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E já é 2022 em todo o mundo!

Andre e eu - 31/12/21

 


Por Sergio Viula


Um novo ano começa, mas dessa vez, ele traz um quê de esperança e de ansiedade ao mesmo tempo. Em outubro, teremos a chance de acabar com esse ciclo de fascismo fundamentalista miliciano institucionalizado durante a administração do #EleNão. 

Pena que ainda tenhamos que amargar mais um ano sob o comando dessa besta apocalíptica. Mas, agora falta menos do que antes. A meta é definir o resultado das eleições presidenciais já no primeiro turno. E para que isso aconteça, sem dar a esse genocida e seus congêneres, alguma chance de rebote, não divida seu voto. Aperte 13 na urna e confirme. Depois, é cobrar as pautas que tanto Lula como o PT juram defender. Tem que entrar para recuperar o país e transformar essa desgraça na qual fomos lançados por mais de 50 milhões de descabeçados em 2018.

Mas, falando sobre nossa virada de ano, podemos dizer que foi tudo paz e amor. Ficamos em casa mesmo - só nós dois, meus pais, meu filho e um amigo dele, que já convive com a gente desde bem garotinho. Ele e a família dele são pessoas muito amigas.





Minha filha e o marido passaram a noite com um casal de amigos em Portugal, onde moram. Enquanto isso, minha neta ficou com os avós paternos. Foi a primeira vez que os pais passaram algumas horas longe dela desde o nascimento. Achei o máximo! Ela teve seu primeiro ano novo toda descoladinha, mas cercada de amor por todos os lados. E pelo visto, ela super curtiu a paparicação e os mimos na casa dos avós, com os tios, tias, primos e primas, porque não chorou com saudade dos pais ou coisa assim. 

Clara na casa dos avós paternos para o réveillon.


Sobre nossa família, é maravilhoso ver que todos atravessaram essa pandemia sem baixas, tanto lá como cá. Aliás, todos os familiares que se reuniram na casa dos avós paternos fizeram teste para Covid antes da reunião familiar. E todos os testes deram negativo. Segurança é fundamental e o pessoal lá tem sido muito cuidadoso.

Infelizmente, outras famílias não podem dizer o mesmo. Muita gente perdeu parentes queridos. Fico muito tocado quando penso em Paulo Gustavo. Meu coração chega a doer de tristeza por ele, pelo marido, pelos filhos, pela mãe e pelo pai dele, e por tanta gente que convivia com ele e o amava. Assim como ele, tantas outras pessoas estão passando pela tristeza de ter uma ou mais cadeiras vazias ao redor da mesa sempre que a família se reúne. Essa dor poderia ter sido evitada em grande medida se o governo desse genocida tivesse agido com rapidez e sem mensagens contraditórias e baseadas em ideias negacionistas e antivacinas. Foram 619 mil mortos até o dia de hoje, e a vacina reduziu o número de mortos de 79,298 mortos só no mês de março de 2020 para menos de 19 mil em dezembro de 2021. A vacina funciona. Todavia, é preciso seguir os protocolos de segurança, especialmente em face da nova variante (ômicron).


Bem assim, tá meu bem? 😆😆😆


Mas parece que o pessoal repete esse mantra dos protocolos de segurança sem praticar o que diz. Basta ver que o réveillon em Copacabana reuniu uma multidão sem máscaras, enquanto as pessoas que se reuniram em Tóquio estavam todas devidamente "mascaradas". Já sabemos o que esperar disso por aqui.

Esse não foi o único problema com o réveillon do Rio. Houve arrastão e até esfaqueamentos na orla (https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/01/01/homem-e-esfaqueado-em-arrastao-durante-queima-de-fogos-em-copacabana.ghtml).  E, apesar disso, as pessoas ainda querem se autoiludir com a ideia de que o Rio é um excelente destino turístico. Na realidade, uma simples caminhada pelas ruas do Rio pode ser o atalho mais curto para o necrotério, sem qualquer exagero. Isso para não falar na sujeira, na quantidade de gente abandonada pelas calçadas, praças e até nas portas de lojas. A cidade está um lixo sob todos os pontos de vista. 

Mas, o que é uma gilete escondida num brownie, não é mesmo? O brownie continua delicioso. Essa é exatamente a realidade do Rio - uma cidade que parece ser uma delícia, mas só até a primeira mordida. Não recomendo isso aqui para ninguém. E não vejo o menor sinal de melhora no horizonte pelos próximos 10 anos - isso para ser modesto.

Voltando aos nossos familiares, faz dois anos que não vemos o lado da família que mora em Minas Gerais. Esperamos que esse ano possamos ver essas pessoas amadas. Felizmente, eles não estão nas áreas afetadas pelas inundações. Mais de 120 cidades mineiras foram atingidas por essa catástrofe (https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/estado-decreta-situacao-de-emergencia-em-mais-27-municipios-afetados-por-chuvas), assim como diversas outras na Bahia (http://www.bahia.ba.gov.br/2021/12/noticias/governo/governo-do-estado-decreta-situacao-de-emergencia-para-mais-47-municipios-atingidos-pelas-enchentes/), mas o despresidente não deu a mínima para nada disso.

Falando sobre minha maior alegria em 2021, o nome dela é Clara. O nascimento da minha neta iluminou o ano que ficou para trás na noite passada. Esse ano, esperamos por quatro alegrias. São elas: 

1. Rever nossa família em Minas Gerais;

2. Receber a visita de Larissa, Vitor e Clara em outubro.

3. Ver meu filho se colocando no mercado de trabalho com o curso que ele vai terminar no primeiro semestre desse ano. Se tudo correr bem, ele vai trabalhar como técnico em radiologia. Depois que ele conseguir sua primeira oportunidade, tenho certeza que muitas outras portas se abrirão. 

4. Ver Andre conseguir uma nova colocação. Ele está empregado, mas já está querendo fazer uma mudança nessa área faz tempo.

E vocês, o que esperam de 2022? Deixem nos comentários. ^^

Desejo a todos vocês um ano repleto de boas realizações. Cuidem-se bem. 

