COMO ESQUECER: uma história de amor, perda e reconstrução

Entrevista com a cineasta que transformou o livro em filme

🎬 Como Esquecer: uma história de amor, perda e reconstrução — sem clichês


Em um cenário onde personagens LGBTQIAP+ muitas vezes são retratados por meio de estereótipos rasos ou como figuras cômicas, o filme Como Esquecer surge como uma lufada de ar fresco no cinema brasileiro. Dirigido por Malu De Martino, o longa é uma adaptação do livro homônimo da escritora Myriam Campello, e propõe um mergulho delicado nas dores e possibilidades do amor entre mulheres — com humanidade, profundidade e zero caricatura.


🌧️ Sobre o que é o filme?

A trama gira em torno de Júlia, interpretada pela atriz Ana Paula Arósio, uma professora de literatura inglesa que tenta se refazer emocionalmente após o fim de um relacionamento intenso com sua ex-companheira, Antônia. O luto afetivo da personagem é silencioso, denso e, ao mesmo tempo, extremamente familiar a qualquer pessoa que já sofreu por amor — independentemente da orientação sexual.

Júlia não está sozinha nesse processo. Seu melhor amigo Hugo (vivido por Murilo Rosa), também gay, é seu pilar. É ele quem a incentiva a sair do luto e se reconectar com a vida e com outras pessoas, incluindo novas amizades e possíveis novas paixões.


👩‍🎤 O olhar da diretora: Malu De Martino

Em entrevistas, Malu De Martino sempre destacou seu desejo de fazer um filme sobre sentimentos humanos universais — a dor da perda, a solidão, a esperança de recomeçar — sob o ponto de vista de personagens LGBT, mas sem que a sexualidade fosse tratada como uma “questão” em si.

A intenção da diretora era clara: mostrar que o amor homoafetivo é tão complexo, legítimo e cheio de nuances quanto qualquer outro. E que ele merece ser retratado com a mesma delicadeza que já vimos em tantos romances heterossexuais no cinema.


✨ Um filme sensível, elegante e necessário

Como Esquecer é um filme sutil, que evita os exageros dramáticos em favor de uma narrativa introspectiva e emocional. É sobre o amor que já foi, mas que ainda machuca. Sobre encontrar forças nos amigos. Sobre seguir em frente mesmo quando o coração insiste em olhar para trás.

A fotografia, a trilha sonora e o ritmo narrativo reforçam essa atmosfera melancólica e, ao mesmo tempo, esperançosa.


📅 Lançamento e repercussão

O filme foi lançado em outubro de 2010, com exibição nos grandes centros urbanos brasileiros — como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Recife — e posteriormente chegou a outras cidades do interior.

A recepção do público LGBT+ foi calorosa, em parte por verem retratadas, com respeito e sensibilidade, vivências que muitas vezes ficam à margem no cinema nacional.




🌈 Por que assistir Como Esquecer?

Porque é um filme feito com afeto e respeito, que foge dos rótulos e entrega uma história onde todos podem se reconhecer. Um drama elegante que mostra que amar e sofrer por amor é uma experiência universal — e não exclusiva de um tipo de relacionamento.

Para quem quer ver histórias LGBTQIAP+ contadas com profundidade, estética e humanidade, Como Esquecer é imperdível.



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Comentários

  1. vamos ver... parece interessante...
    um comentário bem fútil: acho que o murilo rosa é do time. ele não me convence como heterossexual mesmo!

    beijos

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  2. É, Serginho, uma amiga minha disse que já o viu beijando um outro cara na boca por muito tempo num evento. Se for, atorummmm! Porque acho o Murilo Rosa gato!!!!

    Abração, amigo!
    Sergio

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