A invasão russa já dura quase um ano e três meses Por Sergio Viula 24 de abril de 2023 Quando eu condeno Vladimir Putin pela invasão à Ucrânia e seus crimes de guerra, costumo ouvir muito chororô por parte das viúvas de Stalin, outro genocida que matou diretamente ou levou à morte milhões de habitantes da falecida Uniâo das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Não eram unidas, não se comportavam como repúblcias, nunca foram socialistas no sentido real do termo e nem se enquadravam como soviéticas literalmente, porque "sovietes" era o nome dado aos conselhos de trabalhadores originados na Rússia, que foram incorporados como funcionários do governo, perdendo a capacidade de se opor a ele sob qualquer circunstância. Os sovietes perderam sua função original, tornando-se parte da engrenagem ditatorial estatal. Marx deve ter batido cabelo dentro do túmulo de decepção e indignação com tudo isso. Fato é que, geralmente, essas nostálgicas amantes de ditadores assassinos de seu próp
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Alma imoral - imperdível filme baseado em texto de Nilton Bonder
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Rabino Nilton Bonder, autor do livro que virou peça, filme e série de documentário
Por Sergio Viula Era dia dos pais. Havíamos nos reunido, eu e Andre, com meu pai, minha mãe e meu filho para o almoço. Durante os preparativos, cedo de manhã, ouvimos a rádio JB anunciar o filme Alma imoral, baseado no livro do rabino Nilton Bonder e dirigido por Silvio Tendler, e não tivemos dúvidas - assistiríamos o lançamento naquele mesmo dia no Shopping Downtown, à noite. A sessão começava às 19:50. O almoço transcorreu normalmente e foi excelente. Pudemos incluir minha filha, graças a uma vídeo-conferência que, encurtando mais de 7 mil quilômetros de distância, colocou Larissa em nossa sala de jantar ao mesmo tempo que nos transportou a todos para o apartamento dela. No final da tarde, convidei meu filho Isaac para ir conosco (eu e Andre) ao cinema para assistirmos o filme de Nilton Bonder. Ele topou na hora. Era a sessão de estreia do filme. Foi unânime a nossa reação ao filme: deslumbrante, provocativo, rico em conhecimento, revolucionário! Aviso aos navegantes: o filme não é a peça filmada. Alma imoral esteve no teatro e foi um sucesso, mas o filme é absolutamente diverso, ainda que baseado no mesmo texto. Recomendo o filme sem reservas. Só alerto para o seguinte: não se precipite ao ver a abertura. Pode parecer que você terá apenas uma aula sobre narrativas míticas judaicas, mas não. O filme literalmente transcende à tradição judaica sem deixar de dialogar com ela. Ele vai muito além da repetição de tradições, apesar de tê-las como pano de fundo. Pessoas de qualquer tribo tirarão proveito dessa experiência de mergulho nas dinâmicas de nossa própria sobrevivência enquanto seres que ousam mudar. Ao final da sessão, o rabino Nilton Bonder conversou com os interessados. Foi muito bom! A conversa se deu do lado de fora da sala de projeção porque uma segunda sessão começava imediatamente após a primeira, sem intervalo algum. Bonder é uma pessoa extremamente cativante, para dizer o mínimo. Pude dar um abraço nele e parabenizá-lo pelo trabalho quando pedimos licença para sairmos antes da reunião terminar. Já era bem tarde e estávamos longe de casa. Hoje, buscando mais informações na Internet para esse post, descobri que o Canal Cutra transformou a obra cinematográfica numa série com cinco episódios. Se você assina o canal, poderá assistir a série lá ou nesse endereço aqui: https://canalcurta.tv.br/series/serie.aspx?serieId=571
Se você é do Rio de Janeiro, não perca o filme no Shopping Downtown. Saiba mais aqui:
5 Episódios | Duração média dos eps. 52 min. O documentário “Alma Imoral”, dirigido pelo cineasta Silvio Tendler, reflete sobre os conceitos de corpo e alma, tradição e transcendência, obediência e ruptura, através do livro “A Alma Imoral”, publicado pelo rabino Nilton Bonder. O filme questiona o que acontece quando o “corpo moral” - normalmente apontado como instrumento importante para a preservação da espécie humana - se torna estreito e passa a ser um obstáculo ao futuro da humanidade. Como se dá esse processo imoral de transcendência, de transgressão, para que fronteiras sejam ampliadas? Capaz de romper com os padrões e com a moral, a alma é o componente consciente da necessidade de evolução e resgata a verdadeira possibilidade de imortalidade. Vamos estabelecer pontes entre histórias de personagens da Bíblia que romperam com as tradições em busca de uma nova ordem - como Eva, Abraão, Moisés - e transgressores do nosso tempo em vários campos, como comportamento, ciência, política. Entrevistamos israelenses que lutam pela paz ao lado de palestinos, rabinos gays, cientistas que defendem teorias controversas, entre outras histórias que expandem as fronteiras da nossa consciência e produzem a possibilidade de evolução.
