É preciso criminalizar a homofobia



Você ainda tem dúvida de que a homofobia precisa ser criminalizada?


Você ainda acha que a aprovação da PL 122 pode esperar?

Quantas vidas mais precisam ser brutalmente interrompidas para que o Brasil leve a sério os crimes de ódio contra a população LGBTQIA+?

No último domingo, após a 13ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ em São Paulo, o cozinheiro Marcelo Campos Barros, de 35 anos, foi agredido na Praça da República e teve morte cerebral confirmada nesta quarta-feira pela Santa Casa de Misericórdia. Marcelo não havia participado da Parada. Estava apenas passando pelo local, segundo amigos.

Enquanto a festa ocorria pacificamente, grupos de intolerância agiram nas ruas do centro de São Paulo. Pelo menos 44 pessoas foram atendidas na Santa Casa com ferimentos. Um adolescente de 17 anos teve politraumatismo na face. Duas horas após o fim da Parada, uma bomba caseira explodiu na Rua Vieira de Carvalho, reduto LGBTQIA+ na cidade. Vinte e uma pessoas ficaram feridas.

A polícia havia montado uma operação contra grupos neonazistas e homofóbicos, mas os ataques não foram evitados. Nenhum criminoso foi preso até o momento.

Casos como o de Gregor Erwan Landouar, turista francês morto a facadas após a Parada de 2007, mostram que essa violência não é nova. Gregor também foi vítima de ódio. O assassino, integrante de uma gangue, afirmou que "deu azar" porque o crime teve repercussão na mídia.

Você ainda acha que dá para esperar?

A homofobia MATA.
A omissão também.

📢 Assine urgentemente o abaixo-assinado a favor da aprovação da PL 122.

Comentários

  1. A HOMOFOBIA É UMA DOENÇA INFANTIL
    Defendo a idéia de que o medo é irracional, o medo só pode existir quando um componente contrário à razão está presente. Essa falta de lógica que cria o medo, em geral, se deve ao fato de que o medroso ignora o porquê de seu temor e, mais que isso, desconhece também fatos a respeito do objeto, da coisa ou do acontecimento que gera essa apreensão, esse temor. Costumo, quando tenho oportunidade de cruzar com um desses temerosos, levá-lo à cabine durante o vôo para que ele se familiarize, para que sinta o clima tranqüilo, para que veja a operação dos tripulantes e perceba que ali tudo está normal, não existindo motivo para se ter medo. Ora, se tripulantes não estão atemorizados, não há motivos para que outros estejam, não é mesmo? Em geral essas “visitas” à cabine de comando diminuem a apreensão do visitante e reduzem suas razões para temer o vôo, o avião, o desconhecido enfim. Ele acaba de “conhecer” de “saber”, e é isso, justamente, que elimina o ignoto, o esconso, o misterioso e o medo. Outro exemplo, tenho um amigo que tem verdadeiro pavor de galinhas, sim galinhas! Se perguntarmos por que ele tem medo das penosas, sua resposta será, “não sei”. Ele não sabe, a galinha viva é um completo mistério para ele, só a viva, porque aquela congelada que compra no supermercado não lhe infunde o menor temor, ele a saboreia como qualquer cidadão. Está claro que o medo que ele sente está calcado no mistério que a galinha representa para ele. Tenho certeza que se ele, vencendo o temor inicial, viesse a tocar, manipular, ter contato direto com o objeto de seu medo - que, afinal, é uma inofensiva ave doméstica -, ele o perderia, deixaria de existir o componente desconhecido, misterioso, e o medo perderia a razão de ser. Assim, nossos temores, pavores, aversões e apreensões são explicáveis pela existência de um componente de desconhecimento do objeto ou da razão de ser do medo, “ter medo do escuro”, fobia tão comum entre nós, ilustra perfeitamente o que quero dizer. Do grego temos o termo “fobia” nome genérico que se dá a todos esses sentimentos de insegurança que por quaisquer pretextos e sob quaisquer nominações nos acompanham pela vida. HOMOFOBIA é o nome que define a aversão que se sente pelos homossexuais. A homofobia, como o sarampo, é uma doença infantil, a todos acomete, todos nós já fomos, somos ou seremos homófobos, infelizmente; a sociedade machista na qual vivemos nos induz a isso. Também eu, confesso, já sofri dessa doença embora e, felizmente, na sua manifestação mais branda, já fui homófobo. A homofobia que nos ataca origina-se, como os demais temores e apreensões, de não termos intimidade, familiaridade, de desconhecermos essas pessoas que optaram por uma vida sexual alternativa, de não termos contato com elas. Dito isso, quero contar que compareci à “Parada da diversidade” de Florianópolis, compareci e gostei. O ambiente de festa, uma espécie de carnaval misturado com passeata reivindicatória temperada com muita alegria, entusiasmo e descontração, é contagiante. Toda a fauna representada pelas “drags”, “trans”, “sapatas”, “sapatilhas”, “bichas”, “homos” , “bis”, “travecos” e tantas outras denominações lá estava e não representava perigo quer para indivíduos, organizações, instituições, estado ou sociedade, verifiquei “in loco“, não há razão para temê-los, não há razão para “fobia” de qualquer espécie, são pessoas tão normais e inofensivas quanto os “normais” heteros. Eles reivindicam direitos iguais na forma de leis que lhes permitam adotar filhos e ter as proteções regulares que gozam casais heteros. Eu a eles dou razão e os apoio integralmente, deixei para sempre meus laivos de homofobia no asfalto pisado por cinqüenta mil pessoas aos acordes de oito carros de som com milhares de watts e centenas decibéis cada um. A “Parada” eliminou qualquer vestígio homófobo de minha pessoa, acabo de livrar-me de uma doença infantil que me acometia desde sempre. Em tempo, não renunciei à minha condição, continuo heterossexual convicto, juramentado e militante.

