A crise na Venezuela e o HIV
“Não há mais esperança na Venezuela", diz um militante que trabalha com HIV/AIDS, enquanto prateleiras vazias nas farmácias levam milhares a mortes desnecessárias.
A chamada vem de uma matéria escrita por Desiree Guerrero
para o site da revista The Advocate.
https://www.hivplusmag.com/stigma/2017/9/06/hiv-crisis-venezuela-hits-new-low
06 de setembro de 2017
Traduzido e adaptado por Sergio Viula
“Não tem nada a ver com política; é uma questão de vida ou morte. Estamos sendo perseguidos e estamos lutando por nossos direitos humanos, nossas vidas e nossa saúde", disse Mauricio Gutierrez ao NBC News.
Fonte: https://www.nbcnews.com/feature/nbc-out/no-hope-left-venezuela-those-hiv-advocates-say-n795866
Gutierrez, um militante LGBT e assistente social de Caracas, diz que a trágica situação teve novas baixas e que os venezuelanos estão perdendo a esperança.
Devido a uma crise econômica que vem devastando o país desde 2015, remédios vitais estão em falta, incluindo antirretrovirais usados para tratar o HIV. Mas as lentas e esporádicas entregas que aconteciam dois anos atrás estão agora suspensas totalmente. Sem o suprimento de preservativos e com hospitais sem condições de testar os pacientes para o HIV, o sistema de saúde da Venezuela está a ponto de entrar em colapso total.
De acordo com a organização não-governamental "Positivos en Colectivo" (Positivos Juntos), que trabalha com HIV e AIDS, 85% das farmácias na capital estão sem medicação, e 95 a 100% dos hospitais na cidade não têm remédios em estoque. Esses números são assustadores num país que já se gabou de ter um dos melhores programas para HIV/AIDS no mundo durante a década de 1990.
“Eles não foram examinados por qualquer médico e morreram por causa da falta de remédios, infecções e fome", disse Gutierrez a respeito dos milhares que já morreram desnecessariamente por causa de complicações relacionadas ao HIV. Especialmente doloroso é ver o aumento das mortes entre bebês, crianças e adolescentes.
“Se você estiver doente e for a um hospital em Caracas, tudo que você conseguirá — se tiver sorte — é uma cama e algum soro", disse Gutierrez, depois de uma de suas visitas regulares ao hospital. "Não há esperança na Venezuela; está ficando mais difícil a cada dia", disse ele.
A Venezuela é governada atualmente por Nicolás Maduro, que está no poder desde 19 de abril de 2013.
Gutierrez, um militante LGBT e assistente social de Caracas, diz que a trágica situação teve novas baixas e que os venezuelanos estão perdendo a esperança.
Devido a uma crise econômica que vem devastando o país desde 2015, remédios vitais estão em falta, incluindo antirretrovirais usados para tratar o HIV. Mas as lentas e esporádicas entregas que aconteciam dois anos atrás estão agora suspensas totalmente. Sem o suprimento de preservativos e com hospitais sem condições de testar os pacientes para o HIV, o sistema de saúde da Venezuela está a ponto de entrar em colapso total.
De acordo com a organização não-governamental "Positivos en Colectivo" (Positivos Juntos), que trabalha com HIV e AIDS, 85% das farmácias na capital estão sem medicação, e 95 a 100% dos hospitais na cidade não têm remédios em estoque. Esses números são assustadores num país que já se gabou de ter um dos melhores programas para HIV/AIDS no mundo durante a década de 1990.
“Eles não foram examinados por qualquer médico e morreram por causa da falta de remédios, infecções e fome", disse Gutierrez a respeito dos milhares que já morreram desnecessariamente por causa de complicações relacionadas ao HIV. Especialmente doloroso é ver o aumento das mortes entre bebês, crianças e adolescentes.
“Se você estiver doente e for a um hospital em Caracas, tudo que você conseguirá — se tiver sorte — é uma cama e algum soro", disse Gutierrez, depois de uma de suas visitas regulares ao hospital. "Não há esperança na Venezuela; está ficando mais difícil a cada dia", disse ele.
A Venezuela é governada atualmente por Nicolás Maduro, que está no poder desde 19 de abril de 2013.
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