Filha do presidente dos Camarões sai do armário, apesar de ser proibido

Brenda Biya (à esquerda) e sua namorada
Na semana passada, Biya compartilhou uma foto nas redes sociais onde aparece beijando sua namorada, uma modelo brasileira. A imagem ganhou grande repercussão na mídia nacional, em parte devido às rígidas leis anti-LGBTQ+ vigentes no país. Atualmente, a homossexualidade é considerada crime, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão e multas de 20.000 francos (aproximadamente 180 dólares americanos). Esse contexto legal praticamente não oferece direitos aos LGBTQ+ nos Camarões. Em uma entrevista, Biya expressou esperança de que sua visibilidade encoraje outras pessoas a se assumirem e compartilharem suas histórias. “Muitas pessoas estão na mesma situação que eu, sofrendo por serem quem são,” disse ela. “Se eu puder dar-lhes esperança, ajudá-las a se sentirem menos sozinhas, se puder transmitir amor, fico muito feliz. Falar abertamente é uma oportunidade de enviar uma mensagem ainda mais forte.”
A revelação de Biya acontece em meio a um movimento de mudanças progressistas na África nos últimos anos, com países como Angola, Botsuana, Moçambique e Nigéria revogando leis anti-gay de origem colonial. (Enquanto isso, alguns países, como Uganda, têm endurecido suas leis). Biya também destacou que a legislação dos Camarões foi estabelecida muito antes de seu pai assumir o cargo. “Acho isso injusto e espero que minha história ajude a mudar essa situação. As mentalidades estão evoluindo nos Camarões, especialmente entre os jovens,” comentou ela. “Vai levar tempo, mas acredito que as coisas podem mudar.”
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