Mãe de Paulo Gustavo faz 74 anos e fala com Ana Maria Braga

17 de setembro de 2021



Por Sergio Viula


Interrompendo aqui a nossa série sobre religião e diversidade sexual, gostaria de incentivar você a assistir essa entrevista maravilhosa feita por Ana Maria Braga com Dona Déa Lúcia, a mãe do querido Paulo Gustavo, falecido há quatro meses. Hoje, é aniversário dela - 74 anos - e Dona Déa deu um show de amor e de sabedoria durante toda a entrevista. Você vai se emocionar, aprender, crescer e se tornar melhor como ser humano se aplicar o que ela falou aqui sobre uma das coisas mais importantes para o indivíduo - a família, especialmente quando se trata de filho ou filha LGBT+.

Não deixe de ver. É logo no começo do programa. Depois que a Ana Maria faz a abertura com suas mensagens típicas de encorajamento, ela já passa para a abertura da entrevista com cenas de Paulo Gustavo trabalhando como Dona Hermínia. Imperdível!

Assista aqui: https://globoplay.globo.com/v/9867337/programa/?s=0s

Parabéns pelo seu aniversário e pela mulher fantástica que você é, Dona Déa! 



Andre e Sergio: Sobrevivendo numa combinação de estilo e simplicidade

 Por Sergio Viula


Não está fácil para ninguém: pandemia, governo federal genocida e corrupto, governos estaduais incompetentes e corruptos, prefeituras corruptas e operando com total descaso para com a população e para com os equipamentos da cidade.







Como não surtar quando tudo isso ainda vem com o maldito "bônus" do desemprego, dos salários congelados, dos serviços e produtos essencias super faturados (água, luz, gás), da violência das milícias, dos traficantes, dos assaltantes 'profissionais' ou de ocasião, e das forças de segurança (polícia, guarda municipal, etc.) que matam cidadãos honestos e desaramados sempre que possível?

Minha gente, isso dá um desânimo sem tamanho, uma desesperança sem medida. Sim, porque se o povo fosse inteligente, combativo, e tivesse um nível saudável de orgulho próprio, essas coisas poderiam ser vencidas, mas, infelizmente, não é esse o caso. O país está infestado de imbecis em todos os níveis - fanáticos de todos os tipos, gente que não enxerga um palmo na frente do nariz quando se trata de ciência, história, política, sociedade, etc. Como ter esperança? A impressão que tenho é que vivemos num carrossell que espalha merda para todo lado enquanto gira ao som de alguma musiquinha do tipo tema de filme de terror com palhaços e crianças. 

Honestamente, a única coisa que sinto vontade de dizer é um grande FODA-SE para tudo isso, mas estou no mesmo barco. E se ele afundar, afundamos eu e todos os que eu amo também.




Por isso, apesar da minha indignação pessoal e do desprezo por tudo o que eu acabo de enumerar como parte dessa desgraça toda, não me resta fazer outra coisa, senão o que todo ser vivo bem-sucedido na arte da sobrevivência faz: adaptar-me e prosperar. Superar as adversidades e os obstáculos do ambiente que me cerca ou aprender a conviver com eles. 

E é isso que venho tentando fazer dentro das minhas possibilidades e contingências. Já faz 1 ano e três meses que eu me encontro em confinamento praticamente total. Evito até ir ao supermercado. Na maioria das vezes, utilizo aplicativos que me entregam as compras na porta. Se precisar sair, tenho que ter dinheiro para o Uber, senão não saio.

Esse ano, decidi abrir uma rara exceção para o Dia dos Namorados, mas com meus movimentos friamente calculados, como diria Chapolim Colorado. Andre e eu decidimos dar umacaminhada pela orla Ipanema-Leblon, com direito a uma paradinha no Mirante do Leblon. Parece tolice, mas uma coisa besta como essa se reveste de uma importância sem tamanho. A gente chega a pensar que é um privilégio, dadas as circunstâncias. 




Além da caminhada, almoçamos num restaurante japonês. A que horas? Quase na hora do lanche da tarde. Por que tão tarde? Para evitar a turba que se aglomera na hora do almoço e muito mais ainda na hora do jantar num dia como esse. 

Nunca pensei que eu fosse dizer isso um dia, mas quero distância de gente. Eu que sempre gostei de socializar... 

De qualquer modo, nosso Dia dos Namorados foi caracterizado por um bate e volta bem rápido com MÁSCAR A e ÁLCOOL gel nos acomapanhando ao longo de todo o trajeto, tanto na ida quanto na volta. As exceções foram os momentos das fotos ao ar-livre e o tempo exato de almoçarmos.



Na verdade, a coisa mais segura a se fazer é FICAR EM CASA. E é isso que temos feito e continuaremos a fazer. A média móvel de mortes por Covid tem sido de quase duas mil por dia. Houve dia em que o número de mortos passou de 2.40. Não adianta dizer que está cansado, é tomar cuidado ou ficar doente e até morrer. Então, tome cuidado!

Um dia desses, só para mudar de ambiente, reservamos um quarto de hotel para descansarmos em outras paragens e sem grandes riscos. Ficamos lá de sábado até segunda-feira de manhã, antes do trabalho. Foi muito relaxante e as fotos falam por si mesmas. Porém, no restaurante do hotel, a nossa mesa era a única ocupada entre outras oito ao nosso redor. Isso só para dar uma ideia do que estou dizendo quando uso o termo 'SEM AGLOMERAÇÃO'.




Mas, nosso ninho (nossa casa), apesar de simples é muito aconchegante e fazemos muitas coisas divertidas aqui. Às vezes, um simples jogo de sinuca online (um contra o outro) já serve para distrairmos a cabeça do trabalho e dos problemas que nos cercam. Outras vezes, um jantarzinho caprichado feito por um de nós é uma linda oportunidade para alimentarmos mais do que o estômago. E nós dois mandamos bem na cozinha. Dia desses, eu fiz um salmão ao molho de alcaparras que deixou o Andre nas nuvens. E ficou mais barato do que pedir comida pelo Ifood. 