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  2. Enhaíem!? Leozinhu de novo, seu leitor fiel,caraaalhu kkkkkkk

    Tô bege com a violência - sempre imagino que poderia ser qualquer um de nós - e isso vai ficar impune não tenha dúvidas.

    E ainda tem muita bicha que acha que não é discriminada e que os "héteros" estão certos quando dizem que beijar em frente ao público é errado por causa das crianças. Se eles beijam, por que nós também não podemos?? Beijar não é crime . . .

    Chega dessa beatice que só existe para controlar e manipular as mentes e levar um monte de bicha ao suicídio. Chega de se conformar com migalhas.

    Muita bicha nova (e veklha tb) acha que a sociedade aceita elas - bobinhas - se hj vc pode dar pinta na rua é pq antes um monte morreu espancada por lutar pelo direito de dar close na rua (de ser vc mesma).

    Não jogue fora isso em troca de aprovação de um cara hétero (ou de qualquer hétero). Ou da aprovação da sociedade - viver a sombra é uó e não nascemos pra isso (bicha solta o glitter que está em vc kkkk)

    Bjos no edi de todas

    Leo (leandro_2004es@hotmail.com)

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  3. Brandina e Léo, vcs arrasaram, abalaram, brilharam em seus comentários - cada um a seu modo!!!

    Brandina escreveu um dos mais incríveis comentários que eu já li! Vou publicá-lo como post, como depoimento pessoal do leitor. Adorei mesmo!!!

    Léo, sacudiu a poeira e caiu glitter!!! Bem ao estilo das estilosas, das pintosas, das que dão close. Adoooorooo! É um jeito de contestar por meio da recusa à conformação, literalmente não aceitar tomar a forma de outro, adequar-se à norma. Parabéns! Tudo isso com aquela disposição de se impor, sendo "si mesmo".

    Vcs não imaginam como esses comentários alegram meu coração.

    Um beijo especial para cada um.

    Sergio Viula

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