Católicos e preservativos

 

Primeiro balão:
Vocês católicos alegam ser pró-vida, mas são contra o uso de camisinhas para previnir a AIDS que mata milhões!

Segundo balão:
Ei, eu não faço regras...

Terceiro balão:
Eu só as ignoro.

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✝️ Católicos e o Preservativo: quando a fé ignora a vida


Em pleno século XXI, a hierarquia da Igreja Católica ainda insiste em condenar o uso do preservativo. A mesma instituição que silenciou por décadas os abusos sexuais cometidos por seus clérigos, se acha no direito de ditar regras sobre o corpo, o desejo e a proteção de milhões de pessoas no mundo.

Não se trata apenas de uma opinião religiosa — trata-se de um posicionamento com consequências mortais, especialmente entre os mais pobres e menos escolarizados, que frequentemente recebem informações distorcidas ou são doutrinados desde cedo a ver o preservativo como "pecado".

Essa postura irresponsável e cruel colabora para:

  • A propagação de ISTs (como o HIV), principalmente em comunidades vulneráveis e com pouco acesso a educação sexual.

  • O aumento de gravidezes não planejadas, que sobrecarregam mulheres e meninas que, muitas vezes, já vivem em condições precárias.

  • A manutenção de uma cultura de culpa e repressão, que nega o prazer, criminaliza o desejo e trata a sexualidade como algo a ser temido, não vivido com responsabilidade e liberdade.

📌 A quem interessa o combate ao preservativo?

Certamente não é a Deus, que, se é amor, não pode desejar a morte lenta de pessoas por doenças evitáveis.

Interessa a uma estrutura de poder masculina, patriarcal e moralista, que prefere ver a pobreza se reproduzindo, o sofrimento se perpetuando, e os corpos sendo controlados.

É mais fácil dominar quem tem medo. É mais fácil oprimir quem não conhece seus direitos.

🚫 Negar o preservativo é negar a ciência

Num mundo onde há cura e prevenção, a ignorância defendida como fé é criminosa. Quando o papa ou um bispo diz que camisinha "incentiva o sexo promíscuo", está, na prática, incentivando o sexo desprotegido. E, entre o sermão e a realidade das favelas, das periferias e dos sertões, é a realidade que vence — com seus enterros precoces e infâncias abandonadas.

A camisinha salva vidas. A camisinha é acessível. A camisinha é um ato de amor, de cuidado e de respeito. Negá-la é negligência espiritual e social.


Fora do Armário denuncia: enquanto padres condenam o preservativo do púlpito, são as mulheres pobres e os jovens periféricos que enterram os mortos e criam os filhos sozinhos.

Se é isso que chamam de moral cristã, nós preferimos a ética da vida.

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