Microsoft e Apple estão entre as companhias que instam a Suprema Corte Americana a proteger os direitos dos trabalhadores LGBT
Traduzido por Sergio Viula
para o Blog Fora do Armário
(Reuters) - Dezenas de companhias, incluindo a Google, a Apple, a Microsoft, e a Viacom pediram à Suprema Corte dos Estados Unidos para definir se uma lei que bane discriminação sexual no local de trabalho provê proteção para funcionários gays.
Um grupo de 76 empresas submeteram uma petição à corte dizendo que um racha entre tribunais mais baixos sobre essa questão tem criado incerteza para funcionários e trabalhadores gays.
As companhias pediram à Suprema Corte que tome o caso de Jameka Evans, uma ex-guarda de segurança num hospital da Georgia que diz ter sido assediada e forçada a deixar o emprego por ser gay (N.T.: lésbica).
As companhias disseram que a falta de uma lei federal que proíba claramente a discriminação com base em orientação sexual tem atrapalhado o recrutamento em 27 estados, os quais têm adotado suas próprias leis.
E “a incerteza e vulnerabilidade que os trabalhadores LGBT enfrentam resultam em perdas para a saúde, produtividade, engajamento no trabalho e satisfação dos funcionários,” escreveram os advogados das companhias que atuam no escritório de advocacia Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan.
Uma apelação federal em Atlanta, em março, dispensou o caso da senhora Evan, dizendo que sua alegações eram vedadas por decisões anteriores que diziam que a discriminação contra funcionários gays não é uma forma ilegal de discriminação sexual sob o Artigo VII da Lei dos Direitos Civis de 1964.
A Suprema Corte deverá decidir até o final do ano se tomará o caso da senhora Evan.
Em abril, uma outra apelação na corte de Chicago veio a ser a primeira decisão a favor de um trabalhador gay sob o Artigo VII. E em junho, cerca de 50 das empresas envolvidas na petição feita na quarta-feira (11/10) pediram à corte de Manhattan para fazer o mesmo. Naquele caso, o Departamento de Justiça instou que a corte decidisse que o Artigo VII inclui proteção a funcionários gays. Essa decisão foi o oposto da posição do mesmo Departamento de Justiça quando estava sob a administração Obama.
Os direitos gays são o assunto mais recente a causar um racha entre a comunidade empresarial a administração Trump.
Algumas companhias e executivos em agosto renunciaram a negócios com os conselhos empresarias da Casa Branca e repudiaram os comentários do presidente Donald Trump sobre um comício nacionalista supremacista branco em Charlottesville, Virginia. Além disso, grupos empresariais entraram em confronto com o presidente sobre assuntos incluindo imigração e, essa semana, também em função da renegociação do Acordo de Livre Comércio Norte Americano.
A administração Trump diz que o Congresso não pretendia aplicar o Artigo VII a trabalhadores LGBT, e que os tribunais não têm o poder de mudar o sentido da lei.
Fonte:
Muitos americanos acharam que Trump era só um garoto bobo que não seria levado a sério. Porém, enquanto alguns simplesmente riam do ridículo que ele representa, ele conquistou a presidência. Agora, esses mesmos americanos estão vivenciando todo tipo de retrocesso promovido por esse fascista com tendências ditatoriais.
Que isso sirva de lição para os brasileiros e brasileiras que acham Bolsonaro uma piadinha muito engraçada.
Se um fascista como Bolsonaro, franco defensor da ditadura, inimigo dos direitos humanos, desprezador de mulheres, LGBT e negros, sem um projeto econômico que contemple as especificidades da situação brasileira, envolvido com fundamentalismo religioso até o pescoço, que nunca fez um projeto que promovesse ciência e tecnologia no Brasil, que acha que o que os alunos brasileiros precisam é de "moral e cívica" e "educação religiosa", que considera que a violência criminosa das forças policiais se justifica e que a pena de morte é a melhor saída para acabar com o crime, mas vota para liberar os maiores bandidos do Brasil - seus amigos congressistas e até mesmo um presidente com fortes evidências de corrupção de qualquer possibilidade de processo judicial -, enfim, se uma desgraça dessas ganha as eleições para presidente, milhões de brasileiros estarão em sérios apuros, inclusive setores como os do empresariado, das universidades, da imprensa, e todo e qualquer movimento que pretenda tornar o Brasil um país, ao mesmo tempo, mais igualitário e plural.
Putin (Rússia), Trump (EUA) e gente como o Bolsonaro (Brasil) são cânceres no tecido social e político nos países em que prosperam e na comunidade internacional como um todo.
Precisamos de mais gente como o primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau; o ex-presidente do Uruguai, José Mujica; e o ex-presidente dos EUA, Barack Obama. Este último, aliás, tirou o país de uma das maiores crises econômicas (herdada da administração George Bush) e fez avançar diversos direitos civis no país - direitos estes que Trump se esforça para fazer retroceder, enquanto a sociedade americana assiste estatelada às perdas que vai sofrendo continuamente.
Por essas e outras, diga não a Bolsonaro e a seus comparsas fundamentalistas!
para o Blog Fora do Armário
(Reuters) - Dezenas de companhias, incluindo a Google, a Apple, a Microsoft, e a Viacom pediram à Suprema Corte dos Estados Unidos para definir se uma lei que bane discriminação sexual no local de trabalho provê proteção para funcionários gays.
