Tiros contra adolescentes LGBT em Tel Aviv: Netanyahu promete punição exemplar
Ataque deixa dois mortos e ao menos dez feridos em centro de apoio a jovens gays e lésbicas em Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu que será feita justiça às vítimas de um atirador que matou duas pessoas e deixou pelo menos dez feridos em um centro para adolescentes gays e lésbicas, em Tel Aviv.
Centenas de policiais foram mobilizados no domingo em busca do homem, que, segundo testemunhas, invadiu o local na noite de sábado e atirou indiscriminadamente usando um revólver. Ele estava mascarado e vestido de preto.
Logo após o ataque, a polícia ordenou que boates e bares gays da cidade fechassem temporariamente por questões de segurança.
Inicialmente, houve relatos de três mortos, mas informações posteriores confirmaram duas vítimas fatais: um rapaz e uma moça.
Marcha à luz de velas e protestos

Na mesma noite, centenas de homossexuais foram às ruas em uma marcha à luz de velas, em protesto contra o atentado. Líderes do movimento LGBT em Israel classificaram o ato como o pior ataque a homossexuais na história do país.
Yaniv Weisman, diretor da Associação Israelense de Jovens Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, disse à BBC que o crime foi deliberado: “Não é um local que você pode ver da rua”, destacou, reforçando a suspeita de que o agressor foi direto ao alvo.
Apesar de Tel Aviv ser conhecida por sua mentalidade liberal e por abrigar uma vibrante comunidade LGBT, em outras partes de Israel o preconceito ainda é forte, alimentado por setores religiosos conservadores.
Comentário deste blogueiro
Parabéns ao governo de Israel que entende que um Estado laico é a melhor maneira de garantir o direito de todos — sejam religiosos ou não, de uma ou outra orientação sexual, nacionais ou estrangeiros residentes.
O que é impressionante é como o fundamentalismo adoece as pessoas e afeta diretamente, por meio da violência, aquelas que não se sujeitam ao mesmo.
Israel é um oásis democrático no meio de um deserto de fundamentalismo no Oriente Médio. E essa democracia não se deve à religião, mas ao secularismo que caracteriza essa jovem nação, associado à eterna lembrança de todo o sofrimento vivido, graças ao preconceito e à discriminação contra os judeus, especialmente na Idade Média e na II Guerra Mundial.
Seria uma loucura se o Estado de Israel tolerasse preconceitos de qualquer espécie — fossem religiosos, sexuais, de gênero, raciais, etc.
Esperamos que a punição seja exemplar. Juridicamente, esta é, no mínimo, uma questão de compensação e de exemplo.
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