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Fantástico: Quem sou eu?

O Fantástico mostra, em quatro episódios, os momentos da vida de indivíduos transgêneros.

Publicado em 12/03/2017, Atualizado em 13/03/2017


A SÉRIE

Asérie especial Quem Sou Eu?, comandada por Renata Ceribelli, conta as histórias de transgêneros em fases distintas, ressaltando a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual. O que a ciência já consegue explicar? Para ajudar a esclarecer o assunto, a série traça um paralelo com a história de "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll. Mas a Alice de Quem Sou Eu? parte em uma jornada de autoconhecimento e representa todas as pessoas que sentem que nasceram no corpo errado e estão em busca de sua identidade.






VEJA MUITO MAIS AQUI:
http://especiais.g1.globo.com/fantastico/2017/quem-sou-eu/


Vale muito a pena conferir. Veja o glossário. Super interessante. Tem vídeos também.

Confira também o episódio desse domingo, 19/03/17:
http://g1.globo.com/fantastico/quadros/quem-sou-eu/noticia/2017/03/quem-sou-eu-episodio-mostra-como-e-adolescencia-de-transgeneros.html

Estou muito feliz em ver a TV brasileira fazendo uma série sensível, inteligente e bem informada, enfocado as dores e alegrias de ser transgênero. Parabéns à Renata Ceribelli e toda a equipe do Fantástico envolvida na produção dessa série.

Já que um deputado cínico diz que só precisam definir o que é homofobia para aprovar o projeto de lei que criminaliza a homofobia, Felipe Neto explica.


Domingo passado, o Fantástico fez uma matéria muito séria sobre a homofobia no Brasil. Entre os entrevistados, estava o deputado Marco Feliciano que cinicamente disse que criminalizariam a homofobia se o projeto definisse o que é homofobia. Minha gente, o cara só não é mais cínico por falta de espaço. 

Decidi dar uma mãozinha. Resgatei aqui esse vídeo do Felipe Neto, produzido há bastante tempo, mas super oportuno. Sugiro que você, meu caro leitor ou leitora, assista o vídeo calmamente do início ao fim. E se alguma coisa que ele disser doer em você, provavelmente será um indicativo de que é preciso urgentemente resolver essa homofobia escondida em algum canto escuro da sua mente. Não se defenda do rótulo de homofóbico, mas livre-se do conteúdo. Sem proteger qualquer traço de homofobia no pensamento, na fala ou em outros atos que não o de falar, você poderá finalmente dizer com honestidade que não é homofóbico.

Isso vale para qualquer outro tipo de preconceito. Não o proteja para se defender, livre-se dele para realmente ser uma pessoa melhor.


ASSISTA O QUE O FELIPE NETO DIZ
SOBRE HOMOFOBIA:



Cirurgia não trouxe felicidade, diz Lea T. após troca de sexo

Lea T - fonte da foto: ig.com.br



28/01/2013 00h28 - Atualizado em 28/01/2013 00h28
Cirurgia não trouxe felicidade, diz Lea T. após troca de sexo Modelo falou com exclusividade para o Fantástico como se sente após a operação de mudança de sexo.


PARA ASSISTIR A ENTREVISTA TRANSCRITA ABAIXO, ACESSE AQUI:
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/01/cirurgia-nao-trouxe-felicidade-diz-lea-t-apos-troca-de-sexo.html


Dois anos atrás, a modelo internacional Lea T., filha do jogador de futebol Toninho Cerezo, falou ao Fantástico sobre a dor de ser uma transexual, ou seja, de ter nascido em um corpo de homem, mas se sentir uma mulher.

Fantástico: existe um lado bom em ser transexual?

Lea: “Não. Eu não vejo um lado bom em ser transexual. Sou penalizada em tudo”, disse ela na época.

Depois dessa entrevista, Lea T. fez a cirurgia de troca de sexo. Será que ela está feliz? A modelo falou com exclusividade para o Fantástico

Ceribelli: A Lea T. fez a cirurgia de troca de sexo em março de 2012, mas só agora, quase um ano depois, ela se sente à vontade para falar sobre o assunto. Por quê?

Lea: Porque a cirurgia é uma cirurgia complicada, não é uma cirurgia simples. É uma coisa muito íntima. Estou meio sensível, estou meio voada em algumas coisas, tentando entender algumas coisas. Mas eu acho que agora eu to começando a conseguir falar a respeito dessa cirurgia, a respeito dessa pequena e grande mudança que eu fiz.

