Postagem em destaque

Linguagem neutra não-binária (trecho de uma live)

Imagem
 Por Sergio Viula Esse é um trecho de uma live feita com @Sviula a convite de @carolina_carolino no perfil das @carolinas_da_borborema no Instagram em 07/04/24. Esse é apenas um trecho da nossa conversa e se refere ao uso da linguagem neutra não-binária. A live completa pode ser vista aqui: https://www.instagram.com/reel/C5en-hhvjuq . Nessa live, além de linguagem não binária, discutimos a falsamente chamada "cura gay", o Movimento LGBT+ no Brasil, temas relacionados à orientação sexual e identidades de gênero.  O trecho abaixo é apenas um recorte da live, mas considero que seja muito interessante e relevante para as diversas discussões sobre linguagem neutra na atualidade. Confira e siga o perfil dos participantes no Instagram. Carolina Carolino e Sergio Viula 07/04/24 Instagram: @carolinas_da_borborema

Amsterdã: a experiência ainda não acabou. :)

Grupo que participou da Visita Internacional promovida
pela NL Agency / NL EVD Programme 



Agosto de 2012

2012 trouxe muitas surpresas agradáveis e muitas lutas também. Dentre as mais agradáveis surpresas, figura a minha visita a Amsterdam para conhecer o Programa de Direitos LGBT (LGBT Rights Programme). A visita foi organizada pela NL Agency / NL EVD International com o apoio da Embaixada da Holanda no Brasil. Foram muitas as experiências de troca nas reuniões, visitas guiadas e eventos voltados para os direitos LGBT. 








Os holandeses são impecáveis em tudo o que fazem. Fui extremamente bem tratado e bem cuidado o tempo todo. Já postei várias coisas sobre essa visita a Amsterdã, como você poderá conferir nos links no rodapé desse post, mas deixei muita coisa de fora por falta de tempo.


Aproveitando esse recesso natalino, decidi compartilhar mais um pouco do muito que recebi lá. Espero que curtam e que aproveitem essas informações de alguma maneira.


Com a palavra (em holandês), a Ministra Van Bijsterveldt.

Esse texto foi publicado na revista que está no detalhe logo abaixo do artigo.










Os grupos de advocacy que trabalham em prol dos direitos das pessoas trans poderão trocar experiências e cooperar com o Transgender Europe. Eles lançaram um panfleto com diversas informações sobre a organização e sua luta. Dentre as muitas informações, destaco as que vêm sob o título "Oito Direitos Humanos" (Eight Human Rights):


1. Direito igual para obter e manter empregos sem preconceito.


2. Direito a documentos e papéis que reflitam a realidade daqueles que vivem seu papel de gênero preferido. Isso inclui:


a) Direito a mudar o nome, inclusive muda-lo para um gênero diferente, quando os nomes tiverem gênero definido, sem tratamento médico como pré-requisito.


b) Direito a mudar o gênero em todos os documentos públicos sem tratamento médico como pré-requisito.


3. Direito a ser reconhecido - para todos os propósitos legais - no gênero adotado sem tratamento médico como pré-requisito.


4. Direito a ter acesso a tratamentos com um mínimo de qualidade para redefinição de gênero.


5. Direito a ser tratado com igualdade em todas as áreas dos centros de assistência médica, sem preconceito.


6. Direito à segurança em público e privado.


7. Direito a acesso igualitário a bens, serviços, moradia e outros serviços, sem preconceitos.


8. Direito ao reconhecimento de seu relacionamento, incluindo o casamento e o direito de fundar e manter uma família.


Treinamento em Argumentação Pró-Inclusão de Transgêneros (em inglês):


TGEU


O Transgender Europe (TGEU) encontra-se no Facebook também: www.facebook.com/TransRightsEurope


Outra organização que adorei conhecer chama-se Secret Garden (Jardim Secreto). Trata-se de uma fundação para muçulmanos/muçulmanas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). Foi estabelecida em dezembro de 1994, com a intenção de alcançar e reunir jovens muçulmanos transgêneros ou com orientação homossexual ou bissexual. A ideia era coloca-los em contato uns com os outros e lutar por seus direitos. Para tanto, o Secret Garden organizou diversas atividades no prédio do COC (uma espécie de organização guarda-chuva que faz uma interface entre os grupos LGBT e o governo na Holanda) no centro de Amsterdã por sete anos. Em dezembro de 2008, o Secret Garden tornou-se uma fundação independente.




