
Do mesmo criador de Borat, Sacha Baron Cohen, e representado por ele mesmo, Brüno é irreverente, escrachado, politicamente incorreto, e faz a gente pensar que pior não pode ficar — só para se surpreender com o fato de que pode!
Apesar de tudo isso (ou por isso mesmo), é difícil dizer que o filme seja uma total perda de tempo, porque, ao mesmo tempo em que chega ao ponto mais baixo do ridículo, Brüno debocha do machismo, de grupos heterossexistas, de grupos de reversão cristãos, da busca desenfreada pela fama, das celebridades hollywoodianas, das campanhas de caridade promovidas pelos figurões do showbiz, brinca com o estereótipo gay bicha-louca o tempo todo, expõe o afro-americanismo, os programas de auditório estilo Oprah, debocha da obsessão "falocrática" da sociedade ocidental, do fundamentalismo judeu, muçulmano, cristão, do nazismo, das forças armadas etc.
É uma colcha de retalhos!
O final, porém, é uma celebração ao amor gay que mescla cenas, ao mesmo tempo, de mau gosto e de paixão.
A censura é 18 anos. E tinha mesmo que ser. Para saber do que estou falando, só vendo. E, se vir, vai querer sair do cinema antes da hora. Também vai querer ficar até o final para ver que fim leva um troço desse. Uma coisa é certa: o deboche expõe a futilidade e idiotice das sociedades ocidentais e orientais que ocupam a mídia diariamente.
Vi essa porra louca neste sábado, 29 de agosto de 2009, no Unibanco Arteplex. Confira os cinemas e horários pela internet ou pelo jornal. Não deve ficar muito mais tempo em cartaz. ;)
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