Ceribelli: A cirurgia ocorreu tudo bem?

Lea: Hoje já ta tudo certinho. Mas é uma cirurgia demorada. Não é cirurgia que você acorda. Não é um peito. È muito diferente de tudo isso. Você não consegue andar, você tem que ficar deitada numa cama. É muito complicado.

Ceribelli: Quanto tempo você ficou no hospital?

Lea: Eu fiquei no hospital um mês e meio.

Ceribelli: Em algum momento você falou: ah, eu não devia ter feito isso?

Lea: Eu fiquei um mês, sentindo dor, pensando nisso. Eu não aconselho essa cirurgia pra ninguém.

Não é só por causa da dor física de sua recuperação que ela parece um pouco "arrependida" do que fez. Depois de conseguir com a cirurgia, o corpo feminino que tanto desejava, Lea percebe que emocionalmente, nem tudo mudou.

Lea: Eu achava que a minha felicidade era embasada na cirurgia. Mas, não foi. Não é isso.
Ceribelli: Você não ficou mais feliz depois da cirurgia?

Lea: Eu fiquei mais à vontade. É diferente. A felicidade não é não é um pênis, uma vagina que traz felicidade a ninguém.

Ceribelli: Me lembro da nossa entrevista, bem antes de você fazer a cirurgia, você dizia que não se sentia uma mulher completa sendo uma mulher no corpo de homem. Depois da cirurgia, hoje você já diz: eu sou uma mulher completa?

Lea : Não, não!

Ceribelli: Você hoje é 100% mulher?

Lea: Não. Eu nunca vou ser cem por 100% mulher.

Ceribelli: Você continua com o seu lado masculino?

Lea: Eu continuo.eu tenho minha parte masculina. Eu calço 42. Eu tenho uma mão enorme, eu tenho o ombro largo. Eu tenho umas coisas masculinas no corpo.

Ceribelli: Mas você não via antes da cirurgia. Por que você falava: não, eu sou uma mulher num corpo de homem?

Lea: Eu queria reprimir, eu reprimia muito. Quando, do momento que eu fiz a minha cirurgia e que eu fiquei um mês deitada na cama, eu entendi que isso tudo é uma bobeira.

Ceribelli: e quando você se olhou no espelho e não era o mesmo corpo?

Lea: Era o mesmo corpo. Mudou só um detalhe.

Ceribelli: Lea, você é mais mulher ou mais homem?

Lea: Eu sou eu. Eu diria que eu sou eu.

Lea sabe que, mesmo depois de operada, o preconceito ainda não vai parar. Mas se sente preparada pra isso.

Lea: Vai ter sempre a pessoa que vai te jogar na cara que você é homem. Ou que vê você andando na rua e fala que você é um homem. E depois que você sofre de uma cirurgia dessas, se você não tiver pronta, se você não tiver...é como uma facada no coração.

Ceribelli- E os homens hoje? Eles já te vêem como uma mulher?

Lea: Depende. Depende do momento. Pra o que eles querem. Em relação a uma relação sexual, ai você é uma mulher. Mas em relação a ter uma historia com você, ai você é uma transexual. Você é um homem.

Ceribelli:Mas dá pra mentir?

Lea: No meu caso absolutamente não. Todo mundo sabe, mas para uma transexual. Eu conheço algumas que são casadas há anos e o marido nunca soube.

Ceribelli- O medo que muitas transexuais têm é de perder o prazer na relação sexual depois da cirurgia. Este era um medo seu?

Lea: Eu estava tão focada em fazer esta cirurgia que eu nem pensava nisso.

Ceribelli: Afetou o prazer sexual?

Lea: Não. É a coisa que eu fiquei mais impressionada. É a coisa que mais me chocou. Realmente eu não acreditava.

Com senso de humor, Lea conta que ainda está aprendendo alguns "detalhes" da rotina de vida de uma mulher. Ir a um banheiro público por exemplo.

Lea: Eu tinha medo de não conseguir segurar com a perna pra não encostar no vaso.Todas conseguem e eu vou conseguir. Eu vou agachar. Não deu outra. Eu cai. Sujou o vestido todo. Eu ficava impressionada que vocês conseguem fazer xixi agachada com salto.

