EUA x China: Existe imperador bonzinho?


Assista ao vídeo, mas tenha em mente o que digo abaixo.


Por Sergio Viula



Não seja tolo. Não tenha imperadores favoritos, mas aprenda uma coisa com esse vídeo: será bem-sucedido qualquer país que investir em educação, tecnologia e estabilidade nacional e que mantiver a paz ao seu redor, no melhor das suas possibilidades.

E, acima de tudo, lembre-se: não é disso, e nem para isso, que vive a ultradireita. Se depender desses canalhas, o Brasil continuará sendo um gigante embriagado com a estupidez, que caracteriza o burguês de meia-tigela e o proletariado fanático e despolitizado, que mantém o país escravo de fundamentalistas e fascistas, e com os dois pés na lama da corrupção e da ignorância.


🧠 Por que todo imperialismo é um perigo — seja dos EUA ou da China

Se tem uma coisa que a história já ensinou, mas que muita gente ainda insiste em ignorar, é que nenhum imperialismo é inofensivo. Pode vir embalado em promessas de desenvolvimento, tecnologia, infraestrutura, “democracia” ou “valores tradicionais” — no fim das contas, o que está por trás é sempre o mesmo: dominação.

Quando vem do Ocidente, o discurso é cheio de palavras bonitas como “liberdade”, “livre mercado”, “direitos humanos” (apesar de frequentemente ignorarem os nossos). Mas o que se vê são guerras, golpes patrocinados, culturas apagadas, e riquezas naturais sendo sugadas para o centro do império.

Quando vem do Oriente, o papo pode parecer mais pragmático, “ganha-ganha”, “respeito mútuo”. Mas por trás dos investimentos bilionários e das obras de infraestrutura, há dependência econômica, vigilância, acordos assimétricos, e apoio a regimes autoritários que sufocam qualquer diversidade que fuja do padrão estatal.

📍Imperialismo é isso: o poder de poucos sobre muitos. O poder de países que se acham “grandes demais para ouvir” e pequenos demais para respeitar. Que se aproximam não para somar, mas para dominar. E quando o povo resiste, a repressão vem — seja com tanques, seja com dívida, censura ou chantagem comercial.

🌍 Quem vive à margem — como nós, LGBT+, povos indígenas, trabalhadores e trabalhadoras, mulheres, migrantes, comunidades periféricas — sente isso na pele. Porque somos os primeiros a serem sacrificados quando a lógica imperial entra em cena: seja como mão de obra barata, como "ameaça moral", ou como dano colateral.

Por isso, não nos enganemos: estar fora do armário também é estar fora da lógica imperial. É recusar ser massa de manobra, é resistir à opressão onde quer que ela venha, é defender a soberania dos corpos, das culturas e dos povos.

Não se trata de escolher entre Washington ou Pequim.
Se trata de escolher a liberdade, o respeito e a solidariedade entre os povos.

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