Pulse Remembrance Day: Nunca esqueceremos

No dia 12 de junho, o mundo lembra com dor, mas também com firmeza, o Pulse Remembrance Day — uma data que marca o brutal massacre ocorrido na boate Pulse, em Orlando, em 2016, e homenageia as 49 vidas perdidas naquele que se tornou um dos ataques mais letais contra a comunidade LGBTQIA+ na história dos Estados Unidos.
O que aconteceu na boate Pulse?
Era uma noite latina. A música era alta, os corpos dançavam em liberdade, os sorrisos transbordavam suor e orgulho. A Pulse era um espaço seguro, um refúgio LGBTQIA+ no coração da Flórida. Até que, por volta das 2h da madrugada, um homem armado invadiu o local e abriu fogo. O ataque durou horas. O saldo: 49 pessoas mortas, 53 feridas e um país — um mundo — em choque.
As vítimas eram, em sua maioria, jovens latinos LGBTQIA+. Pessoas que buscavam exatamente o que tantos de nós buscamos: viver, amar e existir sem medo.
Por que o Pulse Remembrance Day importa?
O Pulse Remembrance Day é mais que um tributo. É um lembrete vivo de que a homofobia mata, de que espaços LGBTQIA+ ainda são alvos e de que a luta contra o ódio continua sendo urgente. Essa data:
- Honra as vítimas e sobreviventes do massacre;
- Denuncia a violência armada e seus impactos devastadores;
- Reafirma a necessidade de segurança e dignidade para todas as pessoas LGBTQIA+;
- Celebra a resistência de uma comunidade que se recusa a se calar.
Foi com essas palavras que o dramaturgo Lin-Manuel Miranda emocionou o mundo ao homenagear as vítimas durante o Tony Awards, poucos dias após a tragédia. A frase virou símbolo de um amor que não se envergonha, que não se esconde e que não será silenciado.
O legado das vítimas
Em resposta ao massacre, foi criada a onePULSE Foundation, que atua com projetos de memória, educação, pesquisa e apoio comunitário. O local da antiga boate se transformará em um memorial nacional, com o apoio de organizações LGBTQIA+ e da sociedade civil.
Todos os anos, em Orlando e em diversas cidades ao redor do mundo, são realizadas vigílias com velas, leituras dos nomes das vítimas, eventos culturais e educativos. Prédios são iluminados com as cores do arco-íris. Há silêncio, lágrimas e também dança — porque amar, para nós, é sempre também resistir.
Interseccionalidade: quando ódio se cruza com racismo
É importante lembrar que a maioria das vítimas eram latino-americanos. Isso revela algo profundo: a violência contra pessoas LGBTQIA+ é ainda mais cruel quando se cruza com racismo, xenofobia e pobreza. O ataque à Pulse não foi um ato isolado; ele é parte de um sistema que ainda marginaliza corpos não normativos, não brancos, não cis, não heteros.
Nunca esquecer, sempre lutar
O Pulse Remembrance Day é um chamado: para a memória, para a justiça, para a ação. Ele nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, nossa comunidade escolhe viver com coragem.
Que cada 12 de junho seja um dia para dizer, com todas as letras:
Nós não esqueceremos.
Nós não nos calaremos.
Nós existimos.
Nós amamos.
E não vamos a lugar nenhum.
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