos, que dava palestras com “ex-gays” como se fossem troféus, que se apresentava como bastião da moral e dos bons costumes, estava batendo cabelo em Madri e Londres com o acompanhante Jovanni Roman, em uma viagem de dez dias.

O caso veio à tona no dia 13 de maio, pelo jornal Miami New Times, e virou um furacão na mídia americana. Agora, Rekers poderá responder por falso testemunho — ele e os tais "ex-gays" que levou ao tribunal para mentir em audiências públicas. Segundo The New York Times, a Justiça deve investigar a fraude nas declarações e nos depoimentos antigay que prestaram.

Quando questionado, o pastor alegou (juro!) que contratou o rapaz apenas para carregar suas malas, já que estava em recuperação de uma cirurgia. 🤡

Mas, como se já não fosse humilhação o bastante, o garoto de programa preferiu o silêncio ao ser procurado pela revista The Advocate. Já o próprio Rekers, depois do bafafá, se afastou discretamente da associação terapêutica que ajudou a fundar. Um silêncio providencial, diga-se.

E como desgraça pouca é bobagem, vale lembrar: esse é o segundo caso só este ano em que um grande moralista antigay é desmascarado publicamente. Em março, o senador republicano da Califórnia Roy Ashburn, 55 anos, foi preso dirigindo bêbado depois de sair de uma boate gay, com um homem ao lado, indo em direção a um motel. Depois do escândalo, confessou que era gay. Justificou sua militância antigay dizendo que “representava a opinião da maioria da população”. Tá boa pra você?


✒️ Comentário deste blogueiro

A sugestão da matéria veio do meu amigo Ricardo, do site Farelos e Sílabas (link aí na lateral nos meus sites favoritos). Valeu, Ricardo!

E agora, vamos combinar: esse é mais um caso clássico de alguém que viveu a vida inteira mentindo pra si mesmo e atacando os outros na esperança de que ninguém percebesse sua própria verdade. Spoiler: a gente sempre percebe.

Eu sempre digo: você pode sair do armário com classe… ou pode tombar pra fora dele num escândalo desses, levando junto toda sua pose hipócrita. E sabe de uma coisa? Quando esse tipo de cara cai, a gente até comemora um pouquinho mais. Porque não é só sobre ele — é sobre desmascarar essa gente que trabalha ativamente contra a cidadania dos GLBTTTs enquanto vive, na surdina, exatamente aquilo que condena.

Como eu escrevi em outro post (e como está registrado no livro No Caminho do Arco-Íris, Ed. Metanóia, página 41):

“Desconfie de todo combatente contra os direitos civis dos homossexuais. Desconfie de toda pregação homofóbica. Desconfie de pessoas que passam a maior parte do tempo falando contra os gays, pregando contra os gays, escrevendo contra os gays, agredindo os gays. Essas pessoas provavelmente SÃO GAYS!

E se são, que venham logo pra fora do armário com dignidade, porque fingir não tá mais pegando bem. Já passou da hora. 

Garotinho mistura política, religião e homofobia em eventos evangélicos

Garotinho, homofobia e o uso da fé para fins políticos

Anthony Garotinho

Anthony Garotinho e sua comitiva


Eleições Rio
03/05/2010


Enquanto muitos de nós lutamos diariamente para viver com dignidade, respeito e amor, há quem use a religião como palanque para o preconceito. Em 2010, o então pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR), percorreu o estado em eventos evangélicos recheados de ataques aos adversários, discursos homofóbicos e pedidos velados de voto — tudo isso disfarçado sob o nome de "Caravana Palavra de Paz".

Mas de paz, a caravana não tinha quase nada. 😒

Durante um desses eventos em Belford Roxo, um músico gospel, Emanuel de Albertin, entoou a infame frase:

"Se Deus fizesse o homem para casar com homem, não seria Adão e Eva, teria feito Adão e Ivo" 🎤

Essa fala homofóbica foi dita ao lado de Garotinho, diante de cinco mil evangélicos. O evento, organizado pela Rádio Melodia, seguia o mesmo padrão em várias cidades: um caminhão-palanque, música, pregação e ataques travestidos de fé.

Garotinho aproveitava esses cultos para criticar os adversários — como o então governador Sérgio Cabral (PMDB) e o deputado Fernando Gabeira (PV) — associando-os à defesa da união civil entre pessoas do mesmo sexo e ao apoio à Parada do Orgulho LGBTQIA+ em Copacabana:

"O Gabeira e o Sérgio Cabral são a favor. O governador patrocina Parada Gay em Copacabana."