Mas, Andre já fez coisas deliciosas também. Só que eu trabalho remotamente, enquanto ele precisa ir até o trabalho todos os dias. Então, tenho mais chances de deixar as coisas engatilhadas para o fim do expediente, à noite. O meu dia de trabalho termina bem depois do dele, mas o dele começa bem antes do meu.  De novo, adaptação é o segredo.



Ontem mesmo, tivemos uma manhã deliciosa. Tomamos nosso café no terraço. Estávamos enroscados em nossos roupões, porque finalmente chegou um pouco de frio ao Hell de Janeiro (inferno quase o ano ineiro). 

Depois do café, tivemos nossa 88ª aula de inglês lá mesmo. Que orgulho ver o quanto Andre pode falar e entender agora perto do que ele sabia há poucos meses! 


Meu roupão foi presente dele pelo Dia dos Namorados.


Dali, nos preparamos para almoçarmos com meus pais. Eles haviam organizado um almoço bem especial para nós. Já fazia quase UM MÊS que não íamos à casa deles, apesar dos dois estarem VACINADOS COM A SEGUNDA DOSE. 


Essa portuguesinha faz um bacalhau gostosinho demais!


Não fosse uma perturbação com a campainha tocando na hora do almoço, teria sido perfeito. Mas, sabendo como eu penso, minha mãe só falou com os importunadores ao portão e depois voltou para terminar o almoço que já estava frio por causa do inconveniente. Não é seguro receber visitas, se tivermos que ficar sem máscaras e ao redor da mesma mesa.

Gostem as pessoas ou não, eu tenho dois princípios que eu sigo à risca: 

1) NÃO visito ninguém em HORÁRIO DE REFEIÇÃO e JAMAIS vou à casa de alguém sem telefonar antes, inclusive na casa dos meus pais. 

2) NÃO VIAJO para lugar algum se não tiver QUARTO DE HOTEL reservado. A viagem pode ser para visitar parentes e até melhores amigos. SE NÃO TENHO dinheiro para o HOTEL, NÃO VIAJO. É passagem aérea e reserva de hotel na mão, ou nada. Não espero nada menos de outras pessoas. 




À noite, demos um pulo bem rapidinho no shopping para comprarmos umas roupinhas de bebê que eu acabo de enviar através de uma agência dos Correios há 300 metros da minha casa. Ninguém no guichê quando cheguei. Adoooro! Destino? Para a senhorita Clara, minha neta, que colocará a carinha no sol em outubro. Larissa, minha filha, e Vitor, meu genro, estão muito felizes com essa perspectiva e vivenciando cada dia com alegria. 

Os presentinhos foram nossos e dos meus pais. Coloquei tudo junto e enviei hoje pela manhã. Daqui a 15 dias, ela vai receber lá. Fiz isso porque fiquei sabendo que Portugal vai começar a taxar compras internacionais. Já comprei pelo Ali Express antes e achei super prático, mas agora é diferente, e não é justo que alguém receba um  presente e tenha que pagar taxas para retirá-lo. Prefiro pagar a remessa e enviar na qualidade de presente mesmo. Nada de taxação para os pais de Clarinha. Os presentes são uma gracinha. Assim que eles receberem e fotografarem, eu vou postar no Diário de um Avô Colorido (https://www.xn--foradoarmrio-kbb.com/2021/04/bebe-bordo-diario-de-um-avo-colorido.html). Esse é um post que vai sendo atualizado até o dia do nascimento de Clara. Dê uma olhada. ^^

Se estamos ansiosos para o fim desse pesadelo que é o binômio pandemia-genocida? Sim. Por nós, esse traste nunca teria ganho sequer uma eleição para síndico de condomínio, mas ESTAMOS VIVOS e PRETENDEMOS CONTINUAR ASSIM, apesar dele e de todos os outros que colaboraram e/ou continuam colaborando para o inferno que estamos vivenciando.



Em suma, cuide-se, use máscara, tome as duas doses da vacina, continue usando máscara e higienize bem as mãos, sempre!






Quarta-feira de pinga

Por Sergio Viula

Nem pensar levar essa bagagem toda.
Viajo de mochila, porque não sou de ferro.


Eu não poderia estar mais feliz! Meu carnaval não custou um 'puto'. Andre e eu ficamos em casa só curtindo a ressaca pós-férias, que significa salário zero no mês seguinte, e que acabou coincidindo com o feriado de carnaval. Mas nem por isso deixamos de curtir nosso tempo livre, e até programamos nossa próxima viagem.

Na verdade, para além de Netflix, compramos passagens e fizemos reservas para visitarmos a família de Andre em Contagem. Para isso, reservamos hotel em BH para nós e para meus pais, que poderão finalmente conhecer a família de Andre.

Nossa viagem está programada para o recesso de julho, que, por uma feliz coincidência, também bate com as férias de Andre para esse ano.

Poderemos, finalmente, reunir as duas famílias, ainda que parcialmente, por um dia. Meus pais e as mães dele estão muito entusiasmados.

Preciso dizer que meus pais, que quase não viajam, terão uma oportunidade de visitar Belo Horizonte, Contagem e Ouro Preto. Vocês não fazem ideia de como eu estou feliz com isso. Escrevo agora sob o efeito de três Cuba Libres numa Quarta-feira de Cinzas, depois de uma vacina contra o sarampo. Afinal, Corona vírus é fichinha para quem já sobreviveu à Dengue, Chikungunya e Zika.

Então, bola pra frente e muito amor nessa hora!

Depois, publico as fotos aqui. 

Acompanhe. Siga o blog. Nunca te pedi nada. kkkkkkkkkkkk

Páscoa 2017 em BH.

Páscoa de 2017 em BH.


Por Sergio Viula


Prontos para a decolagem do Galeão para COFINS.

Menos de uma hora depois, já em BH.

Do aeroporto para o centro de BH em ônibus especial.

