The Guardian faz matéria sobre "cura gay" e entrevista o brasileiro Sergio Viula também.
No dia 28 de janeiro desse ano, o querido Leandro Ramos, que trabalha com a All Out no Brasil, entrou em contato comigo para saber se eu estaria disposto a dar uma entrevista a Matthew Jenkin, jornalista do periódico inglês The Guardian. Respondi que sim e que podia ser por telefone se ele preferisse.
Matthew entrou em contato por e-mail e combinou o horário para conversamos. Falamos por mais de uma hora na sexta-feira seguinte, já em fevereiro. A matéria era sofre essa fraude chamada "cura gay" ou "terapia de conversão", dentre outros nomes tão absurdos quanto os conteúdos que carregam.
Pois bem. A matéria saiu.
Quem quiser dar uma olhada poderá acessá-la aqui:
https://www.theguardian.com/global-development-professionals-network/2016/feb/09/electrocution-and-submersion-gay-cures-and-the-fight-to-end-them
P.S. (21/02/15): O site Geledés publicou uma tradução na íntegra:
https://www.geledes.org.br/choques-eletricos-estupro-e-submersao-curas-gay-e-a-luta-para-dar-fim-a-elas/
Ignorância incurável
Essa semana também gravei um vídeo bem singelo, mas marcando um momento muito importante no contexto do combate à homofobia no Rio de Janeiro: a exoneração de Ezequiel Teixeira, auto-intitulado apóstolo, fundador de uma igreja neopentecostal no Rio de Janeiro, cujas doutrinas são muito pouco ortodoxas, quando comparadas com as do protestantismo histórico.
O tal pastor havia sido convidado pelo governador Pezão para assumir a secretaria que também é responsável pelo programa Rio sem Homofobia, coordenado por Cláudio Nascimento. Como assim, Pezão? Ficou doido? O que você queria com uma atitude dessas, macho?
Bem, o pastoreco não perdeu tempo e começou a desmontar o programa mais estruturado do Brasil no nível estadual, mas essa "bênção" homofóbica e promotora de discriminação contra outras religiões, não durou no cargo. Aliás, essa secretaria também era responsável por um programa de tolerância religiosa, incompatível com a mentalidade desse "coitado", que só é ignorante por escolha, porque oportunidade para sair dessas trevas mentais, ele já deve ter tido de sobra. Na verdade, quem acompanha os movimentos teológicos inclusivos que vêm sendo feitos na Europa e em alguns círculos dos EUA e da América Latina sabe que essas posturas discriminatórias estão mais do que ultrapassadas, ainda que insistam em subsistir aqui ou ali.
Quando a gente fala que fundamentalismo não combina com democracia e pluralismo e que esses caras só pensam em ampliar seus podres poderes, não é exagero.
Alô, Rio sem Homofobia!
Força na peruca e trabalho perseverante para recuperar o que foi danificado e manter funcionando o que não foi tocado pela estupidez daquele que foi e já não é. (risos)
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