Como foi o Cineclube G&S "Flamejante" - a última de 2015
Fonte das fotos: https://www.facebook.com/RioFGC
(online em 05/12/15)
FLAMEJANTE
Esse foi o tema do Cineclube de hoje, 05/12/15, com os melhores curtas drags do festival. Foi também a última edição de 2015. Agora, só ano que vem...
Ravena Creole
https://www.facebook.com/ravenacreoledragqueen/
(foto conceito retirada da página pessoal dela)
Logo na porta, o público foi recebido pela Drag Hostess Ravena Creole. A sessão começa e o primeiro filme apresentado contava com a presença do diretor, Allan Ribeiro. O nome do filme era O Clube, que falava sobre a Turma OK e seu aniversário de 53 anos de existência. O setting do filme foi a própria sede da Turma OK, ainda na Rua do Senado.
- O CLUBE
O Clube
De acordo com o diretor do filme, a Turma OK está se reunindo agora na Rua dos Inválidos, Centro do Rio de Janeiro. Enquanto ainda era na Rua do Senado, eu estive duas vezes lá - uma a convite do Rio sem Homofobia para uma reunião de ativistas e outra por causa de um Sarau de poesia com apresentação musical por mulheres lésbicas. Era o Dia da Visibilidade Lésbica.
Eu fui à sessão das 16h10, mas foram apresentadas outras duas - uma às 18h10 e outra às, 20h10. Encontrei meu amigo Edson Amaro na saída da primeira sessão. Ele chegava para assistir a segunda sessão e eu tinha acabo de assistir a primeira.
Edson, pena que nos desencontramos em relação ao horário, mas ainda vamos ter oportunidade de bater papo no meio desse espaço lindo que é o Centro Cultural da Justiça Federal, certo, amigão?
O Cineclube G&S acontece todo primeiro sábado, exceto em Janeiro, no Centro Cultural Justiça Federal - https://www.facebook.com/CCJFRJ/
O endereço é: Avenida Rio Branco 241, Centro, Rio de Janeiro.
Visite, curta e acompanhe a programação de cada mês: http://www.riofgc.com/cineclubegs.html
Os curtas que eu assisti lá foram:
O clube (Allan Ribeiro/ Brasil)
A turma OK comemora 53 anos.
Foi bastante emocionante ver a Turma OK homenageada com esse curta. O clube atende o público LGBT e provavelmente é um dos mais antigos do mundo ainda em funcionamento - talvez seja o mais velho de fato. Aliás, o envelhecimento das pessoas que acompanham essa história de perto era visível na telona e deu o que pensar. Aquelas pessoas parecem resistir às mudanças de paradigmas no modo de se reunir e de se relacionar dentro da própria comunidade LGBT. Eles sobrevivem a todas essas mudanças e ocupam palco e cadeiras, vivendo amores e desamores desde os mais simples até os mais glamourosos momentos.
Visite, curta e acompanhe a programação de cada mês: http://www.riofgc.com/cineclubegs.html
Os curtas que eu assisti lá foram:
O clube (Allan Ribeiro/ Brasil)
A turma OK comemora 53 anos.
Cena de O Clube - Premiado no Festival de Paulínia 2014,
Festival de Gramado 2014 e 25º Festival Internacional
de Curtas-Metragens de São Paulo.
Foi bastante emocionante ver a Turma OK homenageada com esse curta. O clube atende o público LGBT e provavelmente é um dos mais antigos do mundo ainda em funcionamento - talvez seja o mais velho de fato. Aliás, o envelhecimento das pessoas que acompanham essa história de perto era visível na telona e deu o que pensar. Aquelas pessoas parecem resistir às mudanças de paradigmas no modo de se reunir e de se relacionar dentro da própria comunidade LGBT. Eles sobrevivem a todas essas mudanças e ocupam palco e cadeiras, vivendo amores e desamores desde os mais simples até os mais glamourosos momentos.
- GOLDEN AGE OF HUSTLERS
Golden age of hustlers
BFI Flare: London LGBT Film Festival 2015.
Esse filme também foi bem interessante, porque as cenas se desenrolam ao longo de uma música cantada por uma drag queen estilosa com outros artistas no palco.
Tú. Yo. Baño. Sexo. Ahora.
Tú. Yo. Baño. Sexo. Ahora
(Francisco Lupini Basagoiti/ Espanha, Venezuela e EUA)
Premiado no North Carolina Gay & Lesbian Film Festival,
Short Film Corner of Cannes Festival.
Um homem tenta esquecer do amor em lugares errados.
Esse curta foi engraçadíssimo. Uma drag queen é uma bar tender e vai servindo drinks e dialogando com os poucos clientes que ainda frequentam seu bar, mas nessa noite havia alguns corações quebrados querendo afogar as mágoas, quando "babados" se desenrolam de modos inesperados e divertidos. Ri bastante entre uma fala e outra.
Pepper é a história do envelhecimento de uma drag em seus momentos finais. Depois de um encontro casual com um menino de 8 anos de idade, Charlie, os dois embarcam em uma jornada e assim encontram a única coisa que Pepper tem procurado durante anos... coragem e aceitação.
Foi emocionante ver esse filme. A drag queen, já com idade, era cobrada por sua performance fraca na boate em que se apresentou durante anos, mas também tinha um filho que a desprezava. Graças ao encontro com esse garotinho que estava perdido na rua procurando pelo irmão mais velho, também rejeitado, só que pelos pais, ela toma um táxi, aproveitando que era época de natal para encontrar o filho e sua família. No táxi, ela vai substituindo as roupas e acessórios femininos por outros mais masculinos, mas os traços femininos estão em seu rosto envelhecido. Ela sofre uma terrível decepção e o filme se encerra com essa sensação de fim da linha. Isso me fez lembrar de muita coisa da vida real. Não se pode obrigar ninguém a amar ninguém, seja um filho que rejeita o pai ou um pai que rejeita o filho. Isso vale para qualquer outra relação familiar ou romântica. Por mais difícil que seja, é preciso enfrentar a vida a despeito dessas terríveis decepções.
