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Programa Hipertensão da Rede Globo conta com dois gays em seu quadro de participantes



🎬 Reality, armário e representatividade: 

O que Boninho nos revela (e esconde) em Hipertensão


Prestes a estrear mais uma edição do reality Hipertensão, o diretor Boninho — sempre ativo no Twitter — resolveu lançar uma isca para a audiência: revelou que há pelo menos dois participantes gays no elenco, mas ainda dentro do armário. Ou seja, eles não devem se assumir durante o programa… pelo menos não de imediato.

A declaração reacende uma questão que paira no ar toda vez que um reality show estreia: até que ponto os participantes LGBTQIA+ se sentem à vontade — ou seguros — para viverem sua verdade diante das câmeras?

Não é a primeira vez que Boninho “entrega” a presença de pessoas LGBTQIA+ nos programas da Globo. No início daquele mesmo ano, ele havia feito o mesmo com o Big Brother Brasil 10, sugerindo que havia pessoas não heterossexuais no elenco. A diferença é que, ao fazer isso sem o consentimento dos participantes, ele joga luz sobre uma orientação sexual que ainda é privada — e que só deveria ser revelada pela própria pessoa.

Quando um seguidor reclamou de “gays demais” nos programas, a resposta de Boninho foi certeira e até irônica:

“Sorry, mas uma boa parte do mundo é gay… O que fazer???”

A frase é boa — afinal, sim, uma boa parte do mundo é gay, bissexual, trans, queer ou simplesmente não hétero. E quanto mais essas pessoas aparecem na mídia — especialmente em programas de grande audiência como Hipertensão ou BBB — maior a chance de quebrar estereótipos, combater o preconceito e ampliar a compreensão da diversidade sexual e de gênero.

Mas há um porém: a representatividade real só acontece quando as pessoas podem se mostrar como são, sem medo. Colocar “gays escondidos” num reality pode aumentar a tensão dramática, mas também evidencia o quanto ainda é difícil ser quem se é — até num programa que se vende como um “experimento social”.

O prêmio de Hipertensão era alto: R$ 500 mil. Mas talvez o prêmio mais valioso para os participantes LGBTQIA+ fosse outro: a liberdade de poder viver sua verdade diante de milhões, sem medo de rejeição, ataques ou julgamentos.

E isso, a gente sabe, ainda não está garantido.

Toma Lá, Dá Cá - 15/09/09 - Dra. Percy (a psicóloga da "cura gay")

Quando o humor escancara a verdade: “Toma Lá, Dá Cá” e a farsa da "cura gay"



Parabéns à Rede Globo e ao programa "Toma Lá, Dá Cá" pela coragem em enfocar o ridículo que é essa canalhice de tentar reverter a sexualidade alheia. Eles retrataram muito bem o assunto. Escancararam mesmo. Seguindo a trilha dos últimos acontecimentos ("grupos de reversão" e programas pseudo-psicológicos), a Dra. Persi representou o psicólogo que aplica o golpe da "reversão".


O elenco arrasou! Mostrou para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir a babaquice que é esse tipo de ideia.

Esse desabafo, feito na época em que o episódio foi ao ar, continua atual — e necessário. O programa "Toma Lá, Dá Cá", exibido pela Globo entre 2007 e 2009, usou o humor escrachado para denunciar uma prática tão absurda quanto perigosa: a chamada “cura gay”.

Na trama, a personagem Dra. Persi, vivida pela genial Marisa Orth, aparece como uma caricatura grotesca e hilária dos “profissionais” que prometem reverter a orientação sexual de seus pacientes — uma verdadeira crítica aos charlatães que usam da pseudociência para reforçar o preconceito e alimentar a homofobia.

Essa abordagem foi mais que uma piada. Foi um tapa de luva. Em plena TV aberta, numa época em que os direitos LGBTQIA+ eram ainda mais ignorados ou distorcidos pela mídia, o programa teve coragem de chamar as coisas pelo nome: isso é golpe, isso é canalhice, isso é babaquice.

O episódio foi uma forma potente de dizer ao público: não há nada de errado em ser gay, errado é tentar "consertar" o que não é defeito. E o mais bonito? Eles fizeram isso com inteligência, humor e um elenco afiado.

Vale lembrar que o próprio Conselho Federal de Psicologia, desde 1999, proíbe qualquer prática de “reversão sexual” por parte de psicólogos. Essas supostas “terapias” não apenas não funcionam — elas causam dor, trauma e sofrimento.

Quando a arte se posiciona, ela educa, provoca e transforma. E foi exatamente isso que "Toma Lá, Dá Cá" fez. Que mais produções tenham essa mesma ousadia: usar o riso como arma contra a ignorância.

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