Sargentos Gays apelam à OEA

Sargentos gays pedem ajuda internacional por causa de ameaças

Laci e Fernando
Fonte da foto Liquidificador Digital


11 de Janeiro de 2012 | Por: Agência Estado


O casal gay Fernando Figueiredo e Laci de Araújo querem deixar o Brasil por causa das ameaças que recebe desde 2008, ano em que os dois sargentos do Exército assumiram publicamente a homossexualidade. Eles entraram com um pedido de ajuda na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) para obter segurança internacional, segundo o site Congresso em Foco.

Além das ameaças, Figueiredo e Araújo temem a crescente onda de crimes de caráter homofóbico que vem tomando o País. Eles se consideram visados por terem assumido a homossexualidade na mídia e por serem militares.

Eles dizem ter desistido de lutar pelos direitos nos órgãos públicos brasileiros e que a vontade de sair do País é para garantir "uma vida normal". Segundo eles, quem os ameaçou de morte continua a trabalhar no governo brasileiro e questionam como pode haver uma solução.

A denúncia contra o Brasil à OEA foi feita em maio passado, com base nos problemas que a dupla enfrentou dentro do Exército. Araújo e Figueiredo dizem não ter preferência por nenhum país específico para viver, desde que o local seja seguro e aceite a relação deles.

O Exército preferiu não se manifestar sobre o assunto.

Comentários

  1. Eu até hoje não entendi qual foi a intenção deles, ao assumirem sua condição de sargentos do exército e de casal gay. Queriam causar? Queriam provar que também tem gay no exército? E será que ao darem aquela entrevista para a Época, tinham plena consciência de que estavam num meio super homofóbico e que isso poderia lhes trazer sérias consequências?

    O fato é que se ainda não existe sossego para um casal comum que se assume, imagina para eles...

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  2. Pelo que eu entendi, eles perceberam que o Exército estava para penalizá-los, então decidiram tornar o caso público. Acho que fizeram bem em termos de conquista de direitos. Eles teriam sido penalizados e perdido a força se tivessem ficado quietos. A própria truculência inicial das autoridades militares provou que eles tinham mesmo o que temer.

    Mais tarde, o Exército acabou julgando as questões internas relacionadas aos sargentos de modo mais favorável aos dois.

    A sociedade também teve a oportunidade de encarar essa realidade, ou seja, de que há gays nas Forças Armadas. Foi bom ter discutido isso. Direitos foram conquistados a partir dessa discussão e das pressões feitas sobre o governo e as autoridades militares.

    O preço foi a exposição pessoal. Isso faz parte. Nenhum homofóbico reconhecerá de livre e espontânea vontade os direitos da popualação LGBT. Cada direito envolverá alguma luta, algum esforço, alguma exposição, mas é assim que se avança.

    Abraço, menino!
    Sergio Viula

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