No Shopping Cidade, parada para um lanche antes de ir para o hotel.


Eu de pizza e ele de MC Donald's.



Depois de quase um ano sem visitar Belo Horizonte, finalmente voltamos para a Páscoa. Será pouco tempo, mas é sempre um prazer retornar à cidade que me deu Andre.

Embarcamos às 7:05 de sexta. O voo da Azul durou meros 45 minutos e foi muito tranquilo. Vamos passar a sexta só nós dois e vamos aproveitar sábado com a família dele.

Desejamos a todos um ótimo feriado.


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Atualização no dia 16/04/17, domingo de páscoa

Na porta do hotel onde nos hospedamos: Hotel San Diego, estrategicamente localizado ao lado da Boate Gis Mais, onde estivemos na sexta, à noite.




Bar dançante Villa Paraty, no bairro de Lourdes.



Ainda no bar Villa Paraty 





Já aguardando a decolagem de volta para o Rio nesse domingo de páscoa.

Não tinha como não brincar com essa lindeza, mas sabe qual foi o motivo do avião da Azul estar na cor rosa? Mês de prevenção contra o câncer de mama no ano passado.  Vários deles foram pintados assim. 


Olha ele se preparando para decolar enquanto nós embarcávamos no nosso voo.


O resumo da ópera foi que tudo correu bem: Vimos os pais, irmã e irmãos, um cunhado e uma cunhada, além dos sobrinhos e da comadre, a afilhada do Andre e o irmão dela no sábado. 

Boate Gis Mais - foto Internet (meramente ilustrativa)


Fomos à boate Gis Mais, ao bar Villa Paraty, ao Shopping Cidade, ao Bar da Divas, fora o tempo que passamos no hotel ou passeando pela cidade. E tudo isso em praticamente dois dias apenas: sexta e sábado, porque domingo foi só o tempo de acordarmos, tomarmos o café da manhã e fazermos o check-out para nos encaminharmos para o aeroporto.

O saldo da viagem foi extremamente positivo. 

E logo que desembarcamos no Rio, decidimos ir ao Botafogo Praia Shopping trocar um par de sapatinhos que eram uma presente para a mãe do Andre, mas que ficaram grandes para ela. Conseguimos fazer isso rapidamente, almoçamos por lá mesmo e voltamos para casa.

Chegar em casa é uma delícia, mesmo tendo sido tudo maravilhoso na vigem e tendo que fazer algumas tarefas do lar antes de relaxarmos. A gente leva a roupa limpa, mas ela volta suja, e ainda tem uma série de coisas que precisam ficar arrumadas para o primeiro dia de trabalho da semana.

Foi isso, gente.

Um ótimo final de domingo de páscoa para todos e todas. :)


Um sacerdorte esclarecido escreve: Os LGBT, o Papa e a família

A família é diversa!



Um querido sacerdote, professor inteligentíssimo, homem excepcional, ser humano absolutamente simples - esses são alguns das muitos adjetivos que me fazem sentir orgulho do Padre Luís Corrêa Lima, professor no Departamento de Teologia da PUC-Rio.

Luís escreveu um artigo publicado na revista IHU OnLine na primeira semana de maio de 2016. Confesso que vi o artigo, mas não pude divulgá-lo aqui naquele momento, porque estava na rua. Depois, acabei esquecendo... Vida louca, vida breve. Já que eu não posso te levar, quero que você me leve. Sabe como?

Hoje, revendo minha 'bagunça' (sim, porque domingo é dia), acabei me deparando de novo com esse artigo fantástico. Aproveito para compartilhá-lo com todos os meus amigos e minhas amigas, religiosos ou não, LGBT ou não, uma vez que se trata de uma taça de vinho novo em tempos de muita 'touperice' (os familiarizados com o Novo Testamento entenderão o porquê desse termo 'vinho novo'...^^).

Leiam o artigo com carinho e tenham todas e todos um domingo maravilhoso. Se o lerem em qualquer outro momento da semana - afinal, esse post ficará aqui permanentemente -, acredito que terão um dia mais gostoso e esperançoso, seja ele qual for. :)


Veja aqui: Os LGBT, o Papa e a Família - https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/6420-luis-correa-lima-3

O culto da mãe perfeita é diabólico, diz Elisabeth Badinter


Simplesmente fantástica essa entrevista com a filósofa e escritora Elisabeth Badinter. 

Assista aqui: 

https://youtu.be/Y6UC7QeeIC0

GOL de placa na revista de bordo GOL - saca só. :)



Por Sergio Viula
Fotos escaneadas pelo mesmo da própria revista


Quando Santos Dumont ainda sonhava em voar, antes mesmo que ele pudesse fazer sua primeira tentativa de pilotar um dirigível, a humanidade já havia produzido muitos amores, inclusive amores entre dois homens e duas mulheres. Há quem diga que o próprio Pai da Aviação era um desses incontáveis homens - alguns deles brilhantes - que povoam a história mundial. Como ele nunca falou abertamente sobre seus sentimentos (muitos gays de seu tempo também escondiam), a família ainda tenta atribuir certos indícios de sua história afetiva a outros fatores. Não seria por ter uma família assim, que em pleno século 21 ainda nega, que ele teria se mantido dentro do armário? Santos Dumont era realmente gay? Meu palpite é que sim, mas vai saber...

Em 19 de outubro de 1901, seu primeiro voo num dirigível foi feito em Paris. Ontem, dia 31 de maio de 2015, voava eu de São Paulo para o Rio, pela GOL, quando decidi dar uma olhada na revista de bordo para "matar" o tempo. Que surpresa deliciosa eu tive quando peguei o número 158, de maio de 2015 (era o último dia da revista, que seria substituída no início de um novo mês!!!) e encontrei uma matéria em comemoração ao mês das mães com histórias de famílias com configurações diversas, inclusive uma com dois pais e outra com duas mães.

Fiquei orgulhoso da GOL Linhas Aéreas Inteligentes. Histórias como essas inspiram mais amor num mundo tão cheio de incompreensão.

