

💔 Eles estão sendo caçados e mortos. O mundo precisa saber.
Homens gays estão sendo sistematicamente perseguidos, torturados e assassinados no Iraque — muitas vezes pelas mãos das próprias forças de segurança.
Um relatório divulgado em 17 de agosto de 2009 pela organização internacional Human Rights Watch expôs uma das realidades mais brutais e chocantes enfrentadas hoje pela população LGBT no Oriente Médio. Traduzido por este blog em 28 de agosto, o documento denuncia uma onda de tortura e assassinatos sistemáticos contra homens gays no Iraque — um país mergulhado em violência, mas que ainda encontra tempo para perseguir pessoas por sua orientação sexual.
Segundo o relatório, centenas de gays foram mortos nos últimos meses, inclusive por milicianos e forças de segurança iraquianas que atuam em colaboração com os militares americanos. As denúncias envolvem estupros, espancamentos com cabos, choques elétricos e assassinatos brutais, que muitas vezes são cometidos com total impunidade.
“Os líderes do Iraque devem defender todos os iraquianos, não abandoná-los aos agentes armados do ódio”, declarou Scott Long, diretor do Programa de Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros do Human Rights Watch.
“Fazer vista grossa para a tortura e o assassinato ameaça os direitos de cada iraquiano.”
Um dos relatos presentes no relatório é devastador. Um jovem gay contou:
“Eles vieram à casa dos meus pais um dia depois. Eu estava fora de casa quando isso aconteceu. O filho do vizinho tem o mesmo nome que eu, então eles sequestraram o cara errado. Quando descobriram, deixaram o garoto ir, mas bateram nele violentamente — queriam matá-lo. Eles o torturaram com eletricidade, surraram-no com fios. Ele parecia um frango assado quando chegou em casa.”
Enquanto isso, líderes religiosos jogam mais gasolina na fogueira. O Aiatolá Ali al-Sistani, a mais influente autoridade xiita do país, publicou em seu site um comunicado incitando seus seguidores a matar homossexuais e sunitas “da maneira mais severa possível.”
O ativista iraquiano Ali Hilli, fundador do grupo Iraqi LGBT, afirmou em entrevista à BBC que o Iraque se tornou “o lugar mais perigoso do mundo para gays, lésbicas e pessoas trans”. E completa: "Mesmo durante os anos de Saddam Hussein, havia mais liberdade sexual do que agora."
Os números são aterradores:
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87 pessoas LGBT foram assassinadas apenas em 2009 (dados de janeiro a agosto)
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Mais de 700 desde 2004
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Pelo menos 48 pessoas foram levadas pela polícia e nunca mais apareceram
📢 Isso é um genocídio silencioso. E o silêncio da comunidade internacional — e de muitos de nós — é cúmplice.
✊ Fora do Armário não vai se calar.
Nossa luta não é apenas por direitos em nossas cidades, mas por vidas LGBTQIAP+ em todas as partes do mundo. A barbárie que acontece no Iraque é um chamado à resistência global. Exigimos ação dos organismos internacionais, pressão diplomática sobre o governo iraquiano e visibilidade para essas vidas que estão sendo apagadas todos os dias.
Nenhuma religião, nenhum governo, nenhum ódio tem o direito de calar o amor.
🕯️ Se puder, compartilhe essa postagem. Quanto mais pessoas souberem, mais difícil será fingir que nada está acontecendo.
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ResponderExcluirAbração,
Sergio Viula