A Procuradora Regional Eleitoral do Estado do Rio, Silvana Batini, analisou vídeos e áudios desses eventos e identificou campanha antecipada, abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação. Ela prometeu entrar com uma representação no TRE-RJ contra Garotinho.

Mesmo assim, ele se defendeu dizendo que o evento "existe há anos", que "não pediu voto a ninguém" e que "apenas louvavam contra a prática do homossexualismo". 🧠🛑


Fora do Armário comenta:

Sou carioca. Vivi na pele o que foram os governos de Garotinho e Rosinha. Foi um período sombrio, de abandono, escândalos e retrocessos. Segurança pública deteriorada, educação sucateada, hospitais à míngua e denúncias de corrupção por todos os lados. E mesmo assim, o sujeito aparece anos depois tentando se vender como salvador da pátria — usando a religião como escudo e arma política. ⚔️📿

Esses líderes religiosos que o rodeiam não estão interessados em evangelizar ninguém. O que querem é poder. Querem uma teocracia disfarçada de democracia, onde eles possam ditar até mesmo o que você deve pensar ou sentir. Mas, felizmente, nem todo mundo se deixa enganar. Muita gente já escapou desse sistema tóxico e libertou a mente.

A luta LGBTQIA+ continua sendo urgentemente necessária. E diante de absurdos como esse, é fácil entender por que ativistas como Luiz Mott adotam uma militância firme. Não estamos em guerra porque queremos — estamos porque precisamos defender nossa existência e nossos direitos!

Que o TRE e o TSE ajam com firmeza diante de abusos assim. E que nós, cidadãos conscientes, saibamos usar o poder do voto com sabedoria.

💬 Enquanto isso, seguimos de cabeça erguida e fora do armário.


O blog Fora do Armário não se cala diante da intolerância disfarçada de fé. Se quiser compartilhar essa denúncia ou comentar, fique à vontade!



💥Agora uma aulinha de ciência para quem ainda está agarrado à lenda do jardim do Éden. 💥


 🏳️‍🌈Homossexualidade como vantagem evolutiva: 

o que a ciência diz?🏳️‍🌈


🧠 Primeiro: o que é uma “vantagem evolutiva”?

No contexto da evolução por seleção natural, uma característica tem vantagem evolutiva quando aumenta a sobrevivência ou a reprodução direta ou indireta de um indivíduo e/ou de seus genes dentro de uma população. Isso não significa necessariamente ter mais filhos, mas sim favorecer a sobrevivência e o sucesso dos próprios genes — inclusive os compartilhados com parentes.


📚 Homossexualidade não é “contra a natureza”

Mais de 1.500 espécies animais já apresentaram comportamentos homossexuais documentados, de leões a pinguins, de golfinhos a primatas. Isso por si só já indica que não se trata de uma “anomalia”, mas de uma variação natural do comportamento sexual.


🌍 Na espécie humana: por que a homossexualidade pode ser vantajosa?

1. Teoria do altruísmo de parentesco (inclusive fitness)

Mesmo que uma pessoa homossexual não tenha filhos biológicos, ela pode contribuir significativamente para a criação e bem-estar dos filhos dos irmãos e parentes. Isso ajuda a perpetuar os genes compartilhados com esses parentes.

🔍 Estudos entre populações tradicionais, como os samoanos, mostraram que homens homossexuais ("fa'afafine") tendem a investir mais tempo e recursos em sobrinhos e sobrinhas — e essa contribuição aumenta a sobrevivência dos genes da família.


2. Teoria da seleção sexual balanceada (balancing selection)

Essa teoria sugere que os mesmos genes que favorecem a homossexualidade em alguns indivíduos podem aumentar a fertilidade em outros. Por exemplo, mulheres com parentes homossexuais masculinos tendem a ter mais filhos.

🧬 Ou seja: mesmo que o indivíduo homossexual não se reproduza, os genes ligados à homossexualidade continuam circulando porque são vantajosos em outros contextos genéticos.


3. Funções sociais e colaborativas

Na história da espécie humana, especialmente em sociedades tribais ou comunitárias, indivíduos que não tinham filhos próprios podiam se dedicar mais à transmissão de conhecimento, organização social, cuidado coletivo, arte, espiritualidade e resolução de conflitos.

Isso fortalecia o grupo como um todo e favorecia a sobrevivência da comunidade. Muitos antropólogos acreditam que a diversidade de orientações sexuais é uma forma de adaptação cultural e social.


4. Redução da competição sexual intraespécie

Em contextos sociais complexos, a presença de homossexuais pode reduzir a competição direta por parceiras ou parceiros heterossexuais — diminuindo conflitos e fortalecendo alianças sociais. Essa função é observada inclusive entre bonobos, que têm relações sexuais homoafetivas para estabelecer vínculos e resolver tensões.


