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ONU - 2015: Holanda na vanguarda da defesa dos direitos das mulheres LBTI

Irene Hemelaar


Irene Hemelaar é a nova representante das mulheres para o Conselho das Mulheres das Nações Unidas em 2015. Holandesa, Irene Hemelaar, 45 anos, é empresária e diretora de uma organização que trabalha com o Gay Pride (Orgulho Gay) de Amsterdã. Após a sua nomeação pelo Ministro dos negócios estrangeiros, em outubro de 2015, ela fará parte da delegação do governo na assembleia geral da ONU em nome das mulheres holandesas e falará aos chefes de governo dos Estados-membros da ONU.

Irene Hemelaar pretende defender os direitos das lésbicas, bissexuais, mulheres transexuais e mulheres intersexuais (mulheres LBTI). Elas diz: Minha intenção é representar as mulheres em 2015. Em face do EuroPride 2016 em Amsterdã, vou trabalhar ainda mais, uma vez que agora é internacional. Eu estou muito ciente de que minha experiência e ativismo são apenas apenas um pequeno 'nicho' quando comparados à extensão dos direitos das mulheres e dos acordos que foram feitos na quarta Conferência Mundial sobre as mulheres em 1995 em Beijing e sobre as metas de desenvolvimento do milênio. Também essa diversidade sexual é um tema difícil de discutir em muitos dos países que assinaram os acordos. Ao mesmo tempo, minha luta pela igualdade de direitos é prova decisiva de que funciona. Quando as mulheres LBTI podem viver em plena liberdade, as mulheres heterossexuais certamente também podem."

Com a nomeação de Irene Hemelaar para o cargo, a política de direitos humanos passa a priorizar os direitos das mulheres e a proteger as minorias sexuais. Além disso, a Holanda vai sendo cada vez mais reconhecida como um país defensor dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

Desde o início da organização das Nações Unidas em 1945, as mulheres fazem parte da delegação holandesa que representa o governo na Assembleia Geral das Nações Unidas. A Holanda é o único grande país do mundo que fez isso. Uma vez selecionado da ONU, ele é acompanhado pelo Conselho das Mulheres dos Países Baixos.

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Traduzido livremente por Sergio Viula para o Blog Fora do Armário. Artigo originalmente publicado em holandês pelo www.nederlandsevrouwenraad.nl

Lucy Meadows, Professora Transexual falecida recentemente, é lembrada por uma estudante de 7 anos de idade



Organizado por Sergio Viula 
com informações do The Huffington Post 
e outras fontes em 22/04/13.


LUCY MEADOWS era uma professora transexual que vinha fazendo um excelente trabalho como educadora. Até o momento da realização de sua operação de redesignação genital, ela nunca havia enfrentado difamação pública, mas isso mudou quando um jornalista do Daily Mail, Richard Littlejohn, escreveu o seguinte sobre a professora Meadows:

“Ele não apenas está no corpo errado, ele está no emprego errado... A escola não deveria ter permissão para elevar seu ‘compromisso com a diversidade e a igualdade’ acima de seu dever de cuidar de seus pupilos e dos pais deles.”

Mas os absurdos cuspidos sobre o papel pela caneta de Richard Littlejohn não pararam por aí. Ele disse ainda:

“Ela (a escola) deveria proteger pupilos de algumas das mais, é..., desafiadoras realidades da vida adulta, não força-las por suas gargantas abaixo. Elas são crianças da escolar primária, pelos céus… ele não deveria projetar seus problemas pessoas sobre criancinhas impressionáveis.”





Agora, a professora Meadows está morta. Foi encontrada sem vida em seu apartamento. Não suportou a perseguição dessa imprensa a serviço do bullying e do preconceito. E seus alunos, essas criancinhas impressionáveis, assim rotuladas por Littlejohn, terão que lidar com a dura realidade da morte de sua professora, precipitada como resultado das ações de gente que nem participa do processo educativo ou da comunidade escolar em que a Sra. Meadows atuava.

Mas, essa mesma comunidade escolar não se calou. Professores, alunos e membros do sindicato tomaram as ruas da Inglaterra essa semana para marchar em memória da querida professora Lucy Meadows. Uma garotinha se juntou à multidão com um poema para sua ex-professora.

Daisy Moreton, uma estudante com 7 anos de idade, participou do evento em Accrington, Inglaterra, com outros da comunidade da Escola Primária da Igreja de Santa Maria Madalena, de acordo com o Manchester Evening News.

O poema diz:

"Makes you happy / in high spirits / smiles / said kind things./ Made us feel good / ever helpful / always nice / delightful / one of a kind / wonderful teacher / scientist."

Tradução:
“Faz você feliz /em alto astral /sorrisos /dizia coisas gentis./ Fazia-nos sentir bem / sempre ajudadora /sempre boa /agradável / única/ maravilhosa professora/ cientista.”

A escrita simples mostra que tipo de impacto a professor Meadows provocou em, ao menos, uma de suas alunas enquanto estava viva – um impacto positivo.

A primeira exposição de sua transexualidade aconteceu quando uma carta referente à sua transição foi escrita pelo diretor da escola Santa Maria Madalena e enviada a imprensa e dezembro/12. Na carta, os pais eram informados que o professor que eles conheciam como Nathan Upton seria chamado "Miss Meadows" depois do recesso de natal.

A escolar apoiava Meadows, mas Richard Littlejohn do Daily Mail escreveu uma coluna sobre os efeitos negativos que uma professora transgênero poderia causar sobre as crianças. Uma petição da Change.org exigindo a demissão de Littlejohn's já conquistou mais de 40.000 assinaturas desde então.

Apesar das circunstâncias em que se deu a morte da professora Meadows ainda estarem um tanto obscuras, Helen Belcher, diretora do TransMedia Watch (TMW), que monitora a cobertura da mídia sobre assuntos transexuais, disse ao The Guardian:

"Sabemos que Lucy sofreu uma quantidade enorme de monstrificação e assédio pela imprensa quando ela estava mais vulnerável perto do natal. Aquele nível de atenção pela imprensa não colaborou com seu estado mental nem um pouco."

Cá entre nós, brasileiros, essa é a maneira polida que os ingleses usam para dizer que a cobertura negativa daquele órgão de imprensa só fez estragos.

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