Por Sergio Viula
E dá-lhe trabalho online!
Fossem estes dias comuns como costumavam ser, o mês de maio teria começado da forma mais gostosa possível - com um feriado nacional em plena sexta-feira! Porém, esse ano não teve nada de comum até agora, especialmente desde a segunda quinzena de março. A primeira morte foi registrada precisamente no dia 16 de março. Era um homem de 62 anos. Ele deu entrada no hospital no dia 10 e morreu no dia 16 em São Paulo.
De 16 de março até agora, 6.434 pessoas morreram de complicações ocasionadas pelo coronavírus.
O número de infectados chegou a 92.630 pessoas até esse sábado de manhã. 38.039 se recuperaram.
Porém, excluídos os mortos e os recuperados, temos ainda 48.157 pessoas que não sabem ainda se vão viver ou se vão morrer neste exato momento.
Há quem estime que até amanhã (domingo), o número de mortos chegará a 10 mil. Depois disso, se as coisas continuarem como estão, o crescimento deverá escalar. Por isso, há governadores e prefeitos endurecendo as medidas de isolamento. Estão certíssimos!
Por causa dessa conjuntura de crise gravíssima, meu aniversário, que será no dia 08 de maio, sexta-feira que vem, será comemorado sem qualquer aglomeração. Só eu e Andre. Nem meus pais me verão, exceto por videoconferência. E o mesmo vale para os meus filhos.
Devido a uma sugestão de minha amiga Hellowa Corrêa, estou pensando seriamente em fazer uma live comemorativa com as pessoas que desejarem participar. Divulgarei o link para a videoconferência no meu perfil do Facebook. Devo fazer isso na sexta-feira, à noite, porque Andre terá que trabalhar durante o dia.
Tenho trabalhado muito online. Não saio de casa para nada. A última vez que saí foi apenas para ir ao mercado. Isso foi no dia 26/04. Eu havia ficado duas semanas sem sair de casa para nada antes disso e agora já faz praticamente uma semana que não ponho o pé fora de casa. Quando fui ao mercado, fui de máscara e municiado de álcool gel. Uma vez em casa a sequência é sempre a seguinte: roupa no cesto, banho, higienização de todos os itens antes de irem para o armário ou para a geladeira, mãos lavadas com água e sabão, e só depois disso, o sonhado relaxamento.
É inacreditável ver que muita gente ainda defende o indefensável e apoia o senhor dos absurdos em seu picadeiro palaciano ou nas adjacências da Praça dos Três Poderes. Sinto uma vergonha alheia sem tamanho.
Acreditem, se as pessoas que defendem o indefensável e apoiam o senhor dos absurdos tivessem de si mesmas um décimo da vergonha que sinto delas por serem indivíduos providos de cérebro que agem como se fossem decerebrados, elas certamente abandonariam o discurso que as nivela tão rasteiramente.
Pelo jeito, não têm.
Mas. apesar de todos esses aí, amanhã há de ser um novo dia para esse sofrido planeta, quer vivamos ou morramos. Mas eu prefiro viver - e viver sem esse vírus ou quaisquer outros.
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