Meus parabéns à GOL e meu incentivo a que outras empresas exerçam sua responsabilidade social de maneiras criativas e que celebrem a diversidade humana e o pluralismo de nossa sociedade.

https://www.voegol.com.br/












Como a história da vida familiar tem sido amplamente mal interpretada pelos conservadores


A história da vida familiar tem sido amplamente mal interpretada pelos conservadores.





Por George Monbiot, publicado no Guardian 15 de maio de 2012
Fonte: https://www.monbiot.com/2012/05/14/kin-hell/
Tradução: Sergio Viula



“Por toda a história e em virtualmente todas as sociedades humanas, o casamento tem sido a união de um homem e uma mulher.” Assim diz a Coalização para o Casamento (Coalition for Marriage), cuja petição contra as uniões entre pessoas do mesmo sexo no Reino Unido até agora atraíram 500.000 assinaturas (1). É uma alegação conhecida, e está errada. Dezenas de sociedades, por muitos séculos, têm reconhecido o casamento entre pessoas do mesmo sexo (2,3,4). Em alguns casos, antes do século 14, ele era até celebrado na igreja.

Esse é um exemplo de um fenômeno muito difundido: a produção de mitos por conservadores culturais sobre o passado dos relacionamentos. Pouco questionados, os promotores dos valores familiares têm conseguido construir uma história que é quase inteiramente falsa.

A natureza antibíblica e a-histórica da seita cristã moderna da família nuclear é uma maravilha de se ver. Aqueles que a promovem são seguidores de um homem nascido fora do casamento e supostamente gerado por alguém que não era parceiro de sua mãe. Jesus insistiu que “se um homem vem a mim, e não odeia a seu pai, e sua mãe, e sua esposa, e seus filhos, e seus irmãos, e irmãs... ele não pode ser meu discípulo”(5). Ele não fez qualquer injunção contra a homossexualidade: a ameaça que ele percebeu era o amor familiar e heterossexual, que competia com o amor a Deus.

Esse alvo foi agressivamente perseguido pela igreja por uns 1.500 anos. Em seu livro clássico Um Mundo de Sua Própria Autoria (A World of Their Own Making), o professor John Gillis destaca que até a Reforma o estado de santidade não era o matrimônio, mas uma vida inteira de castidade (6). Não havia santos casados nos primórdios da igreja medieval. Famílias piedosas nesse mundo eram estabelecidas não entre homens e mulheres, unidos no bestial matrimônio, mas por ordens sagradas, cujos membros eram irmãos e noivas de Cristo. Assim como a maioria das religiões monásticas (que se desenvolveram entre povos nômades (7)), o Cristianismo valorizava pouco o lar. Um verdadeiro lar cristão pertencia a outro reino, e até que fosse alcançado, através da morte, ele era considerado um exílio da família de Deus.

Os pregadores da Reforma criaram um ideal de organização social – a família piedosa – mas este mantinha pouca relação com a família nuclear. No meio de sua adolescência – às vezes, bem mais cedo – Gillis nos diz, “virtualmente todos os jovens viviam e trabalhavam em outras residências por períodos mais curtos ou mais longos”. Em grande parte da Europa, a maioria pertencia – como servos, aprendizes e trabalhadores – às casas de outros que não seus pais biológicos. Os pobres, em sua maioria, não formavam famílias; eles se juntavam às dos outros.

O pai da casa, que descrevia e lidava com suas tarefas como se fossem seus filhos, permanecia tipicamente desconectado da maioria deles. A família, antes do século dezenove, se referia a todos os que viviam na casa. O que a Reforma santificou foi a força de trabalho proto-industrial, que trabalhava e dormia sob o mesmo teto (8).

A crença de que sexo fora do casamento era rara em séculos anteriores também é infundada. A maioria, pobre demais para casar-se formalmente, escreve Gillis, “podia amar como desejasse desde que fosse discreta sobre isso.” Antes do século 19, aqueles que pretendessem se casar começavam a dormir juntos assim que tivessem estabelecido compromisso (declarado suas intenções). Essa prática foi sancionada com base em que permitia aos casais descobrirem se eram ou não compatíveis: se eles não fossem, podiam romper o compromisso. A gravidez pré-nupcial era comum e geralmente não controversa, desde que pudessem prover para as crianças (9).

A família nuclear, como idealizada hoje, foi uma invenção dos Vitorianos, mas tem pouca relação com a vida familiar que nos mandam imitar. Seu desenvolvimento foi direcionado por necessidades econômicas em vez de necessidades espirituais, à medida que a revolução industrial tornou a produção doméstica inviável. Por mais que os vitorianos tenham exaltado suas famílias, “assumia-se que os homens teriam casos extraconjugais e mulheres também encontrariam intimidade, até paixão, fora do casamento” (frequentemente com outras mulheres). Gillis conecta a tentativa do século 20 de encontrar intimidade e paixão apenas dentro do casamento – e as expectativas impossíveis que isso cria – com a elevação nas taxas de divórcio.

A vida das crianças era caracteristicamente miserável: entregues a amas de leite, às vezes postas a trabalhar em fábricas e minas, espancadas, negligenciadas, geralmente abandonadas pequenas. Em seu livro Uma História da Infância (A History of Childhood), Colin Heywood relata que “a escala de abandono em certas vilas era simplesmente espantosa”: atingindo um terço ou a metade de todas as crianças nascidas em algumas cidades europeias (10). Gangues de rua formadas por jovens selvagens causavam tanto pânico na Inglaterra do final do século 19 quanto causam hoje.

Os conservadores geralmente recorrem à idade de ouro dos anos da década de 1950. Mas em 1950, John Gillis aponta, as pessoas da mesma linha de pensamento acreditavam que elas haviam sofrido um grande declínio moral a partir do início do século 20. No início do século 20, as pessoas fantasiavam as vidas familiares dos vitorianos. Os vitorianos inventaram essa nostalgia, olhando para trás com saudade de vidas familiares imaginadas antes da Revolução Industrial.

