Gays pedem ao Papa uma postura clara contra a discriminação

Argentina: Gays pedem ao Papa uma postura clara contra a discriminação

Publicado em 29 de Julho de 2013
Em http://www.rosario3.com/noticias/pais/noticias.aspx?idNot=133534

Tradução: Sergio Viula




As organizações da diversidade sexual pedem
uma postura mais contundente a Francisco. (EFE)



A Federación Argentina de Lesbianas, Gays, Bisexuales y Trans tornou pública sua posição diante das falas de Francisco sobre a homossexualidade. “Mais do que declarações demagógicas, seria importante uma posição contundente contra a perseguição. " – sustenta a organização.

As organizações da diversidade sexual pedem uma postura mais contundente a Francisco.

A Federación Argentina de Lesbianas, Gays, Bisexuales y Trans (FALGBT) tornou publica sua posição sobre as declarações do Papa Francisco realizadas em sua viagem de volta a Roma. Nos bastidores de sua participação na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Pontífice falou, entre outros temas, sobre a homossexualidade. “Se uma pessoa é gay e busca ao Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O problema não é ter essa tendência. O problema é fazer um lobby”, afirmou.

O presidente da FALGBT, Esteban Paulón, referiu-se a esses discursos, e disse: “Ao mesmo tempo em que se coloca num lugar misericordioso, novamente vincula a diversidade sexual com o lobby, à mentira e à fraude. Não há avanço de fato em matéria de família e na condenação da discriminação e da homofobia”.

“É indispensável uma profunda autocrítica da parte da hierarquia da igreja sobre a posição que historicamente tem mantido em relação a lésbicas, gays, bissexuais e trans.” – acrescentou Paulón.

“Não nos esquecemos de que esse mesmo papa que hoje disse não julgar-nos foi quem conclamou uma guerra em Deus contra o plano do demônio que incluía a lei de matrimônio igualitário. Esse tipo de declaração, provindo do mais alto posto da hierarquia da Igreja Católica, só promove o ódio e a discriminação” – indicou o dirigente.

“Mais que declarações de ocasião e demagogia, seria sumamente importante uma declaração clara e contundente contra a violência e perseguição que sofremos lésbicas, gays, bissexuais e trans por causa da punição da homossexualidade em mais de 70 países do mundo, oito dos quais incluem a pena de morte.” - acrescentou.

Para Paulón, em vez de expressar-se contra essa violência, “o Vaticano tem se alinhado sistematicamente aos países punidores nas votações das Nações Unidas, inclusive não havendo condenado os abusos vividos na Rússia há uns dois meses”.


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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO


Parabéns aos argentinos por enxergarem bem além da demagógica cortina de fumaça que Francisco sabe muito bem colocar sobre o que realmente interessa.

E fica a dica para a comunidade LGBT brasileiras e os diversos movimentos pró-LGBT: Aprendam com os elegantes e guerreiros LGBT portenhos.


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