💸 Banco mundial vai calcular o impacto da homofobia no Brasil 💸

 💸 Banco Mundial calcula o custo da homofobia no Brasil: um passo essencial rumo à justiça social e econômica 🌈




Por Sergio Viula

Num momento em que algumas empresas ao redor do mundo estão recuando em suas políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), é reconfortante e urgente ver que outras iniciativas — públicas, privadas e multilaterais — seguem firmes e, mais do que isso, ampliando suas ações. O mais recente exemplo disso vem do Banco Mundial, que acaba de iniciar um estudo inédito no Brasil para calcular o impacto econômico da homofobia e da LGBTfobia.

A pesquisa, realizada em parceria com organizações LGBTQIA+ brasileiras, pretende mensurar perdas de produtividade e renda provocadas pela discriminação contra pessoas LGBTQIA+, além de subsidiar a formulação de políticas públicas mais eficazes no combate às desigualdades.

A coleta de dados será feita em todo o território nacional até agosto de 2025, e os resultados são esperados para o primeiro semestre de 2026. A iniciativa conta com o apoio de um comitê consultivo de peso, com representantes do IBGE, Ipea, ACNUDH, Ministério dos Direitos Humanos, Ministério do Trabalho, além do Conselho Nacional LGBTI+ e diversas organizações sociais.

Embora esta seja uma nova empreitada no Brasil, o Banco Mundial já realizou estudos semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, concluiu que a exclusão de minorias sexuais poderia representar uma perda de até 1,7% do PIB. Aqui no Brasil, o Relatório Brasil LGBT 2030, da consultoria OutNow Global, já apontava um impacto monumental: US$ 405 bilhões perdidos devido à homofobia — considerando perda de produtividade, alta rotatividade no trabalho (entra e sai de funcionários) e ações judiciais.

Esses números escancaram o que já sabíamos na pele: a homofobia é um câncer no tecido social — e custa caro, não apenas em vidas e dignidade, mas também em desenvolvimento humano e econômico. Combater essa violência, portanto, não é apenas uma questão moral e ética. É uma questão estratégica para qualquer sociedade que deseje prosperar.

Ações governamentais são fundamentais nesse processo, mas não são suficientes sozinhas. Empresas, escolas, instituições religiosas, ONGs e cada pessoa cidadã têm um papel crucial a desempenhar. Erradicar a homofobia exige um compromisso coletivo e constante.

Que esse estudo do Banco Mundial ajude a abrir ainda mais os olhos dos tomadores de decisão, mostrando que a inclusão não é apenas justa: ela é inteligente.

📝 Publicado por Fora do Armário – onde a diversidade tem sua voz amplificada.

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