Ficha Técnica Produção: Cynthia Lamas Maycon Almeida Produção Executiva: Ana Rosa Tendler Empresa(s) produtora(s): Caliban Produções Cinematográficas Direção de Fotografia: Lúcio Kodato Mixagem: Deborah Colker Roteiro: Silvio Tendler Edição: Ricardo Moreira Direção de Arte: Renato Vilarouca Rico Vilarouca Edição de som: Deborah Colker Narração: Bel Kutner Júlia Lemmertz Letícia Sabatella Mateus Solano Osmar Prado Assistente de Direção: Patricia Francisco Vladimir Seixas Videografismo: Renato Vilarouca Rico Vilarouca Pesquisa: Alessandra Schimite Entrevistados: Alejandro Téllez Etgar Keret Franz Krajcberg Michael Lerner Michael Meeropol Noam Chomsky Rebecca Goldstein Robert Meeropol Sami Awad Susannah Heschel Zalman Schachter-Shalomi Fotografia adicional: Maycon Almeida Tao Burity Vitor Foguel Vladimir Seixas Argumento: Silvio Tendler Coordenação de Pós-Produção: Tao Burity
Resgate histórico Representação de auto-felação. Uma possível referência ao ciclo da vida ou sustentabilidade do planeta. Organizado por Sergio Viula Fontes no final do post. Os seres humanos são bissexuais, homossexuais e heterossexuais desde sempre. E não apenas os humanos, mas outros animais também demonstram interesse sexual e afetivo por membros do mesmo sexo em suas respectivas espécies. Uma das mais antigas e admiradas civilizações é, sem dúvida, a civilização egípcia. Por isso, o Blog Fora do Armário foi atrás de informações sobre a homossexualidade, mais especificamente, nas terras dos Faraós. O objetivo é mostrar como a homossexualidade, que é um dado natural, é encarada e vivida ou reprimida de acordo com a cultura de cada povo em cada época. Nem mesmo os regimes mais repressores conseguiram impedir seu fluxo, mas alguns povos conviveram com a homoafetividade sem grandes problemas. A dificuldade em levantar esses dados em tempos tão an
Zeus e Ganimedes Por Sergio Viula Zeus é conhecido, entre outras coisas, por sua impetuosa inclinação ao amor com humanas - coisa que sua divina esposa, Hera, não tolerava, especialmente quando essas relações geravam descendentes - filhos hibridamente constituídos pelo encontro entre seu divino marido e mulheres mortais. Porém, nem só de mulheres terrenas alimentava-se o desejo de Zeus. Ele também amou deusas e ninfas. Entretanto, nenhuma de suas paixões é tão celebrada até hoje como aquela que o senhor do Olimpo experimentou com um homem. O nome do "crush" divino era Ganimedes, filho de Tros, homem que deu à Tróia seu nome. Ganimedes era um príncipe de rara beleza e isso atraiu a atenção de Zeus. Ganimedes representava uma irresistível mistura de inocência e virilidade - seu rosto ainda imberbe e seu corpo perfeito eletrizaram o desejo do deus que controlava inclusive os raios, mas não podia resistir ao amor. Numa tarde de primavera, enquanto o príncipe de Tróia desfila
Por Sergio Viula DIA 28 DE JUNHO é o Dia Internacional ORGULHO LGBT! E temos muito do que nos orgulhar! A maioria de nós sobreviveu a uma infância e adolescência onde era cada um por si e todos contra nós. Se você foi criança antes da década de 1990, arrisco-me a dizer que você não tinha referências positivas que representassem a sua individualidade enquanto pessoa sexodiversa na TV, no rádio ou nas publições impressas. Às vezes, eu me pego pensando: Quem dera eu pudesse ter assistido algo como Heartstopper quando eu tinha 12 anos, por exemplo. Se você ainda não ouviu falar nessa série da Netflix, ela foi inspirada nessa HQ aqui . Teaser official da série na Netflix Família, escola, igreja e trabalho A família, ambiente onde devíamos ter sido acolhidos e incentivados ao pleno desenvolvimento de nossas habilidades e de nossos afetos, foi justamente onde encontramos mais incompreensão e repressão. Se nos enfiamos no armário - muitos de nós por décadas -, foi justamente por causa de algum
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