- PEPPER
Pepper (Craig Young/ EUA)
Melbourne Queer Film Festival, Frameline 38 - San Francisco International LGBT Film Festival, The Art of Brooklin Film Festival.
Foi emocionante ver esse filme. A drag queen, já com idade, era cobrada por sua performance fraca na boate em que se apresentou durante anos, mas também tinha um filho que a desprezava. Graças ao encontro com esse garotinho que estava perdido na rua procurando pelo irmão mais velho, também rejeitado, só que pelos pais, ela toma um táxi, aproveitando que era época de natal para encontrar o filho e sua família. No táxi, ela vai substituindo as roupas e acessórios femininos por outros mais masculinos, mas os traços femininos estão em seu rosto envelhecido. Ela sofre uma terrível decepção e o filme se encerra com essa sensação de fim da linha. Isso me fez lembrar de muita coisa da vida real. Não se pode obrigar ninguém a amar ninguém, seja um filho que rejeita o pai ou um pai que rejeita o filho. Isso vale para qualquer outra relação familiar ou romântica. Por mais difícil que seja, é preciso enfrentar a vida a despeito dessas terríveis decepções.
- EN VOGUE
En Vogue (Jenn Nkiru/ EUA e Reino Unido)
Parte de uma série da nova diretora britânica Jenn Nkiru, “En Vogue” é um olhar conceitual da beleza, energia e exuberância de uma das últimas subculturas subterrâneas de NYC: Voguing & Ballroom.
De fato, achei todos os personagens e a ambientação belíssimos! E o filme é basicamente isso: corpos bem transados e bem vestidos dançando numa balada e se expressando com ousada autoconfiança, mas o filme é só isso mesmo. Ele se encerra de repente sem que a balada termine. Mas, a gente sabe que a vida não é uma balada sem fim, é claro. Vale pelo colírio que é ver tanta gente bela, mas também faz a gente pensar em quanta gente fica de fora desse recorte que inclui beleza, tempo ocioso, roupas descoladas, maquiagem caríssima, cabelos super estilosos e habilidades para dançar que causariam inveja em Lady Gaga e Madonna.
STARLADY
Queen of the Desert
(Alex Kelly/ Austrália)
Premiado no Bloody Hero Film Festival Phoenix/ USA, Transcreen Amsterdam, Translations Film Festival Seattle, Rio Festival Gay de Cinema, Berlin Film Festival, Brisbane Queer Film Festival, Queer Aussie Shorts e Canadian International Film Festival.
Extremamente humano e sensível. Tocante ver o carinho dela pela comunidade aborígine, que sofre rejeição tanto quanto ela, mesmo que por razões aparentemente diferentes, e o carinho da comunidade por ela. Uma anciã diz a última frase do filme, depois de falar da importância do trabalho de Starlady para resgatar a autoestima dos adolescentes da comunidade: "Nós amamos Starlady." E eu pensei comigo, emoção travada na garganta: Eu também...
Starlady é uma jovem trabalhadora de um dos lugares mais remotos e desafiadores da Austrália. Usando um conjunto de ferramentas, esta cabeleireira flamejante gasta seu tempo viajando milhares de quilômetros através do deserto central. Como uma Priscilla da vida real, Starlady nos leva a sua própria jornada "Rainha do Deserto" até Areyonga, uma comunidade indígena na Austrália Central. Aqui ela trabalha com alguns dos adolescentes mais isolados da Austrália usando um pouco de clareador e um monte de cores, na esperança de espalhar a confiança e o orgulho. Há muita coisa acontecendo neste salão de cabeleireiro improvisado por Starlady.
A aceitação e amizade reinam onde alguns poderiam ver como o mais improvável dos lugares.
O Cineclube G&S conta com o apoio institucional do Centro Cultural Justiça Federal.
PARCERIA
Cineclube Laerte
Cineclube LGBT
Drag-se
REALIZAÇÃO
Cromakey
Foto: En Vogue.
Starlady é uma jovem trabalhadora de um dos lugares mais remotos e desafiadores da Austrália. Usando um conjunto de ferramentas, esta cabeleireira flamejante gasta seu tempo viajando milhares de quilômetros através do deserto central. Como uma Priscilla da vida real, Starlady nos leva a sua própria jornada "Rainha do Deserto" até Areyonga, uma comunidade indígena na Austrália Central. Aqui ela trabalha com alguns dos adolescentes mais isolados da Austrália usando um pouco de clareador e um monte de cores, na esperança de espalhar a confiança e o orgulho. Há muita coisa acontecendo neste salão de cabeleireiro improvisado por Starlady.
A aceitação e amizade reinam onde alguns poderiam ver como o mais improvável dos lugares.
O Cineclube G&S conta com o apoio institucional do Centro Cultural Justiça Federal.
PARCERIA
Cineclube Laerte
Cineclube LGBT
Drag-se
REALIZAÇÃO
Cromakey
Foto: En Vogue.
Comentários
Postar um comentário
Deixe suas impressões sobre este post aqui. Fique à vontade para dizer o que pensar. Todos os comentários serão lidos, respondidos e publicados, exceto quando estimularem preconceito ou fizerem pouco caso do sofrimento humano.