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Linguagem neutra não-binária (trecho de uma live)

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 Por Sergio Viula Esse é um trecho de uma live feita com @Sviula a convite de @carolina_carolino no perfil das @carolinas_da_borborema no Instagram em 07/04/24. Esse é apenas um trecho da nossa conversa e se refere ao uso da linguagem neutra não-binária. A live completa pode ser vista aqui: https://www.instagram.com/reel/C5en-hhvjuq . Nessa live, além de linguagem não binária, discutimos a falsamente chamada "cura gay", o Movimento LGBT+ no Brasil, temas relacionados à orientação sexual e identidades de gênero.  O trecho abaixo é apenas um recorte da live, mas considero que seja muito interessante e relevante para as diversas discussões sobre linguagem neutra na atualidade. Confira e siga o perfil dos participantes no Instagram. Carolina Carolino e Sergio Viula 07/04/24 Instagram: @carolinas_da_borborema

"Ex-gay" que fez lobbying para Mike Pence agora vai casar com outro homem

Traduzido e adaptado por Sergio Viula

Texto original por Nick Duffy 
para o Pink News




Ex-líder ex-gay Randy Thomas com seu parceiro Dan Scobey


Um lobista "ex-gay" que costumava conviver com Mike Pence e George Bush desculpou-se com a comunidade LGBT+ por seu passado de trabalho anti-gay e anunciou que planeja se casar com outro homem.

Randy Thomas serviu como vice-presidente e porta-voz nacional da defunta Exodus International, que foi a mais poderosa organização promotora das chamadas terapias de conversão ("cura gay") nos Estados Unidos, com tentáculos espalhados em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Essa organização se baseava em visões distorcidas sobre sexualidade baseando-se em doutrinas fundamentalistas cristãs.

Thomas, que se assumiu gay em 2015, desculpou-se pelo seu passado equivocado numa entrevista tocante concedida ao Truth Wins Out.

Ele disse: "Às pessoas que eu feri com a teologia tóxica e com as visões estigmatizantes que eu propunha e promovia... peço desculpas. E se você está com raiva e não pode me perdoar, eu entendo, eu estou com raiva e não posso me perdoar por algumas coisas."

“Não estou tentando convencer você a gostar de mim. Mas eu realmente espero que você aceite minhas sinceras desculpas. E agora que eu sei mais, eu vou fazer melhor."

Randy Thomas caiu na rede do movimento "ex-gay" ("cura gay') depois de anos submetido a horrenda homofobia, inclusive dentro de casa. Ele explicou que cresceu em Nashville, Tennessee, e foi rejeitado pela família por ser gay. 

"Ser expulso de casa por ser gay foi uma das mais traumáticas experiências que eu já tive na minha vida."

Thomas foi expulso de casa e deserdado. Depois disso, ele morou em seu carro por três anos e teve vontade de se matar.

Foi uma drag queen que o ajudou, oferecendo-lhe um lugar para ficar — mas depois de sofrer um ataque homofóbico, ele se mudou para a casa de uma tia no Texas, onde acabou se juntando a uma igreja evangélica.

Thomas foi fisgado pela Exodus através de seus ensinos sobre dependência emocional. Segundo ele, "isso dava a você algo que você desesperadamente precisava, mas havia algumas cordas escondidas."

“O falso senso de comunidade e aceitação que eu experimentei lá foi a primeira vez que eu me senti realmente aceito, e não demorou para eu assumisse a identidade de 'ex-homossexual'."

Thomas diz que Mike Pence, atual vice-presidente dos EUA na administração Trump, apoia o movimento "ex-gay" ("cura gay") e que por isso sua história e a de outros integrantes da Exodus lhe interessavam. Era como se essas narrativas conferissem legitimidade a esses discursos. Kellyanne Conway, conselheira de Trump, também agia simpatizante da Exodus 
 em suas teorias e práticas.


Kellyanne Conway, conselheira do presidente Donald Trump, 
e o vice-presidente Mike Pence (Bill Clark/CQ Roll Call)



Thomas diz: "Agora eu olho para trás. E eu, tipo [me pergunto] por que você não gritou? Por que você traiu sua comunidade assim? É duro pensar sobre isso."

Apesar de ter lutado com unhas e dentes contra o casamento igualitário, Thomas agora planeja se casar com seu parceiro Dan Scobey.

O casal, que vive em Orlando, fundou sua própria organização sem fins lucrativos, a Thrive LGBTQ+, que trabalha para “confrontar estigmas baseados em religião" e para se opor a "tentativas de mudar ou reprimir a sexualidade inata e a identidade das pessoas LGBTQ+".


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