Mundial de Atletismo: russas "rebatem" Isinbayeva e se beijam em pódio

Mundial de Atletismo: russas "rebatem" Isinbayeva e se beijam em pódio

17 de Agosto de 2013•21h37 

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Rhyzova (à esquerda) e Firova deram um selinho
no pódio do 4x400m feminino - Foto: Reuters


Após os comentários de Yelena Isinbayeva em favor da lei anti-apologia homossexual causarem polêmica no Mundial de Atletismo, em Moscou, um novo ato de atletas recolocou o tema em evidência. Depois de integrarem o revezamento 4x400 m da Rússia que ficou com a medalha de ouro neste sábado, Kseniya Ryzhova e Tatyana Firova deram um beijo na boca durante a premiação.

Não foi divulgado se o gesto das atletas tem qualquer relação com os protestos que a lei russa teve de enfrentar na últimas semanas. Nenhuma delas se pronunciou após o ato.

A lei contra a apologia homossexual foi aprovada em junho pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. O texto causou polêmica e foi defendido por Isinbayeva, ícone do esporte do país, durante a semana. Alguns países chegaram a cogitar um boicote aos Jogos de Inverno de Sochi, que ocorrerão em 2014.

O tema teve outra repercussão na sexta. A atleta sueca Emma Green Tregaro, que pintou as unhas com as cores do arco-íris para defender a causa homossexual, teve de tirar o esmalte a pedido da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf inglês). Tregaro competiu no salto em altura e ficou em quinto lugar.

"Estou surpresa com a imensa reação a isso (unhas pintadas), mas estou feliz porque é muito positivo. Os dirigentes estão intercedendo por mim, mas não quero que a federação do país sofra por isso", disse.


Com informações do site Terra.

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A atleta Kseniya Ryzhova finalmente veio a público dizer do que se tratava o beijo. Não passou de uma comemoração, segundo ela, típica entre os russos em momentos de grande alegria, não tendo qualquer ligação com protestos ou com a questão LGBT na Rússia.

O que me incomoda pessoalmente a esse blogueiro é o fato dela ter dito que se sentiu 'humilhada'. Ela poderia dizer que ficou incomodada com a confusão que o gesto gerou, mas dizer que ficou humilhada por ter sido associada ao protesto contra as leis anti-gays da Rússia ou por acharem que o beijo poderia ter uma conotação lésbica revela algo entre preconceito e medo.

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