Homofobia internalizada: o preconceito do homossexual contra si mesmo (Pedro Paulo Sammarco Antunes)


HOMOFOBIA INTERNALIZADA: 
O PRECONCEITO DO HOMOSSEXUAL CONTRA SI MESMO.
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Homofobia internalizada: 
o preconceito do homossexual contra si mesmo


Esse é o nome da tese, agora transformada em livro, escrita por Pedro Paulo Sammarco Antunes, pelo Departamento de Psicologia da PUC-SP, sob a orientação do Professor Doutro Salvador Sandoval.

Antunes, agora Doutor em Psicologia, resume sua obra da seguinte maneira:

Ao longo da história a homofobia foi sendo construída. Ela é uma das bases que sustenta as estruturas de poder e todo o funcionamento social em muitos povos. Cinco foram os dispositivos sociais que interditaram o comportamento homossexual: os hábitos, as tradições, a religião, o sistema jurídico e ciências biomédicas. A feminilidade é cuturalmente associada à homossexualidade em homens. A homofobia é composta de alguns elementos, tais como: machismo, heteronormatividade, heterossexismo e misoginia. No processo de socialização ela é introjetada por todas as pessoas, independente da sua orientação sexual. Porém, o impacto tende a ser maior quando acontece aos homossexuais, recebendo o nome científico de homofobia internalizada.

Para esta pesquisa, procuramos entrevistar somente homens que admitissem sentir atração afetivo/sexual por outros homens. Nossos colaboradores têm idades de 20 a 60 anos. Eles pertencem a diversos níveis sociais, econômicos e escolares. Estes sujeitos foram contatados e convidados a participar do estudo por meio de redes sociais da internet voltadas ao segmento LGBT.

As entrevistas foram enviadas aos sujeitos por correio eletrônico e divididas em três partes. As duas primeiras tiveram maior ênfase em aspectos quantitativos. A terceira parte investigou somente em aspectos qualitativos. Por meio das 150 entrevistas realizadas, verificamos os níveis de homofobia encontrados e alguns dos prováveis impactos referentes ao processo de sua internalização. Estes estão correlacionados ao desenvolvimento psicossocial, dinâmica de saída, retorno ou permanência no armário, crenças religiosas, corpo, normas de gênero, terminologias sexuais, saúde mental, suicídio, uso/abuso/adição às drogas, comportamento sexual de risco, relacionamentos afetivo-conjugais entre homens, violência doméstica, envelhecimento e velhice de homens homossexuais.

A importância de medir a homofobia internalizada está no seu impacto negativo sobre a saúde destes indivíduos, bem como os custos gerados a todo sistema social. Além disto, tanto a homofobia institucionalizada, como a internalizada violam os direitos fundamentais da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Constituição Federal, tais como: liberdade, igualdade, dignidade, respeito, integridade e segurança.

Antes dessa tese que lhe conferiu o título de Doutor em Psicologia, Pedro Paulo Sammarco Antunes conquistou seu título de Mestre através da pesquisa que resultou na Dissertação "Travestis Envelhecem?", produzida em parceria com a mesma Universidade, ou seja, a PUC-SP, só que dessa vez sob a orientação da Professora Doutora Elisabeth Frohlich Mercadante em conexão com o Departamento de Gerontologia daquela instituição.

Antunes resume sua Dissertação da seguinte maneira:

O presente estudo tem o objetivo de conhecer o período do processo de vida, chamado de velhice e envelhecimento daquelas que foram designadas como travestis.

Essas denominações foram construídas para organizar o funcionamento social. As ciências biomédicas foram importantes na categorização dessas pessoas. Apropriaram-se dos corpos humanos e determinaram o que é considerado normal, portanto desejável e o que é considerado anormal, logo patológico e indesejável.

A intenção é compreender o impacto que tais diagnósticos terão sobre aqueles que são reconhecidos como anormais em relação ao que foi denominado de gênero sexual.

Devido ao número quase inexistente de pesquisas sobre envelhecimento e velhice de travestis, fez-se necessário esse estudo, que não pretende esgotar o tema, mas sim iniciar uma importante discussão.

Os aspectos de gênero, bem como os de velhice foram relacionados. Percebeu-se que tanto o gênero como a velhice são compostos por atos, que constantemente reiterados, dão a impressão que há uma essência natural de gênero e velhice, inerentes a todos os corpos, manifestando-se ao longo da vida.

Foram realizadas três entrevistas abertas com o foco em histórias de vida. Por serem consideradas, desviantes e anormais, travestis já não são vistas como não humanas desde tenra idade. Atravessam a vida como invisíveis e sob muito preconceito. Por causa disso, improvisam suas existências em contextos violentos. Suas expectativas de vida são baixas. As que vivem até a chamada velhice, podem ser consideradas verdadeiras sobreviventes. Acabam servindo de referência e exemplo para as mais jovens.

O objetivo principal da pesquisa resultou no levantamento de demandas e necessidades em relação às travestis. Percebe-se que precisam urgentemente de políticas públicas que as reconheçam como humanas desde sempre. Dessa forma chegarão à velhice com dignidade e respeito, já assegurados pelos Direitos Humanos Universais.


TRAVESTIS ENVELHECEM?
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