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Dia das Consciência Negra - uma reflexão para negros e não-negros

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Por Sergio Viula Muitas pessoas se perguntam por que temos um dia chamado "Dia da Consciência Negra". Para muitos, esse dia significa feriado - privilégio de algumas cidades e de algumas pessoas nessas cidades, não de todas. Para outros, é um dia para jogar a velha cortina de fumaça sobre uma luta legítima, dizendo coisas como "todas as vidas importam". Esse tipo de subterfúgio não passa de uma manobra discursiva para dizer que vidas negras não merecem qualquer atenção especial, mesmo quando o racismo estrutural que as massacra segue sem trégua. A verdade é que o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, destaca a importância da reflexão sobre a história e cultura afro-brasileira. O dia marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola, e foi escolhido para promover o debate e outras ações em prol da igualdade racial e do combate ao racismo estrutural. Trata-se de uma oportunidade de nos debruçarmos sobre o tema da diversidade racial, reconhecendo a

Avô de 96 anos sai do armário


Um avô de 96 anos de idade e sobrevivente do Holocausto diz à família que é gay



Ronald Blank conta sua história ao YouTuber Davey Wavey - CREDIT: YOUTUBE


Por Anna Schaverien
The Telegraph
Em 05 de março de 2017
Traduzido por Sergio Viula



O bisavô é casado com a mesma esposa há 67 anos, mas só contou à família que é gay no ano passado.

Originário da Polônia, Ronald Blank e sua esposa Ruth se mudaram para os Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial.

O Sr. Blank falou ao produtor de vídeos do YouTube Davey Wavey sobre sua experiência única de sair do armário, antecipando o documentário On My Way Out (Saindo), que o neto dele, Brandon Gross, está dirigindo sobre o avô.

O Sr. Blank explicou que sabia que era gay desde os cinco anos de idade. Ele disse à família: “Eu nasci e por toda a minha vida fui gay."

“Eu contei a eles toda a tragédia da minha vida e ele entenderam o que aconteceu comigo.”

Numa entrevista anterior para a Out Magazine, o Sr. Blank explicou como era quando ele era jovem: "Ser gay era um crime, e você era condenado a escolher entre o suicídio ou a vida no armário. Eu decidi viver.”

O nonagenário disse a sua esposa Ruth, também com 96 anos, a verdade sobre sua sexualidade décadas antes de contar ao restante da família.

O Sr. Blank disse a Ruth, que também é uma sobrevivente do Holocausto, que ele era gay depois do nascimento de seu segundo filho em 1953.

Ela guardou o segredo dele até que ele finalmente estivesse pronto para contar a seus dois filhos, cinco neto e um bisneto no ano passado.

O homem de 96 anos distribuiu pérolas de sabedoria sobre amor numa tocante entrevista.

Ele confirmou que gostaria de ter um namorado ou companheiro, e que não ligaria para a aparência dele.


Ele disse: “Eu não olho para seus rostos, mas para o coração."

“Serei muito honesto sobre isso. Eu realmente não preciso de conexão física ou mental. Mas eu quero. Eu quero ir dormir e ter alguém perto de mim, não por outra razão qualquer, mas para estar certo de que alguém liga. Isso é tudo.”




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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO



Só uma pergunta para quem lê esse post e ainda está no armário.



Vale a pena passar a vida toda escondido?



Não saia do armário de qualquer jeito. Prepare-se para o que der e vier. Mas, não viva prisioneiro se você tiver a chance de viver em liberdade sem risco de morrer por causa disso - como era o caso do Sr. Blank. 


Ah, e mais uma coisa: O Sr. Blank é prova viva de que não se trata de uma escolha, uma fase, uma moda. Você é! Você não está! Você não virou e não vai desvirar! Você é! Orgulhe-se de QUEM VOCÊ É.



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