Propaganda do Filme








Alvos do Secret Garden:


1. Organizar reuniões para muçulmanos LGBT para promover auto-aceitação. Esses encontros podem ser educativos, mas também visam abordar e discutir temas LGBT de uma maneira criativa.


2. Prover assistência de saúde anônima e ajudar visitantes individuais desse grupo-alvo com assistência de saúde mental e física.


3. Secret Garden quer colocar a sexualidade e a diversidade na agenda e contribuir para o debate público sobre o tabu relacionado à diversidade sexual nas comunidades imigrantes.


4. Cooperar com outros movimentos da sociedade civil e organizações internacionais para aprimorar os direitos LGBT.


5. O Secret Garden quer desenvolver sua organização como uma fundação duradoura aprimorando o expertise dos membros de sua diretoria e voluntários.


Quem desejar entrar em contato com o Secret Garden (em inglês, francês, holandês ou árabe) poderá usar essa página que, apesar de estar em holandês, é bastante intuitiva: http://www.stichtingsecretgarden.nl/contact_eng.html


Eles também estão no Facebook: http://www.facebook.com/stichtingsecretgarden



Diversas publicações celebraram o Amsterdam Pride 2012. Muitas empresas apoiam e patrocinam eventos e publicações. Uma que me chamou atenção foi a "Et Alhors? - A Flamboyant Magazine / The Amsterdam Edition." Vejam a capa, o editorial, o expediente e a primeira matéria (com fotos incríveis) da revista. A edição vai muito além, mas essa é apenas uma amostra. Você pode visitar o site da revista em http://www.etalorsmagazine.com:





**********







**********



**********



**********



**********







**********





**********







**********







**********





**********





**********



**********





A revista Et Alors? também contemplou as lésbicas com um belíssimo ensaio fotográfico na The Amsterdam Edition. Reproduzo abaixo a foto de chamada para o ensaio. Ela tomava duas páginas inteiras. Por isso, tive que copia-las em separado para depois junta-las de novo, mas é possível ter uma ideia da beleza do ensaio subsequente a essa chamada.











Um dos eventos mais importantes promovidos em Amsterdã por ocasião das festividades do Amsterdam Pride foi o LGBTI ALMS 2012 - The Future of LGBTI Histories.









Nesse evento, experts de várias partes do mundo abordaram a importância dos arquivos de história e cultura LGBTIQ e apresentaram seus trabalhos - grande parte realizado em universidades ou museus. Os acervos de cada uma dessas instituições é fascinante. Pesquisadores, militantes e LGBTIQ (ou não) que desejem enriquecer seu conhecimento sobre a diversidade sexual e como as pessoas sexodiversas viveram, amaram, lutaram e conquistaram espaço ao longo da história poderão encontrar material riquíssimo junto a essas instituições. Os arquivos podem ser de textos, filmes, áudio, desenhos, etc.





**********



http://www.outfest.org/legacy/



Registro algumas das organizações que trabalham com esses acervos. Veja a seguir:


NA ITÁLIA



http://www.fondazionefuori.it


NOS EUA













http://www.onearchives.org/





http://rmc.library.cornell.edu/HSC/






https://www.lib.umn.edu/scrbm/tretter




http://stonewallnationalmuseum.org


NA ALEMANHA





http://www.schwulesmuseum.de/




http://www.ida-dachverband.de






















NA HUNGRIA






http://www.hatter.hu



NO REINO UNIDO







http://www.bishopsgate.org.uk



NA AUSTRÁLIA





http://alga.org.au/


EM AMSTERDAM - MUSEUM APP











http://www.museumapp.nl/
Contact: dick@waag.org




---------------------------------

E NO BRASIL???


EXISTE MUSEU OU ARQUIVO PARA PRESERVAR A MEMÓRIA LGBT NO MAIOR PAÍS DA AMÉRICA LATINA?




Ainda não. Nem o Brasil nem outros países da América Latina possuem qualquer museu para preservação da memória LGBT. Contudo, há uma promessa de que São Paulo terá o primeiro Museu Gay deste lado das Américas, a ser inaugurado na Estação República (do Metrô) em 2013. Ele será chamado Centro Cultural Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo e terá como principal função o resgate e a preservação da história do movimento gay em São Paulo.

Estamos aguardando...









Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A homossexualidade no Egito antigo

Zeus e Ganimedes: A paixão entre um deus e um príncipe de Tróia

Humorista 'Picolina' é encontrada morta dentro de casa em Fortaleza