Foto de arquivo: A logo da Microsoft é exibida no Teatro Microsoft na Exposição de Entretenimento Eletrônico de 2017 em Los Angeles, Califórnia, EUA em 13 de junho de 2017. REUTERS/ Mike Blake/Foto de Arquivo
Um grupo de 76 empresas submeteram uma petição à corte dizendo que um racha entre tribunais mais baixos sobre essa questão tem criado incerteza para funcionários e trabalhadores gays.
As companhias pediram à Suprema Corte que tome o caso de Jameka Evans, uma ex-guarda de segurança num hospital da Georgia que diz ter sido assediada e forçada a deixar o emprego por ser gay (N.T.: lésbica).
As companhias disseram que a falta de uma lei federal que proíba claramente a discriminação com base em orientação sexual tem atrapalhado o recrutamento em 27 estados, os quais têm adotado suas próprias leis.
E “a incerteza e vulnerabilidade que os trabalhadores LGBT enfrentam resultam em perdas para a saúde, produtividade, engajamento no trabalho e satisfação dos funcionários,” escreveram os advogados das companhias que atuam no escritório de advocacia Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan.
A logo da Apple é vista na fachada da nova Apple Store em Paris, França, 5 de janeiro de 2018. REUTERS/Charles Platiau
Uma apelação federal em Atlanta, em março, dispensou o caso da senhora Evan, dizendo que sua alegações eram vedadas por decisões anteriores que diziam que a discriminação contra funcionários gays não é uma forma ilegal de discriminação sexual sob o Artigo VII da Lei dos Direitos Civis de 1964.
A Suprema Corte deverá decidir até o final do ano se tomará o caso da senhora Evan.
Em abril, uma outra apelação na corte de Chicago veio a ser a primeira decisão a favor de um trabalhador gay sob o Artigo VII. E em junho, cerca de 50 das empresas envolvidas na petição feita na quarta-feira (11/10) pediram à corte de Manhattan para fazer o mesmo. Naquele caso, o Departamento de Justiça instou que a corte decidisse que o Artigo VII inclui proteção a funcionários gays. Essa decisão foi o oposto da posição do mesmo Departamento de Justiça quando estava sob a administração Obama.
Os direitos gays são o assunto mais recente a causar um racha entre a comunidade empresarial a administração Trump.
Algumas companhias e executivos em agosto renunciaram a negócios com os conselhos empresarias da Casa Branca e repudiaram os comentários do presidente Donald Trump sobre um comício nacionalista supremacista branco em Charlottesville, Virginia. Além disso, grupos empresariais entraram em confronto com o presidente sobre assuntos incluindo imigração e, essa semana, também em função da renegociação do Acordo de Livre Comércio Norte Americano.
A administração Trump diz que o Congresso não pretendia aplicar o Artigo VII a trabalhadores LGBT, e que os tribunais não têm o poder de mudar o sentido da lei.
Fonte:
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Muitos americanos acharam que Trump era só um garoto bobo que não seria levado a sério. Porém, enquanto alguns simplesmente riam do ridículo que ele representa, ele conquistou a presidência. Agora, esses mesmos americanos estão vivenciando todo tipo de retrocesso promovido por esse fascista com tendências ditatoriais.
Que isso sirva de lição para os brasileiros e brasileiras que acham Bolsonaro uma piadinha muito engraçada.
Se um fascista como Bolsonaro, franco defensor da ditadura, inimigo dos direitos humanos, desprezador de mulheres, LGBT e negros, sem um projeto econômico que contemple as especificidades da situação brasileira, envolvido com fundamentalismo religioso até o pescoço, que nunca fez um projeto que promovesse ciência e tecnologia no Brasil, que acha que o que os alunos brasileiros precisam é de "moral e cívica" e "educação religiosa", que considera que a violência criminosa das forças policiais se justifica e que a pena de morte é a melhor saída para acabar com o crime, mas vota para liberar os maiores bandidos do Brasil - seus amigos congressistas e até mesmo um presidente com fortes evidências de corrupção de qualquer possibilidade de processo judicial -, enfim, se uma desgraça dessas ganha as eleições para presidente, milhões de brasileiros estarão em sérios apuros, inclusive setores como os do empresariado, das universidades, da imprensa, e todo e qualquer movimento que pretenda tornar o Brasil um país, ao mesmo tempo, mais igualitário e plural.
Putin (Rússia), Trump (EUA) e gente como o Bolsonaro (Brasil) são cânceres no tecido social e político nos países em que prosperam e na comunidade internacional como um todo.
Precisamos de mais gente como o primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau; o ex-presidente do Uruguai, José Mujica; e o ex-presidente dos EUA, Barack Obama. Este último, aliás, tirou o país de uma das maiores crises econômicas (herdada da administração George Bush) e fez avançar diversos direitos civis no país - direitos estes que Trump se esforça para fazer retroceder, enquanto a sociedade americana assiste estatelada às perdas que vai sofrendo continuamente.
Por essas e outras, diga não a Bolsonaro e a seus comparsas fundamentalistas!
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