✅ Em resumo:

A homossexualidade pode ser considerada uma adaptação evolutiva indireta, cujos benefícios vão além da reprodução biológica:

  • Proteção e cuidado de parentes (inclusive fitness)

  • Vantagens genéticas ocultas (balancing selection)

  • Fortalecimento da coesão social

  • Contribuições culturais, intelectuais e espirituais

  • Redução de conflitos intraespecíficos



💬 Fica a dica: Religioso, cético ou ateu, você não tem qualquer razão plausível para justificar sua homofobia. Deixe de ser besta! 😎

Ted Haggard: Novos episódios da novela da vida real

Pastor Ted Haggard: o pecado secreto dos que pregam o ódio

Pr. Ted Haggard


Ted Haggard: Novos episódios da novela da vida real


Fora do Armário – maio de 2009

Ted Haggard já foi um dos homens mais poderosos e influentes da direita religiosa nos Estados Unidos. Fundador da New Life Church, em Colorado Springs, e ex-presidente da National Association of Evangelicals, ele era considerado um dos 25 líderes mais influentes do país. Era conselheiro direto de George W. Bush, combatia ferozmente os direitos civis de pessoas LGBTQIA+ e era idolatrado por milhões de fiéis que o chamavam simplesmente de "Pastor Ted".

Mas o homem que pregava contra a homossexualidade vivia, ele próprio, uma vida dupla.

O primeiro escândalo (2006)

Em novembro de 2006, Mike Jones, um prostituto gay de Denver, veio a público denunciar que mantinha encontros sexuais com Haggard há dois anos. Segundo Jones, os dois se conheceram pela internet e passaram a se encontrar mensalmente. Pelo programa de uma hora, Haggard pagava 200 dólares. Mais do que isso: o pastor, casado e pai de cinco filhos, também comprava metanfetamina do jovem, segundo as acusações. As provas? Fitas gravadas na secretária eletrônica.

O escândalo foi um terremoto para a igreja evangélica norte-americana. Ted Haggard renunciou imediatamente ao comando da New Life Church e da National Association of Evangelicals.

Mas a história não terminou aí.


O michê Mike Jones tem como prova fitas gravadas, na secretária eletrônica.


O segundo caso (2009)

Três anos depois, em maio de 2009, um novo personagem surge e complica ainda mais a vida do ex-pastor: Grant Haas, hoje com 25 anos. Haas conheceu Haggard aos 22, pouco depois de ter sido expulso do Instituto Bíblico Moody... por ser homossexual.

Segundo o relato, Haggard o assediou por mensagens de texto — chegando a enviar até 2.000 SMS em apenas um mês — com conteúdo explícito envolvendo sexo entre homens e uso de drogas. Grant procurou a liderança da igreja, que inicialmente prometeu indenização, custeio de estudos e apoio psicológico. Nada foi cumprido. Pior: depois, a igreja tentou silenciá-lo com ameaças.

Atualmente, Grant Haas mantém um site no qual relata sua experiência com Haggard, e tenta seguir em frente:

“Quanto à minha personalidade, sou um cara divertido, extrovertido e com grande senso de humor. Não me levo a sério demais e tenho aprendido, a partir das minhas experiências passadas, a rir e aproveitar a vida.”

Um comentário necessário

O jornalista e ativista Andrew Sullivan comentou o caso de forma precisa e contundente:

“Em algum momento, os cristãos evangélicos certamente terão que se perguntar: vamos continuar a demonizar a homossexualidade ao ponto de ver nossos mais hábeis líderes e pregadores sendo levados a relacionamentos frequentemente abusivos, secretos e destrutivos, porque não lhes é permitido buscar relacionamentos honestos, abertos e cheios de amor?”

Sullivan ainda critica duramente a hipocrisia que domina parte das instituições religiosas — inclusive a Igreja Católica — que empurra homens gays ao armário, à culpa e, por fim, à autodestruição.

“Doutrinas ancestrais forçam-nos a enfiarem-se em conchas humanas retorcidas... Quando é que isso vai terminar?”

(Comentário traduzido por Sergio Viula – fonte original: The Daily Dish, Andrew Sullivan)


Comentário deste blogueiro:

Enquanto religiões fundamentalistas insistirem em tratar a homossexualidade como pecado, doença ou desvio, escândalos como esse continuarão a pipocar. Não porque gays sejam promíscuos ou perigosos — mas porque são obrigados a viver às escondidas, com medo, vergonha e culpa.

Religião preconceituosa é um saco.

SÓ A CAMISINHA SALVA! Quem ama, usa!!!



Quem ama, usa!!!

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