Novos desejos também estão surgindo na vida de Lea.

Ceribelli: Você quer ser mãe?

Lea: Eu gostaria. Eu acho que é uma das coisas que eu posso te dizer que eu notei em mim, que é feminino. Muito feminino. Que é esta coisa da maternidade. Dessa coisa de querer ser mãe. Talvez muito mais que ter um príncipe encantado. Acho muito mais importante.
Ceribelli- Se você fosse adotar hoje você adotaria um homem ou uma mulher?

Lea: Indiferente.

Toninho Cerezo apóia escolha de Lea T e dá conselhos à filha

“A Lea é minha terceira filha, né. Estou contente. Vejo as coisas com naturalidade. No momento, quando explodiu tudo foi um alvoroço. Porque, queiram ou não, a Lea levantou uma bandeira. Levantou uma bandeira e, você sabe, o Cerezo é um jogador, vive num ambiente de machões”, comenta Cerezo. 

Ele conta como reagiu quando soube que a filha faria a operação de mudança de sexo:

“Quando eu fiquei sabendo e me falaram, eu acho até que a própria família ficou surpresa com a minha reação, porque, além de tudo, é minha filha e eu quero mais é que todos possam ser felizes, porque eu sou um cara muito feliz”.

No final da entrevista, Toninho Cerezo deu um conselho para Lea.

“É mocinha, só tenha cuidado você é uma mulher inteligente. Você é uma modelo, imagina, você é uma modelo que desfila em Paris. Olha a sua importância e a sua importância para várias, várias e várias mulheres e pessoas que se sentem acuadas, que se sentem com vontade de explodir ou procurar essa felicidade que você está procurando e não têm coragem. Você que vive as dificuldades de fazer uma cirurgia como você fez, de lutar nesse mundo cheio de preconceitos. E saber que, realmente, você vai encontrar muita gente que vai pisar no seu pé, vai pisar no seu calo, mas você pode passar por cima. Com uma, duas, três palavras de doçura você vai superar tudo”.

FANTÁSTICO: CASAL GAY ADOTA SEGUNDA FILHA E DESCOBRE QUE ELA É IRMÃ BIOLÓGICA DA PRIMEIRA

Casal gay adota 2ª filha e descobre que ela é irmã biológica da primeira


Teodora foi a primeira criança brasileira adotada oficialmente por dois homens. Sete anos depois, o mesmo casal adotou Helena, que por coincidência, é irmã biológica a primeira filha.

Edição do dia 30/12/2012
30/12/2012 21h22 - Atualizado em 30/12/2012 21h22


 

O fim de ano guardou uma surpresa para o primeiro casal de homens a adotar uma criança no Brasil. Vasco e Júnior assumiram a guarda de Teodora, uma história que o Fantástico mostrou em 2008. Agora, quatro anos depois, eles resolveram adotar mais uma menina e acabaram descobrindo uma ligação inesperada entre as duas crianças.

Com dois aninhos apenas, Helena ainda tem um pouco de medo do Papai Noel, mas adora receber presentes. A irmã mais velha, Teodora, de 11 anos, já não dá mais tanta importância para bonecas. Prefere os eletrônicos. “É um tablet”, diz a menina.

Mas o presente que Teodora mais gostou foi outro. “É legal ganhar uma irmã para acompanhar”, conta. É o primeiro Natal das duas juntas, desde a adoção oficial de Helena.
As duas são filhas de dois pais. Vasco e Junior, que são cabeleireiros na cidade de Catanduva, interior de São Paulo.

Para entender essa história, é preciso voltar um pouco no tempo. Teodora e os dois pais apareceram no Fantástico pela primeira vez em 2008. Na época, famílias assim eram uma grande novidade.

A certidão de nascimento dela não tem o nome da mãe. Mas em compensação tem dois pais. “Teodora Rafaela Carvalho da Gama. Carvalho do Junior e da Gama, meu”, contou um dos pais.

Teodora foi a primeira criança brasileira adotada oficialmente por dois homens. Mas Vasco e Junior sempre quiseram aumentar a família. E foi procurando por outra criança para adotar que veio a grande surpresa. O casal nem imaginava que Helena, a filha mais nova, já tinha uma ligação com Teodora, a mais velha.

“Não é coincidência. Isso é coisa divina mesmo”, comenta um dos pais.