No [jornal] Telegraph ontem, Cristina Odone defendeu que “qualquer pessoa que queira melhorar sua vida nesse país sabe que a família tradicional é a chave.” (11) Mas a tradição que ela evoca é imaginária. Longe de ser, como asseguram os conservadores culturais, um período de depravação moral sem igual, a vida familiar, e a criação de filhos é, para a maioria das pessoas, seguramente melhor no Ocidente hoje do que em qualquer outra tempo nos últimos 1.000 anos.

As preocupações supostamente morais dos conservadores vêm a ser nada mais que um exemplo do costume da idade de ouro de primeiro idealizar e depois santificar a cultura de alguém. O passado que eles invocam é uma fabricação de suas próprias ansiedades e obsessões. Não tem nada a nos oferecer.


Referências:

1. http://c4m.org.uk/

2. William N. Eskridge, 1993. A History of Same-Sex Marriage. Virginia Law Review Vol. 79, No. 7, pp. 1419-1513

3. Jim Duffy, 11th August 1998. When Marriage Between Gays Was a Rite. Irish Times. http://www.libchrist.com/other/homosexual/gaymarriagerite.html

4. http://www.randomhistory.com/history-of-gay-marriage.html

5. Luke 14:26.

6. John R. Gillis, 1996. A World of Their Own Making: myth, ritual and the quest for family values. Basic Books, New York.

7. See George Monbiot, 1994. No Man’s Land: an investigative journey through Kenya and Tanzania. Macmillan, London.

8. John R. Gillis, as above.

9. John R. Gillis, as above.

10. Colin Heywood, 2001. A History of Childhood. Polity, Cambridge.

11. http://blogs.telegraph.co.uk/news/cristinaodone/100157628/heterosexual-marriage-im-sorry-you-cant-discuss-that/


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Vejam como a razão prevaleceu sobre as falácias desses conservadores moralistas que precisam fraudar, mentir e deturpar fatos históricos para sustentar suas teses contra a igualdade e as liberdades civis. O texto acima foi escrito em 2012, mas já em 2013, a Câmara dos Lords aprovou a lei que permitia o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em julho daquele mesmo ano, a Rainha Elizabeth dava sua aprovação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em fevereiro de 2014, a Escócia que tem legislação separada, aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Isso significa que agora pessoas do mesmo sexo podem se casar na Inglaterra, no Pais de Gales e na Escócia.

Não apenas isso, mas o número de crianças abandonadas ou órfãs que foram adotadas em 2014, foi mais que o triplo do que teria sido se a lei da adoção não tivesse reconhecido a legitimidade da família homoparental.

Ficou difícil para os pinóquios do conservadorismo moralista. Suas mentiras não se sustentaram. Seu obscurantismo foi superado pela luz da razão humanista secularista. O que mais empolga os que defendem um mundo plenamente igualitário de direitos (porém, não uniforme em vivências) é que o Reino Unido, mesmo tendo uma rainha, uma igreja estatal e um parlamento conhecido por seu conservadorismo e tradicionalismo tenha avançado mais rapidamente nos direitos civis das pessoas LGBT que muita república presidencialista em regime democrático mundo afora.

TONI REIS - 65.123 - fala sobre Estado Laico e outros temas. Vídeos curtinhos.



TONI REIS É CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL PELO PARANÁ.
PARANAENSES, VOTEM EM QUEM É REALMENTE LAICO E INCLUSIVO.

TONI REIS - 65.123


Assista outros vídeos de Toni Reis - todos curtinhos https://www.youtube.com/watch?v=cUJHbfVabWM&list=UUC_M-TDGa6ALhkKZRIwlifw&index=8

ENQUETE NO CONGRESSO - O QUE MUITA GENTE NÃO SABE.

O portal do Congresso Nacional lançou a seguinte enquete 
com duas opções de respostas: SIM ou NÃO.





ACESSE AQUI PARA VOTAR.
VOTE NÃO

http://www2.camara.leg.br/agencia-app/votarEnquete/enquete/101CE64E-8EC3-436C-BB4A-457EBC94DF4E



ACESSE AQUI PARA VOTAR: http://www2.camara.leg.br/agencia-app/votarEnquete/enquete/101CE64E-8EC3-436C-BB4A-457EBC94DF4E


Até o momento em que escrevi esse post, as respostas NÃO à pergunta "Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir de um homem e uma mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?" estavam na frente. E é muito simples entender porquê: As famílias não são APENAS constituídas de pai/mãe/filho. Na verdade, esse modelo nem é mais o da maioria. O Jornal O Globo captou essa mudança no censo do IBGE e faz matéria. Veja:

RIO - A família brasileira se multiplicou. O modelo de casal com filhos deixou de ser dominante no Brasil. Pela primeira vez, o censo demográfico captou essa virada, mostrando que os outros tipos de arranjos familiares estão em 50,1% dos lares. Hoje, os casais sem filhos, as pessoas morando sozinhas, três gerações sob o mesmo teto, casais gays, mães sozinhas com filhos, pais sozinhos com filhos, amigos morando juntos, netos com avós, irmãos e irmãs, famílias “mosaico” (a do “meu, seu e nossos filhos”) ganharam a maioria. O último censo, de 2010, listou 19 laços de parentesco para dar conta das mudanças, contra 11 em 2000. Os novos lares somam 28,647 milhões, 28.737 a mais que a formação clássica.

Outra coisa que chama atenção é que em dez anos, subiu de 132 mil para 400 os lares com não parentes (pessoas sem qualquer relação de parentesco consanguíneo). Fonte: O Globo.


Além disso, o IBGE identificou 60 mil famílias homoafetivas pelo Brasil. A maioria, 53,8%, é formada por mulheres (fonte: O Globo). Depois da legalização do casamento homoafetivo direto no cartório em 2013, esse número deve ter se tornado ainda mais expressivo. 

E ainda existem as crianças que moram em duas casas diferentes. Segundo O Globo, esse tipo de família ainda não é alvo do IBGE. Uma falha, obviamente. E os filhos sob a guarda só do pai ou só da mãe perfazem 10 milhões de lares (Fonte: O Globo).

