
🛑 Vergonha Internacional no Malaui: casal gay é condenado a 14 anos de prisão com trabalhos forçados!
Em pleno 2010, quando tanta gente no mundo já entendeu que amar não é crime, assistimos a um espetáculo de ignorância, preconceito e violência institucionalizada no coração da África.
Na última quinta-feira, 20 de maio, o juiz Nyakwawa Usiwa-Usiwa, do Malaui, condenou Steven Monjeza, de 26 anos, e Tiwonge Chimbalanga, de 20, a 14 anos de prisão com trabalhos forçados. O motivo? "Atos antinaturais" e "indecência grave". A "prova" do crime? Eles se amam e ousaram realizar uma cerimônia de noivado, em dezembro do ano passado.
O juiz ainda teve a audácia de dizer que a sentença serviria para “proteger o público de pessoas como vocês”. Que tipo de público ele quer proteger? O da ignorância? O da intolerância? O da barbárie?
💬 COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:
Os homofóbicos (pastores, políticos apadrinhados por igrejas, etc.) vivem se esgoelando contra qualquer benefício concedido aos homossexuais enquanto indivíduos e cidadãos. Mas quando os direitos HUMANOS mais básicos são violados, somem como ratos. Onde estão essas vozes roucas agora? Provavelmente dando glória a deus e aleluia em alguma igreja homofóbica qualquer…
É por isso que nós, homossexuais, precisamos estar cada vez mais conscientes dos nossos direitos. A dignidade humana não é negociável. Respeitar o outro é o único dever inquestionável que todos temos. Se todos fizerem isso, ninguém ficará devendo nada a ninguém.
👊🏽 A INDIGNAÇÃO TOMOU O MUNDO
A condenação brutal do casal gerou revolta internacional. O Reino Unido, principal doador de ajuda ao Malaui, manifestou “consternação”. O Departamento de Estado dos EUA classificou a sentença como um retrocesso vergonhoso nos direitos humanos. A Anistia Internacional considerou Steven e Tiwonge prisioneiros de consciência e exigiu sua libertação imediata.
E olha que ironia: até mesmo alguns setores da Igreja Anglicana britânica se manifestaram contra essa barbaridade. Enquanto isso, aqui e em tantos outros lugares, há religiosos vibrando com a desgraça alheia…
🌍 A PRESSÃO FUNCIONOU (PARCIALMENTE)
No dia 29 de maio, após a visita do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente Bingu wa Mutharika concedeu perdão presidencial ao casal, ordenando sua libertação imediata.
Mas atenção: esse gesto, embora bem-vindo, não altera as leis coloniais homofóbicas que ainda vigoram no país. Pior: a própria ministra de Gênero e Crianças do Malaui, Patricia Kaliati, disse que se o casal continuar “com esse tipo de coisa”, pode ser preso de novo. Ou seja: liberdade sim, mas sob vigilância. Amor, nem pensar.
💔 O PERDÃO NÃO APAGA A HUMILHAÇÃO
Tiwonge e Steven passaram cinco meses presos por expressarem amor. Foram vilipendiados, humilhados e usados como bode expiatório de uma cultura que ainda insiste em enxergar o afeto entre pessoas do mesmo sexo como “crime”.
📢 Por isso, não vamos nos calar. A luta é global. E o amor também.
Do Malaui ao Brasil, do parlamento à esquina, da cela ao salão de beleza, do silêncio à mobilização. A homofobia não tem fronteiras — mas a nossa resistência também não.
🖤 Justiça para Tiwonge e Steven! Justiça para todos nós!
#ForaDoArmário #DireitosLGBTQIA #JustiçaJá #StopHomofobia #LoveIsNotACrime #Malawi
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