Foi nesse abrigo que, em maio do ano passado, a Helena entrou na vida do Vasco e do Junior. “Foi um dia de domingo, num horário de visita, que a gente tinha costume de vir ainda conhecer as crianças. A gente estava interagindo com as maiores e perguntei para uma amiga onde estavam os bebês. Ela fez um comentário: ‘Acabou de chegar uma criança que tem a cara da Teodora’. A gente fez umas fotos delas juntas. Aí as pessoas comentavam: ‘Como elas se parecem, como os olhares são os mesmos, a sobrancelha’. A gente foi achando que era legal a gente adotar uma outra que parecesse a Teodora”, diz Vasco.

Era tanta semelhança, tantos comentários, que Vasco e Junior ficaram desconfiados. Vasco foi até o fórum da cidade. Queria saber: será que a mãe biológica de Helena era a mesma de Teodora?

Mas, como casos assim correm em segredo de Justiça, os funcionários se recusaram a responder. A revelação veio quando o casal pegou a guarda provisória de Helena.

“Quando você pega a documentação. Fui ver, era a mesma biológica. Aí tivemos certeza”, lembra Junior.

A adoção definitiva já saiu. A família pegou junta no cartório a nova certidão de nascimento de Helena, também com o nome dos dois pais.

O processo de adoção de Helena foi mais fácil que o de Teodora. No caso de Teodora, sete anos atrás, a adoção foi primeiro em nome de Vasco. Só depois de outro processo, o nome de Junior também apareceu na certidão. Já Helena, foi adotada diretamente pelos dois.

Com a certidão, Junior e Vasco fizeram a matrícula de Helena na escola. “Telefone do pai, telefone da mãe. No caso, não tem mãe. Eu até queria sugerir para o colégio que, como são dois pais, que não estivesse especificado que é pai e mãe, porque agora a gente tem riscar o nome mãe e colocar pai”, comenta Vasco, enquanto preenche o documento.

Helena visitou a turma da irmã antes do final das aulas. As meninas não sofrem com o preconceito. Geovana Ferrise, coordenadora pedagógica da escola, diz que nunca houve situação de conflito ou adaptação. “Não teve. Lógico, surgia dúvidas: ‘nossa, tia, ela tem dois pais. Mas como assim?’ Olha, gente, é uma família diferente. Hoje em dia tem tanta gente que tem o papai e a mamãe, tem o padrasto, tem o tio que cuida, a madrinha, e a Teodora tem dois pais. Eles absorveram de uma forma natural e tranquila”, conta.

A preocupação maior de vocês era em relação aos pais das crianças?”, pergunta a repórter.
“A data de aniversário da Teodora era uma coisa que me dava um feedback disso. Porque eu mandava os convites para as crianças e às vezes eu ficava achando que alguma não fosse comparecer justamente por ser na casa de pais gays, homossexuais. Mas acabava comparecendo todas as crianças”, afirma Vasco.

Eles dizem que a família não vai parar por aí. “A gente continua na fila de adoção”, comenta Vasco. 
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2012/12/casal-gay-adota-2-filha-e-descobre-que-ela-e-irma-biologica-da-primeira.html

Ex-gays? Fantástico de 04 de janeiro de 2009






Dei entrevista ao Fantástico em 04 de janeiro de 2009.  É óbvio que a minha fala durou algo em torno de 30 segundos no formato que foi ao ar, mas devo ter falado por 20 minutos ou mais na gravação. Lógico que eu não sou ingênuo de pensar que eles colocariam tudo o que eu disse, porque tempo em TV é caríssimo e os assuntos são abundantes, mas foi uma pena não terem deixado claro que FUI evangélico. Sou ateu hoje. Também não tenho 35 anos. Tinha essa idade quando dei entrevista à revista Época. Tenho 39 anos.

De qualquer maneira, a entrevista atingiu seu objetivo. A jornalista responsável pela entrevista foi extremamente correta em tudo. E foi um prazer poder participar dessa discussão.

Além disso, quem quiser saber mais a respeito do que penso encontrará nesse blog muito mais material do que poderia ser publicado em qualquer outro lugar. Obviamente, os espaços da mídia são limitados por diversos fatores. Muitos deles além da vontade de jornalistas e editores.

Obrigado a todos que enviaram mensagens de carinho. Obrigado especialmente a Daniele.

VIVER LIVREMENTE É FANTÁSTICO!!!

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