O Globo: https://oglobo.globo.com/economia/maes-pais-que-valem-por-dois-em-10-milhoes-de-lares-pelo-brasil-5898504

Então, a pergunta da enquete no Portal do Congresso soa, por si só, despropositada e ofensiva. A única coisa que essa enquete está conseguindo fazer é movimentar um bando de fundamentalistas (muitos deles divorciados e casados de novo, e com filhos fora do casamento) para votarem em massa, inclusive usando programas que permitem a inclusão de vários votos a partir do mesmo computador (fraude), a fim de fazer parecer que a maioria das pessoas na sociedade brasileira ainda pensa como os burgueses do século 19. 

Tudo isso é uma grande palhaçada. Mas, para não me omitir, coloquei o nariz vermelho e votei. E meu voto é NÃO. Família não é constituída por pai, mãe e filho. Ela TAMBÉM pode ser constituída assim, mas isso não esgota o conceito ou a definição de família. Como diz o site do próprio IBGE: Essa unidade doméstica pode ser de três tipos: unipessoal (quando é composta por uma pessoa apenas), de duas pessoas ou mais com parentesco ou de duas pessoas ou mais sem parentesco entre elas. (grifo meu)

Façamos um favor ao Congresso Brasileiro, geralmente surdo para as mudanças e as novas demandas da sociedade brasileira, VOTEMOS NÃO na enquete.

Vale ressaltar que o surgimento de novas famílias em nada prejudica a família tradicional. E entenda-se por tradicional aquilo que diz respeito a uma tradição. Ninguém pode ser obrigado ou impedido de seguir uma tradição. Consequentemente, nenhuma família pode ser discriminada por não se encaixar no enquadramento do que veio a ser chamado de família tradicional. Até porque a família tradicional aqui pode ter se consolidado como sendo homem/mulher/filho, mas em outros lugares do mundo a família tradicional é bem diferente. Vide os povos de tradição poligâmica (um homem e várias mulheres ou uma mulher e vários homens) ou aqueles povos em que os filhos não são criados por pai e mãe, mas enviados para uma residência comunitária e postos sob os cuidados de outras pessoas, como acontece em algumas tribos. Em cada um desses lugares, a família tradicional é de um tipo bem diferente. 

De novo, vote NÃO à imposição de modelos. TODAS as famílias devem ser respeitadas como tais.

ACESSE AQUI PARA VOTARhttp://www2.camara.leg.br/agencia-app/votarEnquete/enquete/101CE64E-8EC3-436C-BB4A-457EBC94DF4E

Irmãos: um gay e o outro homofóbico. Veja como se harmonizaram.



Tenho vergonha de dizer que fui homofóbico, não entendia o fato do meu irmão mais novo na época com 16 anos assumir que gostava de homens, senti nojo, raiva dele, ele só queria ser aceito e eu 'cego de preconceito' não quis entender, ficamos 8 anos sem conversar.. entretanto, essa situação teve um fim em 2011 quando deixei de pagar várias pensões alimentícias para o meu filho, minha ex-esposa nãoencontrou outra alternativa e recorreu a lei, fui parar na cadeia, meu irmão que eu considerava uma ''bicha promiscua'' pagou minha fiança no valor de 11 mil reais, dependi daquele ''doente'' para sair da cadeia, no momento que vi meu irmão na portão da cadeia me esperando para me levar para casa, ele se importou comigo coisa que eu nunca fiz quando ele assumiu, eu senti muita raiva de mim, senti vergonha do meu preconceito bobo, cai na real, chorei, pedi desculpas, eu sempre amei meu irmão mas fui trouxa, ignorante, machista, eu perdi uma convivência de 8 anos com ele, perdi risadas, perdi boas conversas, perdi tempo para ama-ló da maneira como ele é..

Por favor senhores(a) homofóbicos, não façam como eu, se seus filhos, irmãos, algum parente/amigo seu assumir que é homossexual, ame-o e não o ignore, ele só quer ser entendido e aceito pelo que é, não o rejeite, amor deve existir sob qualquer condição, não deixe seu preconceito subir a cabeça, pois o 'mundo dá voltas' e você poderá depender dessa pessoa que descriminou e quando acontecer se sentira a pior pessoa do mundo, pense nisso..

Meu irmão serei sempre grato a você, o fato de ser homossexual não o tornou menos ''homem'' muito pelo contrário você é um homem completo, uma pessoa responsável, atenciosa, com um caráter inimaginável, pretendo um dia ser uma pessoa como você é, um exemplo a ser seguido, eu te amo.

Obrigado por lerem meu depoimento, desejo muita paz e amor para todos. Feliciano... beijos.

Por Giovanni Shcherbakov via mensagem,

Dia dos Namorados e das Namoradas



Santo Antônio anda ocupado. O que tem de gente choramingando atrás do santo, não é brincadeira. E o motivo é o mesmo: arrumar marido. As mulheres são campeãs nisso - a maioria, heterossexual. Deve haver alguma parcela de homens heterossexuais que também fazem suas mandingas com o santo para arrumar mulher, mas são bem mais raros. Acredito que alguns homossexuais também façam suas rezas e simpatias em torno de Toninho, mas não são a maioria, provavelmente. Tem gente que jura que sua receita funciona.


Comentários humorísticos de lado, vamos a alguns fatos imporantes:

Primeiro, celebrada no domingo passado (3 dias atrás), a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo deve ter promovido muitos encontros. Fico pensando em quantos desses encontros acabaram sendo marcados de novo, telefones compartilhados, um novo relacionamento iniciado. Seria interessante saber, mas talvez seja impossível. Quem sabe um dia o pessoal da Parada faça uma enquete no site oficial e as pessoas comecem a contar suas histórias de amor.

Muita gente reflete pouco e critica muito. Isso também acontece com a Parada do Orgulho LGBT. A maioria das pessoas não percebe o poder da alegria, da afirmação positiva, da celebração do orgulho de ser quem se é. Nem só de discursos e gritos de ordem se faz política. E a Parada do Orgulho LGBT, com sua descontração e quebra de paradigmas, está aí para demonstrar isso. Nada irrita mais os fundamentalistas do que a alegria dos 'pecadores'. hehehe Mas, nossa alegria não é para eles, nem mesmo para apenas irrita-los. Nossa alegria é pela vida! É alegria de viver, de ser, de gozar o que a vida oferece e conquistar o que ela nega.

Felizmente, há pouco mais de um ano o STF aprovou a isonomia das uniões estáveis, independentemente do sexo dos contratantes. Isso foi uma vitória para a cidadania, especialmente para os LGBT, pois reconheceu igualdade onde a diversidade anteriormente era motivo para a exclusão. Muitos casais homoafetivos, porém, têm enfrentado dificuldades para converter a união civil em casamento civil. Isso precisa ser resolvido urgentemente. Felizmente, alguns casais têm obtido o reconhecimento de seus casamentos, com tudo o que isso significa do ponto de vista legal.

Uma das coisas, porém, que mais me irritam quando se fala de casamento igualitário é que tem muita gente - novamente por falar muito e pensar pouco - que acha que casamento igualitário significa que o casal homoafetivo poderá obrigar o pastor ou o padre a casa-los em suas respectivas igrejas. Isso é de uma ignorância ou má-fé injustificáveis. Explico por quê:

1. Casamento igualitário é civil, essencialmente jurídico. Nada tem a ver com casamento religioso.

2. A igreja católica e muitas de suas filhas protestantes gostam de arrogar a si o direito de casar apenas as pessoas que elas consideram dignas. O Estado ignora isso. O Estado reconhece o direito de todos - o que não significa que essas igrejas farão a mesma coisa, mas isso não faz a mínima diferença juridicamente. O casamento religioso tem a força de um ritual, e ponto. Por isso mesmo, só tem valor para os que acreditam no que aquela comunidade de fé prega, porque o que vale de fato é o casamento civil. Até hoje a igreja católica não faz segundo casamento. Já o Estado reconhece quantos casamentos o indivíduo realizar nos moldes da lei. A mesma coisa vale para os casais homoafetivos. Quando o Estado reconhecer plenamente o casamento homoafetivo, o direito civil estará garantido, mas as cerimônias religiosas continuarão sendo realizadas e acordo com as crenças das agremiações religiosas. Algumas farão, outras não - conforme decisão de cada uma.

3. Da mesma maneira que uma sinagoga só casa judeus, a igreja católica só casa católicos, as igrejas evangélicas só casam evangélicos (algumas nem fazem o casamento de um membro da comunidade com um membro do Candomblé, por exemplo), as agremiações religiosas poderão continuar não celebrando cerimônias matrimoniais para casais homoafetivos, a menos que o desejem. Isso não tem nada a ver com casamento civil igualitário.

4. Além disso, já existem terreiros inclusivos, igrejas inclusivas, etc., que celebram todas as sexualidades e fazem cerimônias de casamento, antes mesmo do Estado reconhecer esse direito. Casais homoafetivos já têm celebrado seus casamentos - sem valor legal, exatamente como os de qualquer agremiação religiosa, uma vez que o único casamento que tem valor jurídico é o civil, ou seja, o do cartório. As pessoas podem assinar o contrato de casamento onde for, mas ele tem que proceder de um cartório. Portanto, cerimônia religiosa de matrimônio e casamento civil são duas coisas distintas e que não precisam se misturar.

5. Casais homoafetivos que não são religiosos ou que são ateus (como é o meu caso) não dão a mínima para sacramentos, ordenanças e preceitos religiosos. Nem passa pela nossa cabeça ficar diante de um altar e cumprir este ou aquele ritual. A única coisa que nos interessa é o reconhecimento jurídico de uma direito que é nosso como seres humanos. Se não houvesse um templo no mundo, ainda haveria casamento, porque é da natureza do ser humano querer viver em sociedade. O casamento é uma sociedade na qual as relações sexuais desempenham um papel importante, mas não exclusivo. Há muito mais envolvido nisso do que apenas sexo. Aliás, para transar, ninguém precisa casar. ;)

Portanto, quando você ouvir alguém dizer "sou a favor da união civil, mas não do casamento igualitário", lembre-se que essa pessoa nunca pensou nessas coisas ou está simplesmente agindo com má-fé para criar cismas onde não existem conflitos de fato. E se você é uma pessoa sensata que entende tudo isso e até muito mais do que isso, não vai se deixar levar pela intriga da oposição.

Agora, uma coisa é certa: só case quem quiser! Quem não quiser casar, não case! E se quiser montar um harém em casa, monte - seja de machos, de fêmeas ou dos dois. Ninguém tem nada a ver com isso. Além disso, não é de uniformização de costumes que estamos falando, mas de direitos civis. Quem quiser viver de modo totalmente diferente, pode! A única condição é que não se faça nada que viole o direito do outro e que as partes envolvidas sejam legalmente responsáveis por si mesmas e estejam de acordo por livre e espontânea vontade. Se as pessoas não envolvidas concordam ou discordam, só tenho um imperativo para elas: F-dam-se! ;)

Abaixo a carolice!

Viva o casamento igualitário!

Viva a liberdade sexual!

Viva a fidelidade conjugal!

Viva a relação aberta!

Viva a monogamia!

Viva a poligamia!

Viva a heterossexualidade!

Viva a homossexualidade!

Viva a bissexualidade!

E um viva especial para todas as identidades de gênero!


Tudo isso é valido. E a base é uma só: Você decide o que faz com seu corpo e com seus afetos. O único limite: Não violar o direito dos outros.

E quem quiser viver no estilo papai, mamãe e prole, que viva. Isso não afeta o meu direito, assim como a minha vivência da afetividade não afeta o deles. Basta que cada um cuide de sua própria vida... isso já elimina um bocado de problemas.

Sergio Viula - Blog Fora do Armário




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